A insistência em jogar futebol profissional mesmo com o Covid-19 em alta, pode permitir o surgimento de um outro esporte sem ser o que conhecemos.
Vimos dias atrás a vontade da FPF em retornar os seus campeonatos (em: https://wp.me/p55Mu0-2w8). Falamos de algumas ideias estapafúrdias para que isso ocorra, como isolar atleta por 15 dias ou não ter contato físico algum durante o jogo, proibindo abraço em comemoração de gol (texto em: https://wp.me/p4RTuC-puS)
No Campeonato Holandês, já houve o encerramento do torneio (vide em: https://wp.me/p4RTuC-pyy) Nesta semana, na terra do bilionário PSG, o Campeonato Francês também foi encerrado pela FFF (sem que tenha-se decidido campeão ou rebaixado).
Agora, leio que o importante médico Michel D’Hooghe, responsável pelas principais questões de saúde da FIFA, sugeriu que se aplique Cartão Amarelo para o atleta que cuspir em campo, pois isso poderia disseminar o Novo Coronavírus. Ora se, existe o risco, simplesmente não tenha futebol, ao invés de criar regras que deverão ser contestadas pelos jogadores e possivelmente não cumpridas.
Ao menos, o próprio Dr D’Hooghe usou o bom senso quando disse: o ideal é que não se faça futebol nem com portões fechados, pois existiria o risco dos atletas expostos, já que seria impossível manter a distância necessária entre eles de 1,5m.
Já imaginaram que tal medida (o distanciamento de 1,5m) for sido colocado como regra, assim como não cuspir?
A verdade é: enquanto existir risco de contágio entre os boleiros, não se realize futebol de jeito algum.
MÉDICO DA FIFA QUER CARTÃO AMARELO PARA QUEM CUSPIR NO GRAMADO QUANDO FUTEBOL FOR RETOMADO
“(Cuspir) não é higiênico e é uma boa maneira de espalhar o vírus”, afirma Michel D’Hooghe, presidente do comitê médico da entidade máxima do futebol mundial
O retorno do futebol em meio à pandemia do coronavírus ainda está cercado de dúvidas e incertezas. Para Michel D’Hooghe, presidente do Comitê Médico da Fifa, além de protocolos de segurança, serão necessárias medidas punitivas aos atletas quando a bola voltar a rolar. Mais especificamente àqueles que cuspirem em campo.
– É uma prática comum no futebol e pouco higiênica. Por isso, quando o futebol voltar, penso que deveríamos evitá-la ao máximo. A questão é se isso será possível. Talvez com um cartão amarelo – disse D’Hooghe, em entrevista ao jornal inglês “Daily Telegraph”.
– (Cuspir) não é higiênico e é uma boa maneira de espalhar o vírus. E essa é uma das razões pelas quais temos de ter muito cuidado antes de a bola voltar a rolar. Não sou pessimista, mas neste momento sou muito cético relativamente a isso – frisou Michel D’Hooghe.
Esta não é a primeira vez que o presidente do comitê médico da Fifa manifesta algumas reservas quanto ao retorno do futebol nesta temporada. No início do mês, D’Hooghe pediu cautela na tomada de decisões sobre o regresso das competições, mesmo com portões fechados, uma vez que “é impossível que os jogadores respeitem uma distância de 1,5 m entre si”.