Tudo errado na Arena Itaquera, nesta tarde de domingo, onde não tivemos o clássico sul-americano devido à intervenção da Polícia Federal a pedido da Anvisa.
Considere:
- Existem protocolos sanitários a serem cumpridos. Portanto, devem ser cumpridos.
- Para a Copa América se flexibilizam procedimentos, para Libertadores discutem-se, para Eliminatórias se buscam acordos excepcionais. Ora, que bagunça é essa?
- Os argentinos mentiram nos documentos preenchidos para entraram no Brasil. Estão errados, isso é indiscutível.
- Visto que a Anvisa declarou que as portas do hotel da concentração e do vestiário estavam fechados para a “intimação”, que exista o bom senso de não tomar as providências com a bola rolando, pois ficará a impressão de que a entidade quis “aparecer” (até porque há 3 dias os argentinos estavam treinando em solo brasileiro, não estavam escondidos).
- A quarentena exigida para quem vem do Exterior (dos países relacionados) não foi cumprida pelos 4 argentinos. Mas e os demais brasileiros na mesma situação, em outras funções / atividades? Vide Willian, agora no Corinthians, que não a cumpriu (ele pode entrar no Brasil, mas tem que ficar os dias exigidos isolados).
- Enfim: as incoerências estão por todos os lados, para todos os gostos e em todas as formas. Tudo evitável! E se utiliza o argumento de que isso poderia ser contornado se existisse “autorização excepcional”.
Como estamos falando de entidades que não são sérias (FIFA, Conmebol, CBF e AFA, envolvidas costumeiramente em polêmicas), ninguém pode prever nada (a não ser um acordão). Só não se misture o âmbito esportivo com o âmbito legal: nem a Seleção do Brasil e nem a Seleção da Argentina podem ser punidas dentro de campo, mas sim fora dele. Imagino que teremos jogo (“quando” e “onde” não sei).
Particularmente, penso: teremos um Superclássico remarcado fora de data FIFA com atletas que atuam na América do Sul?