Sejamos bem objetivos: há três vacinas “adiantadas no seu desenvolvimento” envolvendo brasileiros:
1. A da AstroZeneca / Oxford / Unifesp (que tem apoio do Governo Federal);
2. A da Sinovac / Instituto Butantã (que tem apoio do Governo do Estado de São Paulo);
3. A da Gamaleya / Governo Russo / Governo do Estado do Paraná.
Na 3a feira, o Ministro da Saúde Eduardo Panzuello disse que iria comprar a Sinovac e assinou um protocolo de intenção da aquisição (lembrando que ela é de origem chinesa) para vacinar a população (não descartou as demais vacinas). Logo em seguida, João Dória (Governo Paulista) gravou um vídeo elogiando o Ministro e dando uma “cutucada” no seu atual desafeto, o presidente Bolsonaro.
Na 4a cedo… Bolsonaro detonou literalmente o seu subordinado, escrevendo no twitter que desautorizava o Ministério da Saúde e que a população não seria cobaia dos chineses. Mais tarde, no programa “Pingos nos Is”, da Jovem Pan, acrescentou que um dos motivos seria de falta de credibilidade e que em hipótese alguma compraria a vacina do laboratório Sinovac (que se chama Coronavac). Ressaltou, por fim, que ela não tem comprovação científica e que demorará para ter.
Portanto, nesta guerra de vaidades, onde Dória se fez de vencedor e Bolsonaro quis mostrar que é ele quem manda, o brasileiro vê essas bizarrices: a hidroxicloroquina pode, mesmo sem comprovação científica. A vacina, mesmo quando comprovada, não poderá. E os fanáticos se digladiam na Internet por esses senhores políticos…
