Assistir aos lances de futebol é sempre melhor do que ler relatos sobre eles, ok? Digo isso pois a impressão de que eu tinha, ao ler as críticas sobre o pênalti a favor do América Mineiro contra o Corinthians pela Copa do Brasil, eram de que o lance seria incrivelmente absurdo. E seria mesmo, se formos para o ano de 2014 para trás.
A regra da mão na bola mudou, se tornou injusta e complicada. Some-se a isso os erros de orientação dos dirigentes do apito brasileiro, que chegaram a criar quase que uma “regra de queimada”, onde “bateu, marcou”. A famosa Regra 12-B, de Brasil – uma jabuticaba nossa!
Vamos aos dois tiros penais:
1- Wagner Magalhães marcou convictamente e sustentou um tiro de meta ao América, após Davó ter sido tocado num carrinho. Pênalti claro onde o juiz foi traído pelo seu posicionamento dentro de campo. Acertou o VAR em chamar a atenção do árbitro e corrigir o erro.
2- O lance de Lucas Piton, quando a bola bate na sua mão: só é infração quando uma mão propositalmente é colocada na bola (intenção). Não existe imprudência neste tipo de infração, como nas demais infrações do jogo (é uma excepcionalidade do uso indevido dos braços e mãos na bola). Entretanto, há 6 anos, passou a valer a mão com intencionalidade disfarçada, o chamado “movimento anti-natural dos braços”. Ou seja: você não queria tocar diretamente a mão na bola, mas permite que ela toque em você deixando o membro exposto para que isso aconteça.
Trocando em miúdos: abre os braços e não o fecha a tempo de evitar um contato; pula na barreira com eles levantados numa forma não usual; age fisiologicamente de maneira não natural.
No caso reclamado ontem, repare que Piton está correndo com seu adversário e o braço esquerdo está em um movimento natural, mas o braço direito está solto, desengonçado, “pedindo” para que a bola bata nele. Perceba por uma das câmeras que a TV Globo mostrou que ele corre “torto”, com uma “asa direita” aberta, procurando a bola! É a chamada “intenção disfarçada”.
O fato dele estar de costas (nesta jogada especificamente) é irrelevante, pois foi uma bola longa, onde ele tinha noção de que ela ali chegaria. Seria absurdo se fosse um bate-rebate, no qual ele não tivesse noção da posição da bola (aí sim teria relevância o “estar de costas”). Portanto, apesar de ser uma marcação polêmica, não comum e impopular, acertou o árbitro.
Sobre a mudança da Regra, o histórico e a explicação didática, clique aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/08/09/o-que-mudou-ou-nao-na-regra-da-mao-na-bola/

amigo, tenho de discordar da sua interpretaçao deste lance , como assim esperando que a bola toque em seu braço, eh claro e notorio no lance que ele nao tem sequer a noçao onde a bola esta , esta sim fazendo a marcaçao de seu oponente , foi um toque totalmente involuntari ele se assusta qdo recebe o toque da bola, nao houve infraçao, errou arbitro e errou o analista sr Salvio que so fala texto que agrada a comissao e aos arbitros
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Porcari:
NA VERDADE SUA EXPLICAÇÃO É ABSOLUTAMENTE CORRETA PERANTE A ALTERAÇÃO DA REGRA, PORÉM TAMBÉM DISCORDO DA SUA “INTERPRETAÇÃO” DADA, SE É QUE POSSO SER ENTENDIDO. ALIÁS A UEFA JÁ SOLICITOU À FIFA QUE VOLTE A ALTERAR ESSAS QUESTÕES POR AÇÕES DE MÃOS OU BRAÇOS.
ABRAÇO, AMIGO.
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Abraço Professor. E a UEFA estará fazendo um grande favor ao futebol se for atendida.
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