Ídolo deve se manter imaculado. Digo isso pois vi as reportagens a respeito dos protestos de torcedores são-paulinos neste sábado e me chamou a atenção a ira contra Raí.
Quem tem 20 ou 30 anos, nem imagina o que foi a “febre Raí” nos anos 90. Impensável para a minha geração ver um atleta idolatrado como ele ser xingado por um torcedor do São Paulo FC (assim como seria um palmeirense xingar o Evair ou um corintiano criticar o Neto). O problema é: quis voltar como cartola e correu o risco.
Mas isso é fruto de um acúmulo de coisas: as desclassificações, o futebol não-confiável, a falta de credibilidade do presidente Leco junto à opinião pública e outras trapalhadas, como a contratação de Daniel Alves. Na oportunidade, escrevemos que era uma loucura financeira e que o custo-benefício em campo seria duvidoso. Há quem criticasse com raiva, parecendo ter uma bola de cristal que dissesse o contrário. Agora, taí a realidade. O “baiano do batuque” parece não estar nem aí para as críticas contra ele – que, sejamos claros, está com os vencimentos atrasados.
O que estão fazendo com o Tricolor do Morumbi, não?

