Têm erros para todos os gostos na Rodada do Campeonato Brasileiro deste último final de semana. E serei sincero: está difícil ver todos!
Houve impedimento “de mesma linha” (Palmeiras x Chapecoense); teve mão na bola interpretada como bola na mão (Atlético Mineiro x Corinthians) e outras reclamações.
Mas pense: o que fazer?
Marco Polo Del Nero, presidente suspenso da CBF, colocou como presidente “de status” o Coronel Nunes do Pará (mesmo estado de Dawson Freitas, o árbitro FIFA paraense).
Alguma ligação?
Os FIFAs são os 10 melhores do Brasil. Wagner Reway, do MT (da lambança de Vitória x Flamengo), está nessa lista também.
Promoção sem meritocracia adequada?
Algumas coisas são justificáveis: o Chefe dos Árbitros é um Coronel da PM (Marcos Marinho), inventado por Del Nero (ironicamente procurado pela Interpool, a Polícia Internacional). O que Marinho já apitou? Jogou em que time? Dirigiu o quê? Ele era comandante do Policiamento contra torcidas organizadas e foi “criado” após o escândalo Edilson Pereira de Carvalho.
Pense em outra situação: a CBF gasta uma fortuna com o projeto do VAR (questione o salário do Diretor do departamento de Árbitro de Vídeo), mas não tem vídeo-árbitro no Brasileirão! Como explicar? Ops: o Diretor do Departamento é Sérgio Correa da Silva, que outrora havia sido demitido da Comissão de Árbitros, mas na verdade foi remanejado para a nova função.
Não dá mais. Três coisas são necessárias para melhorar a arbitragem em nosso país:
- Gente do ramo (ex-árbitros e/ou estudiosos do assunto);
- Gente competente (não adianta estar lá apenas por histórico);
- Gente merecedora (chega de cargos promovidos por política, deve existir o mérito).
Sem tudo isso, é bobagem ficar toda a rodada falando sobre erros da arbitragem. A gente fica escrevendo demais, cansando muito e a rotina se repete!
