Vitor Pereira, quando foi falar da vontade “não-possível” de Roger Guedes em jogar na posição que gosta, usou a infeliz frase de que “gostaria de treinar o Liverpool mas não podia”.
Sincero demais…
Para mim, evitável. Eu, no lugar do presidente do Corinthians, pediria para que se evitável tais declarações. Mas muitas vezes acima da minha impressão, fica o ótimo texto do Luís Carlos Quartarollo, que compartilho abaixo sobre essa situação:
A SORTE DE VITOR PEREIRA É QUE O SEO TUTA NÃO É O PRESIDENTE DO CORINTHIANS.
Vitor Pereira disse que gostaria de treinar o Liverpool, mas não pode. Se pudesse iria correndo para a Inglaterra. Disse isso para justificar a “queimada” que tem dado em Roger Guedes, que insiste que é jogador de lado e o técnico quer escala-lo em outras posições. Para uns não precisava ter dito isso até porque hoje trabalha no Corinthians. Para outros não teve nada demais porque ele disse que também respeitava o Corinthians.
É líder do Brasileiro, virtualmente classificado na Libertadores e vivo na Copa do Brasil. Isso basta para o torcedor mais bravo passar o pano mesmo quando se sente atingido. É a esposa que engole, se faz de sonsa, quando o marido diz que a vizinha é bonita e gostosa, mas que não esquece e na primeira discussão vai jogar isso na cara dele. Duvida? Então tente para ver o que acontece. Torcedor apaixonado é a mesma coisa. Finge que aceita e espera a hora certa para devolver a bronca.
Mas além disso, como mostra a manchete aí em cima, Vitor Pereira tem sorte que o Seo Tuta não é presidente do Corinthians. Se fosse já estaria na rua no fim da coletiva. Conta a história e reza a lenda, que na década de 70, o genial Joseval Peixoto, o locutor da Copa-70 naquele pool de rádios numa linha só, trocou a Jovem Pan pela Bandeirantes. Depois acabou voltando e até fez dupla com o não menos genial Osmar Santos e virou âncora do Jornal da Manhã por anos a fio.
Num domingo quando Joseval ia estrear na Bandeirantes vários companheiros da Jovem Pan foram convidados para enviar uma mensagem ao ex-colega que começava uma nova empreitada na carreira. Um deles, Geraldo Blota, fiel amigo e companheiro inseparável de Joseval até na composição da música “Ói nóis aqui traveis”, sucesso na voz dos Demônios da Garoa, não se fez de rogado e disse mais ou menos assim: “Boa sorte, Joseval e se me convidar vou também”.
No dia seguinte quando o popular GB chegou à Jovem Pan foi avisado para passar no Departamento Pessoal. Estava demitido. Quando quis saber o porque ouviu do Seo Tuta, que era dono daquela grande Jovem Pan: ” Você não queria ir para a Bandeirantes. Está demitido. Pode ir”. Pelo que sei não foi, mas a demissão nunca se reverteu. Entendeu agora a sorte que você tem, Vitor Pereira. Já imaginou se Duílio Monteiro Alves fosse o Seo Tuta. “Ah, gostaria de treinar o Liverpool. Por falta de adeus, até logo. Vai, o Aeroporto é logo ali”
EM TEMPO: Antonio Augusto Amaral de Carvalho, seo Tuta, foi o melhor patrão que eu tive. Acertava mais de 10 vezes do que errava e defendia seu time como ninguém. Tinha lá sua razões. Fez da Jovem Pan uma referência nacional. Pelo menos na sua época.

