Deu azar (aliás, vem dando má sorte em clássicos há algum tempo) o árbitro Luiz Flávio de Oliveira no SFC x SCCP deste domingo.
A torcida santista que desde o tempo do seu irmão Paulo César pega no pé da família Oliveira, reclama de um pênalti não marcado bem no final da partida no Pacaembu que poderia originar o gol da vitória (de virada) ao Peixe sobre o Timão. A bola foi dividida próximo à linha penal e marcou-se tiro livre direto. Mas as queixas são com ou sem razão?
Com razão, mas é preciso levar em conta algumas situações:
- O desgaste do jogo cheio de percalços (como mais uma queda de energia no Estádio Paulo Machado de Carvalho);
- A má fase do bom árbitro;
- O momento de tensão do jogo; e, o principal…
- … A velocidade e localidade da infração.
Explico o último item: apesar de Luiz Flávio estar bem posicionado, os pés dos jogadores tentando a bola se embaralham e impedem do árbitro ter certeza se foi dentro ou fora da grande área. O toque é rápido, isso também atrapalha o poder de decisão do juiz. E ouso dizer: houve tanta dúvida do que foi marcado, que o local onde a bola foi colocada e a falta foi cobrada é bem distante do real ponto onde aconteceu a infração (para justificar, consciente ou não, a bola foi puxada bem fora da área).
Que existiu o erro, não há o discutir. Mas tenhamos certeza: se fosse marcado o pênalti, Luiz Flávio marcaria com a mesma falta de convicção de como foi marcado o tiro direto, pelas dificuldades citadas.
Enfim, o mais irônico é que esse lance seria facilmente resolvido com a utilização do árbitro de vídeo, aprovado e incorporado às regras no dia anterior (e que no Brasil os testes ficaram só no discurso)! Com a grana que a Federação Paulista de Futebol tem, não era correto ter o uso experimental do recurso? Lembrando que para o Brasileirão, Santos e Corinthians votaram contra o uso do VAR em 2018.
Sobre a oficialização do Vídeo-Árbitro (VAR), compartilho em: https://wp.me/p4RTuC-lIs