Fui perguntado se o lance em que o santista Renato pula e a bola bate em seu braço / mão não era infração a favor do Corinthians. A resposta é simples: NÃO!
Muita gente confunde a nova orientação da Regra 12, na qual sugere que se marque faltas em lances de intenção disfarçada de movimentos antinaturais de braços e mãos. Esses “confusos” alegam que a imprudência de se pular com o braço aberto é motivo para marcar faltas e pênaltis.
Nada disso! Nas infrações do futebol, a única que não pode avaliar a imprudência, mas exclusivamente a intenção, é a mão na bola! E dentro da intenção, se avalia o movimento antinatural do braço, uma “intenção disfarçada”.
Quer um exemplo?
Se você pula para cabecear uma bola e ela bate em seu braço por consequência da jogada, não é falta. Bateu, simplesmente, sem intenção. Mas se você pula com o braço levantado acima da cabeça para disputa-la (fisiologicamente, não é esse o movimento natural de um salto), é porque você quer tirar vantagem e disfarça sua intenção, desejando que a bola possa bater em seu braço e ganhar vantagem.
Assim, responda: você acha que Renato teve a intenção de dominar / tocar a bola, ou ela bateu no braço dele? Repare que o atleta até tenta afastar o braço com medo de alguma marcação quando ela toca nele.

