Lembram quando o presidente Jair Bolsonaro, durante uma pergunta sobre as mortes elevadas por COVID 19, soltou um insensível “e daí” (no contexto, tentou mostrar que não era o responsável), revoltando parentes de vítimas e pessoas engajadas no combate ao Novo Coronavírus?
Foi de uma falta incrível de empatia… desrespeitou a dor das pessoas.
Agora, é a vez da jornalista Maria Julia Coutinho que, na mesma proporção de infelicidade, soltou um “o choro é livre” em referência às pessoas que reclamam das dificuldades financeiras e impossibilidade de trabalhar nesta época difícil da pandemia, recusando-se a ficarem em casa.
Igualmente, uma falta muito grande de empatia pelas pessoas que estão falindo e se desesperando por recursos financeiros.
Um erro não justifica o outro, e ambos erraram. As dores de cada indivíduo devem ser respeitadas. Nada apaga a dor de quem perdeu um ente querido, e igualmente deve se respeitar a agonia de quem vê a vida ruir e nada poder fazer, chegando a faltar mantimentos em seu lar.
O grande problema é: parece-se que é 8 ou 80, e sentir a dor de um lado torna-se proibitivo no sentido de consolar o outro. Entendo perfeitamente o desespero de todos neste momento tão conturbado e sofrido. As mortes estão em um número assustador, algo se deve fazer para freiá-las. Entretanto, deve-se pensar no auxílio / socorro de quem está perdendo empresas, emprego, desempregando e passando necessidades alimentícias reais.
Negar qualquer um desses sofrimentos é ser radical. Socorra-se a todos, no que for possível – mas nunca desrespeite-se a dor alheia (seja qual for).
Excelente reflexão!
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Rafael Porcari
Se Malu Coutinho fosse novata na profissão, teria meu entender.
Como
Não é!
Deve bater a cabeça na parede, diminuir sua possível arrogância e tocar o jogo, vez que entende do riscado.
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