– MEC Muda a Nota do ENEM

Coisas de um “Brasil brasileiro”. Na quinta-feira, o Ministério da Educação divulgou as notas do ENEM. Muita gente festejou a excelência de algumas instituições e outros lamentaram a debilidade de outras.

Porém, uma surpresa: ontem, o MEC retirou da média a nota da Redação, alegando que corrigir redações e dar nota a elas é algo subjetivo demais.

Ué, mas nos grandes vestibulares não tem redação? Se algum vestibulando da Unicamp se sentir prejudicado, não teria o direito de entrar na Justiça pedindo anulação das notas de Redação do Vestibular?

Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1190614-mec-tira-redacao-da-nota-geral-do-enem-e-abre-polemica.shtml

MEC TIRA NOTA DE REDAÇÃO DO ENEM E ABRE POLÊMICA

Antes responsável por 50% da média final das escolas no Enem, a redação foi excluída da nota geral dos colégios nos dados do exame de 2011, divulgados anteontem.

O Ministério da Educação considerou que a correção dos textos é subjetiva e não seria “tecnicamente correto” seguir somando esse resultado ao dos testes de português, de matemática, de ciências humanas e da natureza.

A redação é analisada por professores do país todo, contratados pelo ministério.

Os alunos continuaram a fazer os textos, mas o resultado dessa área passou a ser desconsiderado na média dos colégios, agora formado apenas pelas outras quatro áreas.

IMPACTO

Apesar de polêmica entre educadores, a medida não trouxe impacto significativo no ranking das 50 melhores da capital paulista.

Simulação da Folha (considerando a redação como 50% da média) aponta que, se a redação passasse a integrar a nota final, 15 deixariam esse grupo.

Os quatro primeiros colégios, por exemplo, não trocariam nem de posição.

Mas ocorreriam mudanças radicais em alguns casos. O Liceu Pasteur, por exemplo, cairia 74 colocações. Já o Mackenzie ganharia 28 postos.

DIVERGÊNCIA

Dois professores universitários, especialistas em educação, discordaram da mudança. “O primeiro ponto importante é o de valorizar a própria redação”, diz Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP.

Segundo Alavarse, se houver um roteiro de correção bem definido, a subjetividade pode ser contornada.

“A medida é inadequada porque a regra do jogo foi mudada depois de ele ter sido jogado”, diz Fátima Rotta Furlanetti, professora da área de educação na Unesp.

Já dois diretores de colégio, mesmo com boas notas em redação, apoiaram a medida.

Diretor do colégio Vértice (SP), Adilson Garcia defendeu a exclusão da redação da média. Para ele, é complicado corrigir tantos textos e ter tantos corretores.

O Vértice teve a melhor nota na redação entre os colégios paulistanos.

Para a coordenadora do colégio Santa Catarina de Sena, Célia de Abreu, a redação é importante para melhorar o desempenho dos alunos, independentemente de ser incluída na nota final do Enem. A escola ficou em segundo lugar em redação na cidade.

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