É interessante como as coisas caminham no futebol. Vejo a estréia de Deivid, ex-jogador do Santos, Corinthians, Flamengo e outros times mundo afora, agora como treinador do Cruzeiro/MG. Artilheiro que foi “imortalizado” injustamente por um gol imperdível no final de carreira, ele começa um novo momento no futebol.
O detalhe é: Deivid era centroavante em Santa Catarina, e foi contratado pelo Santos. Antes de estrear na equipe profissional, jogou na equipe Sub20. Curiosamente, eu apitei seu primeiro jogo: Santo André 2×2 Santos (Paulistão Sub 20), no Estádio Bruno José Daniel. Estava 2×0 para o Ramalhão e Deivid, que estava no banco, entrou. Fez os dois gols, e quando iria fazer o terceiro, com a bola entrando, o bandeira assinalou impedimento.
Imaginaram logo na primeira partida sair da reserva e fazer os 3 gols da vitória do Peixe?
Ato contínuo, o atacante reclamou “pra chuchu“, sendo inevitável o cartão amarelo. O meu susto foi a gagueira dele, que eu não tinha compreendido em um primeiro momento. Mais ou menos assim:
“- Cê tá-ta-tá lo-louco proffffessor, vim de-de-de trás!”
Não é bullying, é caso verídico! Relatei só um trechinho, mas e se ele me xinga, o expulso e tenho que relatar em súmula os palavrões proferidos?
Vixi…
Ainda bem que a gagueira foi bem tratada com ótimos profissionais. Pensou treinador gago à beira do campo, gritando e orientando o time?
(Reforço: não é discriminação, apenas uma constatação).

