Em 2010, quando Julian Assange, o fundador do Wikileaks, divulgou vários documentos sigilosos que continham crimes de pessoas e governos importantes, Luís Inácio Lula da Silva declarou:
“Aparece o tal do WikiLeaks e desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca. Se ele leu, é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpem quem fez a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem”.
Repetindo: “Quem divulga não é culpado”, pois o problema é o ato criminoso cometido e que ficaria encoberto.
Certo?
Mas quando é com ele… o discurso mudou?
Em 1988, no Governo Sarney, em entrevista ao “O Globo”, Lula se referiu a políticos corruptos que ficavam impunes dizendo:
“No Brasil é assim: quando um pobre rouba, ele vai para a cadeia, mas quando um rico rouba ele vira ministro“.
Que ironia do destino… Lula, acusado de corrupção, foi chamado às pressas para ser ministro. E não um simples ministro, mas um super ministro, praticamente para governar a nação e que depois foi impedido por se descobrir por grampos telefônicos que era um esquema de evitar sua provável prisão e ter foro privilegiado.
Em referência aos grampos, fica a pergunta: que baixeza foi a fala de Lula ao dizer que o PT precisava das “mulheres de grelo duro”? Que linguajar chulo! Pior: sobre Clara Ant, diretora do Instituto Lula, ele disse que quando a diretora viu 5 Policiais Federais, “achou que era um presente de Deus”.
Se ele trata assim as pessoas próximas a ele, imagine aos adversários?
Mais do que isso: a troca de gargalhadas entre Eduardo Paes e Lula sobre o sítio de Atibaia (sítio negado por ele), ironizando como “lugar cafona” de quem tem “mania de se fazer de pobre”.
Quando achamos que o fundo do poço chegou, vemos que ele está longe ainda…
Desse atual episódio onde a Lava Jato está corretamente indo a fundo, tiramos duas conclusões:
– A Oposição é fraca e parece estar indo (ou melhor, já foi) para o mesmo caminho: e as contas e podres de Aécio Neves? Não dá para ignorá-las também!
– Não há um líder político como opção. Quem pode subir em um palanque e conclamar o povo para mudança nesse momento turbulento? Quem é o político-símbolo de honestidade hoje? Infelizmente, não há…

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