Há exatamente dois anos, Ricardo Boechat nos deixava. Relembrando:
Um dos maiores jornalistas do Brasil, Ricardo Boechat, morreu pavorosamente nesta segunda-feira, junto com o piloto Ronaldo Quattrucci. Seu helicóptero caiu na Rodovia Anhanguera e ainda sofreu a batida frontal de uma carreta.
Não se consegue dizer nada, a não ser lamentar uma morte tão assustadora. Cair de aeronave, numa via movimentada, e ainda ser atingido por outro veículo!
Boechat era um dos caras mais legais para dar atenção, e as pessoas que conviviam com ele só o exaltavam.
José Luiz Datena, às 13h51, foi o incumbido pela emissora a fim de interromper a programação para a triste confirmação:
“Com profundo pesar, desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de família, companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma coisa, e, no fim, brincalhão como ele era, falou: ‘É, bocão, eu só queria te dar um beijo’. Queria informar aos senhores que o maior âncora da televisão brasileira, o Ricardo Boechat, morreu hoje num acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em São Paulo“.
Normalmente, escrevo desejando que esteja no conforto divino / descansando em paz, quando tento uma expressão de conforto. Mas Ricardo Boechat era declaradamente ateu, e em respeito a tal convicção particular dele, fica apenas o: “terminou sua passagem”. E que o consolo seja rápido aos seus entes queridos, pois aos seus telespectadores e ouvintes, já nos faz falta.