Nesta semana, o vice-presidente do Fluminense, Sandro Lima, ameaçou protestar na Conmebol contra a arbitragem do árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro e do bandeira tocantinense Fábio Pereira, no jogo realizado contra o Grêmio em Porto Alegre. O Tricolor Carioca se sente prejudicado por um gol mal anulado na partida a seu favor, no confornto que terminou empatado em 0 x 0.
O dirigente declarou que quer árbitros estrangeiros nas próximas partidas em que o Flu jogar contra clubes brasileiros, pois, segundo ele:
“Seria o ideal. São árbitros mais calejados, não teriam problema algum de pressão. Na Libertadores queremos árbitros de fora do país (…) É triste, acabou o jogo e a informação que a gente tem é que a diretoria do Grêmio fez uma pressão na arbitragem, o Vanderlei fez pressão na arbitragem, xingou o árbitro, xingou jogador nosso. Nós ficamos chateados, somos profissionais. É lamentável, isso pode fazer falta, pode mudar muita coisa”. (em declaração à Fox Sports)
Sandro reclama sobre a pressão exercida sobre o árbitro. E isso tem fundamento ou não?
Sim e Não.
- Sim, pois o árbitro nacional pode já ter se desgastado com a equipe pelos inúmeros jogos dos campeonatos em que apita no próprio país. Os dirigentes já o conhecem com mais intimidade e acabam naturalmente pressionando mais.
- Não, pois árbitro bom não se deixa influenciar pela pressão. E isso independe da nacionalidade do apitador.
O grande problema é que nossos árbitros do quadro FIFA, que estão habilitados para os jogos da Libertadores da América, estão em péssima fase ou foram mal escolhidos. Quer exemplo?
Ricardo Marques Ribeiro, árbitro de Grêmio x Fluminense, questionado ao final da partida, não é considerado “de primeira linha” dentro do próprio país. E foi indicado ao quadro FIFA sem o mérito necessário… Qual grande jogo você lembra dele ter apitado, para fazer jus a tal escudo? Na semana passada, Ricardo Marques apitou Boca Juniors (ARG) x Barcelona (ECU), deixando de marcar nos minutos finais um pênalti claríssimo (que poderia ser decisivo) à equipe equatoriana, lá no Estádio La Bombonera. E não é que foi escalado na semana seguinte para o confronto dos tricolores gaúcho x carioca? Prêmio pela incompetência?
Outro segundo caso: Francisco Carlos Nascimento, o “Chicão de Alagoas”, há quase um ano e meio como FIFA ainda não estreou em jogos envolvendo seleções / clubes estrangeiros. Ué, um árbitro FIFA deve ser capaz de apitar uma final de Copa do Mundo (em teoria), mas não é isso que acontece.
Quer um terceiro exemplo? Num hipotético Palmeiras x São Paulo pela Libertadores, não teríamos árbitro paulista disponível para o jogo! Seneme não consegue passar nos testes físicos, Paulo Cesar é não quisto pelo clube palestrino. Restam os de outros estados, e são poucos: Sandro Ricci, Heber Roberto Lopes e Marcelo de Lima Henrique. Ou alguém acha que Péricles Bassols e Wilton Sampaio (já descartando Chicão e Ricardo Marques- por motivos técnicos – e Vuaden, por motivos físicos) seriam indicados?
Assim, pelas péssimas escolhas da CBF, só temos 3 nomes para apitarem um clássico paulista na competição sulamericana (e nenhum deles de São Paulo). Parece que o Fluminense, no fundo, tem razão!
E você, o que acha disso? Deixe seu comentário:

Professor, concordo com quase tudo. Agora, se o sr fosse o presidente da arbitragem e pudesse escolher 10 nomes, quais seriam?
Se responder, tenho um estudo de caso para colocar ao sr e aos leitores do blog mais acessado da arbitragem paulista.
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Pedro, obrigado pela audiência mas não é o mais acessado da arbitragem, nem tem o propósito!
Sobre os nomes, tenho os meus, e são 50% diferentes dos atuais. Mas deixa a lista para o reservado. Nomes sempre serão contestados, e, enfim, deixa para o pessoal da Comissão, já que são (bem) remunerados para isso.
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É evidente que o árbitro Ricardo Marques não foi bem no jogo, e o assistente Fabio Pereira, pior ainda, pois modificou o resultado da partida em um erro de marcação de impedimento, em lance fácil de se julgar.
As reclamações do Fluminense são justas considerando que o clube poderia já estar classificado para a próxima fase da Libertadores nessa rodada. Imaginem se o Flu perde a classificação na última rodada.
Por outro lado, chamar o árbitro de ladrão, como fez o Sr. Rodrigo Caetano, é uma forma grosseira de se manifestar e o gestor do Fluminense deveria ser punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva.
Entendo que os árbitros sul americanos não irão resolver o problema dos erros de arbitragem porque os que vierem apitar aqui serão os mesmos que os clubes brasileiros cansam de esculhambar quando apitam seus jogos nessa mesma competição.
Os árbitros europeus também não resolverão o problema porque, pela TV, temos visto dezenas de grandes lambanças feitas por eles nos campeonatos e liga dos campeões onde estão atuando.
Penso que a melhor forma de minimizar os problemas da arbitragem seria a Comissão escalar os melhores árbitros e assistentes brasileiros, nos jogos de maior importância em todas as competições.
Simples assim…
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Olá Cerdeira, obrigado pela visita!
Certamente, ofensas como “ladrão” merecem punições. Não sabia que o Rodrigo Caetano chegou a esse ponto. Lamentável…
Concordo com tudo o que você pensa, e acrescento: os erros da Europa equivalem aos daqui. O erro do árbitro (nunca aceito pelos cartolas) é inerente ao esporte. O problema é quando não se busca os que tendem a errarem menos por questões de competência.
Abraços,
Rafael Porcari
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Valeu Professor,
Como o sr comenta sobre arbitragem imaginava que poderia dar seu pitaco sobre os 10 nomes. Eu gosto destes 5:
Paulo César, Seneme, Marcelo de Lima, Leandro Vuaden, Heber Roberto Lopes.
Acompanho o Campeonato Paulista e poucos tem performances para ser da FIFA. Limitados.
No passado, poucos nomes. O Brasil tem poucos árbitros, todos amadores na atividade!
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