O Manchester City do treinador Pep Guardiola (talvez o maior treinador de futebol de todos os tempos) perdeu para o Chelsea na Liga dos Campeões. E, num fato incomum, o técnico beijou a medalha de vice (já que a maior parte dos derrotados a despreza).
Sobre isso, em audiência papal com atletas do basquete italiano, citou Francisco:
“Gostaria aqui de destacar a atitude perante a derrota. Me disseram que, um dia destes, não sei onde, teve um vencedor e um que terminou em segundo. E quem terminou em segundo beijou a medalha. Normalmente, quando terminamos em segundo, a gente fica triste, e temos vontade de arremessar a medalha. Ele, no entanto, a beijou. Isso nos ensina que mesmo na derrota pode haver uma vitória: aceitar as derrotas com maturidade, porque isso nos faz crescer. Quando um esportista sabe superar uma derrota assim, com dignidade, humanidade e com um grande coração, é uma verdadeira honra e vitória humana”.
Óbvio que o Papa Francisco, entusiasta do futebol e torcedor do San Lorenzo, sabia a quem se referia. Mas sua fala me lembrou a de outro Papa, esse um ex-atleta e ator, João Paulo II, que disse em audiência aos árbitros italianos na década de 80:
“O esporte deve servir para inspirar os valores éticos e cristãos”.
Para nós refletirmos: o ensinamento de aceitar com maturidade a derrota e ter espírito desportivo, de defender a disciplina e a ética – não só no esporte mas na vida em geral – tem sido difundido pelo futebol?

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem tiver conhecimento, informar para os créditos.
