Na Copa do Mundo de Futebol, torneio que é vitrine para qualquer iniciativa por ser a maior competição do planeta, a utilização do árbitro de vídeo mostrou três coisas importantes até agora:
- A Tecnologia ajuda, mas não elimina a injustiça no futebol. O VAR é inevitável para o futuro.
- A Polêmica (tão necessária para alguns) continuará existindo no esporte, por conta das questões interpretativas.
- Há muito o que se aprimorar ainda.
Sempre defendi que toda forma eletrônica para a legitimação de resultados é válida. Entretanto, ao mesmo tempo sempre alertei de que nada adiantará tal aparato se não tivermos a capacitação de quem o usa: o elemento humano.
Digo tudo isso pois vimos o uruguaio Andrés Cunha usar com perfeição a ajuda eletrônica (solicitando a repetição de imagem ou sendo instigado a rever pela cabine) na partida entre França 2×1 Austrália. Ao mesmo tempo, vimos um verdadeiro “circo dos horrores” em Portugal 1×1 Irã, onde o paraguaio Enrique Cáceres e a equipe do árbitro de vídeo vulgarizaram a ideia.
Ao assistir essa última partida citada, questiono-me:
- Cáceres mostrou-se tão inseguro que precisou utilizar tantas vezes o VAR?
- O VAR, o AVAR e os demais integrantes quiseram aparecer mais do que deveriam, tentando “apitar o jogo” da central instalada em Moscou?
- A FIFA estaria forçando o uso do equipamento para “vender a ideia” de modernidade (por isso tantos pedidos de imagem televisiva)?
Tenho medo de que o mau uso do VAR faça com que a ideia seja detonada. Imagine tal arbitragem como a de ontem num Palmeiras x Corinthians ou em um Boca Jrs x River Plate? Impensável!
Se tivesse poder de sugestão, três medidas a serem aplicadas:
- Treinamento intensivo nos jogos de categorias de base;
- Som aberto às emissoras de TV e público para entender o que se discute a fim de maior clareza no entendimento da interpretação da arbitragem;
- Permissão de número limitado de “desafios” às equipes, sendo solicitados pelos capitães.
E você, o que está achando da iniciativa do árbitro de vídeo na Copa do Mundo Rússia 2018?
Penso que o ideal era ter deixado a utilização de tudo isso para o Mundial do Catar 2022, a fim de mais aprimoramento do seu uso mundo afora.
Aliás, viram o marroquino se dirigindo à uma câmera, fazendo o gesto da tela de TV e xingando o VAR?

