No mundo ideal, entenderíamos que os campeonatos estaduais seriam um “torneio-apronto” para as demais competições que muito valem (e muito pagam): Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Sulamericana e Libertadores da América.
Entretanto… perca um jogo e a dor de cabeça aparecerá imediatamente.
Vejam o caso do São Paulo FC: o treinador Rogério Ceni, ídolo como goleiro (e talvez o maior atleta da história do clube) não repetiu uma escalação sequer, colocando o time todo para jogar. Ele pode fazer isso pois tem respaldo da diretoria e o torcedor pensa “duas vezes” antes de questionar. Ceni está fazendo experiências nesta fase do Campeonato Paulista, a fim de saber com quem pode (ou não) contar na reta final do próprio Paulistão e do Brasileirão.
Idem ao Palmeiras, com Abel Ferreira há um bom tempo no clube e com crédito pelas conquistas.
Já os outros times… Odair Hellmann e Fernando Lázaro não têm essa permissão no Santos e Corinthians. “Fazer testes” é um luxo e “perder” tornar-se sinal de alerta (e de burra intolerância para alguns). Isso vale para o Vitor Pereira lá no Flamengo também.
Trocando em miúdos: ir bem no Paulistão, “não fez mais do que a obrigação”. Mas se ir mal… aguente as críticas (mesmo estando em início de trabalho).
O torcedor, lógico, não tem a obrigação e nem o compromisso de entender isso. Vide o caso do Red Bull Bragantino: ganhou do Corinthians e do São Paulo, e os aplausos vieram. Mas perdeu do Água Santa, tendo “um time de lesionados e suspensos” na ocasião, e as críticas surgiram.
Sábios são os dirigentes que entenderem esse momento…
Imagem: Divulgação FPF na web.