– Paulista: somos todos nós!

Hoje, diante do Primavera de Indaiatuba, o Paulista precisa ganhar para tentar sobreviver na Série A3. Se perder, ficará muito difícil o não-rebaixamento. E é por isso que o Galo precisa do apoio de todos nós.

O Paulista é um patrimônio de Jundiaí, mas, ao mesmo tempo, uma entidade privada. Não pode depender de apoio político (embora ele possa aparecer em momentos oportunos e demagogos). O Paulista precisa de ajuda da comunidade! Dos torcedores assíduos e dos eventuais, das empresas grandes e das pequenas locais (respeitando, claro, a dificuldade financeira que cada uma delas têm, pois o retorno econômico muitas vezes não compensa).

O principal: nesse momento, o clube não pode se dividir. O Paulista não tem “um dono”, então a união é fundamental! E quando ameaça ter dono, a coisa complica. Lousano e Parmalat foram parceiros que deixaram frutos, passaram e o clube ainda está vivo (há mais de 100 anos, lembremo-nos). Tivemos a Magnata e o Campus Pelé, que passaram também e os frutos não foram bons. Por fim, tivemos a Kah Sports, que quando alertávamos ser uma agência de jogadores sub 23, acabamos tendo até mesmo a repulsa de muita gente que passou a idolatrar os membros dessa parceira. Na 4a divisão, Sub 23 contra Sub 23, com elenco e jogadores agenciados aos montes, o acesso veio. Mas na 3a divisão (que eles nunca jogaram e nunca tinham interesse em ter veteranos experientes, já que não daria lucro) fizeram esse papelão e deixaram um elenco sem as características do torneio. Elogiei o Edson Fio e o Hikmat quando merecedores anteriormente, mas isso não pode se tornar gratidão eterna, pois, afinal, eles estavam num negócio, não fazendo um favor e nem sendo assistencialistas. Por mais que não gostassem de críticas e quisessem cooptar adoradores (ou não criaram quase uma legião de seguidores de uma “Kah FC” dentro do Paulista?), agora estão aguentando as críticas daqueles que se sentiram traídos e que têm razão de estarem bravos (e que, cá entre nós, foram enganados com palavras doces, tentativas de jogar a imprensa contra a torcida e outros blablablás bem elaborados).

O Paulista não é dos torcedores da cativa ou da arquibancada, é de todos, incluindo os que torcem por Rádio ou pela TV. Não é só da Raça ou da Gamor, é do anônimo também. Não é da imprensa ou da cartolagem, é de quem gosta do clube. Não é do Cobrinha (que vive a maior parte do dia dentro do Jayme Cintra e devota uma paixão imensurável) ou do setorista que vem só no dia de jogo porquê a TV o mandou, mas de todos do entorno.

O Paulista NÃO PERTENCE a ninguém desses, pois o Paulista SÃO esses. Não é de alguém, pois é um sentimento. O Paulista SOMOS TODOS NÓS!

Torça do seu jeito, una-se com os amigos que quiser, sente no lugar que for, escute onde quer que esteja, mas hoje, especialmente hoje, TORÇA! O estrago deixado foi grande, e depende da nova e da velha guarda se unirem para minimizar os danos.

No meu tempo, o Paulista caía da 1a para a 2a divisão e voltava. Era normal pela força do Paulistão na época. Mas cair para a 3a divisão era condenável. Para a 4a, uma eventualidade para respirar fundo e recomeçar. Mas ser io-iô da penúltima para a última divisão não é da grandeza do Tricolor de Jundiaí. O abalo moral de uma segunda queda para a Bzinha seria maior do que o da 1a vez (lembrando que teremos em breve 5 divisões).

Um clube dividido não chega a lugar algum. É hora de torcedores comuns, organizados, uniformizados, anônimos, eventuais, saudosistas e novatos se darem as mãos, esquecerem as divergências e torcerem juntos. Todos querem o bem do Galo e enxergam soluções por caminhos diferentes, mas, de forma unânime, todos querem isso: o sorriso no rosto de volta ao torcedor!

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