– O Consumismo como Doença

Nós, enquanto administradores comerciais, queremos vender. Queremos que os consumidores comprem à vontade!

Nós, enquanto consumidores, tomamos cuidados para não nos endividarmos. Mas, às vezes, o IMPULSO nos prejudica.

Digo isso pela interessante matéria sobre o “Consumo como Vício / Doença“. As vezes, me identifiquei aqui… é necessário cuidado!

Extraído de: RIBEIRO, Carina. Revista IstoÉ, pg 70-72, ed 2088, 18/11

CONSUMO: QUANDO O DESEJO DE COMPRAR VIRA DOENÇA

O endividamento crônico atinge milhões de brasileiros e pode ser uma porta de entrada para o vício do consumo compulsivo

Nunca foi tão fácil conseguir crédito. Às vésperas do Natal, o mercado pouco exige do pagador. A compra é parcelada a perder de vista, sem entrada. O financiamento, pré-aprovado, é quase ilimitado. Para quem sabe gerir dinheiro, isso significa boas oportunidades. Para quem gasta sem pensar e adquire o que não precisa, pode ser a perdição total. Neste grupo, os mais vulneráveis são os compradores compulsivos, parte significativa dos 22% dos brasileiros que possuem dívidas impagáveis e de 85% das famílias que têm despesas superiores ao rendimento, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste caso, o consumismo desenfreado é uma doença.

Um dos sinais de desequilíbrio é o alto grau de irritação diante da impossibilidade de comprar e a impulsividade do ato. “São pessoas que compram sozinhas, optam por objetos repetidos, sem utilidade, e escondem as aquisições dos familiares”, afirma Tatiana Filomensky, coordenadora do grupo de atendimento dos compradores compulsivos no Hospital das Clínicas de São Paulo. “Eles saem para comprar um terno e voltam com uma televisão.” Seis anos atrás, apenas três pacientes estavam em tratamento. Neste ano, são 24 e há 50 nomes em lista de espera.

A aquisição de produtos idênticos ou inúteis e o medo de encarar os débitos são características do consumista patológico. É o que ocorre com a administradora M.S., 40 anos, que coleciona bijuterias, sapatos, bolsas e calças do mesmo modelo e da mesma cor. Há quatro anos, quando sua dívida chegou a R$ 25 mil, ela decidiu frequentar os Devedores Anônimos (DA), em São Paulo. “O guardaroupa estava cheio e nada me interessava”, diz a administradora, que ganhava R$ 5 mil e gastava R$ 500 em cada ida ao shopping. Ela lamenta não ter construído um patrimônio nem priorizado a família. “Comprava tudo para mim e nada para o meu filho. Hoje me culpo por isso”, diz.

Diante da vergonha do endividamento crônico, é comum que os compulsivos escondam a fatura bancária dos familiares. “Eu não queria admitir a dívida e escondia as compras da minha esposa”, afirma o físico C.A., 61 anos. Uma de suas manias é preencher o freezer até o limite com os mesmos alimentos, das mesmas marcas, mesmo ciente de que não serão consumidos no prazo de validade. “Se o freezer não estiver lotado, tenho a sensação de escassez”, explica o físico, que há um ano entrou para o DA. Para quitar parte de suas dívidas, certa vez conseguiu um empréstimo de R$ 9 mil – e gastou o valor em três dias. “Nem lembro o que comprei.” A necessidade de manusear valores o levava diariamente ao caixa eletrônico. “O barulho da maquininha liberando o dinheiro me fazia bem”, diz o físico, que fazia saques duas vezes por dia. “Me sentia mal em aniversários e casamentos porque tudo era de graça. Corria das festas para lojas para comprar.” O resultado: três cartões de crédito estourados, eletrôcheque especial no limite e uma dívida de R$ 22 mil.

A compulsão por compras costuma vir acompanhada de outros vícios, segundo pesquisa da Universidade da Carolina do Norte (EUA). “Há um parentesco entre as diversas formas de manifestação”, diz o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por exemplo: um jovem que compra de forma impulsiva pode migrar para o alcoolismo ou vício em jogos na terceira idade.

Grande parte dos endividados crônicos sofre de consumo compulsivo, mas há os que entram neste rol por incapacidade de gerir seu negócio ou sua conta bancária. O empresário W.P., 50 anos, deve 15 vezes seu patrimônio. O rombo financeiro comprometeu a renda de toda a família e surpreendeu a esposa e os filhos, que desconheciam a situação. A dívida destruiu um casamento de 25 anos e levou os familiares a cogitar a interdição judicial. “Fui expulso de casa”, conta. O caos foi o resultado de empréstimos e créditos com sete instituições financeiras. Ele foi parar no hospital quando a sua dívida aumentou 85% com a bola de neve dos juros. “Me afundei. Recorri a agiotas e sofri ameaças.” Apesar de não dispor mais de bens pessoais para se desfazer, o empresário acredita que ainda pode quitar a dívida. Enquanto isso, se esforça para pagar a fatura mínima do cartão de crédito. O advogado José Serpa Júnior, especialista em direito do consumidor, alerta que o pagamento mínimo é uma das armadilhas que dão falso conforto ao endividado. “Em um ano o débito triplica”, explica. Entre as recomendações do tratamento médico para compulsivos está não pagar a conta do cartão. “É uma forma de o paciente ter o nome sujo e não poder obter o crédito”, afirma Tatiana Filomensky.

O poder das instituições financeiras diante dos superendividados tem sido questionado pela Justiça. Em duas sentenças inéditas, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou obanco Itaú por fornecer crédito consignado acima das possibilidades dos endividados crônicos. “Não se trata de fazer apologia à figura do mau pagador ou de instituir o calote público, mas de analisar a responsabilidade financeira pela má concessão de crédito em valor muito superior à capacidade de endividamento do cliente”, afirma o relator, o desembargador Marcos Torres. Segundo especialistas, os idosos são as maiores vítimas nesses casos. “Eles são um filão pelo crédito descontado na folha”, afirma o advogado José Serpa Júnior.

É o caso do ex-auxiliar judiciário É o caso do ex-auxiliar judiciário Davi Prado Bortolato, 66 anos, que se aposentou com R$ 4.650, mas só recebe R$ 800 líquidos. Viciado em em préstimos, não resiste a um dinheiro fácil. “Abria a conta em um banco para cobrir o outro. No final, estava enrolado com seis financeiras”, diz Davi, que alega ter sido seduzido pela promessa do crédito sem juros para a terceira idade. O descontrole financeiro se tornou uma dívida de R$ 40 mil. “A raiz do endividamento está na distorção do que é essencial, necessário e supérfluo e nas reais condições de pagamento”, afirma Ari Ferreira de Abreu, especialista em contabilidade e finanças familiar. “O fútil é importante, traz felicidade”, diz o professor. “Desde que não comprometa o que é essencial.”

– Cias aéreas brasileiras têm 6 bilhões de reais em prejuízo nos últimos 3 meses.

A crise econômica causada pelo Coronavírus atingiu demais as Cias Aéreas. As brasileiras, por exemplo, perderam mais de 15 bilhões no último semestre!

Vejam outros números assustadores, extraído de: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/10/23/anac-dados-aereas.htm

AZUL, GOL E LATAM TÊM PREJUÍZO de R$ 6,2 BI  NO TRIMESTRE

As três principais empresas aéreas brasileiras — Azul, Gol, Latam — tiveram juntas um prejuízo de R$ 6,2 bilhões no segundo trimestre. O resultado corresponde a uma variação negativa de 399,6%, na comparação com lucro líquido de R$ 191,8 milhões registrado no mesmo período de 2019.

Esse foi o pior resultado obtido em um trimestre pelas empresas aéreas em toda a série histórica, iniciada em 2015. Os dados foram divulgados hoje pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) com base nas demonstrações contábeis informadas pelas empresas.

Nos seis primeiros meses do ano, juntas, as companhias aéreas brasileiras acumulam prejuízo total de R$ 15,7 bilhões, o equivalente a uma margem líquida negativa de 129,6%, ante prejuízo líquido de R$ 107,2 milhões registrado no mesmo período de 2019.

A pandemia do coronavírus foi a principal causa para as perdas no setor de aviação. No segundo trimestre deste ano, houve redução de 90% na demanda por transporte aéreo (RPK), de 88% na oferta de transporte aéreo (ASK) e de 91% na quantidade de passageiros pagos transportados, na comparação com mesmo período de 2019.

Crise provoca mudanças nos custos e receitas das empresas

A retração do setor aéreo provocou mudança na composição das receitas e dos custos das empresas. A venda de passagens aéreas passou de 86,3% das receitas no segundo trimestre do ano passado para 51,8% no mesmo período deste ano.

As receitas de carga e mala postal também apresentaram redução no mesmo período apurado, de 33,3%. Entretanto, a representatividade das receitas obtidas por esses serviços passou de 4,7%, em 2019, para 27% este ano.

Em relação aos custos operacionais, com a redução de voos, houve uma queda expressiva da representatividade do combustível e de pessoal.

Esses indicadores representaram 5,4% e 6,7%, respectivamente, dos custos e despesas dos serviços aéreos públicos, o que corresponde à redução de 90,6% e 78,5% em relação ao mesmo período de 2019. No segundo trimestre do ano passado, esses custos representaram 29,6% e 16,1%, respectivamente.

– O que as Mulheres Desejam nas Empresas?

Veja que interessante: a Revista Época Negócios trouxe uma matéria sobre quais benefícios as mulheres desejam nas empresas.

E você, mulher, concorda com a pesquisa abaixo? Deixe sua opinião:

A EMPRESA FEMININA

Pesquisa realizada pela consultoria Sophia Mind aponta os benefícios mais valorizados pelas mulheres

Por Sílvia Balieiro

Em seu primeiro emprego num grande banco, Regina Nunes, hoje presidente da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, enxergou uma oportunidade para ser promovida. “Queria ir para uma área, mas o banco me mandou para outra”, diz Regina, que optou por deixar a instituição. “Tinha carinho pela empresa, mas não havia oportunidades”, afirma. A experiência de Regina está longe de ser um caso isolado. Uma pesquisa realizada pela consultoria Sophia Mind, e divulgada com exclusividade por Época NEGÓCIOS, mostra quais são os benefícios mais valorizados pelas mulheres. Foram entrevistadas 465 profissionais com idade entre 25 e 50 anos, de empresas privadas e públicas. As entrevistadas avaliaram 57 benefícios, classificando-os de acordo com sua satisfação ou aspiração.
O que as mulheres mais valorizam? Em primeiro lugar aparece o aconselhamento de carreira, citado por 63%; em segundo, plano de cargos e salários, importante para 59% das entrevistadas. “Isso mostra que hoje a vida profissional está totalmente ligada à realização pessoal”, diz Andiara Petterle, CEO do Bolsa de Mulher, grupo do qual faz parte a Sophia Mind.
O levantamento aponta ainda um desencontro entre o que as mulheres gostariam e o que as empresas oferecem, como horário flexível, por exemplo, desejado por 86%, mas oferecido por 37% das empresas. Cláudia Pagnano, vice-presidente de mercado da companhia aérea Gol, está entre as mulheres que valorizam o horário flexível oferecido pela empresa. Com dois filhos e dois enteados, Cláudia pode acompanhar mais de perto a vida das crianças. “Isso não interfere na produtividade. Além disso, a empresa sabe que estou à disposição sempre que precisar”, diz.
A pesquisa perguntou ainda em quais empresas as entrevistadas gostariam de trabalhar. As três mais citadas: Petrobras, Google e Natura. Por quê? “A Petrobras, além da estabilidade, oferece um plano de carreira aos funcionários. O Google é uma empresa moderna e meritocrática. Já a Natura é reconhecida como uma empresa responsável. Todas essas características são desejadas pelas mulheres”, diz Andiara.
A nota final média dada pelas mulheres aos benefícios que suas empresas oferecem foi 5,3, numa escala de 0 a 10. “A pesquisa mostra que as empresas precisam ser ainda mais sensíveis às necessidades da mulher”, afirma Andiara. Apenas 7% deram notas 9 ou 10.

O que a empresa já oferece

1. Clima de camaradagem : 69%

2. Informalidade nos trajes : 51%

3. Avaliação de desempenho : 50%

4. Treinamentos internos : 50%

5. Festas de confraternização : 9%

O que elas gostariam de ter :

1. Salário compatível com o mercado : 98%

2. Plano de carreira definido : 93%

3. Bolsa para pós-graduação : 93%

4. Cursos de idioma : 93%

5. Salário maior que o mercado : 92%

O que as mantém na empresa :

1. Aconselhamento de carreira : 63%

2. Plano definido de cargos e salários : 59%

3. Sala de aleitamento para mães : 54%

4. Salário maior que o do mercado : 53%

5. Oportunidade de carreira no exterior : 52%

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– O Carro Elétrico está se tornando uma realidade cada vez mais próxima!

Sabia que as montadoras de veículos “tradicionais” do mundo estão cada vez mais investindo pesado na produção de carros híbridos e/ou elétricos?

O motivo é o pesado investimento dos chineses, com apoio do Governo local e muita inovação.

Extraído da Folha de São Paulo, pg A16, reproduzido do New York Times

VISÃO CHINESA DITA O RITMO DO CARRO ELÉTRICO NO MUNDO

Montadoras aceleram esforços em carros elétricos após aposta da China

Existe um motivo forte para que as montadoras de automóveis de todo o planeta estejam acelerando seus esforços de desenvolvimento de veículos elétricos: a China.

Em um projeto que envolve vastas somas de dinheiro do governo e a visão de que dominará a nova geração de tecnologias, a China se tornou a maior defensora mundial dos carros elétricos.

Esse movimento está forçando as montadoras de automóveis, de Detroit (EUA) a Yokohama (Japão) e de Seul (Coreia do Sul) a Stuttgart (Alemanha), a acelerarem seu ritmo de transformação, sob o risco de serem deixadas para trás no maior mercado mundial de automóveis.

Pequim já determinou que 20% dos carros em circulação na China em 2025 deverão ser acionados por combustíveis alternativos.

No mês passado, o país divulgou novas regras que determinam que as montadoras internacionais ofereçam mais veículos acionados por energia alternativa no mercado local, se quiserem continuar a vender carros convencionais.

Um representante do governo chinês disse recentemente que o gigante asiático terminaria por proibir a venda de carros zero com motores de combustão interna.

“Estamos em uma encruzilhada no desenvolvimento da indústria automobilística nesse país, tendo em mente a escala mundial”, afirmou Jürgen Stackmann, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen, em visita a Xangai (China).

A China já é a maior fabricante e vendedora de carros elétricos do planeta. Os compradores chineses estão a caminho de adquirir quase 300 mil deles neste ano, três vezes o número que deve ser vendido nos EUA e mais que o total de todo o resto do planeta combinado.

GM e Ford anunciaram planos para acrescentar um total de 33 modelos elétricos às suas linhas. GM e Volkswagen também estão transferindo boa parte de sua pesquisa, desenvolvimento e produção de carros elétricos para a China.

O país também está adotando uma política agressiva para recrutar alguns dos engenheiros eletricistas mais talentosos do mundo, inclusive nos Estados Unidos.

Tudo isso em um momento em que os carros elétricos finalmente estão ficando mais competitivos em desempenho e custo em relação aos movidos a gasolina e diesel.

Em ruas de cidades como Pequim, Xangai e Shenzen, esse tipo de veículo é cada vez mais comum, já que o carro elétrico faz bastante sentido em locais com grande população (e congestionamento) e em que as pessoas têm de percorrer curtas distâncias.

– Seleção Esquecida… perdemos o interesse dela. E a culpa é de quem?

Eu não me lembrava que a Seleção Brasileira jogaria nesta 6a feira. Demorei para recordar que será pelas Eliminatórias da Copa do Catar, contra a Bolívia. Como pode?

O pior é: pode sim…

Quando criança, relembro que as emissoras transmitiam ao vivo toda convocação. Em jogos amistosos, o país quase parava! Mas hoje, o Escrete Canarinho perdeu o carisma. Tem “jeitão” de time privado, com mistura de antipatia e distanciamento popular.

Sinal dos novos tempos?

Será que nós temos tantas outras preocupações e lazeres na vida, e por isso deixou de ser atração, ou a própria Seleção ficou presa em seus propósitos comerciais e se afastou?

O certo é: nesses tempos modernos, com quase ¼ do planeta jogando o Mundial de 22, não serão as Eliminatórias que deixarão o Brasil fora de uma Copa pela primeira vez.

– A Ciência em vender… Chicletes!

Administradores devem ter embasamento científico, feeling e prática do ofício, certo?

Ok, Isso serve para tudo. Até mesmo para vender um simples… Chiclete!

Compartilho ótimo texto da Época Negócios (clique aqui para a citação) sobre a Cadburry, maior fabricante de guloseimas do mundo (do Bubbaloo, Halls e Trident).

A CIÊNCIA DE VENDER CHICLETES

Por Marcos Todeschini

Há um clima de seriedade no ar. Ele contrasta com a sala descontraída, decorada com sofás brancos, pufes coloridos e balões pendurados na parede, nas cores azul, amarelo e verde. Qualquer semelhança com a bandeira do Brasil não é mera coincidência – é demarcação de território. A sala pertence à filial brasileira da maior fabricante de chicletes e confeitos do mundo, a britânica Cadbury. Uma gigante de R$ 28 bilhões, é dona de marcas como Bubbaloo, Trident, Halls e Chiclets, que virou sinônimo de goma de mascar. A operação no Brasil é uma das mais bem-sucedidas das 35 filiais mundo afora. E é no interior de salas festivas e coloridas que surgem muitas das ideias que serão implementadas pela empresa por aqui e lá fora. Numa delas estão reunidas 16 pessoas cuja opinião é crucial para a definição dos negócios para o próximo ano, como sabores a serem lançados, estratégias para vencer a concorrência e até o website que será colocado no ar durante a Copa do Mundo de 2010.

Numa das paredes, uma funcionária mostra um projeto de site, depois outro e mais outro. Todas são convidados a opinar. Uma diz: “Acho que vocês abusaram das cores quentes”. Outra desdenha: “Você percebe de longe que este desenho é computadorizado”. Uma terceira é enfática: “A primeira versão está poluída de informações”.

Cores quentes, desenho computadorizado, poluição de informações. As respostas mostram que aquela turma sabe do que está falando. Mas o que chama a atenção é o fato de ninguém daquele grupo de “especialistas” ter mais de 14 anos de idade. São crianças selecionadas em escolas particulares de São Paulo para fazer parte da Galera Bubbaloo. Elas se reúnem uma vez a cada dois meses em encontros que duram uma tarde inteira, orientados por profissionais e psicólogos que, prancheta em punho, anotam tudo o que dizem. Os selecionados têm um perfil específico: são bons alunos, têm influência entre os amigos, estão altamente conectados – e, claro, estão sempre com um chiclete na boca. Por causa disso, seus palpites valem ouro. O grupo ajuda a Cadbury a saber quais novidades podem dar certo e no que apostar. Serve ainda como termômetro para apontar as gírias, as tendências e os assuntos mais falados entre garotos e garotas na faixa de 12 a 14 anos. “O objetivo maior é fazer com que nossos consumidores sejam também nossos fãs”, diz Oswaldo Nardinelli, presidente da Cadbury no Brasil.

Quando quer conhecer melhor o consumidor e antecipar as próximas tendências, a maior parte das empresas parte para duas frentes. De um lado, encomendam pesquisas quantitativas, que submetem um grande número de entrevistados a perguntas objetivas. De outro, apostam nos levantamentos qualitativos, que geralmente acontecem em uma sala espelhada. Atrás do vidro, diretores e gerentes veem como o consumidor interage com o produto. A Cadbury deu um passo adiante nesse processo. Além das pesquisas convencionais, a área recorre também a “grupos de imersão”, dos quais faz parte a Galera Bubbaloo. Neles, as pessoas interagem num ambiente mais próximo da vida real, algo difícil de obter em um laboratório com paredes espelhadas. No lugar de reunir estranhos durante algumas horas, os escolhidos se encontram com regularidade, formando uma turma de amigos. “Eles são nossos olhos e ouvidos dentro de sua faixa etária. Os encontros nos ajudam a ter um entendimento profundo do público-alvo”, diz Alberto Kok, responsável pelo Consumer & Business Insights, departamento em que são feitas as pesquisas de imersão para a América do Sul.

O Consumer & Business Insights está subordinado à diretoria de marketing da Cadbury e existe em todas as filiais da empresa no mundo. Há liberdade total para trabalhar e tudo o que é realizado em um país está acessível aos demais. A equipe brasileira desenvolveu a metodologia para as pesquisas de imersão. Deu tão certo que no ano que vem ela deverá se estender a outros três países. A tarefa de Kok e dos três integrantes de sua equipe é bem clara: fazer um raio X dos consumidores e gerir novas ideias.

Uma área como o Consumer & Business Insights tem papel-chave para imprimir dinamismo ao processo de inovação, fundamental em empresas como a Cadbury, em que 20% do faturamento anual provém de produtos lançados no ano. Como os encontros ocorrem a cada dois meses, é possível testar e colocar à prova quaisquer novas ideias de maneira muito rápida. E também ter uma resposta imediata sobre o que acontece no mundo de seus consumidores. “Eles nos chamam no MSN até para contar coisas bem pessoais, como o primeiro beijo”, diz Ana Amélia De Cesaro, da Play, consultoria de pesquisa contratada para dar apoio à área.

As ideias surgidas nessas conversas têm sido fundamentais para o sucesso de uma companhia gerida por gente grande, pensada por gente grande, mas cujo desempenho depende do público infanto-juvenil. É possível, assim, planejar estratégias de curto, médio e longo prazos com segurança. “Já sabemos hoje os novos formatos de gomas de mascar que lançaremos em 2012”, diz Nardinelli. O mais recente lançamento da linha Trident, por exemplo, é resultado de conversas desse tipo, mas com pessoas de outra faixa etária. O Trident Global Connections, uma caixinha preta estilosa contendo 14 gomas de mascar, surgiu quando a Cadbury percebeu a demanda por um formato de embalagem mais sofisticado, que permitisse oferecer a goma de mascar aos amigos na balada. No lugar de chamar a atenção para os sabores, as caixas são temáticas, com desenhos que remetem à noite em grandes capitais do mundo. O projeto levou tempo para se concretizar. Demorou dois anos para chegar ao consumidor porque foi preciso encomendar uma máquina nova para a produção dos chicletes – 20% maiores do que os comuns – e das caixas.

Mas quando a inovação se refere apenas à mudança de sabores, a ideia demora menos de três meses para chegar às prateleiras. “Os jovens são o público mais sedento por novidades. Por isso, ser dinâmico no lançamento de produtos é fundamental para se destacar nessa indústria”, diz o consultor inglês Martin Deboo, da Investec Securities.

Com faturamento anual estimado em R$ 600 milhões, a Cadbury no Brasil dobrou de tamanho nos últimos quatro anos, e a meta é que dobre mais uma vez até 2012. Nem sempre o que os adultos consideram bom ou ruim está de acordo com a opinião do público infanto-juvenil. Daí a importância de antes testar os sabores à exaustão, inclusive as opções que poderiam parecer estranhas à primeira vista, como uma goma de brigadeiro, uma novidade recente. A Cadbury tinha dúvidas e muitos achavam que as chances de emplacar eram pequenas, por ser doce demais. Mas as crianças do grupo adoraram. A empresa resolveu, então, apostar. Resultado: o chiclete foi um dos maiores sucessos daquela safra de lançamentos. Da mesma forma, havia dúvidas, entre os adultos, se as crianças aceitariam bem um chiclete de alta acidez. Mas elas gostaram. Menos pelo sabor e mais pelo fato de o chiclete se transformar numa brincadeira: ele gera competições sobre quem aguenta mascar por mais tempo ou a maior quantidade. “Seria um grande erro se nos fiássemos somente na perspectiva dos adultos. Não raramente, é o oposto do que as crianças querem”, diz Kok.

O cenário hoje é muito diferente de 20 anos atrás, quando 90% dos sabores concentravam-se basicamente nas categorias tutti frutti ou mentolados. Foi só nos últimos anos que a indústria se sofisticou a ponto de conseguir produzir em larga escala sabores tão distintos quanto musse de limão, melancia ou banana shake. Essa variedade é fundamental para conquistar um público que tem pouca fidelidade a marcas, segundo mostram as pesquisas. “O público jovem prioriza a novidade”, diz Diego Mastrogiovanni, gerente de marketing da Arcor, fabricante do chiclete Poosh, concorrente direto do Bubbaloo.

MARKETING DE GUERRILHA_ Não é fácil criar e manter uma legião de fãs, como quer a Cadbury. Associado a um ritmo dinâmico de inovação, o posicionamento frente ao público-alvo também precisa seguir uma forma específica de comunicação. Além de destinar uma verba para a propaganda tradicional, a companhia investe no chamado marketing de guerrilha. É como são conhecidas as ações que buscam aproveitar ao máximo o impacto de uma campanha e promover um boca a boca.

Um exemplo foi a divulgação de um novo sabor de Trident. Num comercial de TV, uma menina encontra um garoto no metrô. Ela embarca no vagão, a porta se fecha, mas ele fica. Como ela está com o Trident refrescante na boca, dá um sopro na porta, a janela embaça e ela consegue, com isso, escrever o seu número de telefone no vidro. Paralelamente ao comercial, uma campanha de guerrilha entrou em cena para divulgar o conceito em outros meios. A empresa promoveu um encontro às cegas no metrô de Porto Alegre, onde um trem partiu com 24 casais dentro. As meninas ficavam sentadas num banco e, em cada parada, os garotos faziam um rodízio e trocavam de banco, numa espécie de encontro rápido. A campanha chocou os conservadores de plantão. Mas teve um impacto imediato na internet. A ação foi filmada e levada para o YouTube. O vídeo teve meio milhão de acessos. “Se você quer se posicionar como uma marca jovem, não pode ficar só no discurso”, diz Gustavo Fortes, sócio da Espalhe, a primeira agência de marketing de guerrilha do país e responsável pela ação. “Loucuras assim fazem com que haja mais boca a boca e o número de fãs aumente. E só é possível fazer isso com empresas que bancam novidades.”

Outro grande desafio para lidar com a faixa infanto-juvenil diz respeito à informalidade da linguagem. Tome por exemplo o site do Bubbaloo. Na introdução, há uma brincadeira contendo charadas. Uma delas pergunta quantas sementes, em média, há numa fatia de melancia. Depois de clicar em cada uma das três alternativas e descobrir que nenhuma delas é correta, vem a mensagem: “Meu amigo, sabe qual é? É que a gente tá te zoando. Hehe… acha mesmo que alguém parou para contar isso? Fala sério…”.

Na adequação da linguagem, não escapou nem o garoto-propaganda do Bubbaloo, o gato Bubba, criado em 1987. Incitados a pensar e responder como seria o gato Bubba se fosse uma pessoa, a percepção das crianças apontou um velho aposentado. Isso porque usava gravata e óculos demodê e estava fora de forma. A Cadbury acionou de imediato uma equipe para repaginar o gato, que ficou sarado, ganhou óculos modernos e afinou a gravata.

A obsessão por esmiuçar um nicho tão específico de consumidores se justifica. O mercado de gomas de mascar cresceu 64% nos últimos cinco anos na América Latina, movimentando, em 2008, quase US$ 4 bilhões. Cerca de 40% desse valor é obtido no Brasil. Pelo tamanho, o país já seria um mercado de peso. Mesmo sendo hoje o quarto mercado do mundo, há ainda muito para crescer. Argentinos e mexicanos mascam 500 gramas de goma ao ano ante 300 gramas dos brasileiros. “O país tornou-se uma prioridade para a Cadbury. Existe muita possibilidade de crescimento, tanto em termos per capita quanto de mercado, com a ascensão da classe C”, diz Nardinelli. Em se tratando de um país com dimensão continental, não é um desafio pequeno. Poucas marcas de consumo alcançam tantos lugares quanto as gomas de mascar da Cadbury, presentes em cerca de 70% dos 900 mil pontos de venda existentes. Para chegar em alguns rincões escondidos, os produtos levam mais de duas semanas viajando em estradas e barcos para chegar às prateleiras. Isso se deve a um sistema de logística próprio, montado pela Cadbury para conseguir estar na maior parte dos mercados, sejam eles grandes cadeias ou o mercadinho de esquina do bairro.

A preocupação com essa presença maciça deve-se ao fato de que ninguém sai de casa com o objetivo único de comprar uma caixinha de goma de mascar, um dos casos mais extremos de compra por impulso. Por isso, um ponto-chave para o negócio é entender como as pessoas se comportam dentro de um supermercado ou uma padaria.

Pesquisas feitas com câmeras em mais de 100 supermercados mostram, por exemplo, que em 18% das vezes que alguém olha um produto na gôndola ao lado do caixa, ela compra. Mas quando o toca, essa proporção aumenta para 60%. Quanto mais próximo o consumidor está do caixa, mais aumentará sua ansiedade. Nesse exato momento e local é que ocorrem as maiores vendas de chiclete. E é lá que costumam estar os produtos Cadbury. “De nada valeria investir em tecnologia para desenvolver novos produtos se não estivéssemos presentes naquele precioso milésimo de segundo”, afirma Nardinelli. “Queremos fazer da venda de confeitos uma ciência”.

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– Um Laboratório para Estudantes de Administração de Empresas?

Recebi, tempos atrás, a seguinte pergunta de um ex-aluno, desistente do curso de Administração:

“Professor, por que as universidades não tem laboratórios para a graduação em Administração de Empresas?” (Henrique, via e-mail)

Caro Henrique, os laboratórios de Adm de Empresas são as próprias instituições em que você trabalha.

É impossível graduar-se (em um boa faculdade, lógico), sem estar no mercado. O estágio é essa condição que você pede! Teoricamente, é lá que você pode errar e ganhar experiência pelo erro, pois você exerce a condição de aprendiz dentro da empresa. Entretanto, sabemos que na prática não é assim que funciona. O estagiário é muitas vezes cobrado como um profissional já formado. Além de que, muitas correntes educacionais defendem que o estudante deve realizar seus estudos durante a manhã; as tarefas acadêmicas ao domícilio às tardes; e o descanso merecido à noite. Mas para estes, um questionamento: e a prática da administração, onde fica?

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida. Quem souber, informar para crédito no post.

– Executivos Que apagam Crises

Muito boa a matéria da Revista IstoÉ Dinheiro intitulada “Bombeiros Corporativos”, ou seja, executivos que lutam para reorganizar confusões organizacionais e minimizar crises.

Vem de encontro a figura popular criada pelos administradores de empresas brasileiros: a do “apagador de incêndios

Extraído de: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/618/bombeiros-corporativos-conheca-os-segredos-e-o-estilo-dos-especialistas-146072-1.htm

BOMBEIROS CORPORATIVOS

Conheça os segredos e o estilo dos especialistas na arte de apagar incêndios de crises financeiras, reestruturar empresas em dificuldades e viabilizar negócios aparentemente impossíveis

Assim como seres humanos, as empresas possuem ciclos de vida. Nascem, crescem e morrem. No meio disso tudo, também enfrentam crises e doenças. Nessa hora, homens e mulheres buscam ajuda de gente especializada, sejam médicos, sejam psicólogos ou pais de santo. No mundo corporativo, também existem profissionais que se dedicam exclusivamente a socorrer companhias que já não conseguem lidar com seus próprios problemas. Como bombeiros, apagam incêndios de crises financeiras, fecham negócios improváveis e desatam os nós mais intricados da gestão das empresas. São profissionais de perfil específico, diferentes dos executivos clássicos que tocam o dia a dia de uma organização. Quem observar o comportamento desses bombeiros perceberá características aparentemente contraditórias. São, ao mesmo tempo, duros nas decisões e carismáticos no trato com as pessoas. Não adotam um tom de conciliação, mas apresentam uma tremenda capacidade de negociação. Mas o que chama mais a atenção é a agilidade. “Esses processos normalmente exigem decisões baseadas em diagnósticos que têm que ser feitos rapidamente”, avalia Adriana Gomes, do núcleo de gestão de pessoas da ESPM, de São Paulo.

Em geral, os acionistas clamam por bombeiros de empresas quando sentem que os efeitos de suas decisões se tornaram inócuos. Muitas vezes, eles já não são capazes de tomar as medidas necessárias para debelar a crise, pois, para isso, teriam que romper laços sentimentais ou até familiares com a estrutura da empresa. Ou seja: falta coragem ou até força política para demitir o veterano colaborador ou o parente que ocupa uma diretoria. “Como se trata de um processo de ruptura, a reestruturação exige do gestor atitudes extremas”, afirma Alexandre Fialho, diretor do Hay Group. “Às vezes, até mesmo como demonstração de força de que as coisas mudarão radicalmente.”

A atividade explodiu na década de 80, quando a instabilidade econômica provocou rupturas violentas nas companhias brasileiras. Um dos pioneiros foi Cláudio Galeazzi, hoje presidente-executivo do Grupo Pão de Açúcar. Sua empresa, a Galeazzi Consultores, foi responsável pela recuperação de grandes companhias, como a Cecrisa, a Daslu e a Lojas Americanas. Outros seguiram o mesmo caminho e um exército de especialistas em reestruturação começou a se formar.

“Esse profissional é forjado dentro da própria consultoria, já que não existem cursos de especialização nessa área”, diz Adriana, da ESPM. “O treinamento é feito por pessoas experientes nesse segmento, que construíram carreiras a partir da experiência prática.” A atividade também requer boas doses de intuição, adverte o headhunter Simon Franco. “É muito importante identificar os talentos ocultos, os líderes informais, funcionários que influenciam os demais, mesmo sem ascendência hierárquica”, diz ele. “Essas pessoas podem tornar a reestruturação mais fácil.”

Os bombeiros adquirem grande força política dentro das organizações que assumem. Em suas mãos, estão o poder de contratar e de demitir, de comprar e de vender, de pagar ou blefar. Trata-se de um risco, que deve ser administrado permanentemente. “O profissional tem que respeitar alguns limites e não se colocar como se fosse dono da empresa”, alerta Adriana, da ESPM. Para entender melhor a atividade desses especialistas em reestruturação, DINHEIRO selecionou as histórias de alguns dos mais respeitados profissionais do mercado. A seguir, conheça as lições que podem ser colhidas da experiência desses especialistas:

(continua em: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/618/artigo146072-2.htm)

– Banheiros-Família: Uma Necessidade Desprezada…. Você já precisou de algum?

Papais e mamães com filhos pequenos sabem bem o que vou dizer (principalmente aos papais de filhas): Como é difícil encontrar sanitários exclusivos para pais & filhos. Em alguns lugares, existem fraldários que auxiliam à troca dos nenês. Mas e privadas para crianças de 2 anos?

Se você passear pelo Parque da Cidade, em Jundiaí, verá que os banheiros masculinos e feminino possuem fraldários. Ótimo. Mas não atendem crianças maiores…

Alguns lugares possuem os banheiros-família (mas são raros). Vou dar o meu exemplo particular, quando minha filha tinha 2 anos: estava no supermercado e ela queria fazer xixi (já saiu da fralda). Onde a levarei? Sinceramente, é constrangedor e, de certo modo, anti-higênico levá-la ao banheiro masculino, já que em muitos lugares não dá nem para os homens os utilizarem.

Um ótimo exemplo de empreendimento que se preocupa com esse problema é o Maxi Shopping! Lá existem os banheiros ideais e em condições diversas. No térreo, próximo à escada rolante, há o banheiro família coletivo: pais e mães podem levar as crianças ao banheiro, que possui 4 mini-bacias. Próximo ao mercado, há outro modelo de banheiro-família: um família-masculino e um família-feminino: neste, o pai ou a mãe entra com a criança, e há uma bacia exclusiva para ele e outra pequena para seu filho/a. Por fim, próximo a praça de alimentação, outro melhor: um exclusivo para pai, mãe e filho.

Parabenizo por essa iniciativa. Alguém do shopping pensou nos pobres pais desesperados em ajudar suas filhinhas. E quando não tem opção, fica a dica: o velho e bom penico cor-de-rosa…

E você, o que acha? Os estabelecimentos comerciais deveriam pensar mais em banheiros-família? Deixe seu comentário:

Imagem extraída de: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2156539434-placa-indicaco-sanitario-acessivel-familia-aluminio-15x15cm-_JM?matt_tool=14804773&matt_word=&matt_source=google&matt_campaign_id=14302215543&matt_ad_group_id=134553705348&matt_match_type=&matt_network=g&matt_device=c&matt_creative=539425529185&matt_keyword=&matt_ad_position=&matt_ad_type=pla&matt_merchant_id=532987156&matt_product_id=MLB2156539434&matt_product_partition_id=1404320022641&matt_target_id=pla-1404320022641&gclid=EAIaIQobChMIjaLQxODx-gIV00BIAB2eswlREAQYAiABEgJhR_D_BwE

– Everton, Coca-cola azul e James Rodriguez

Viram que legal a ação mercadológica da Coca-Cola na Colômbia?

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– A diferença do preço de medicamentos nos EUA e no Brasil

Abaixo publico duas fotos: a de uma caixa com 30 comprimidos de Vitamina C comprada no Brasil e um pote com 100 cápsulas comprado nos EUA. Ambos têm a mesma quantidade por dose: 500 mg. 

A diferença está no preço: a embalagem brasileira com 30 custa  R$ 27,00 aproximadamente. A americana com 100 custa US$ 2.00

Incrível, não? Aqui, R$ 0,90 / comprimido. Lá, US$ 0.02 por cápsula

– A Libertadores vai ou não para o SBT?

Como a Conmebol não quis reduzir os valores da Libertadores para a Rede Globo, a Vênus Platinada reincidiu seu contrato. A entidade sul-americana ofereceu para diversos canais o torneio e encontrou no SBT seu possível futuro novo parceiro.

As negociações são reais, e caso se concretize, teremos as duas emissoras em embate direto às 4as feiras. E vejam que interessante: Teríamos 3 semanas seguidas da Globo transmitindo jogos do Corinthians pelo Brasileirão, batendo de frente com o SBT na transmissão de Palmeiras, Flamengo e São Paulo.

A briga vai ser boa! Aguardemos os nomes dos profissionais a serem contratados pela emissora de Sílvio Santos!

– Em qual Era da Administração de Empresas Viveremos?

Rita King, futuróloga da Nasa, certa vez resolveu falar de tecnologias do futuro e entrou na área da Administração de Empresas. Segundo ela:

Tivemos a Era Industrial e vivemos hoje na Era da Informação. Muitos futurólogos consideram a próxima era como a Era da Inteligência, mas ela só chegará quando as máquinas pensarem melhor do que nós. Até lá, aguardaremos um momento intermediário, que eu chamo de Era da Imaginação, onde as pessoas, os relacionamentos, a educação e os empregos devem se reformular!

Será que nosso atual momento no mundo dos negócios (e na sociedade também) não é de reinvenção diária?

A Era da Imaginação já chegou…

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– A culpa de chefes ruins é de…

quem os escolhem!

Segundo o livro dos consultores em Administração Jefrrey Cohn e Jay Moran (“Por que somos tão ruins para escolher bons líderes?”), alguns fatores são decisivos. Abaixo, a lista deles:

(extraído de: http://is.gd/p5wZ61)

POR QUE HÁ TANTOS LÍDERES RUINS?

Rafael Palladino, do Banco Panamericano. Carly Fiorina, da HP. Bob Nardelli, do Home Depot. Gilberto Tomazoni, da Sadia. Bernie Ebbers, da WorldCom. Harry Stonecipher, da Boeing. Dominique Strauss-Kahn, do FMI. A lista de executivos-chefes que se mostraram inadequados, por motivos que vão de fraude e escândalos sexuais a erros de gestão ou omissão, é enorme. Tão grande que impõe a questão: é assim tão difícil escolher um bom líder para a empresa? Pelo ritmo intenso de trocas de comando – o estudo anual da consultoria Booz & Co. conclui que a rotatividade nas 2,5 mil maiores companhias abertas em 2010 foi de 11,2% –, parece que sim. Por quê?

O primeiro motivo é a pressão a que estão submetidos os executivos-chefes. Num mundo mais competitivo, em que os resultados precisam vir mais rapidamente, é natural que a rotatividade aumente. Mas um estudo psicológico de como são feitas as escolhas de líderes apontou problemas recorrentes, capazes de causar grandes prejuízos. O estudo é dos pesquisadores Jeffrey Cohn e Jay Moran, da consultoria Spencer Stuart, autores de Why Are We Bad at Picking Good Leaders? (“Por que somos ruins para escolher bons líderes?”). A seguir, as cinco principais armadilhas em que conselho e acionistas caem:

O GRANDE CARISMA DIANTE DO PÚBLICO ÀS VEZES CAMUFLA
UMA FALHA NA HABILIDADE DE SE COMUNICAR FACE A FACE

1. Síndrome da patota_Cercar-se de iguais é intrínseco ao ser humano. “Muitos executivos do alto escalão favorecem, mesmo que inconscientemente, os profissionais com histórico, experiências e características similares às suas próprias”, dizem os autores. No Banco Panamericano, Rafael Palladino, um ex-personal trainer sem diploma em administração sob cuja gestão o banco quase fechou, era primo em primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos.

2. Síndrome dos holofotes_A loquacidade e o carisma, o talento de magnetizar uma plateia, costumam impressionar os selecionadores. O prestígio do CEO carismático é ainda residual da “Era Jack Welch” na GE. Casos como o de Steve Jobs, que dá verdadeiros shows nas apresentações da Apple, reforçam o mito. Porém, como advertem os autores, o grande carisma diante do público às vezes camufla uma insuficiência na comunicação íntima, face a face. “Falar em público é uma capacitação aprimorável com um coach. Já a comunicação direta com o interlocutor é algo bem mais difícil de desenvolver”, dizem.

3. Síndrome do deslocamento_Poucos CEOs foram tão demonizados na década passada quanto o autocrático Bob Nardelli, em sua desastrada passagem pela rede de varejo Home Depot. Ao tentar gerar eficiência operacional, Nardelli quase destruiu a cultura descentralizada, informal e amigável que era marca registrada da rede. O CEO chutado, obviamente, estava longe de ser um tolo. Na década de 90, fora um dos executivos mais admirados dos Estados Unidos, na General Electric. “Há casos em que as competências do executivo estão deslocadas, e não têm como ser bem utilizadas na empresa”, dizem Cohn e Moran. O caso de Nardelli era mais ou menos como exigir de um caminhão Scania a performance de uma Ferrari.

4. Síndrome do menino-prodígio_É fácil ficar impressionado com profissionais brilhantes, principalmente se forem jovens geniais. Mas esse encantamento às vezes impede de enxergar falhas grandes em outros aspectos, como a ética ou a capacidade de comunicação. O caso mais notório, na última década, foi o de Jeffrey Skilling, ex-CEO da Enron, hoje cumprindo pena de 24 anos numa cadeia americana por causa de uma bilionária fraude de “contabilidade criativa”. Precoce, Skilling era braço direito do então presidente Kenneth Lay, nos anos 90. Ajudou-o a catapultar a capitalização de mercado da Enron, de US$ 2 bilhões para US$ 70 bilhões. Tornou-se sucessor natural de Lay. Foi um desastre.

5. Síndrome do bom-moço_É o contrário da anterior, o encantamento com o executivo-modelo, querido por todos. A justificativa em geral vai para o lado de que a pessoa é uma ótima “formadora de equipes”, ou “cria sinergia”. A dura realidade, dizem os autores, é que “os melhores líderes raramente são bons membros de equipe”. O profissional “bom-moço” tem ascensão rápida na escada corporativa. Mas quase sempre dá um ótimo número 2, não número 1. Tendendo à gestão por consenso, ele costuma agregar profissionais de pensamento homogêneo.

Ter em mente essas armadilhas não vai livrar as empresas de sofrerem deslizes. Mas diminui, dizem Cohn e Moran, a possibilidade de um desastre.

Contabilidade criativa – É a manipulação das demonstrações financeiras de empresas, aproveitando brechas na legislação para turbinar resultados. A expressão tornou-se célebre em 2001 com os escândalos contábeis da Enron e da WorldCom

– A Arena Neo Química de Itaquera: sobre a negociação do Naming Rights do Corinthians.

Para quem não viu, o Estádio do Corinthians, depois de tanto tempo, ganhou “nome de patrocinador”.

Abaixo, extraído de: https://esportes.r7.com/prisma/cosme-rimoli/fui-estuprado-andres-sauda-a-neo-quimica-arena-01092020

01/09/2020 – 00h56 (Atualizado em 01/09/2020 – 01h20)

Corinthians receberá R$ 300 milhões pelos naming rights. Promessa cumprida

Reprodução/TV Corinthians

São Paulo, Brasil

“Fui estuprado.”

Esta frase do presidente Andrés Sanchez, ao explicar como foi a negociação da venda dos naming rights para a Hypera Pharma, acabou sendo a única surpresa, no anúncio do novo nome do estádio corintiano.

Até a designação Neo Química Arena foi revelada três horas antes do que a empresa combinou com o clube. Deveria ser no primeiro minuto desta terça-feira, dia em que o Corinthians completa 110 anos.

Deveria.

Mas um funcionário decidiu registrar os bastidores da live do anúncio. 

E, às 21 horas, ele acabou com o mistério.

Publicando uma foto onde se via, nas arquibancadas, o nome da nova arena estampado nas arquibancadas.

O acordo que ‘estuprou’ Andrés Sanchez foi histórico.

Desde 2010, o presidente corintiano jurava que iria vender o nome do estádio. Jurava que venderia por R$ 400 milhões, por 20 anos.

O anúncio oficial foi ‘furado’. Às 21 horas acabou o segredo. Constrangedor

Reprodução/Twitter

Andrés viajou à China, Emirados Árabes, fez inúmeros contatos, mas não conseguiu fechar negócio.

Enquanto isso, o apelido Itaquerão foi difundido.

Mas foi mesmo no Brasil que Andrés Sanchez acabou encontrando na Hypera Pharma, que já foi parceira do Corinthians, patrocinadora master nos uniformes de 2010 a 2012.

O motivo que Andrés revelou ter sido ‘estuprado’ foi que o dirigente teve um revés na negociação com o grupo Hypera Pharma. Ele queria de qualquer maneira fechar a transação por R$ 350 milhões. Não conseguiu.

Teve de ceder e a transação foi fechada em R$ 300 milhões.

O dirigente tomou a decisão que o dinheiro dos naming rights será usado para pagar parte do estádio. 

O clube garante que a dívida pela arena é de R$ 530 milhões.

Foi uma vitória de Andrés.

Ele está na reta final do seu terceiro mandato como presidente corintiano.

A negociação para o pagamento do estádio foi péssima.

A ligação entre Corinthians e Neo Química nasceu há dez anos

Corinthians

O comprometimento da arrecadação dos jogos tinha estrangulado financeiramente o clube.

Os atrasos de salários viraram recorrentes para o time.

Assim como os processos trabalhistas.

Andrés vinha sendo duramente criticado, questionado.

Até que houve o acordo com a Hypera Pharma.

E a nova arena ganhou o batismo tardio.

R$ 300 milhões a menos de dívida pelo estádio.

É uma conquista histórica para o Corinthians.

O valor é o mesmo que a seguradora Allianz pagou ao Palmeiras pelos naming rights de sua arena.

O dirigente estava aliviado, na live de anúncio do acordo.

Demorou dez anos, mas cumpriu o que havia prometido.

Mesmo tendo sido ‘estuprado’.

A estádio do Corinthians terá um nome por 20 anos.

Neo Química arena…

– Controlando as Emoções no Ambiente de Trabalho

Em tempos de Assédio Moral em alta, ter equilíbrio emocional na vida profissional é fundamental para a qualidade de vida não só no trabalho, mas também na vida pessoal. Assim, reproduzo interessante entrevista da pedagoga Rosana Spinelli dos Santos, realizada à jornalista Ellen Fernandes do Jornal de Jundiaí (edição de 03/01/2010, caderno Comportamento, pg 4) sobre esse importante assunto.

COMO CONTROLAR AS EMOÇÕES NO TRABALHO

“Se soubermos conduzir os pensamentos, poderemos direcionar nossas emoções”. É com essa definição que a pedagoga Rosana Spinelli dos Santos, professora da Contmatic Phoenix enfatiza que em um mercado corporativo cada vez mais competitivo, conhecer e dominar os sentimentos são condições essenciais para o sucesso profissional e pessoal.Segundo ela, todas as emoções  surgem por meio dos pensamentos. Dessa forma, quando se pensa em algo triste ou irritante, as emoções imediatamente sentidas são de tristeza e raiva. A emoção pode ser definida, de acordo com a psicologia, como uma reação orgânica de intensidade e duração variáveis, de grande excitação mental e, geralmente, acompanhada de alterações respiratórias, circulatórias, entre outras.

Vale ressaltar que, se não dominadas, as emoções consideradas negativas colocam em risco a saúde física, o equilíbrio emocional e, consequentemente, podem diminuir a produtividade e a assiduidade no trabalho.

A pedagoga diz que os indivíduos emocionalmente inteligentes são os que usam a razão para compreender e lidar com as emoções, que recorrem a elas para interpretar o meio envolvente e tomar as melhores decisões. “Os que não conseguem exercer controle sobre a própria vida emocional, travam batalhas internas, não se concentram no trabalho e, assim, perdem a capacidade de pensar com clareza”, afirma.

Vida profissional – A inveja e a raiva estão entre os sentimentos que mais atrapalham a vida profissional, independente da área de atuação. Rosana diz que a inveja faz com que a pessoa queira algo que é do outro, como um cargo. “Esse sentimento faz com que as pessoas se tornem cegas ao ponto de não perceberem que têm as mesmas condições que o outro para alcançarem seus objetivos.

Ao invés de lutar por esse objetivo, os invejosos passam a falar mal do profissional ou até mesmo tentam puxar o tapete”, explica. Na opinião da profissional, a raiva é considerada o pior sentimento porque destrói a própria pessoa. Ela alerta ainda que a mágoa profunda e o rancor podem resultar na raiva, muitas vezes desencadeada no ambiente profissional por coisas que podem ser superadas como o adiamento de uma promoção, o tratamento diferenciado por parte de um colega de trabalho.

“O grande problema é a pessoa ficar minando esse sentimento pelo outro por muito tempo ou até mesmo após se afastar da pessoa ou sair da empresa. Uma das consequências desse sentimento são as doenças emocionais. A raiva só faz mal para a pessoa que sente. Ela acaba se tornando vítima porque o nosso corpo não foi treinado nem adaptado para ter emoções extremas. Nosso corpo e nossa mente foram feitos para ter equilíbrio. Com raiva você não alcança esse equilíbrio de forma alguma”.

A professora enfatiza que o Q.I. elevado (Quociente de Inteligência), pode gerar um bom emprego, mas é o Q.E. (Quociente Emocional), que garante uma promoção, pois quem sabe lidar com as próprias emoções tem mais facilidade de resolver problemas e encontrar soluções. “Indivíduos providos de Q.E. sabem gerir um conflito, impor autoridade, prestar atenção aos outros e ao que se passa à sua volta.”

– Neymar deixa a Nike. Vai para a Puma ou para a Adidas?

Um negócio de milhões: Neymar não aceita renovar seu contrato com a Nike pelas bases em negociação e deixará de ser garoto-propaganda da empresa norte-americana.

Certamente, será um mega-negócio financeiro.

Abaixo, extraído de: https://www.mktesportivo.com/2020/08/nike-oficializa-o-fim-de-acordo-de-patrocinio-com-neymar/

NIKE OFICIALIZA O FIM DO ACORDO DE PATROCÍNIO COM NEYMAR

Jogador não será mais embaixador da marca americana a partir de 1° de setembro

Neymar não será mais embaixador da Nike a partir de 1° de setembro. A empresa confirmou ao MKTEsportivo que a parceria será encerrada. O futuro do jogador é incerto, ainda que a principal especulação seja que ele fechará com a PUMA.

“Neymar Jr não é mais atleta Nike a partir de 31 de agosto de 2020”, afirmou a empresa. O UOL destaca que uma divergência financeira motivou o fim da relação.

Patrocinado pela marca desde os 13 anos, Neymar fez parte de uma conhecida estratégia da Nike de fechar com jovens promessas do futebol. Foi o mesmo com Rodrygo, atualmente no Real Madrid. Nesta semana, por exemplo, a companhia fechou acordo com Enzo Peterson, de apenas 10 anos, que atua na base do São Paulo. Já Willian Nascimento, do Flamengo, também com 10 anos, seguiu o mesmo caminho.

Em 2011, Neymar renovou o acordo com o swoosh até 2022, sendo este o contrato vigente será encerrado. Por conta de sua chegada no futebol francês, o próprio Paris Saint-Germain obteve um incremento no seu contrato, dada a força da imagem do jogador e o seu potencial de vender camisas.

Recentemente, Neymar não figurou em campanhas globais da marca. No vídeo “Nada pode parar do esporte”, lançado há um mês, a Nike usou a imagem de Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé, sem contar com a presença do brasileiro.

O fim do acordo foi divulgado inicialmente pelo site Diário do Peixe.

– A Globo sem F1 não perderá muita coisa.

Minha geração começou a conhecer a Fórmula 1 com o grande Nelson Piquet, e recordava com paixão Emerson Fittipaldi. Chegou ao êxtase na época de Ayrton Senna e torceu para Barrichelo, Massa ou algum brasileiro que surgisse.

Talvez eu não gostasse de Automobilismo, mas de torcer. Acho que não dá corrida em si, mas de ouvir o Hino Nacional no pódio com um brazuca carregando a Taça.

Eis que depois de 50 anos, a Rede Globo deixará de transmitir a F1. Faz parte, pois tudo é cíclico nos negócios e nos esportes. A audiência é baixa e, deixará saudade, cá entre nós, aos verdadeiros amantes do esporte a motor. Quem torcia somente para pilotos nacionais, já faz tempo que deixou de assistir.

Globo oficializa que não terá Fórmula 1 na sua grade em 2021 - MKT Esportivo

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– A supervalorização de mercado da Apple! Cresceu “3 Petrobrás em uma semana?”

Empresas que inovam, se valorizam, ganham dinheiro na bolsa e se tornam exemplo de que valor de mercado + valor das vendas podem formar o casamento perfeito: o caso Apple!

Como não admirar uma empresa que vale dois trilhões de dólares?

Extraído de: Veja.com, 26/08/2020

EM SETE DIAS, APPLE GANHOU TRÊS PETROBRÁS EM VALOR DE MERCADO

Mesmo depois de bater US$ 2 trilhões, a empresa fundada por Steve Jobs segue valorizando; com iPhone 12, analistas já fazem aposta de US$ 3 trilhões

Por Josette Goulart

Foi difícil alguém não ter notado que a gigante Apple passou a valer 2 trilhões de dólares na semana passada. Passados sete dias do marco histórico, a empresa está valendo ainda mais. Até o meio do dia desta quarta-feira, 26, a Apple tinha um valor de mercado em torno de 2,160 trilhões de dólares. Olhando de repente, 160 bilhões de dólares a mais parece pouco perto dos trilhões, mas a realidade é que em apenas sete dias a Apple ganhou o equivalente três Petrobras inteiras em valor de mercado. Dependendo da calculadora que você tiver disponível, não é possível colocar esse números todos nela. E já tem analista americano arriscando dizer que o valor de mercado da Apple pode chegar a 3 trilhões nos próximo ano. Outros analistas estão mais comedidos. Alguns até apostam na queda das ações. Mas a maioria ainda mantém a recomendação de compra. Esse trilhão para cá e trilhão para lá, tem uma razão de ser: a expectativa de que 350 milhões de pessoas no mundo troquem seu iPhone por um que tenha a tecnologia do 5G. E este iPhone, o de número 12, deve ser lançado até o fim do ano.

O tal analista que prevê a escalada ainda maior da Apple é Dan Ives, da Wedbush Securities. O que Ives enxerga pelos próximos 12 a 18 meses é um super ciclo para a Apple por conta do novo iPhone. É uma oportunidade única na década. Mas alguns analistas alertam que não dá para saber esse será mesmo ou não uma escalada e se os preços das ações já não estão refletindo este ciclo. Os papéis começaram o ano valendo 289 dólares, despencaram no início da pandemia e então quando os investidores notaram que com a crise do novo coronavírus  a empresa passou a vender mais, os números dispararam e chegaram a 467 dólares por ação na semana passada. Nesta quarta-feira, batiam 505 dólares. Os resultados do segundo trimestre da Apple justificaram a euforia. A venda dos seus iPads disparam 30% por causa da demanda de alunos e professores que começaram a fazer aula à distância. As vendas do Mac cresceram 20%. Os serviços passaram a representar 20% da receita. As vendas do iPhone cresceram pouco mais de 2%, mas mesmo assim cresceram. E agora a expectativa com o iPhone 12.

– A Necessidade dos Chatos nas Empresas

Um chato incomoda muita gente? Claro que sim.

E dois chatos? Muito mais!

Mas tem um detalhe: muitas vezes, são os chatos que nos abrem os olhos sobre alguns aspectos organizacionais, e é por isso que muitas empresas estão abrindo espaço para questionadores com total liberdade para “chatear”.

Veja, extraído de: Revista EXAME, ed 1042, pg 94,  29/05.

ODE AO CHATO

O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer para tomar um vinho, ir ao cinema ou chamar para compartilhar um jantar. O chato tem a insuportável mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes. Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar decisões. Para todos os outros – e isso envolve o dia a dia dos negócios, a hora de escolher entre um caminho e outro caminho, de fazer isso ou aquilo – é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exemplares da fauna empresarial por perto.

Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorde de você”. No início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire Hathaway. Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.

Buffett conhece o valor deste tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas. Ele não tem medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo na ferida. Insiste em ser o animal pensante, quando todo mundo sabe que dá menos dor de cabeça deixar tudo como está. Acha ridículo ver o rei passar no por ai enquanto todo ao redor fingem que nada está acontecendo. O chato não se rende ao cinismo que, quase sempre, domina as relações nas grandes empresas. Ele não se conforma com a mediocridade (inclusive a própria), com as desculpas esfarrapadas, com as demonstrações de autopiedade diante de erros. E o pior: quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que o chato, feitas as contas, tem razão.

Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera os chatos que cruzam no caminho dele. Ele – o chefe, que frequentemente prefere ser chamado de líder – acredita que está seguro em um mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, qualquer dono de botequim sabe que o controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta. Achar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, ó vai torna-lo mais vulnerável como chefe – e o mais ridículo aos olhos dos outros. E vai, mais dia menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias. Sobrarão os ineptos, aqueles que, não tendo opção de pensar, ficam ali mesmo, fingindo que acreditam nas ordens que recebem e que são capazes de produzir algo que valha a pena.

Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro. Essa espécime de profissional só prolifera em ambientes onde liberdade de pensamento e expressão é respeitada (não estou falando de democracia total ou decisão por consenso), onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória quando se parece a melhor opção. Olhe para as companhias de sucesso espalhadas pelo mundo e conte quantos questionadores há nelas –  e como são tratados pelos chefes e pelo grupo. São companhias eternamente insatisfeitas, que se questionam, mas que tem a coragem de ir em frente em suas decisões quando tem convicção. Os muitos chatos que fazem parte delas questionam, ajudam a encontrar respostas e vão em frente – ainda que enxerguem os riscos onipresentes em qualquer tipo de negócio. Em seu discurso aos formandos da Universidade Stanford, Steve Jobs – o ídolo supremo dos chatos empresariais – deu a sua definição do caminho para o sucesso. Seu último conselho: “Continuem famintos. Continuem ingênuos”. Ser chato é ser ingênuo. Ser chato é ser livre.

– O prejuízo do Nubank continua…

Valor de mercado nem sempre significa dinheiro na conta. Veja o caso do badalado Nubank: mais um ano de significativo prejuízo…

Abaixo, extraído de: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/08/19/prejuizo-do-nubank-aumenta-2118-em-um-ano.htm

PREJUÍZO DO NUBANK AUMENTA 212% EM UM ANO

O Nubank, empresa financeira digital, aumentou as perdas anuais em 211,8% entre 2018 e 2019. O prejuízo líquido da companhia saltou de R$ 100,3 milhões para R$ 312,7 milhões de um ano para outro, conforme balanço divulgado pela Nu Pagamentos S.A., nome oficial da empresa.

As vendas aumentaram no ano passado em todos os segmentos de atuação. As receitas com intermediação financeira -obtidas com aplicação dos recursos depositados pelos clientes- subiram 165,5% e atingiram R$ 528,8 milhões.

Segundo a empresa, o principal motivo desse avanço foi o aumento do volume de depósitos na NuConta e a aplicação destes recursos e das aplicações de caixa em títulos e valores mobiliários.

Já a receita de prestação de serviços do Nubank, composta principalmente pelas tarifas de intercâmbio ganhas através da utilização dos cartões, somou R$ 914,6 milhões em 2019, um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2018.

Mas os gastos também avançaram. As despesas com intermediação financeira avançaram 36,7% para R$ 841,4 milhões. Gastos com pessoal aumentaram 88%, para R$ 340,32 milhões.

Aumento dos gastos

“O aumento nas despesas financeiras deve-se principalmente à provisão para aumento de crédito de liquidação duvidosa, que aumentou 53%, enquanto os saldos de valores a receber cartão de crédito no ativo aumentaram 76%”, disse o Nubank, que separou R$ 747 milhões para cobrir eventuais calotes de clientes.

Outras despesas administrativas subiram 202,4%, para R$ 1,03 bilhão, enquanto as outras despesas operacionais saltaram de R$ 237,5 milhões para R$ 652,3 milhões.

Por conta dos gastos maiores, o resultado operacional da companhia, aquele diretamente relacionado ao negócio do Nubank, piorou 285,3%, para um prejuízo operacional de R$ 443,5 milhões em 2019.

Base de clientes cresce 465%

O Nubank encerrou 2019 com 16 milhões clientes da NuConta, aumento de 465% em relação a um ano antes.

No fim de 2019, o Nubank tinha um saldo de R$ 12,1 bilhões na carteira de operações de cartão de crédito, um crescimento de 78% em relação a 2018, quando era de R$ 6,8 bilhões.

O Nubank encerrou 2019 com 2.452 funcionários, crescimento de 102% em relação a 2018.

– 10 anos da promessa dos Naming Rights da Arena Corinthians, e…

De novo, às vésperas de uma Eleição e com contestação política sobre o atual presidente Andrés Sanches, fala-se da venda do Direito do Uso do Nome da Arena Corinthians, em Itaquera.

Já cansou ver as inúmeras notícias de que os Naming Rights estavam “quase negociados” e nada. Há 10 anos (31 de agosto de 2010), alardeou-se que o estádio seria construído e com R$ 400 milhões (valor da venda do nome da Arena) a construção seria paga. Estamos em Agosto de 2020 e…

Relembre essa postagem (aqui mesmo do nosso blog):

NAMING RIGHTS DO CORINTHIANS, SE VERDADEIROS, SERÃO OS MAIORES DO MUNDO (31/08/2010)

Veja os seguintes números:

– Emirates Stadium: 90 milhões de dólares por 15 anos (Estádio do Arsenal – Inglaterra)

– Allianz Arena: 90 milhões de euro por 15 anos (Estádio do Bayern e do Munich 1860 – Alemanha – valores divididos entre as equipes)

– American Airlines Center: 195 milhões de dólares por 30 anos

– Gillete Stadium: 90 milhões de dólares por 15 anos.

Esses são os valores dos naming rights de algumas praças mundiais (em tradução simplória: direito de uma empresa comprar o nome de uma arena de eventos e usá-lo com o nome que bem entender).

Aqui no Brasil, causou surpresa o anúncio do Corinthians sobre a decisão de construir seu estádio através de uma parceria com a Construtora Odebrecht. A empreiteira dá um estádio de aproximadamente 300 milhões de reais, e o Corinthians paga esse valor permitindo que a Odebrecht venda o naming rights do estádio por 15 anos (permitindo-se mais 5 anos de renovação automática, subindo para R$ 400 milhões).

Compare com os valores citados acima. Enquanto que o Allianz Arena arrecada 6 milhões de dólares anuais, o Corinthians arrecadará 20 milhões de reais. Maior do que qualquer outra arena do mundo!

Segundo o site da Abril Esportes, em colaboração com a Gazeta Press (citação e link em: http://www.abril.com.br/noticias/esportes/futebol/corinthians/estadio-corinthians-sera-financiado-pelo-bndes-1247057.shtml ), a negociação envolve totalmente o BNDES. Como o Corinthians tem dívidas atrasadas e impostos não recolhidos, não pode contrair empréstimos governamentais. Assim, a Odebrecht solicitaria esse dinheiro do banco, sendo uma espécie de “barriga de aluguel” da grana. Uma espécie de “terceiro” do negócio, com participação mais ativa do que os costumeiros intermediários.

Sobre naming rights, é válido lembrar que na Liga dos Campeões nunca é citado o nome “Emirates Stadium”, mas sim “Arsenal Stadium”, devido a acordos do organizador. Entre os torcedores dos Gunners, o estádio ainda é chamado carinhosamente pelo nome antigo, “Highbury”. É claro que a Odebrecht não usaria o nome de “Odebrecht Arena”; afinal, empresas utilizam produtos destinados a consumidores físicos ou as próprias marcas nos estádios. Qual o retorno que a Odebrecht teria com o naming right do novo estádio? Nenhum! A não ser que o revenda, por um valor mais alto ainda (o que é improvável de se obter). Sem contar que o brasileiro adora apelidos: Canindé, Vila Belmiro, Morumbi, Pacaembu, Vivaldão, Castelão, Maracanã, Mineirão, Barradão, Teixeirão… (que mania de grandeza, não?). Teríamos nascendo um… Itaquerão, por exemplo?

O estádio servirá para a abertura da Copa do Mundo em SP. E algumas coisas assustam: foram tantos laudos que o São Paulo FC enviou à FIFA, através da CBF, e nenhum satisfez. Problemas técnicos barraram o Morumbi. O Palmeiras não consegue nenhuma licença para o início das suas obras. E o Corinthians já teve o estádio aprovado e as licenças permitidas?

Coisas assim foram cantadas e contadas no prenúncio da Copa do Mundo no Brasil. E não deu outra… Tomara que nossos bolsos não banquem tanta gastança…

E você, depois desse imbrólho: ainda é a favor de uma Copa no Brasil? Eu nunca fui e cada vez mais acho que a conta de cada estádio, natural e forçosamente, estourará o orçamento para que existam superfaturamentos. Há coisas mais importantes do que Copa…

Deixe seu comentário!

– Como é difícil delegar tarefas!

Gostei deste banner sobre dicas para “delegar tarefas”, algo muito difícil quando a centralização do poder e das tomadas de decisões estão arraigadas culturalmente.

Vale a atenta observação. Abaixo: 

– Lego, a Fênix dos Negócios

Repost de 5 anos, mas bem atual:

Como explicar?

Em 2003, a dinamarquesa de brinquedos Lego estava quase falida. Sem dinheiro, nem inspiração, amargava ½ bilhão de dólares de prejuízo/ano. Em 2015, ganhou um prêmio como “Marca Mais Poderosa do Planeta”.

Segundo a Revista Época Negócios, em matéria de Raquel Grisotto (Abril 2015), foram 6 medidas-chave para a empresa ressurgir:

1- Ajustes de Contas: demitiu 30% dos funcionários e vendeu 70% das participações em outros negócios fora da empresa.

2- Pegada Global: deixou o Leste Europeu e migrou para países em desenvolvimento.

3- Agilidade em Dobro: um novo brinquedo levava 2 anos para ser desenvolvido. Hoje, somente 1 ano para chegar da fábrica às prateleiras.

4- Portfólio mais Enxuto: os produtos são tijolinhos de plásticos e seus bonequinhos. E só!

5- Ajuda dos Famosos: licenciamento de personagens de filmes e desenhos famosos como atração.

6- Vínculo com Clientes: de cada 10 profissionais contratados, 2 são fãs assumidos de Lego.

De fato, é inegável o sucesso da Lego nos dias de hoje, embora, eu, ainda sou do tempo do Playmobil…

– Futebol como negócio, mas tratado por amadores apaixonados! Sobre o teste de Covid e o letreiro na Área:

Cá entre nós: sabemos que Corinthians x Palmeiras é uma guerra dentro e fora de campo, que começa dias antes da própria partida.

Nestes temos de futebol profissional / business, ninguém quer perder. Sendo assim, todos os artifícios (que devem estar dentro da lei) são usados para a busca da vitória.

Os dirigentes não colaboram para que esse resultado seja buscado com ética e moral. Vide Andrés Sanches questionando a necessidade de exames de Covid_19 de acordo com o Protocolo Sanitário (isso porquê o futebol era chamado de “exemplo” nos cuidados da retomada).

Na verdade, só se pode constatar algo já perceptível: “vale tudo” para ganhar o jogo, onde o profissionalismo é administrado por apaixonados amadores.

Em tempo: depois do dia 22 de julho (veja a data que estamos), a grama cresceu, já deve ter sido cortada, mas os letreiros SCCP continuam inscritos no campo de jogo da Arena Corinthians? O “conserto” não some, mas o vandalismo sim?

Aliás, sobre essa irregularidade contra a Regra 1, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2020/07/22/o-corinthians-poderia-ter-disfarcado-a-pichacao-com-sccp/

Corinthians x Palmeiras: horário, local, escalações e transmissão

– Como o Empreendedor pode ter um “infarto feliz”, trabalhando sem freios!

Para mim, um tapa na cara com luva de pelica!

A tirada de Pedro Mello, do “Blog do Empreendedor”, é muito engraçada! Ele retrata os esforços de como um empreendedor deve fazer para ter logo um infarto! Claro, ele questiona a relação “dedicação ao trabalho versus saúde“.

Vale a pena dar uma conferida:, em: http://portalexame.abril.com.br/blogs/pedro_mello/20090604_listar_dia.shtml?permalink=171883

EMPREENDEDOR TAMBÉM MORRE DE INFARTO

Essa semana gravei o 70o Fiz do Zero pra IdealTV e uma coisa que tenho percebido nesses dois anos de gravações é que são raros os empreendedores que entrevisto e sinto que estão tranquilos, cuidando da saúde mental, física e espiritual.

Estava pensando nisso quando recebi um e-mail do Pedro Antunes, com texto do Dr. Ernesto Artur, um cardiologista com uma nova proposta para você:

DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ

Como empreendedores normalmente são pessoas com muita coragem e teimosia, aqui vão as dicas do Dr. Ernesto pra você pensar um pouco…

Quando publiquei estes conselhos ‘amigos-da-onça’ em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, ISSO É BESTEIRA. Tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego está faltando, surge aquela dor de estômago, a cabeça não anda bem. Simples, tome logo estimulantes, energéticos e antiácidos. Eles vão te deixar tinindo, novinho em folha.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. Por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita sempre para si: Eu não perco tempo com bobagens!

Imagem extraída da web, autoria desconhecida.

– O troca-troca de jogadores envolvendo clubes de futebol

Essa história de “troca-troca” de jogadores” que se fala envolvendo Santos e Palmeiras, era comum no futebol na década de 70. Sem dinheiro, negociar permutas ou algo parecido se faz necessário.

O último grande negócio que me lembro desses foi nos anos 90: São Paulo e Cruzeiro fizeram o famoso “5 por 2”: a Raposa cedeu Beletti e Serginho (laterais na época) e o Tricolor enviou aos mineiros Gilmar (zagueiro), Vítor (lateral direito), Ronaldo Luís (lateral esquerdo), Donizete (volante), Palhinha (meia) e Aílton (atacante).

A grande questão se torna: vale a pena para os clubes? Diz-se que o Santos liberaria Soteldo para o Palmeiras, em troca de Lucas Lima. “Elas por elas”, não dá! Deve ter mais atletas envolvidos e um pouco dinheiro.

Um detalhe: será que os atletas envolvidos querem mudar de clube?

Aguardemos!

– Sobre a campanha da Natura com Thammy Miranda, um pai transgênero.

Thammy Miranda está no noticiário, juntamente com a Natura pela propaganda do Dia dos Pais da marca de cosméticos. Vamos fazer algumas consideracões sobre esse delicadíssimo tema?

Para não ficar arestas no entendimento: Thammy era conhecida pela alcunha artística de “Thammy Gretchen”, filha da conhecida cantora do “Melô do Piripiri”. Ela estampou algumas capas de revistas masculinas, como a Sexy.

Anos atrás, Thammy revelou que era lésbica, o que revoltou sua mãe Gretchen e sua tia, a cantora Sula Miranda – e trouxe surpresa para seus admiradores. Mais tarde, se descobriu transgênero e resolveu fazer a mudança de sexo, adotando seu nome e sobrenome de nascimento (Thammy Miranda). Hoje, Gretchen e Thammy vivem uma boa relação, incluindo a esposa da mesma e o filho desta relação.

Aí que surge a polêmica atual: Thammy Miranda e esposa tiveram um bebê, e a Natura resolveu fazer sua propaganda do Dia dos Pais homenageando os mesmos com… Thammy, um pai transgênero, ao lado do seu filho Bento.

É óbvio que o departamento de marketing desejou a repercussão sobre a escolha de um “pai não convencional aos padrões” do que um pai heterossexual (ou, como li numa postagem de Rede Social, um pai “homem de verdade”). Empresas deste porte calculam muito bem quanto vale uma ação promocional inclusiva (mesmo que tenha gente contrária) versus aumento / queda nas vendas, rejeição na mídia e aumento do valor de imagem.

Não pensemos que uma organização (comércio ou indústria) queira apenas o “ser politicamente correto” e abra mão das vendas. Sem lucro, retorno ou divulgação da marca, nada adianta. É falácia achar que ela, Natura, está preocupada com as campanhas de boicote, pois previu o retorno que tem sido positivo. Prova disso é que as ações da Natura subiram somente num dia 6,73% com esta campanha dos Dias do Pais (a maior alta da Ibovespa).

Resumindo: ao apostar num tipo de pai que representa a minoria (é uma questão de lógica: a maior parte dos pais são homens heterossexuais, não pais transgêneros ou gays), a Natura desagradou muita gente. Mas ganhou dinheiro e valor de mercado com tal atitude.

Agora, sobre “gostar ou não da campanha”, aí é questão de foro íntimo de cada um. Compre ou não da Natura, é um direito seu. Não condeno quem se desagradou com ela, pois é algo intrínseco de cada um. Idem a quem gostou.

– Home Office, aumento de trabalho e conciliação entre vida pessoal e profissional: a pesquisa da FGV

Aumento da produtividade mesmo estando em casa, dificuldade para conciliar casa com trabalho e maior demanda de tarefas da empresa: eis 3 dos resultados revelados por uma pesquisa da FGV sobre o Home Office e a percepção das pessoas.

Abaixo, em:

Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2020/07/maioria-tem-dificuldade-para-equilibrar-vida-pessoal-e-profissional-no-home-office.shtml

MAIORIA TEM DIFICULDADE PARA EQUILIBRAR VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL NO HOME OFFICE

Pesquisas revelam que carga de trabalho aumentou na quarentena e equipes mantiveram produtividade alta em casa

A rotina de trabalho remoto na pandemia descortinou novos dilemas no mundo do trabalho — ou tornou mais comum alguns que sempre existiram, como a dificuldade de equilibrar a vida profissional e a pessoal.

Uma pesquisa realizada pela Escola de Administração de Empresas da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostrou que a maior parte dos profissionais (56%) tem problemas para conciliar os dois universos. E quase metade dos 464 entrevistados disse que a carga de trabalho aumentou durante a quarentena.

Apesar das dificuldades, outro estudo, da consultoria Marz, mostra que a maioria dos profissionais (58,2%) afirma que conseguiu manter a produtividade ou até aumentá-la no home office.

Os impactos dessa nova rotina estressante ainda estão sendo assimilados pelas empresas. “Sintomas de ansiedade, depressão, insônia e irritabilidade passaram a ser cada vez mais relatados às equipes de RH”, afirma Fabio Pecequilo, sócio da Mazars.

Ainda segundo o levantamento da consultoria, 86% das empresas brasileiras mandaram suas equipes inteiras, ou parte delas, trabalhar em casa.

Em meados de março, o Banco Pine colocou todos os seus 402 funcionários em home office. Segundo a superintendente de RH da empresa, Jussara Penhalbel, a produtividade das equipes superou as expectativas —atualmente, só 10% deles voltaram a dar expediente na empresa.

“Acabou funcionando bem. As reuniões se tornaram mais curtas, pontuais e produtivas. Mas, para que o modelo dê certo, organização e disciplina se tornaram competências fundamentais.”

Profissional da área de investimentos do banco, Maria Claudia Prado, 36, estreou no trabalho remoto durante a pandemia e logo descobriu que, sem muita organização doméstica, não conseguiria dar conta do recado.

Casada e mãe de um menino de dois anos, que deixou de ir para a escola, ela dispensou diarista e babá e precisou escalonar o tempo levando em conta a agenda do marido.

“Tenho horários definidos para cada tarefa profissional e pessoal. Mas nem sempre funciona muito bem. Afinal, há dias caóticos.”

Mas conciliar os afazeres domésticos e profissionais não foi o único problema trazido pelo home office.

Pesquisa interna do Banco Pine demonstrou, por exemplo, que a maioria dos colaboradores enfrentava dificuldades com a internet doméstica de baixa velocidade.

Segundo a superintendente de RH, foi preciso fornecer ajuda de custo provisória de R$ 100 para que todos melhorassem seus pacotes de dados, e desenvolver uma cartilha com dicas de produtividade.

“Ensinamos que tipo de mesa e cadeira usar, como é importante trocar a roupa antes de começar a trabalhar e como usar ferramentas de gestão à distância”, diz Penhalbel.

Não foi diferente nas empresas de pequeno porte. Dono de um escritório de arquitetura com 15 funcionários, o arquiteto Bruno Moraes, 34, pôs toda e equipe em trabalho remoto em meado de março, tão logo começou a quarentena.

A infraestrutura tecnológica estava pronta. “Já tinha toda a operação online, das compras à gestão financeira, e os funcionários tinham acesso por meio de um aplicativo. Esta parte foi fácil”, conta.

Só que faltavam, a boa parte da equipe, espaços domésticos adequados para trabalhar. Para resolver o problema, Moraes emprestou cadeiras do escritório e permitiu que todos levassem os seus computadores.

A medida foi fundamental para que a arquiteta Mariam Ayde, 37, cumprisse suas funções de forma remota. Mas ela passou por alguns apertos.

“Moro em uma casa pequena de três dormitórios, com meus pais, um casal de irmãos e três cachorros. Com todos trabalhando em casa, fizemos uma escala para dividir os ambientes, mas foi um mico só. Como sou a caçula, ficava movendo o computador de um lado para outro.”

Assim que o escritório reabriu, em julho, Mariam devolveu a cadeira e passou a alternar dias de trabalho remoto e presencial, sempre levando o computador embaixo do braço. Mas ela não pretende deixar de fazer home office, pelo contrário.

“Quero morar sozinha para montar uma estrutura melhor e passar a trabalhar mais em casa. Como levo 40 minutos para chegar ao escritório, vou aproveitar esse tempo.”

Estudo mostra sobrecarga na pandemia

  • 56% das pessoas ouvidas tiveram dificuldade grande ou moderada para equilibrar atividades profissionais e pessoais
  • 45,8% perceberam um aumento da carga de trabalho
  • 45,8% encontraram mais dificuldade para manter o foco no home office

Fonte: Pesquisa da FGV, feita entre 13 e 27 de abril com 464 pessoas

– O Desdém inicial da Apple com o iPhone

Os erros que a Apple iria cometer quando lançasse seu maior equívoco (para alguns concorrentes), o iPhone, foram retratados nesse artigo bem curioso.

Abaixo (extraído do BlogdoIphone.com):

O DESDÉM INICIAL DO IPHONE 

O desdém inicial pelo iPhone

Muitos se arriscaram na época a prever o futuro catastrófico (SIC) do iPhone. “Especialistas” que queimaram a língua por não verem o futuro chegando.

O iPhone era tão diferente de tudo até ali que muitas mudanças foram difíceis de absorver. A falta completa de um teclado físico era uma das críticas mais usadas pelos detratores, além do fato dele ser “grande” para o padrão da época.

O CEO da Palm chegou a dizer na época “Os caras dos computadores não vão agora chegar e mostrar como se faz. Não é só chegar e fazer“.

Já um outro analista do Bloomberg não acreditava que o iPhone duraria muito tempo:

“O iPhone não é nada mais do que um brinquedo de luxo que vai apelar para alguns loucos por gadgets. Em termos de seu impacto sobre a indústria, o iPhone é menos relevante. É pouco provável que a Apple faça algum impacto neste mercado. A Apple vai vender um pouco para alguns de seus fãs, mas o iPhone não vai marcar a indústria a longo prazo.”

Michael Kanellos, da CNET, foi ainda mais categórico, prevendo o fracasso total do aparelho:

“A Apple está se preparando para lançar um novo telefone… E ele vai fracassar. As vendas deste telefone até irão disparar no começo, mas as coisas vão se acalmar e o telefone da Apple vai tomar o seu lugar nas prateleiras com as câmeras de vídeo aleatórias, telefones celulares, roteadores sem fio e outros possíveis acertos. Quando o iPod surgiu no final de 2001, ele resolveu alguns problemas importantes com MP3 players. Infelizmente para a Apple, são problemas que não existem no setor de telefonia. Os telefones celulares não são desajeitados, dispositivos inadequados. Em vez disso, eles são muito bons. Muito bons.”

Nem mesmo a Microsoft estava acreditando no que estava acontecendo. O diretor de marketing da empresa, Richard Sprague, comentou na época:

“Eu não posso acreditar nesta atenção toda que está sendo dada para o iPhone … Eu só tenho que saber quem vai querer uma coisa dessas (além do fanático religioso). Então, por favor,  favorite este post e volte daqui dois anos para ver os resultados da minha previsão : eu prevejo que o iPhone não vai vender nem perto dos 10 milhões [de unidades] que Jobs prevê para 2008.”

E claro, não podemos esquecer do comentário que ficou na história, vindo da boca do então presidente da Microsoft, Steve Ballmer:

Confira um outro artigo com uma coletânea de frases ditas contra o iPhone. Aproveite também para analisar os comentários que nossos leitores fizeram há cinco anos.

iPhone 11 de 256 GB – Amarelo - Apple (BR)

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– Executivo Animal como Estratégia Inusitada na Organização

Uma empresa de consultoria que leva em conta aspectos psicológicos, emocionais e financeiros para estudar o comportamento do consumidor em países emergentes mostra uma grande vantagem competitiva. O diferencial? Existe até um cachorro com cargo executivo!

Extraído da Isto É Dinheiro (clique acima para citação)

INOVAÇÃO ANIMAL

Com ideias pouco usuais, a consultoria paulistana Mandalah conquista clientes do porte de GM e Natura

Por Carlos Eduardo Valim

O cão da foto ao lado tem uma patinha em alguns dos projetos mais importantes de grandes empresas como GM, Pepsico, HSBC, Natura e Nike. Ele também colocou suas “digitais” na fundação do site de compras coletivas Peixe Urbano. Mascote da consultoria paulistana Mandalah, o golden retriever Shivah passa o dia no escritório, participa de visita a clientes e rouba a cena nas palestras realizadas pela empresa. O simpático cachorro chama a atenção dos clientes e ajuda a quebrar o gelo nos encontros de negócios. Comprado com o cartão de crédito corporativo e cuidado por todos os funcionários, ele é o único a ter um cargo na Mandalah, o de CCO, sigla para “chief canine officer”.

A consultoria – cujo nome significa círculo mágico, em sânscrito – realiza estudos e pesquisas de percepção e de mudanças de padrões de comportamento e consumo das pessoas, para ajudar a área de inovação das empresas. Trata-se de um negócio que ganha fôlego a cada ano. No ano passado, a receita da Mandalah cresceu 157% em relação a 2009. “A princípio, nossa filosofia parece distante do que acontece nas grandes empresas”, diz  Lourenço Bustani, sócio da Mandalah, que não divulga o faturamento da consultoria.

Criada em 2006 pelo publicitário Igor Botelho e por Bustani, formado em administração e relações internacionais, a Mandalah nasceu quando eles frequentavam o mesmo templo budista situado em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Já no primeiro ano, a consultoria recebeu uma encomenda de peso: o reposicionamento da marca Chevrolet no Brasil, grife controlada pela General Motors. A partir de estudos feitos pela dupla, surgiu a campanha publicitária Reinventamos Caminhos e o Projeto Carona, um site em que as pessoas podiam compartilhar vagas nos seus carros quando fazem o mesmo trajeto. “A GM é muito estruturada, com muitos processos”, afirma Isela Constantini, diretora-geral de pós-vendas da montadora americana na América do Sul. “E a Mandalah usa a desestruturação para olhar para o futuro.”

No momento, a Mandalah realiza estudo sobre o consumidor dos países emergentes, que será entregue à matriz da GM, em Detroit, nos Estados Unidos. A aproximação com a maior montadora americana impulsionou a carreira global de Botelho e Bustani. Hoje, a Mandalah possui filiais em Nova York, Tóquio e na Cidade do México. A subsidiária mexicana foi a primeira delas e começou a funcionar em 2009. A expansão não deve parar por aí. Até o fim do ano, eles esperam fincar a bandeira da Mandalah em algum país da Europa. O crescimento também foi motivado pela forma singular como são atendidos os clientes. Cada projeto é analisado por uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros, jornalistas, acadêmicos, psicólogos, cientistas políticos, publicitários e designers. Por conta disso, o resultado do trabalho acaba, quase sempre, sendo entregue em formato multimídia, reunindo livros, fotos, pôsteres, gráficos e, em alguns casos, até um documentário sobre o tema, para tornar as conclusões mais facilmente assimiláveis. A Mandalah elaborou também um estudo que relacionou aromas a perfis de públicos para a fabricante de cosméticos Natura.

As conclusões foram resumidas em um catálogo com as características percebidas pelas linhas de produtos da empresa e quais os odores mais condizentes com elas. Esse trabalho resultou na criação da marca Amó, destinada a casais. Outro projeto em andamento busca fragrâncias pelo mundo e levou os consultores ao Japão. O portfólio da Mandalah inclui ainda start-ups. Uma delas é o Peixe Urbano, site de compras coletivas, cujo lançamento foi preparado pela Mandalah, em meio a muitos latidos e gracinhas do CCO Shivah.

– Ser transparente no futebol seria tão importante… O caso Corinthians, Marlone e Penapolense

O texto é bem claro e revela como os “rolos” no mundo do futebol são costumeiros e assustadores.

Compartilho, extraído de: https://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/07/juiz-ve-indicio-de-conluio-em-caso-com-corinthians-penapolense-e-agentes/

JUIZ VÊ INDÍCIO DE CONLUIO EM CASO COM CORINTHIANS, PENAPOLENSE E AGENTES

Por Ricardo Perrone, com Pedro Lopes, do UOL em São Paulo

O Juiz Paulo Guilherme Amaral Toledo, da 1ª Vara Cível de São Paulo, vê indícios de conluio na operação de compra de Marlone envolvendo Corinthians, Penapolense e empresários em 2015. O imbróglio é objeto de uma ação de cobrança avaliada em cerca de R$ 2,1 milhões, movida pela Penapolense contra o Corinthians, alegando calote no pagamento de parte do valor da transferência do jogador.

O caso começou simples: a Penapolense acionou o Corinthians na Justiça, alegando falta de pagamento de parte dos valores da contratação – Marlone estava registrado pelo clube do interior de São Paulo quando a operação aconteceu. Uma série de terceiros, entretanto, com os quais a Penapolense tinha dívidas trabalhistas, peticionaram no processo e conseguiram penhorar parte expressiva dos valores que viessem a ser pagos pelo alvinegro.

Investidores entraram na ação afirmando que eram eles, e não a Penapolense, os verdadeiros detentores dos direitos econômicos de Marlone, e a quem o Corinthians deveria pagar os R$ 2,1 milhões. São eles Fernando Garcia, por meio da empresa Luis Fernando Assessoria Esportiva, a GT Sports Assessoria Esportiva e o empresário Marcus Vinicius Sanchez Secundino. Embora seja a autora da ação, a Penapolense não contestou a alegação.

Desde maio de 2015 investidores estão proibidos, no Brasil, de serem detentores de direitos econômicos de jogadores, mas os contratos anteriores à proibição ainda são válidos. Os investidores alegam que adquiriram os direitos de Marlone antes da proibição. Fernando Garcia tem influência na Penapolense, e muitos de seus clientes passam pelos registros do clube do interior.

O UOL Esporte apurou que os investidores teriam registrado o jogador como forma de mantê-lo vinculado a um clube e não correr o risco de perderem o investimento feito no atleta. O Corinthians, na ação judicial, alega que não pagou por estar com problemas de caixa em virtude da pandemia do novo coronavírus e por aguardar a definição se deve pagar aos empresários ou à Penapolense.

O juiz responsável pelo caso, entretanto, não aceitou as alegações. Na última decisão, desta semana, Paulo Guilherme Amaral Toledo determinou que o Corinthians pague a dívida, e ameaçou abrir um inquérito criminal por desobediência. O magistrado também questiona a postura da Penapolense: “manifeste-se o exequente PENAPOLENSE quanto ao prosseguimento da cobrança. Sob pena de reconhecimento de CONLUIO com o executado CORINTHIANS e também aplicação ao exequente PENAPOLENSE da MULTA por ato atentatório à dignidade da justiça (“atempt of Court”) prevista no CPC 77, §1º, considerando que faz quase UM ANO que o CORINTHIANS está confessadamente inadimplente em relação ao acordo de fl. 120/122, em valor expressivo de mais de R$2.100.000″. A decisão ainda exige que o clube do interior explique porque não adota medidas contundentes para cobrar o Corinthians.

Procurado pela reportagem, o advogado da Penapolense, Aldo Giovani Kurle, afirmou que não poderia comentar o processo em andamento.

Procurado, Fernando do Garcia disse não saber sobre o processo e sugeriu que a reportagem procurasse o Corinthians. Por sua vez, o clube afirmou, por meio de seu departamento de comunicação, que prefere não se pronunciar por se tratar de uma ação que envolve terceiros.

Vale lembrar que Fernando Garcia é ex-conselheiro do Corinthians e irmão de Paulo Garcia, provável candidato à presidência do clube no final do ano.

Integrantes da oposição alvinegra questionam o fato de Fernando ter longo histórico de negociações com o Corinthians desde a primeira passagem de Andrés pela presidência. O empresário é amigo do atual presidente.

– As pequenas e médias faculdades aguentarão a sede de compra por parte dos grandes grupos?

Dentro em breve, o grupo SER Educacional deve anunciar a aquisição da Laureate. Desta forma: SER, Kroton (Cogna) e Estácio estão se agigantando cada vez mais, dominando o mercado de Ensino Superior Privado.

Abaixo, extraído de: https://www.linkedin.com/pulse/compra-da-estrangeira-laureatte-pelo-grupo-nordestino/

COMPRA DA ESTRANGEIRA LAUREATE PELO NORDESTINO SER EDUCACIONAL RETOMA AQUISIÇÕES POR PEQUENAS E MÉDIAS FACULDADES NO PÓS PANDEMIA

Encontra-se em último estágio de negociação, a aquisição das unidades da norte-americana Laureate no Brasil pelo grupo nordestino SER – que busca uma melhor posição no ranking liderado pela mineira Kroton (rebatizada de Cogna) e a segunda colocada – a de DNA carioca – Estácio de Sá.

Por Luís André Ferreira

Quem é a Laureatte?

A Laureate reúne 80 instituições em 25 países. Aqui no Brasil, ela vinha se expandido na década passada. Ressaltando que foi a primeira estrangeira a entrar majoritariamente no mercado brasileiro, em 2005. De lá para cá, muita coisa mudou.

Hoje contabiliza 875 mil alunos (segundo seu site). São somas das históricas aquisições de 25 Instituições de Ensino Superior no território nacional. Entre elas a carioca IBMR, a Universidade de Salvador, os complexos educacionais paulistas FMU, Anhembi-Morumbi e a Business School.

Quem é o SER Educacional?

A última grande compra do grupo SER tinha sido a Uninorte, em 2019, por quase R$ 195 milhões. Sendo a maior dessa região contribuiu com mais 25 mil alunos para a cartela da empresa nordestina. De origem de um preparatório para Concursos, somou historicamente ao grupo; a Uninassau e as Universidades do Amazonas, de Guarulhos, a Uninabuco, além da compra (em 2017) da Unidade do Instituto Metodista Bennet do Rio de Janeiro, rebatizado como Univeritas, braço da SER com intenção de se expandir pelas regiões sudeste e sul do país.

Novo mapa do Mercado Educacional:

Nessa reengenharia fica cada vez mais concentrado o mercado brasileiro do ensino superior. Mas poderia ter sido pior se o CADE não tivesse impedido a intensão da Kroton em adquirir a Estácio ou a “fusão” desta carioca com o grupo SER.

Casamento desfeito no altar

O casamento já estava marcado e anunciado ao mercado financeiro parecendo aquelas cenas de novela quando durante a cerimônia o padre pede que alguém se pronuncie contra o matrimônio. E foi justamente o órgão regulador quem impediu alegando que a concentração criaria um cenário de desigualdade e desequuilíbrio para as concorrentes.

Sem muito tempo para chorar as mágoas, vendo o pretendente voltar a se transformar em concorrente, a Yduqs – dona da Estácio também foi às compras. Sacou de seu fundo R$ 1,9 bilhão para adquirir a Adtalem Brasil – dona do Wyden, a Damásio Educacional e a grife carioca especializada em ensino de negócios – Ibmec, que teve entre seus fundadores o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Kroton disputava a Laureatte:

Já a líder (Kroton), também estava no páreo buscando arrematar a Laureatte. Suas últimas aquisições foram 2 edtechs: a AppProva e a Stoodi além do controle da Somos Educação – antigo braço no setor da Editora Abril. Ela já possuía 11 marcas educacionais, entre elas a paulista Anhanguera – esta que por sinal já tinha adquirido quatro anos antes a fluminense Plínio Leite (Unipli), sediada em Niterói.

Em 2019 foram 15 grandes transações de fusões e aquisições neste mercado segundo a Consultoria KPMG.

Crise por Coronavírus facilita compras de pequenas e Médias IES

Apesar da conjuntura este 2020 pode ser considerado um bom ano para comprar pequenas e médias IES colapsadas pelo coronavírus, mas que já vinham sofrendo nos últimos anos pela soma dos fatores: inadimplência, queda no número de alunos, redução dos financiamentos estudantis – problemas agravados pela falta de gestão do governo Bolsonaro na educação.

A situação que já era complicada fica ainda mais nebulosa diante dos ainda não mensurados reais efeitos da epidemia. E justamente esse quadro caótico pode ser considerado um bom momento para os grandes irem às compras e adquirir num preço vantajoso as menores IES que lutam pela sobrevivência nessa conjuntura conturbada. Exatamente como está fazendo agora o grupo SER.  

Charge: Silvio Duarte

– As “empresas virtuais” têm dilemas muito diferentes das demais?

Olha que bacana: a Revista Época trouxe uma matéria interessante sobre inovação e inovadores no mundo virtual, além das dificuldades que elas possuem no dia-a-dia, especialmente em relação aos rumos e a concorrência.

Abaixo, extraído de: http://is.gd/1o4SW7

AS EMPRESAS DO MUNDO DIGITAL NÃO SÃO TÃO DIFERENTES ASSIM

Elas têm a fama de ser irreverentes e inovadoras. Na realidade, sofrem dos mesmos dramas que todas as corporações

por Rafael Barifouse

Toda empresa digital que se preze narra uma história épica para definir sua origem. É a garagem onde Steve Jobs e Steve Wozniak criaram o primeiro computador pessoal e a Apple. O encontro fortuito entre Larry Page e Sergey Brin, a dupla do Google, na Universidade Stanford. Ou a solidão de Mark Zuckerberg em seu dormitório de Harvard, onde nasceu o Facebook. Seus fundadores costumam proclamar-se ícones de novas corporações, cujos princípios misturam a informalidade nos trajes e os ideais comunitários da contracultura à ambição inovadora e à competitividade dos grandes empreendedores. O mundo corporativo tradicional é visto como um ambiente de torpor e sisudez. Os empreendedores digitais nunca estão interessados apenas no negócio – querem mudar o mundo. Tal narrativa costuma vir embalada em palavras de ordem e slogans revolucionários – “Pense diferente”, da Apple; ou “Não seja mau”, do Google. “É uma promessa atraente. Entretanto, sugere uma nova leva de livros de negócios, essas corporações não agem de modo tão diferente. Elas podem não ser exatamente más, mas sua abordagem da influência e do crescimento persegue um caminho bem repisado, implacável”, escreve na revista The New Yorker o jornalista Nathan Heller. “Atrás delas, paira a sombra pesada das empresas disseminadas, gananciosas e tacanhas de outrora.”

Um dos livros recentes é A eclosão do Twitter (Companhia das Letras), de Nick Bilton, repórter e colunista do jornal The New York Times. Até há pouco tempo, a lenda original do Twitter era narrada assim: Jack Dorsey era engenheiro da Odeo, uma empresa de rádio on-line à beira da falência que pedira aos funcionários ideias em busca de uma salvação. Dorsey propôs um sistema de mensagens em que o usuário informava o que fazia. A ideia, prossegue a lenda, surgiu quando ele era criança – e voltou anos mais tarde, quando viu um sistema parecido em táxis.

Essa versão da gênese do Twitter foi reproduzida por toda reportagem que tentou narrar as transformações trazidas pelas mensagens de 140 caracteres. Bilton conta que não foi bem assim. Ele relata uma criação bem mais colaborativa. Dorsey teve a ideia, mas não teria feito nada com ela se o criador da Odeo, Noah Glass, não o tivesse estimulado. Foi Glass quem batizou a empresa e deu ênfase à conexão de pessoas. Evan Williams ajudara Glass, seu amigo, a abrir a Odeo com o dinheiro ganho com a venda da rede de blogs Blogger ao Google. Foi sob seu comando que o Twitter se converteu numa forma de compartilhar o que ocorria no mundo, por meio de informações e  notícias, não apenas relatos narcisistas do tipo “o que estou fazendo”. Como instrumento de mobilização no Oriente Médio e canal de notícias em tempo real, o Twitter ganhou fama mundial. Por fim, Biz Stone, o quarto cofundador, foi seu eixo moral. Lutou para manter o serviço politicamente neutro, ao negar pedidos do governo por informações dos usuários. Sem qualquer um dos quatro, o Twitter dificilmente seria o que é hoje. “Esse tipo de mito é comum no Vale do Silício”, diz Bilton. “Um cara diz que teve uma ideia no bar e, anos depois, ela vira  um negócio bilionário. Raramente é verdade. As pessoas contam essa história para aparecer bem na foto, mas normalmente é algo construído por um grupo. Quando a lenda funciona, essas pessoas ganham o poder que buscavam.”

Como quase sempre acontece quando há poder e dinheiro envolvidos, disputas pelo controle do Twitter se seguiram. De forma intensa para os padrões do Vale do Silício. Considerado inapto para gerir a empresa, Glass foi tirado do comando por Williams, com apoio de Dorsey. Foi apagado da história do Twitter. Dorsey assumiu a presidência, e não fez um bom trabalho. Insatisfeito, Williams obteve o apoio de investidores para demitir o amigo e assumir o posto. Magoado, Dorsey peregrinou pela imprensa contando a origem do Twitter como seu grande protagonista. Depois levou a cabo a segunda parte da revanche. Como Williams demorava para decidir e tinha um fraco por contratar amigos, deixou insatisfeitos os investidores. Dorsey captou a insatisfação, a levou ao conselho e tirou Williams da presidência. Nada disso chegou ao mercado. Para todos os efeitos, o Twitter era uma típica empresa digital, repleta de mentes brilhantes que mudavam o mundo enquanto jogavam videogame e pebolim. Parte disso era verdade.

Pouco depois da demissão de Williams, o rapper Snoop Dog fez um show improvisado no refeitório do Twitter. Cantava e fumava maconha, enquanto os funcionários dançavam sobre as mesas, enebriados. Quando soube da balada, Dick Costolo, o novo presidente, ficou furioso. Prometeu que seria a última vez que algo assim ocorreria. “Está na hora de o Twitter crescer”, afirmou. Desde então, o número de usuários mais que dobrou (para 550 milhões), a receita multiplicou-se por dez (hoje são US$ 583 milhões por ano), e os funcionários fora de 200 para 2.300. No início de novembro, o Twitter entrou na Bolsa de Valores com valor de US$ 25 bilhões.

A transição da adolescência para a fase adulta corporativa parece ser inescapável às companhias digitais. Nesse período, jovens empreendedores descolados se transformam em capitalistas preocupados com prazos, resultados e capitalização da companhia. A lenda original desvanece e dá lugar à gestão profissional e aos conflitos de acionistas. Mas o mito original ainda circula, como imagem externa (e eterna) da empresa.

Dois outros livros citados por Heller – um sobre a Amazon, outro sobre a disputa entre Apple e Google – revelam que o exemplo do Twitter não é exceção. Os fundadores dessas companhias se consideram sujeitos excepcionais, que abriram empresas para criar um jeito novo de fazer negócios e mudar o mundo. Aos poucos, suas empresas foram assumindo contornos tradicionais. Seus objetivos nobres deram lugar às metas que guiam corporações desde a fundação da Companhia das Índias Orientais. Se fazem um bom trabalho, conseguem manter um verniz de irreverência, enquanto sua imagem pública se descola cada vez mais da realidade do dia a dia.

O Google afirma ter surgido com a missão de organizar e oferecer informação por meio de um sistema de busca. Hoje, mais de 90% de seu faturamento vem de uma das mais antigas fontes de receita: publicidade (foram US$ 50 bilhões em 2012). Seu lema – “não seja mau” – é uma forma de dizer que age com ética e pensa antes no interesse público. Mas a ética do Google foi questionada neste ano, quando a presidente do Conselho de Contas Públicas do Reino Unido, Margaret Hodge, acusou a empresa de vender publicidade por meio da filial na Irlanda e receber por isso pela filial nas Bermudas, para evitar pagar de impostos. Também não parece ter pensado no interesse público quando foi flagrada bisbilhotando a conexão de internet de americanos enquanto seus carros fotografavam as ruas para seu serviço de mapas.

Em Dogfight: como Apple e Google foram à guerra e começaram uma revolução, o autor Fred Volgstein adiciona outro fato desabonador à biografia da empresa. Conta como Steve Jobs sentiu-se traído com o lançamento do sistema de celulares Android pelo Google. Larry Page e Sergey Brin, seus fundadores, se consultavam com Steve Jobs. Eric Schmidt, presidente do Google na época, era membro do conselho da Apple e assegurara a Jobs que fazer programas para o iPhone era mais importante do que o Android, um projeto secundário. Sentindo-se traído, Jobs prometeu ir à guerra com o Google. Não adiantou. O Android lidera como software para smartphones, com 80% do mercado.

A Apple não escapa ilesa no relato de Volgstein. A empresa – que cresceu sob o slogan “Pense diferente” – ganha dinheiro com versões aperfeiçoadas de produtos criados por outras companhias. O iPod, diz Volgstein, surgiu três anos depois que o mercado de tocadores de música fora desbravado pela fabricante Rio. Nem o iPhone foi o primeiro smartphone nem o iPad o primeiro tablet – embora ambos tenham inventado seus respectivos mercados. Volgstein diz que a Apple se promove como uma marca que incentiva o livre-pensamento e a criatividade, quando, na verdade, é uma empresa paranoica por controle, que patenteia tudo o que pode para bloquear a concorrência. A liberdade proporcionada por seus produtos não se reflete em sua forma de fazer negócio. O livro conta como Jobs optou por um tipo incomum de parafuso, para que só técnicos credenciados pela Apple fossem capazes de abrir seus produtos. Até mesmo a imagem visionária de Jobs sai arranhada. Ele não gostava de lidar com empresas de telecomunicação nem da ideia de unir um telefone a um tocador de mídia. Teve de ser empurrado a fazer o iPhone, assim como a incluir a letra “i” no nome do aparelho. Mesmo os computadores brancos, hoje ícones da Apple, foram, de início, recusados por ele.

Um dos principais capitalistas de risco americano, John Doerr dá um conselho aos empreendedores: “Seja missionário, não mercenário”. Entre os beneficiários do dinheiro (e dos conselhos) de Doerr está Jeff Bezos, da Amazon. Em The everything store, o jornalista Brad Stone conta como Bezos acredita seguir o mantra de Doerr ao estabelecer como missão da Amazon simplificar o comércio eletrônico. A Amazon transformou o comércio on-line numa indústria bilionária. Conquistou admiração por seus preços baixos e eficiência – e virou um gigante global que fatura US$ 75 bilhões por ano. Mas o livro sobre a Amazon mostra como ela pode ser agressiva.

Um episódio foi a compra da Quidsi, dona do site Diapers.com, de produtos para bebês. Depois que sua oferta foi recusada, a Amazon baixou em 30% os preços de seus produtos para bebês. A Quidsi reajustou seus valores. A Amazon baixou ainda mais os dela, arcando com milhões de dólares em prejuízo. A Quidsi cedeu. A postura belicosa da Amazon é tão conhecida no mercado de tecnologia que os investidores seguem uma regra: só investir em empresas que não estejam no caminho de Bezos. A atitude hostil não começa da porta da empresa para fora. Stone retrata  a Amazon como um lugar difícil de trabalhar, onde a retenção de funcionários é a menor entre as companhias de tecnologia. Segundo ele, isso reflete uma cultura em que todos são incentivados a desafiar uns aos outros. Bezos é o primeiro a deixar a civilidade de lado. É descrito como bem-humorado e cativante, mas é capaz de explodir se algo sai errado, de dizer: “Você é preguiçoso ou só incompetente?” ou “Desculpe-me. Será que tomei minhas pílulas de estupidez hoje?”. Bezos pode ser visionário, mas age como um tirano da velha guarda. Isso não quer dizer que seja uma farsa. Os criadores de Google, Apple, Amazon e Twitter realmente acreditam trabalhar por um objetivo maior. O equívoco é pensar que seus ideais se refletem nas práticas corporativas.

– A Special Dog e um Caso de Capitalismo Consciente

Muito interessante: a empresa de ração Special Dog dá o exemplo de Responsabilidade Social e transforma sua cidade-sede.

Abaixo, extraído de PEGN, Nov/18, pg 28-29

CAPITALISMO CONSCIENTE

A Special Dog é mais do que uma fábrica de ração para cachorros. A empresa está provocando uma transformação na pequena Santa Cruz do Rio Pardo — para muito melhor.

Por Pedro Carvalho e Jorge Lepesteur

Em 2001, uma pequena fábrica de ração para cachorros começou a funcionar no município de Santa Cruz do Rio Pardo, uma cidade de 45 mil habitantes no sul do estado de São Paulo, pertinho do Paraná. A Special Dog tinha, então, 30 funcionários.

De lá para cá, muita água passou pelo rio que batiza — e corta ao meio — o município. Agora com 980 colaboradores, a empresa se tornou a maior empregadora da região. A produção chegou a 15 mil toneladas por mês, e o faturamento ultrapassou os R$ 600 milhões no ano passado.

A Special Dog, segundo os sócios, passou a ser o negócio que mais paga impostos ao município, principalmente via ICMS. Mas os efeitos de sua prosperidade são sentidos de diversas maneiras — por exemplo, no comércio.

“Os lojistas dizem que há quatro datas de vendas aquecidas: dia dos pais, dia das mães, Natal e pagamento do PLR [o bônus de final de ano] da Special Dog. Nesse dia, nós colocamos R$ 7 milhões de uma vez para circular na cidade”, conta o sócio-fundador Erik Manfrim.

Por si só, o impacto financeiro da Special Dog seria relevante. Mas a transformação que a empresa provoca no município vai além. Manfrim está investindo R$ 1,5 milhão para qualificar os profissionais das creches da região.

Também ajuda a manter escolas. Na praça central, construiu um centro cultural por onde passam 500 alunos por semana para aulas gratuitas de música, artesanato e culinária. Na fábrica, um sistema de tratamento devolve ao córrego água mais limpa do que a captada para a produção.

Além disso, utiliza água da chuva, energia solar e mantém assistência social para os funcionários — que ganharam ainda um clube com piscinas, campos de futebol e churrasqueiras.

“Os donos colocam os funcionários e a população em primeiro lugar, o sucesso é consequência disso”, diz Terezinha Monte, auxiliar de cozinha da empresa. “Investir na cidade é garantir que o negócio será próspero daqui a 20 anos”, explica Manfrim — um fã declarado do livro Capitalismo Consciente, de John Mackey e Raj Sisodia. Essa visão é compartilhada por especialistas.

“Iniciativas socioambientais não podem ser vistas como custo, pois são investimento. O que garante a perenidade de um negócio é a forma como este se relaciona com a comunidade”, completa Tatiana Mendizabal, uma das responsáveis pelo Sistema B no Brasil, que certifica empresas comprometidas com a responsabilidade socioambiental.

“É uma matemática que funciona e o retorno é automático. Nosso negócio cresceu porque os funcionários são motivados”, diz o empresário.

Nessa matemática, dividir os lucros se torna uma maneira de multiplicá-los. Se isso pode mudar um município, a reprodução desse exemplo seria uma boa fórmula para o Brasil. Mas essa é uma cultura que precisa ser mais disseminada pelo país — a nona economia mundial, mas apenas o 75º colocado no Índice Global de Filantropia.

Retorno multiplicado: Erik Manfrim (à direita), ao lado do irmão e cofundador, Mário; expansão com base no engajamento social      (Foto: Jorge Lepesteur)

Retorno multiplicado: Erik Manfrim (à direita), ao lado do irmão e cofundador, Mário; expansão com base no engajamento social (Foto: Jorge Lepesteur)