Tostão foi excepcional jogador de futebol. Fora de campo, é um brilhante analista na sua coluna na Folha de São Paulo. Tornou-se, para mim, alguém de maior respeito ainda ao recusar o convite da CBF, feito por Walter Feldman, para ser embaixador da entidade num jogo do Mineirão entre Brasil x Argentina, em 2016.
E é justamente esse o modo de operar que a CBF (e a maior parte de suas filiadas) faz: a quem critica, realiza convites para massagear ou ego ou até mesmo de natureza financeira. Muitos aceitam e mudam de lado. Outros resistem. Tite, por exemplo (outro a quem admiro – ou admirava) sucumbiu ao sonho de dirigir a Seleção mesmo tendo assinado o manifesto anti-Del Nero tempos atrás. E nessa virada de ano, com muitos novos políticos e gente “precisando de emprego”… Cuidado!
Não pensem que os convites são apenas para figurões ou “cobras”. Eu mesmo, humilde “minhoquinha”, já recebi convites com passagens pagas para ir à Cidade Maravilhosa ou mesmo tomar café na Barra Funda. Muitos que conheci aliviam depois dessa “social”. Dessa forma, vale praticar o que sempre aprendi: “passarinho, de tanto andar com morcego, um dia dirão que dormiu deitado (mesmo que ele não durma)”. Ou ainda, se preferir, o dito: “diga-me com quem tu andas que direi quem tu és”.
Entendeu? Insisto: CUIDADO COM OS CONVITES NESTE FINAL DE ANO.
Parabéns a todos que resistem à tentação, especialmente ao Eduardo “Tostão” Gonçalves de Andrade.
