O Bispo Caetano Ferrari, da Diocese de Bauru, excomungou um sacerdote. Faz tempo que não houvia falar de excomunhão.
O problema foi o seguinte: Padre Beto, vigário de uma paróquia local, disse que Jesus não tinha preconceitos, e achava possível o amor entre duas pessoas do mesmo sexo. O Bispo não gostou, entendeu como apologia ao homossexualismo, e ordenou a retirada da declaração, feita em vídeo. Pela recusa, a ordem foi de excomungá-lo e proibição de que o clero de Bauru comentasse o assunto.
Lembrei-me imediatamente: deteste o pecado e ame o pecador. E que Jesus perdoou a prostituta, sem condená-la…
Achei exagero a decisão do Bispo. Justamente na semana em que a CNBB divulgou um importante documento convidando as Paróquias a se modernizarem – entre os pontos defendidos: homilias mais curtas, realistas e objetivas; atendimento de padres a noite; formação de pequenas comunidades e horários alternativos de celebrações – tudo a fim de se adaptar aos novos tempos e compromissos do século XXI.
A minha tristeza é ver que outros bispos (como nos EUA), ao invés de excomungar os pedófilos, acobertaram-os. Como bem disse o Papa Emérito Bento XVI, isso é uma “Enorme Ferida na Igreja“.

