Uma das práticas mais amáveis das mães para com os seus bebês, fortalecendo o instinto natural da maternidade e ajudando o pequeno a se desenvolver, é o uso do sling – algo simples e ao mesmo tempo primordial para ajudar na exterogestação.
Aliás, praticantes da arte do Baby Fusion conhecem bem esses termos e conceitos.
Compartilho, abaixo, algumas explicações (vide maiores informações no Instagram de @priscilaporcari.babyfusion).
EXTEROGESTAÇÃO vs SLING
por Priscila Porcari Ferreira
Você sabe a relação de Exterogestação X Sling ?
Vou te contar: o campo da neurociência vem crescendo cada vez mais e estudos nos mostram a importância do colo para o bebê recém-nascido.
O bebê nasce com determinada quantidade de ligações neurológicas e precisa continuar fazendo essas ligações para se desenvolver. Se o bebê fosse nascer com essas ligações suficientes maduras para ele ser “completo”, ele teria que nascer de 12 meses e não de 9 meses. A sábia natureza fez com o que o bebê nascesse de 9 meses para ter a cabeça ainda pequena e passar com tranquilidade pela via de parto. E portanto, os 3 meses restantes seriam de exterogestação, ou seja: ele se desenvolve fora do útero. Quem é mãe sabe que os 3 meses do bebê é um “marco”. O bebê muda, os sorrisos surgem, as cólicas desaparecem.
A mãe que proporciona o colo nesse e nos outros períodos seguintes está oferecendo para seu filho uma relação de inteligência mais benéfica ao longo do seu desenvolvimento até a sua vida adulta.
É ai, que entra o sling. O sling do tipo “wrap” vem como um facilitador do colo e instrumento poderoso; com ele, conseguimos remeter o bebê ao ambiente em que ele estava dentro do útero. Acolhido, escutando os sons da mãe, a movimentação de ir e vir na posição quase que fetal… há troca de temperatura, há o cheiro e batimentos cardíacos de coração com coração. O Bebê se acalma, relaxa, se sente protegido, amado e seguro. É aonde ele quer e precisa estar. A mãe se sente confiante, satisfeita e com as mãos livres para conseguir realizar outros afazeres…
Há quem acha que Sling é coisa da moda ou da modernidade…. mas o conceito de “carregar” é ancestral, em algumas tribos e etnias as mães permanecem com o seu bebê no colo o tempo todo. Com a ajuda de algum aparato semelhante a um sling, o bebê tem livre acesso ao seio da mãe e vê o mundo no mesmo ângulo que ela. E não é preciso ir tão longe, por exemplo: na época das nossas avós não existiam carrinhos, cadeirinhas vibratórias com luzes, músicas etc…. elas amarravam o bebê em qualquer tecido e saiam para trabalhar na roça. O que a “modernidade” nos trouxe foram estudos com as fisioterapeutas e pediatras para que a colocação do bebê no sling respeitassem a fisiologia dele, garantindo conforto e segurança para seu desenvolvimento, pois o tecido “molda” o corpinho do bebê garantindo o aconchego ideal. Na verdade, o que o bebê precisa é de um bom colo, aconchego e amor. Vejam alguns mamíferos: os macacos e os cangurus…as mães andam com suas crias agarradas nelas… e isso é extremamente natural.
Se eu pudesse dar um conselho para uma gestante, seria: tenha um sling! Arrisco dizer que é o melhor item do enxoval de um bebê, e não só para o período da exterogestação (o sling geralmente suporta ate 20 kg em media). Então, dê colo… muito colo e acolhimento para o seu bebê.
Obs: O sling é muito diferente do canguru que grandes marcas comercializam (aqueles rígidos em que o bebê fica com o corpo solto e pendurado pela pelve). Isso é muito sério! Cabe aqui um outro post sobre o assunto (que farei em breve).
CONTATO (Instagram): https://www.instagram.com/priscilaporcari.babyfusion/?igshid=1qml25a2bknjl. (@priscilaporcari.babyfusion).
Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
[…] Olhe que legal esses conceitos aqui sobre eles: https://professorrafaelporcari.com/2020/05/25/baby-fusion-sling-e-exterogestao/ […]
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