É lamentável que os jogadores de futebol tenham comportamentos tão distintos e até de certa forma, condenáveis em alguns casos e louváveis em outros.
No sábado, Lúcio arranjou confusão dentro de campo e após o apito final “quase foi para cima” do jornalista da Sportv. No Internacional/RS ele era um bom zagueiro, mas nada de taxá-lo como craque. No Bayern, se destacou pela força física ao dar suas disparadas da defesa ao ataque, chegando assim à Seleção Brasileira. Na Itália, “fez água”… No São Paulo, ficou marcado pelo péssimo comportamento extra-campo e no difícil trato. No último final de semana, pelo Palmeiras, deu mostra de temperamento exacerbado.
Me parece contraditório o atleta ser um dos líderes do pacífico movimento de Atletas de Cristo (e nada contra a prática religiosa) e ter um comportamento incoerente. “Cristão” é ser um “novo Cristo” e imitar os gestos de Jesus. Lúcio parece não o fazê-lo tão dignamente… e dessas atitudes surge a inevitável comparação com Marcelinho Carioca, que pregava algo e praticava coisa diferente.
Na outra ponta, vemos Rogério Ceni em uma brilhante entrevista fazendo um mea culpa do episódio em que se envolveu em uma relação extraconjugal e dela nasceu um filho. O goleiro falou abertamente que se arrepende e condena o ato em si (a traição ao seu casamento), assumindo toda a responsabilidade da paternidade da criança – e, principalmente, em exercê-la como já o faz com suas outras duas filhas (já havíamos falado da coragem do são-paulino em: http://wp.me/p4RTuC-c2Q).
Comportamentos distintos e que nos trazem à reflexão: jogadores de futebol têm um bom suporte psicológico, assistencial ou orientação adequada para as dificuldades extra-campo?

