O conselho Fernando Drezza, no Facebook, disse vários detalhes de um um suposto contrato a ser assinado entre a SE Palmeiras e o Paulista FC à Roberto Felpa. Dois dias depois, o presidente Rodrigo Alves negou tudo. Ontem, o contrato foi oficializado (óbvio que em alguns negócios, quando a negociação está ocorrendo, existem sigilos – e quando vaza na voz de um membro próximo do presidente, é porque estão “batendo cabeça” na comunicação).
Aí temos a concretização da parceira. O que será vantajoso ou não, para o Galo? Não nos interessa o que é bom ou ruim para o Palmeiras, pois o Paulista precisa se garantir para não cair à 5ª divisão, e aí pensar em subir para a 3ª, a fim de sair do inferno da “Bezinha”.
Como não se tem muitos detalhes do contrato, e se aguarda a divulgação do mesmo (ou por iniciativa da diretoria, ou forçada pelo presidente do Conselho – está no JJ que o Dr Zuffo protocolou pedidos de várias situações ainda obscuras), ficam todas as perguntas abaixo:
- A grosso modo, o Palmeiras jogará algumas partidas do seu time feminino e realizará alguns treinos no Estádio Jayme Cintra (esqueça o time masculino, pois há um acordo Allianz Arena e Morumbi envolvendo SEP e SPFC para isso), com o time da Capital fazendo a manutenção. Terá dinheiro vivo entrando nos cofres do Paulista FC, ou é apenas uma ação de marketing, sem grana no negócio?
- O gramado está sendo trocado pelo Paulista, pela Prefeitura ou pelo Palmeiras? Ou ainda: em uma ação envolvendo proporções dos 3 citados na obra? Se o Paulista está colocando dinheiro, quanto está gastando?
- A grosso modo, nenhum jogador do time profissional do Palmeiras, e nem da base do Verdão, virá a Jundiaí. Se vier, qual (is) será (ão)?
- Se for somente a manutenção do gramado e participação na reforma, de que isso adiantará na campanha do Paulista FC em 2023 no Campeonato Profissional Sub 23 – 2ª divisão?
- Terá alguma colaboração na montagem de um time feminino do Paulista? Se sim, para quando e como? Estará a garantia disso no papel?
Existiriam muitas outras perguntas, mas até para que não exista ilusão: é lógico que a diretoria merece aplausos por um gramado novo (se realmente não estiver saindo dinheiro do Paulista), mas e outras contrapartidas? Algo de tudo isso ajudará a subir de divisão (entrada de dinheiro e de jogadores competentes)?
Pelo avançado das obras, restam aproximadamente 2 meses para terminar o preparo da terra / terraplanagem, plantar grama e fazer com que ela “pegue bem” (claro que não é só colocar a grama e sair jogando, ela tem um tempo de descanso para que vingue no solo e possa ser utilizada – especialmente por ser maltratada no esporte, pisoteada com chuteiras – afinal, não é um jardim do fundo de casa). Haverá tempo hábil? Se não existir, se cobrará de quem: Paulista ou Palmeiras?
O mais curioso é: esse acordo foi assinado somente nessa semana, com as obras em andamento. E se o Palmeiras tivesse caído fora, de quem seria a responsabilidade do término e com que recursos?
Aguardando respostas dos canais oficiais, e torcendo que as notícias sejam boas, e não apenas um “seis por meia dúzia”, que seria: “empresta o campo para o Palmeiras e ele cuida da grama”.
Abaixo, extraído do Lance, em: https://www.lance.com.br/palmeiras/palmeiras-fecha-parceria-com-o-paulista-para-mandar-jogos-do-futebol-feminino.html
O Palmeiras e o Paulista Futebol Clube firmaram nesta quarta-feira (15) uma parceria com duração de dois anos para que o time feminino passe a ter mais uma casa, além do Allianz Parque: o Estádio Dr. Jayme Cintra, em Jundiaí (SP).
– (…) É uma diretriz da presidente Leila Pereira valorizar cada atleta do Palmeiras e trazer a cada dia condições melhores para o desenvolvimento do futebol feminino. Tenho certeza de que a grande torcida do Palmeiras em Jundiaí e região irá abraçar o time feminino e que o Estádio Dr. Jayme Cintra será outra casa das Palestrinas, além do Allianz Parque, que continuará sendo o palco da nossa equipe feminina – completou o vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buos.
Com o acordo, o Alviverde vai utilizar o Estádio Doutor Jayme Cintra, de propriedade do time jundiaiense, como campo de jogo quando o Allianz Parque não estiver à disposição devido à agenda de eventos da arena – o Verdão chegou a atuar no ano passado nos estádios Bruno José Daniel e no Canindé, além da Arena Barueri, por esse motivo. Em Jundiaí, o elenco feminino também poderá realizar treinamentos e demais atividades ao longo da semana. O clube já está custeando a reforma do gramado com o padrão Fifa e a construção de um vestiário personalizado para as Palestrinas (…).
Palmeiras é o atual campeão paulista (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)