– O Mimimi constrangedor e insensível.

É revoltante ouvir a bobagem dita pelo presidente Jair Bolsonaro no discurso em Goiás! As queixas da pandemia são, segundo ele, “mimimi”?

Insisto na dúvida: ele faz isso por falta de sensibilidade, para ser contrário à maioria ou para desviar o foco de críticas ao seu filho Flávio?

Será que ele se coloca no lugar do próximo? Se um de seus entes queridos falecesse de COVID, o discurso seria o mesmo?

Esse exercício de tentar se colocar no lugar do outro se chama: empatia! E falta demais tal virtude ao Presidente Jair Bolsonaro…

O triste é que os apoiadores mais radicais não admitem que ele está errado e justificam com tantos outros erros de outros políticos… (como se isso o isentasse).

– Não custa nada, presidente…

Seria tão difícil o presidente Bolsonaro pedir às pessoas que usassem máscaras, evitassem aglomerações e saídas desnecessárias de casa? 

Não faz tão chamamento por vaidade / birra, descaso ou ignorância?

Pare de bobagem, Seu Jair. Use o bom senso para o país sair logo dessa pandemia.

– Você não se assusta com quem “pega pilha” por Política? Sobre Fanatismo Político:

Você não se assusta com pessoas que se fanatizam nas Redes Sociais com a Política?

Basta escrever algo que não agrade a pessoaseja de Direita ou Esquerda – e o algoritmo do Facebook lhe mostra uma opinião diferente da sua (já que ela se habituou a ver coisas radicais por conta desse mecanismo da Web). Imediatamente, o sujeito se transforma e você vira alvo desse fanático por político!

Que fenômeno recente, não? O cara que não era politizado, nos anos 2000/2010, havia virado um devoto petista, a ponto de não ver erros do líder-mor Lula. Negava qualquer ato corrupto e sempre compactuava que ele “nada sabia”. Agora, nos anos 2010/2020, a contrapartida bolsonarista, onde Jair é o Messias Imaculado! E tudo que se critique do presidente atual, passa a ser motivo de desabono contra quem escreve, pelos olhos do adorador.

Lula, Bolsonaro, Alckmin, Amoêdo, Dória, Ciro, Boulos… todos têm seus pecados que podem ser diferentes um do outro. Criticá-los é necessário, pois faz parte do exercício da Cidadania (fiscalizar o governante). Isso não é torcer contra, mas corrigir rotas! É democracia.

É tão difícil a pessoa ter sensatez e enxergar isso sem o elemento passional?

O meme abaixo é perfeito: Lula criticava a imprensa e fazia seus eleitores chamarem a Globo, a Folha e a Veja de “imprensa interesseira”. A Globo ganhou pelos petistas o apelido pejorativo de “#Globolixo”. E o que vemos agora com Bolsonaro?

Curiosíssimo como a história se repete, independente de ideologia.

– Lula e Bolsonaro irmanados contra Moro? Mesmo não estando juntos, comungam aparentemente do ideal.

A interpretação dos fatos no Brasil sempre ocorre de acordo com as paixões. Um bom exemplo: Sérgio Moro e a suposta parcialidade nos julgamentos. 

Há uma grande confusão disseminada nas Redes Sociais. O problema reside em: não é que Lula tenha sido um inocente condenado por alguém que lhe inventou culpa, mas sim um corrupto no qual o juiz ajudou os procuradores a não deixá-lo escapar das garras da Lei. 

Bem claro: Moro não plantou provas inexistentes, mas deu dicas à PGR de como provar sua culpabilidade (o que não poderia ter feito, pelo cargo que ocupa).

A questão é: Lula poderá ser novamente julgado, blá-blá-blá e toda a culpa dos monstruosos crimes de corrupção do Mensalão e do Petrolão, impunes.

A reboque, uma alegria indisfarçável do Governo na implosão da Operação Lava-Jato (um desejo de Bolsonaro desde que tentou – e conseguiu – intervir na Polícia Federal nos tempos de Moro ministro). 

Não é curioso que Luís Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro estejam em comunhão contra Sérgio Moro? Ou não estão?

Não seria somente por uma possibilidade do ex-juiz se candidatar à Presidência em 2022… ou não é assim?

Difícil responder tais questões.

– Por quê a Rede Globo é “Globolixo” para Lulistas e Bolsonaristas, mas não foi em outros tempos?

Há 1 ano…

O Chanceler Ernesto Araújo, ontem, em entrevista ao “Morning Show” da Rádio Jovem Pan, quando questionado sobre as ofensas do presidente Bolsonaro contra a imprensa, justificou que são necessárias para mostrar a repulsa do Governo sobre a narrativa que é feita. Generalizou negativamente o papel dos órgãos de informação e manteve o discurso de tentativa de validar “teorias da conspiração”.

Voltei ao tempo! Lembrei-me do Lulopetismo a cada crítica feita contra o corrupto ex-presidente. Na época, no auge do PT (paralelamente ao Mensalão e Petrolão, esquemas muito bem montados de assalto aos cofres públicos), os fanáticos apaixonados de Lula xingavam a Revista Veja, a Folha de São Paulo e a Rede Globo, criando o termo “Globolixo”. Não faz tanto tempo assim para que isso tenha caído no esquecimento.

Hoje, a cada manchete do Jornal Nacional mostrando equívocos de Bolsonaro (especialmente contra a Pandemia), o termo dos fanáticos é… “Globolixo”!

Peraí: a Globo mostrava a verdade contra Lula e servia aos antipetistas. Hoje, inverteu-se a lógica?

Que Brasil pilhado e fanatizado… Memória seletiva?

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

A propósito, achei essa imagem, acima, do Prof Hemerson Pistori (em: https://pistori.weebly.com/blog/globolixo) que representa muito bem tudo isso! Escreveu ele:

GLOBOLIXO???
Não é uma mera coincidência que tanto Lula quanto Bolsonaro insultem ferozmente a imprensa e detestem, particularmente, o meio de comunicação mais influente do país. Líderes populistas e autoritários somente se sustentam com base na mentira, desinformação e manipulação. Contam sempre com um grande grupo de fanáticos que nunca aceitam que nada de negativo seja dito de seus ídolos e se alimentam do ódio e de um falso discurso que divide a sociedade entre os “do bem” e os “do mal”, quando de fato tanto o bem quanto o mal teimam em se espalhar democraticamente por todos os lados.

– Gaste-se o dinheiro público com responsabilidade.

Uma nação honesta e justa não pode ter corrupção (como foi na época do engodo com os crimes da gestão Lula / Dilma / PT); assim também um país dito “quebrado” (foi o presidente quem disse) não deve gastar dinheiro com luxos, vaidades ou coisas desnecessárias.

Essa opinião do amigo Quartarollo é perfeita. Abaixo:

– Mônica Calazans, o simbolismo da Vacinação e a invertida de Doria em Bolsonaro.

Antes de escrever, uma prevenção contra os fanáticos adoradores de políticos: não sou Doria, Bolsonaro ou Lula (infelizmente, por causa das pessoas que têm “político de estimação”, há de se fazer essa consideração).

Mônica Calazans, enfermeira negra da Zona Leste de SP, foi a primeira pessoa a ser imunizada com a Coronavac.

João Doria Jr queria vacinar a partir do dia 25. Bolsonaro dia 20. Com a aprovação da ANVISA, Doria não perdeu tempo e iniciou a vacinação com um “vacinômetro” em tom de campanha.

Imagine o ciúme do ganho político de Doria por parte de Bolsonaro, após falar que não compraria a Coronavac nem depois de aprovada por sua origem (desprezando o histórico do Butantan) e agora tendo que pedir as 6 milhões de doses produzidas. A de Oxford, como se viu, foi uma “bola fora” por conta da Índia não a liberar e o avião da Azul, que iria buscar as doses, ter abortado a viagem.

De “Dia D” do Pazzuello, virou “D” de Dória. Mas prefiro de Dimas Covas, diretor do Butantan.

Viva a ciência!

– E a culpa é da imprensa?

Lamentável a fala do presidente Jair Bolsonaro a um apoiador ontem:

“O Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, tá, teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos, essa mídia sem caráter”.

Mídia? O vírus existe, está aí e fez estragos em todos os setores. Um líder NUNCA pode dizer que não pode fazer nada, como ele fez, ou jogar a culpa nos outros irresponsavelmente.

Pobre Brasil…

– E a vacina no Brasil, hein?

Já são 30 nações aplicando as vacinas contra o Covid (países desenvolvidos, em desenvolvimento e até subdesenvolvidos). A Argentina, por exemplo, começa amanhã.

E o Brasil?

Aqui, Dória decreta Zona Vermelha e escolhe dias para isso. Quer dizer que “hoje, 27, nada pode”. Amanhã volta a poder. Dia 31 esquece. Já Bolsonaro, irresponsavelmente, vai à padaria e à farmácia sem máscara. Pra quê tal afronta ou desdém dos riscos (além do mau exemplo).

Seja Petista, Bolsonarista, Peesedebista, os políticos só pensam nas mesmas coisas (e respectivamente, o que ficou claro dos partidos e ideológicos deles): corrupção, vaidade pessoal e votos.

E o povo…

– Cansou a politização da vacina!

Literalmente: “encheu o saco” essa politização da vacina!

Um a força para tomar, outro para não tomar. E a parcela mais fanatizada da população ajuda a propagar bobagens…

Deixemos a ciência e a inteligência nortear as relações – e sem paixão política ou declarações desastrosas (especialmente a do termo de responsabilidade, que desencadeou o “jacaré do Bolsonaro”).

Imagem

– Paixões Políticas e o Emburrecimento das Pessoas.

Quando Lula era presidente, eu insistia em escrever que o fanatismo cegava as pessoas, que de tão apaixonadas por Luís Inácio, fingiam que não percebiam (ou não viam mesmo) os atos de corrupção dele.

Com Bolsonaro, tão populista quanto Lula (só mudando o espectro ideológico), idem. Como defender sua total falta de prevenção e péssimo exemplo de cuidados na aglomeração do CEAGESP, em meio a Pandemia? Sabidamente, há quem não veja problema nisso (justamente pelo fanatismo).

Essa foto, abaixo, é indefensável em tempos de Covid0-19. As paixões políticas, de fato, imbecilizam o homem…

– Finalzinho da Pandemia, presidente?

Durante a inauguração do eixo principal da Ponte do Guaíba, no RS, disse o presidente Bolsonaro:

“(…) Estamos vivendo o finalzinho da pandemia. O nosso governo, levando-se em conta os outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos melhores”.

Caramba! Lembrou-me aquela frase infeliz do Lula quando a Crise Mundial traria uma onda recessiva no mundo, dizendo que era uma “Marolinha”.

Em plena 2a onda, ouvir isso dói, não? 

– O fanatismo de Direita e de Esquerda é barulhento. Mas nas urnas nestas Eleições Municipais…

Eu respeito o eleitor que vota em Lula, Dória, Bolsonaro ou no Marronzinho (lembram dele)? Idem aos que votam em branco. Afinal, vivemos em uma democracia e assim deve ser.

Isso não quer dizer que faço apologia aos citados. Mas repare numa coisa interessante: os candidatos apoiados por Bolsonaro e por Lula (e os que tentam se agarrar a eles mesmo sem apoio oficial), em sua maioria, estão em baixa nas pesquisas eleitorais municipais.

O que isso significa?

Que as Redes Sociais mostram que o fanatismo político é mais barulhento do que numeroso. Pode reparar: em sua cidade, as postagens odiosas de Extrema Esquerda e Direita (os radicais) não refletem (e isso se comprovará no dia 15) a realidade nas urnas.

Ótimo para o bom senso da nação…

– Ah, Bolsonaro e suas palavras indevidas…

Infelizmente, um meme “real”: Biden contando a Obama sobre a declaração de Bolsonaro “ameaçando” que “depois da saliva, vem a pólvora”!

Até agora não entendi que blá-blá-blá sem sentido… estratégia furada ou falta de noção?

Abaixo:

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Estamos ameaçando os EUA? Demagogia ou falta de noção?

Nem o comunista Jango, nem o corrupto socialista Lula, ou nem qualquer presidente da história do Brasil provocou os americanos para uma guerra, direta ou indiretamente. Mas, de novo, por impulso, o presidente Bolsonaro fala uma barbaridade que envergonha a diplomacia.

Extraído de UOL:

“O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu ao presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden como ‘candidato à chefia de estado’ hoje à tarde. Sem citar o nome de Biden, rebateu um posicionamento do democrata em relação à Amazônia: ‘Assistimos há pouco um grande candidato à chefia de estado dizer que se não apagar o fogo da Amazônia, vai levantar barreira comercial contra o Brasil’, começou Bolsonaro. ‘Apenas diplomacia não dá. Quando acabar a saliva, tem que ter pólvora, senão não funciona. Precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo’.”

Eu não tenha partido político ou político de estimação, mas não podemos ser alienados enquanto povo. E fica claro: nosso presidente tem momentos de arrogância comprando brigas que não existem, vivendo em um mundo de teorias conspiratórias inexistentes beirando a esquizofrenia, e, por fim, mostrando-se sem jogo de cintura nenhum. Ele realmente disse que se não tiver diálogo usará “pólvora” contra Biden, que fez questão de não citar o nome?

Estamos a pé de políticos de todas as ideologias, essa é a verdade.

– E o presidente do Brasil não parabenizará Biden?

Me assusta (ou melhor: me impressiona) que o MUNDO tenha parabenizado Joe Biden, novo presidente eleito dos EUA (e aqui não julgo se ele é bom ou ruim para os americanos e para o mundo), mas o presidente brasileiro Jair Bolsonaro não o tenha feito.

Seria…

  • Arrogância?
  • Falta de Diplomacia e Educação?
  • “Esquecimento”?

Até agora: China, Turquia, México e Rússia não deram os parabéns mas avisaram que aguardam o desfecho de uma manifestação final. CORÉIA DO NORTE e BRASIL são os únicos que não se pronunciaram.

– Cadê a coerência?

Democracia é conviver com os diferentes. Mas para quem fica falando de combate à corrupção (e isso é bom), em acabar com as picaretagens cometidas pelo PT e a turma do Petrolão (e isso é ótimo), me decepciona demais ver que o discurso é diferente da prática ao RASGAR SEDA a Fernando Collor de Melo, no evento de ontem no Nordeste.

Ninguém falou ao presidente Bolsonaro que, se precisava estar junto de Collor, não necessariamente deveria elogiá-lo como se fosse um homem honesto e de passado exemplar no Brasil?

Ô Política que não muda… lembrando que Collor já se agarrou a Lula e agora a Bolsonaro. Ou foi o inverso?

– A população é quem aguentará a picuinha de Dória e Bolsonaro sobre a vacina? Uma guerra de vaidades…

Sejamos bem objetivos: há três vacinas “adiantadas no seu desenvolvimento” envolvendo brasileiros:

1. A da AstroZeneca / Oxford / Unifesp (que tem apoio do Governo Federal);
2. A da Sinovac / Instituto Butantã (que tem apoio do Governo do Estado de São Paulo);
3. A da Gamaleya / Governo Russo / Governo do Estado do Paraná.

Na 3a feira, o Ministro da Saúde Eduardo Panzuello disse que iria comprar a Sinovac e assinou um protocolo de intenção da aquisição (lembrando que ela é de origem chinesa) para vacinar a população (não descartou as demais vacinas). Logo em seguida, João Dória (Governo Paulista) gravou um vídeo elogiando o Ministro e dando uma “cutucada” no seu atual desafeto, o presidente Bolsonaro.

Na 4a cedo… Bolsonaro detonou literalmente o seu subordinado, escrevendo no twitter que desautorizava o Ministério da Saúde e que a população não seria cobaia dos chineses. Mais tarde, no programa “Pingos nos Is”, da Jovem Pan, acrescentou que um dos motivos seria de falta de credibilidade e que em hipótese alguma compraria a vacina do laboratório Sinovac (que se chama Coronavac). Ressaltou, por fim, que ela não tem comprovação científica e que demorará para ter.

Portanto, nesta guerra de vaidades, onde Dória se fez de vencedor e Bolsonaro quis mostrar que é ele quem manda, o brasileiro vê essas bizarrices: a hidroxicloroquina pode, mesmo sem comprovação científica. A vacina, mesmo quando comprovada, não poderá. E os fanáticos se digladiam na Internet por esses senhores políticos…

– De novo um político com Dinheiro na Cueca? Depois do líder de Dilma, agora o vice-líder de Bolsonaro.

Assim como na época de Dilma, tivemos um “líder do Governo” com dinheiro escondido na cueca (José Guimarães / PT), agora, na gestão Bolsonaro vivemos a mesma situação de corrupto disfarçando grana suja no mesmo lugar: Chico Rodrigues / DEM.

Mudam só os partidos, mas a prática safada continua a mesma, não? E o interessante é que os nossos governantes, no discurso, se autoproclamam honestos e alegam não ter envolvimento nenhum com as pessoas que… eles próprios escolhem!

Extraído de: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/10/14/pf-encontra-dinheiro-na-cueca-de-vice-lider-do-governo-bolsonaro.htm

PF ENCONTRA DINHEIRO NA CUECA DO VICE-LÍDER DO GOVERNO BOLSONARO

O vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, em Boa Vista, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais. A investigação, sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares. A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou com duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação, foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca do vice-líder do governo Jair Bolsonaro. Ao todo, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. A investigação apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobrepreço de quase R$ 1 milhão.

As informações oficiais da PF, dado o sigilo do caso, se limitam a dizer que foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão durante a operação, em Boa Vista, que busca a “desarticulação de possível esquema criminoso voltado ao desvio de recursos públicos, oriundos de emendas parlamentares”.

A Controladoria-Geral da União (CGU), que também faz parte da investigação, disse que a operação Desvid-19, realizada em Roraima, apura o “desvio de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações”. Ainda segundo a CGU, as contratações suspeitas de irregularidades, realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, envolveriam aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate ao novo coronavírus.

A operação que alvejou o senador foi realizada no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse que dará uma “voadora no pescoço” de quem se envolver em corrupção. A nova expressão foi usada uma semana depois de o presidente ter afirmado que a Lava Jato acabou porque, segundo ele, não há casos de irregularidades em sua gestão. A promessa também foi feita no momento em que Bolsonaro vem sendo criticado por militantes e por lavajatistas que apontam o enfraquecimento da pauta anticorrupção no governo.

Chico Rodrigues emprega Leo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, como assessor parlamentar, em seu gabinete no Senado. Léo Índio é muito próximo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e é conhecido por ter livre trânsito no Palácio do Planalto.

No Palácio do Planalto, auxiliares de Bolsonaro ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, sob reserva, disseram que Rodrigues deve deixar o cargo de vice-líder do governo. O argumento é que seria péssimo para a imagem de Bolsonaro manter o senador nesse posto depois do escândalo. A expectativa é a de que o próprio parlamentar entregue o cargo.

Em nota à imprensa, Rodrigues disse que tem “um passado limpo e uma vida decente” e afirmou nunca ter se envolvido em escândalos. “Acredito na justiça dos homens e na justiça divina. Por este motivo estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate ao Covid-19 para a saúde do Estado”, afirmou o senador.

Rodrigues observou ainda que, ao longo de 30 anos na política, conheceu “muita gente mal intencionada”, a fim de macular sua imagem. “Ainda mais em um período eleitoral conturbado como está sendo o pleito em nossa capital”, declarou.

Durante o julgamento do caso do traficante André do Rap, o ministro Luís Roberto Barroso fez uma menção à operação realizada pela Polícia Federal. Barroso afirmou que estava monitorando o cumprimento de mandados de busca e apreensão que envolviam uma autoridade com foro no Supremo, sem revelar o nome. “Desviar dinheiro da saúde em plena pandemia é mais do que corrupção e chega bem próximo do assassinato. Devemos ter em conta que isso não é aceitável. Precisamos continuar no esforço de desnaturalização das coisas erradas no Brasil”, argumentou o ministro.

– A Operação Lava Jato deveria ser permanente!

A Operação Lava Jato foi um marco positivo na história do Brasil. Nunca tantos políticos importantes foram presos, e com ela isso ocorreu e em grande quantidade. “Sangrou-se feridas” disfarçadas, não poupando partido ou ideologia.

Entretanto, disse o presidente Jair Bolsonaro:

“É um orgulho, uma satisfação que eu tenho de dizer a essa imprensa maravilhosa nossa, que eu não quero acabar com a Lava Jato… Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação. Para nós, fazemos um governo de peito aberto.”

Um erro falar isso, presidente. A Lava Jato deveria ser uma instituição. E vangloriar-se que não há corrupção no Governo atual soa de uma arrogância grande, pois o próprio senador Flávio Bolsonaro está enfrentando pendengas que se arrastam.

Aliás, o último político que se endeusou com auto-elogios foi Lula, quando disse “não existir viva alma mais honesta no Brasil do que a dele”

– Cadê a coerência anti-cristofóbica, presidente?

A Arábia Saudita é um dos países que proíbe o Cristianismo. Portanto, “cristofóbico”. Na ONU, o presidente Jair Bolsonaro reclamou que ele sofre de cristofobia. Mas nesta segunda-feira, leio:

“Hoje conversei com o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman Al Saud, e dar seguimento às iniciativas acordadas em minha visita a Riade, em out/2019. Estamos aprofundando nossa cooperação em Defesa, comércio, investimentos e outros temas” (extraído do twitter do Presidente da República).

Não dá vontade de perguntar se ele abordou o tema que tanto reclamou?

– Os dois candidatos à Presidência em 2022: Bolsonaro e Lula! Socorro…

Bolsonaro não esconde de ninguém que concorrerá à Reeleição (mesmo que, durante a campanha, houvera dito ser contra). Lula, na 2a feira, resolveu ler uma “carta ao povo brasileiro” se dizendo à disposição do país (mesmo não podendo concorrer devido a seus crimes cometidos).

A sede pelo poder não mede escrúpulos. Quem não queria, quando senta na cadeira de presidente, quer de novo. E quem já foi por duas vezes (e saqueou o país), morre de vontade de voltar.

Pobre Brasil… Que surjam nomes HONESTOS, COMPETENTES E SENSATOS, pois não vejo um só com essas características tão necessárias à uma sociedade respeitosa e pujante.

– O que é justo, precisa ser dito: Bolsonaro não fez campanha contra a vacinação, como alguns dizem.

Por conta do fanatismo político, é necessário sempre começar os textos lembrando: não sou bolsonarista, lulista, dorista ou “qualquercoisista” que seja. Sou apartidário, mas não apolítico.

Leio algumas postagens de pessoas dizendo que o presidente Jair Bolsonaro estaria fazendo campanha contra a vacinação de Covid-19, quando disse que “ninguém é obrigado a tomar a vacina”. Mas vocês viram o contexto?

Uma enfermeira gritou enquanto ele passava “que uma boa vacina levava 14 anos para estar pronta para o mercado” (dando a entender que as vacinas não são seguras). Daí veio a resposta acima, no sentido de que “toma quem quiser”.

São várias as frases beirando a imbecilidade que foram ditas pelo presidente nos últimos meses de pandemia, condenadas aqui mesmo no blog, mas não se impute uma culpa inexistente a ele quanto a isso. Caso contrário, não faria sentido o gasto com a parceria da Unifesp com Oxford.

Acréscimo: realmente as vacinas que estão sendo desenvolvidas são muito mais rápidas do que as demais na história (o que não quer dizer que sejam necessariamente inseguras). Abordamos sobre isso aqui: https://professorrafaelporcari.com/2020/08/11/sputnik-5-a-vacina-da-russia-contra-o-covid_19-sera-produzida-no-brasil/.

– Desconfie de quem se omite na Política!

Não sou lulista, comunista ou petista. Não sou Alckmin, Doria ou Serra. Não sou do NOVO, do DEM, do Patriotas. Tampouco fanatizado chapa-branca do Governo.

Sou apartidário, mas não sou apolítico (pois todos nós precisamos nos preocupar com o Brasil). E também não sou candidato a nada.

Digo isso pois o “fanatismo de muitos” nos obriga a esclarecer que se é independente quando critica certas situações dos políticos no país. E fico muito a vontade para postar esse vídeo (assista inteiro, tem 1’30”) que traz a mesma indignação e dúvida ao presidente Jair Bolsonaro que eu tenho.

Abaixo, em: https://youtu.be/7SqT01M1IqU

Ops: Eu torço para meu país, mas isso não quer dizer avalizar toda ação do presidente como se ele fosse um imaculado cidadão.

– Quem perde na briga com os jornalistas é o próprio Bolsonaro, ao imitar estratégia de Lula.

No auge da sua popularidade mesmo com a crise do Mensalão (na época, nada havia sido provado ainda), Lula usava como desculpa dizer aos 4 cantos que “nada sabia de corrupção”. A estratégia era clara: fugir dos seus pares petistas envolvidos tentando preservar seu nome.

Agora, no auge da sua popularidade mesmo com a crise de Flávio Bolsonaro e seu laranja Queiroz (também sem provas finais ainda) Jair Bolsonaro usa da mesma estratégia: foge das respostas aos questionamentos dos jornalistas, tentando se separar da imagem do filho.

O que mais assusta é o desequilíbrio emocional de um Chefe de Estado: após ser perguntado sobre os 89 mil reais na conta da sua mulher depositados pelo ex-assessor do seu filho, ofendeu com intimidação o repórter.

Estamos bem representados nos últimos anos com esses presidentes, não?

– O bicho-homem e sua triste realidade…

Lula teve um câncer. Há quem vibrou.

Bolsonaro teve Covid_19, e outros repetiram a mesma ladainha.

Agora é a vez do governador João Dória estar contaminado pelo mesmo Novo Coronavírus, e torcedores de políticos festejam da mesma forma em Redes Sociais.

Que raio de mundo vivemos? Quem somos nós para alegrarmo-nos com a doença de outra pessoa?

Separe-se a paixão política do relacionamento humano, civilizado, socialmente necessário. Triste essa “vontade de que o outro se dê mal”

– Esquerda ou Direita, a Suspeita é sempre a Mesma…

Ideologia política nunca será termômetro de honestidade ou ética. Certo? O legislador ser de Esquerda, de Centro ou de Direita, não indica se ele é honrado ou não (embora há aqueles que julguem o contrário e criam paixões).

Por quê não me ufano com político e não tenho nenhum de estimação?

Por vários motivos… um deles, na percepção abaixo:

Era público que enquanto a relação entre PMDB e PT estava interessante para ambos, Lula fez do ex-presidente José Sarney seu conselheiro. Experiente nos meandros políticos (no bom e no mau sentido), Sarney é quem passava a sua vivência ao então chefe de governo Luiz Inácio.

Por incrível que possa parecer, Jair Bolsonaro, o atual presidente, tem como conselheiro Michel Temer, seu antecessor e calejado político. Portanto, não nos surpreendamos com a “Nova Política” ser tão parecida com a “Velha Política”.

Tanto os adoradores de Lula e de Bolsonaro refutam a existência  dessa importante relação de seus admirados ídolos, mas que ela é inadequada, ô se é (Sarney já fez e desfez em Brasília; Temer foi preso duas vezes).

Em tempo: Temer (descendente de libaneses) é quem representará o Brasil na Missão Humanitária ao Líbano, a convite de Bolsonaro, mesmo estando proibido de sair do país pelos crimes de corrupção que responde.

– Que Lula folgado! Tá tudo errado neste país…

Discordar de atitudes do Governo atual não deve significar concordar com a Oposição fanatizada. Bolsonaro tem feito muita coisa errada, é sabido, e o radicalismo de Esquerda e Direita modifica muito o entendimento da realidade. Digo isso pois li um absurdo (que pensei ser Fake News, tamanha a bobagem) sobre “Lula se referir a Sérgio Moro como juiz ladrão” e as “torcidas organizadas criarem um manifesto pró-Lula.”

O povo já esqueceu dos BILHÕES desviados neste país? Do Mensalão, do Petrolão? E de tanta mentira, demagogia e outros populismos deste ex-presidente? Aliás, tão populista que inspira até mesmo seu opositor, Bolsonaro, a algumas atitudes indevidas do mesmo tom, como discursos demagógicos.

Abaixo, extraído de: https://www.brasil247.com/brasil/de-juiz-ladrao-o-torcedor-entende-diz-lula-sobre-apoio-de-torcidas-antifascistas-a-sua-inocencia

DE JUIZ LADRÃO O TORCEDOR ENTENDE

Pelo Twitter, ex-presidente Lula lembrou do apelido lançado contra o ex-juiz Sérgio Moro pelo deputado Glauber Braga

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com ironia nesta segunda-feira, 3, à notícia de que torcidas organizadas antifascistas assinaram um manifesto em defesa de sua liberdade.

“De juiz ladrão o torcedor entende”, disse Lula pelo Twitter. O ex-presidente se referia à declaração do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que chamou o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de “juiz ladrão”, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Um grupo de torcidas organizadas antifascistas divulgou nesta segunda-feira (3) um manifesto pedindo justiça para o ex-presidente Lula. O documento foi lançado em razão da nova onda de mobilização lançada no sábado (1) pelo Comitê Lula Livre.

“Os torcedores e torcedoras que atuam nas arquibancadas e nas ruas em defesa da democracia se solidarizam com o presidente Lula e denunciam os crimes que estão sendo cometidos contra o estado democrático de direito. Lula foi condenado sem provas num julgamento injusto, em que a parcialidade e os abusos do então juiz Sérgio Moro e do Ministério Público Federal nesta operação estão amplamente documentados”, diz trecho do manifesto.

– A Carta ao Povo de Deus

Se o Papa é o líder da Igreja Católica, e os bispos estão submetidos à sua autoridade, é natural que, enquanto chefes das dioceses particulares eles devam dar um retorno sobre o atual estado das suas comunidades.

Sempre me preocupei muito com “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, dito por Jesus Cristo quando ele foi questionado sobre o dever ou não de pagar impostos. Ou seja: devemos não misturar as coisas, como Política e Religião. Entretanto, ao ler esse documento redigido por 152 bispos e enviado ao Vaticano, parece-me um pouco diferente: a “Carta ao Povo de Deus”, como foi intitulada, busca trabalhar a questão da gestão pública e as consequências sobre os fiéis e a população em geral. Particularmente, quanto ao termo abordado “desprezo à diplomacia”, uma marca constante da atual gestão Bolsonaro.

Lógico, eleitores bolsonaristas criticarão o documento (embora não exista nenhuma mentira nele), e haverá uma certa razão dos descontentes num único ponto: a omissão desta mesma aula progressista nas críticas igualmente merecedoras às gestões Lula e Dilma.

Abaixo, o documento:

CARTA AO POVO DE DEUS

“Somos bispos da Igreja Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Escrevemos esta Carta ao Povo de Deus, interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo.

Evangelizar é a missão própria da Igreja, herdada de Jesus. Ela tem consciência de que “evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Alegria do Evangelho, 176). Temos clareza de que “a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. A nossa reposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados […], uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é o Reino de Deus […] (Lc 4,43 e Mt 6,33)” (Alegria do Evangelho, 180). Nasce daí a compreensão de que o Reino de Deus é dom, compromisso e meta.

É neste horizonte que nos posicionamos frente à realidade atual do Brasil. Não temos interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é o Reino de Deus, presente em nossa história, na medida em que avançamos na construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária, como uma civilização do amor.

O Brasil atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história, comparado a uma “tempestade perfeita” que, dolorosamente, precisa ser atravessada. A causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança.

Este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso país à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados. Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta. Essa realidade não comporta indiferença.

É dever de quem se coloca na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário. As escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência frente aos desmandos do Governo Federal, não justificam a inércia e a omissão no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro.

Mazelas que se abatem também sobre a Casa Comum, ameaçada constantemente pela ação inescrupulosa de madeireiros, garimpeiros, mineradores, latifundiários e outros defensores de um desenvolvimento que despreza os direitos humanos e os da mãe terra. “Não podemos pretender ser saudáveis num mundo que está doente. As feridas causadas à nossa mãe terra sangram também a nós” (Papa Francisco, Carta ao Presidente da Colômbia por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06/2020).

Todos, pessoas e instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave e desafiador. Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela covid-19, tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino, o caos socioeconômico que se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço.

Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento Àquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises. As reformas trabalhista e previdenciária, tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo.

É verdade que o Brasil necessita de medidas e reformas sérias, mas não como as que foram feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis, liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população.

O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho, 53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço.

Convivemos, assim, com a incapacidade e a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação, como as notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.

O desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece. Esse desprezo é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Ministério da Saúde; na desnecessária tensão com os outros entes da República na coordenação do enfrentamento da pandemia; na falta de sensibilidade para com os familiares dos mortos pelo novo coronavírus e pelos profissionais da saúde, que estão adoecendo nos esforços para salvar vidas.

No plano econômico, o ministro da economia desdenha dos pequenos empresários, responsáveis pela maioria dos empregos no país, privilegiando apenas grandes grupos econômicos, concentradores de renda e os grupos financeiros que nada produzem. A recessão que nos assombra pode fazer o número de desempregados ultrapassar 20 milhões de brasileiros. Há uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de renda.

Fechando os olhos aos apelos de entidades nacionais e internacionais, o Governo Federal demonstra omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres e vulneráveis da sociedade, quais sejam: as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, as populações das periferias urbanas, dos cortiços e o povo que vive nas ruas, aos milhares, em todo o Brasil.

Estes são os mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e, lamentavelmente, não vislumbram medida efetiva que os levem a ter esperança de superar as crises sanitária e econômica que lhes são impostas de forma cruel.

O Presidente da República, há poucos dias, no Plano Emergencial para Enfrentamento à covid-19, aprovado no legislativo federal, sob o argumento de não haver previsão orçamentária, dentre outros pontos, vetou o acesso a água potável, material de higiene, oferta de leitos hospitalares e de terapia intensiva, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, nos territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais (Cf. Presidência da CNBB, Carta Aberta ao Congresso Nacional, 13/07/2020).

Até a religião é utilizada para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes. Ressalte-se o quanto é perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário.

Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?

O momento é de unidade no respeito à pluralidade! Por isso, propomos um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política, com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com “terra, teto e trabalho”, com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de qualidade para todos.

Estamos comprometidos com o recente “Pacto pela vida e pelo Brasil”, da CNBB e entidades da sociedade civil brasileira, e em sintonia com o Papa Francisco, que convoca a humanidade para pensar um novo “Pacto Educativo Global” e a nova “Economia de Francisco e Clara”, bem como, unimo-nos aos movimentos eclesiais e populares que buscam novas e urgentes alternativas para o Brasil.

Neste tempo da pandemia que nos obriga ao distanciamento social e nos ensina um “novo normal”, estamos redescobrindo nossas casas e famílias como nossa Igreja doméstica, um espaço do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs.

É sobretudo nesse ambiente que deve brilhar a luz do Evangelho que nos faz compreender que este tempo não é para a indiferença, para egoísmos, para divisões nem para o esquecimento (cf. Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/4/20).

Despertemo-nos, portanto, do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam. Com o apóstolo São Paulo, alertamos que “a noite vai avançada e o dia se aproxima; rejeitemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz” (Rm 13,12).

O Senhor vos abençoe e vos guarde. Ele vos mostre a sua face e se compadeça de vós.
O Senhor volte para vós o seu olhar e vos dê a sua paz! (Nm 6,24-26).

– Desnecessário, Srs Presidentes! A foto e a fala da semana:

A de Bolsonaro “correndo atrás da Ema”, mostrando a caixa de hidroxicloroquina (forçando a barra na divulgação do medicamento). Que coisa…

Comprovação científica de benefício? Oficialmente, não tem e cansou-se de discutir sobre isso nos últimos dias (mas o uso indevido pode trazer malefícios).

  • Quer uma fala ridícula da mesma semana?

A de Lula dizendo barbaridades sobre o Governo atual, como se ele, Luís Inácio, fosse o exemplo de ética e honestidade (repito como das outras vezes: Bolsonaro se inspira no discurso populista de Lula, apesar de ideologias contraditórias) e fala que o “PT vem forte para 2022”.

Será que as pessoas se esqueceram de que foram enganadas, roubadas, saqueadas por esse corja que está na cadeia (e alguns na rua pelo benefício da Legislação, como o próprio Lula)?

Gostaria tanto de políticos honestos e competentes... e talvez com uma qualidade que não se tenha discutido: que não sejam demagogos!

– Lula querendo agradar seus seguidores?

Igualmente a ação demagógica na qual Bolsonaro sai do Palácio do Alvorada com uma caixa de cloroquina na mão, a fim de agradar seus apaixonados eleitores, Lula tenta massagear o ego daqueles que ainda crêem nele, pedindo para que as autoridades judiciais “anulem” tudo o que foi feito contra ele!

Motivo? Os EUA colaboraram com a Lava Jato na busca de elementos comprovatórios de corrupção!

Entendeu?

Trocando em miúdos: Luís Inácio quer que o seu processo seja invalidado porque autoridades americanas ajudaram a mostrar que existia corrupção. E quem é LULA FC, torna-se automaticamente anti-EUA (na lógica dele).

Pasadena, a refinaria que deu prejuízo bilionário, está localizadas nos Estados Unidos. Que bom que houve troca de informações entre as autoridades! (Lembrando que esse “rolo citado” envolve Dilma Rousseff). E o que mais assusta: Lula não está preocupado em dizer que é inocente, mas sim em acusar de interesseiro quem ajudou a provar seus crimes (como se ele não fosse criminoso).

Quem não tem uma parcela fanática de devotos seguidores, como Lula e Bolsonaro, fica sozinho quando é acusado. Enquanto escrevo, ouço que José Serra é alvo da Polícia Federal… 

O tucano, cá entre nós, vai ficar chupando o dedo esperando defesa.

– Hélio Schwartsman, a opinião polêmica da “morte do presidente” e o desdobramento

Repercutiu bastante o artigo escrito na Folha de São Paulo pelo colunista Hélio Schwartsman, entitulado: “Por que torço para que Bolsonaro morra”, com a chamada de que “o presidente prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida”.

É inegável que as duras palavras e a insensibilidade do título e do destaque trazem desconforto. Mas há de se ler o texto (mesmo a contragosto) e entender algo que é coerente ao autor: ele defende a plena e irrestrita liberdade de expressão. Me lembro de colunas onde ele fala da permissão de se falar de tudo, inclusive da defesa do racismo e do antissemitismo (sendo ele judeu).

Eu discordo de que a Liberdade de Expressão seja confundida com a apologia às coisas criminosas. Porém, defender a morte do presidente pela doença entraria, talvez, numa outra categoria: a da desumanidade!

Não sei se é algo para a Justiça dos homens julgar. Antes da doença confirmada, falei da questão de “nunca torcer pela morte de ninguém” (e me referi ao câncer de Lula e, no momento, da suposta contaminação por Covid-19 de Bolsonaro, em: https://wp.me/p4RTuC-quZ), mas sei que a minha opinião é “somente a minha opinião”. Todos têm permissão de agir conforme sua crença ou desejo, desde que não seja socialmente condenável (e se for, aí é outra história).

Leio que a própria Folha de São Paulo, em Editorial, foi numa linha diferente de Hélio Schwartsman, desejando boa recuperação. E leio também que o Ministro André Mendonça pediu para a Polícia Federal investigar o colunista.

Seria para tanto? Se for, quantas pessoas escreveram a mesma coisa que ele nas Redes Sociais e quantas outras fizeram o mesmo por Lula na época do seu tratamento?

Insisto: defendo a vida, e se A, B ou C, sendo presidente ou um simples cidadão anônimo transgredir, que se resolva durante os “90 minutos do jogo da vida”.

– Dava para evitar, né presidente?

Na parte da manhã, antes do resultado positivo para Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro, fizemos algumas considerações sobre a possível repercussão e falamos da necessidade de que, assim como ocorreu com o câncer de Lula, não desejar o pior aos enfermos (nem doença à pessoa alguma).

(Texto citado em: https://professorrafaelporcari.com/2020/07/07/e-se-bolsonaro-estiver-com-covid-19/).

Pois bem, agora que já se sabe que Bolsonaro está infectado (e também desejando pronta recuperação), vale o ENORME puxão de orelhas pela imprudência de seus atos! Pra quê ir às aglomerações, desdenhar do uso de máscara e, aí vale a demagogia, dizer que “ía às massas atendendo o clamor do povo” (ô discurso chato… e é idêntico ao populismo que Lula falava).

Somente o fanatismo pode dizer que “pegou por atitudes heróicas”. Nada disso, pegou porque foi irresponsável (diferente do sujeito que se cuida, previne, e por um acaso acaba contraindo).

Em tempo: é lamentável ver as coisas publicadas nas Redes Sociais hoje sobre esse assunto! Tem gente soltando rojão… aí não.

Prefeitos criticam discurso de Bolsonaro em ato antidemocrático ...

Criador: GABRIELA BILO Crédito: ESTADAO

– E se Bolsonaro estiver com Covid-19?

Noticia-se que o presidente Jair Bolsonaro possa estar com o Novo Coronavírus. Se estiver, ironicamente, seria um cala-boca aos que duvidaram da veracidade do seu exame, e, obviamente, “lenha” para reforçar a observação de que mostrava-se imprudente ao extremo, dando mau exemplo.

Assim como escrevi sobre o ex-presidente Lula quando ele descobriu seu câncer, faço o mesmo com Bolsonaro: boa sorte na sua recuperação (caso esteja doente). Separe-se sempre o político da pessoa e, independente das coisas, NUNCA uma pessoa pode desejar qualquer enfermidade para outra.

Lamento que, assim como ocorrido com Luís Inácio (as hashtags “a favor” da doença), bombe no twitter em referência a Jair a menção pela torcida pelo pior (o #ForçaCoronavírus).

– Guarujá, Atibaia, Herdeiro, Laranja, Franquia…

Veja só que loucura: Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro, mudou de novo a história sobre Fabrício Queiroz, o assessor acusado de ser “laranja” do senador e envolvido no esquema das “rachadinhas” da Alerj.

Ele disse à Revista Veja que, para Queiroz não ser morto e alguém incriminar a família Bolsonaro, o escondeu no Guarujá e depois em Atibaia.

Não só esse é o “Calcanhar de Aquiles” de Flávio, mas também a questão das entradas financeiras da sua loja, uma franquia de chocolates.

Compare: Lula também passou por um sítio em Atibaia (com a desculpa que era do amigo de seu filho – e que era de “um laranja”), tinha o triplex no Guarujá, mudou suas versões e a mulher foi acusada de lavar dinheiro vendendo perfumes de uma franquia.

Que coisa nosso país! O país da “piada pronta”… São inevitáveis as comparações do acusado senador Flávio Bolsonaro com a do condenado ex-presidente Lula, por culpa de tanta coincidência!

Enfim, ficará a pergunta: por quê só agora Wassef mudou o discurso?