O bom árbitro peruano Victor Carrillo (que para mim deveria estar na lista dos mundialistas 2018 no lugar do paraguaio Enrique Cáceres) apitou a estreia do Tricolor Paulista contra os “Canallas” em Rosário-ARG pela Sulamericana e entrou em uma polêmica: aos 35 minutos do 1o tempo, ao ver Rodrigo Caio pular para disputar uma bola com seu adversário Marco Ruben, o juiz interpretou que o são-paulino deu uma cotovelada no jogador argentino e o expulsou.
Cartão Vermelho ou não?
NÃO! Cartão Amarelo seria o correto.
Verifique que quando os dois atletas pulam, Rodrigo Caio tem uma impulsão maior que Marco Rubem e o cotovelo fica na altura do rosto do jogador que pulou menos alto, ao colocar o braço à sua frente. Da câmera de frente para o lance, percebe-se que ambos atletas estão preocupados em disputar a bola, e o erro do brasileiro é ganhar vantagem justamente com esse braço. Tal situação não é de força excessiva ou agressão proposital, mas de ação temerária – que resulta em advertência por cartão amarelo (afinal, ele segurou o jogador com essa atitude).
O árbitro teria, posteriormente à marcação da falta, se impressionado com o fato do sangramento no rosto do atingido (em decorrência de casualidade e não de agressão)?
Pode ser. Em um primeiro momento, aparenta que nem cartão amarelo seria aplicado por Carillo, e após verificar o jogador no chão e o sangue, surge o vermelho.
Erro do árbitro, mas um “puxão de orelha” no jogador brasileiro: afinal, deu motivo para uma milonga de um inteligente adversário (que tirou proveito da “deixa”).