– Por quê se benzer?

Lembre-se sempre de fazer o Sinal-da-Cruz!

A dica vem de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars:

– O Papa Francisco e o Prazer Sexual como Presente Divino!

O Papa Francisco falou sobre “prazer sexual ser presente de Deus”, mas que há um perigo: sem relacionamento ou compromisso (ou ainda com pornografia), causa vício e dependência!

Extraído de: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/prazer-sexual-e-presente-de-deus-diz-papa-francisco/

PRAZER SEXUAL É PRESENTE DE DEUS

Francisco também fez crítica à pornografia durante fala em audiência geral no Vaticano

O Papa Francisco disse nesta quarta-feira (17) que a pornografia sabota o prazer sexual durante uma catequese dedicada ao “vício da luxúria”.

O pontífice de 87 anos descreveu o prazer sexual como um “presente de Deus”, mas advertiu contra a “satisfação sem relacionamento que pode gerar formas de dependência.”

“Temos que defender o amor, o amor do coração, da mente, do corpo, o amor puro na entrega de si ao outro. E esta é a beleza da relação sexual”, disse o Papa Francisco durante a audiência geral.

“Entre todos os prazeres humanos, a sexualidade tem uma voz poderosa. Envolve todos os sentidos; habita tanto no corpo quanto na psique, e isso é muito bonito; mas se não for disciplinado com paciência, se não estiver inscrito em um relacionamento e em uma história onde dois indivíduos o transformam em uma dança amorosa, transforma-se numa cadeia que priva os seres humanos da liberdade”, continuou Francisco.

Papa Francisco durante oração do Angelus no Vaticano14/01/2024 Vatican Media/­Divulgação via REUTERS

Imagem: Reuters

– Preparando-se para o Dia de Oração pelo Cuidado da Criação.

O Papa Francisco divulgou, dias atrás, um documento em preparação ao Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação – um movimento que engloba diversas crenças em prol da criação.

Nesse documento, voltado especificamente para os cristãos, vemos a conscientização de cuidarmos da criação.

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE, PAPA FRANCISCO, PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO.

1 de setembro de 2024 – Espera e age com a criação

Queridos irmãos e irmãs!

“Espera e age com a criação”: é este o tema do Dia de Oração pelo Cuidado da Criação, que se realizará no próximo 1 de setembro. Refere-se à Carta de São Paulo aos Romanos 8, 19-25. O Apóstolo, ao esclarecer o significado de viver segundo o Espírito, concentra-se na esperança firme da salvação pela fé, que é vida nova em Cristo.

1. Comecemos, pois, por uma pergunta simples, mas que poderia não ter uma resposta óbvia: quando realmente acreditamos, como é que temos fé? Não é tanto porque “acreditamos” em algo transcendente e incompreensível para a nossa razão, ou seja, o mistério inacessível de um Deus distante e longínquo, invisível e inominável. Antes, é porque o Espírito Santo habita em nós, como diria São Paulo. Sim, somos cristãos porque o próprio Amor de Deus foi «derramado nos nossos corações» ( Rm 5, 5). Por isso, o Espírito é agora, verdadeiramente, a «garantia da nossa herança» ( Ef 1, 14), como uma “pro-vocação” a vivermos sempre inclinados para os bens eternos, segundo a plenitude da humanidade bela e boa de Jesus. O Espírito torna os fiéis criativos, proativos na caridade. Coloca-os num grande caminho de liberdade espiritual, não isento da luta entre a lógica do mundo e a do Espírito, que têm frutos opostos entre si ( Gl 5, 16-17). Como sabemos, o primeiro fruto do Espírito, síntese de todos os outros, é o amor. Assim, guiados pelo Espírito Santo, os que acreditam são filhos de Deus e podem dirigir-se a Ele tal como Jesus, chamando-lhe «Abbá, ó Pai» ( Rm 8, 15), na liberdade de quem já não recai no medo da morte, porque Jesus ressuscitou dos mortos. Eis a grande esperança: o amor de Deus venceu, vence sempre e vencerá de novo. Apesar da morte física, o destino de glória já está garantido para o homem novo que vive no Espírito. Esta esperança não desilude, como também nos recorda a Bula de proclamaçãodo próximo Jubileu [1].

2. A existência do cristão é vida de fé, laboriosa na caridade e transbordante de esperança, enquanto aguarda o regresso do Senhor na sua glória. E a “demora” da parusia, da sua segunda vinda, não causa qualquer problema. A questão é outra: «quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Sim, a fé é um dom, fruto da presença do Espírito em nós, mas é também uma tarefa, a realizar em liberdade, na obediência ao mandamento do amor de Jesus. Eis, aqui, a feliz esperança que deve ser testemunhada! Onde? Quando? Como? No interior dos dramas da carne humana que sofre. E se alguém sonha, então que sonhe com os olhos abertos, animados por visões de amor, fraternidade, amizade e justiça para todos. A salvação cristã entra no âmago da dor do mundo, que não atinge apenas o ser humano, mas todo o universo, a própria natureza, o oikos do homem, o seu ambiente vital; ela abarca a criação como “paraíso terrestre”, a mãe terra, que deveria ser lugar de alegria e promessa de felicidade para todos. O otimismo cristão baseia-se numa esperança viva: sabe que tudo tende para a glória de Deus, para a consumação final na sua paz, para a ressurreição corporal na justiça, “de glória em glória”. Contudo, no tempo que passa, partilhamos dores e sofrimentos: toda a criação geme (cf. Rm 8, 19-22), os cristãos gemem (cf. vv. 23-25) e o próprio Espírito geme (cf. vv. 26-27). Gemer manifesta inquietação e sofrimento, juntamente com anelo e desejo. O gemido exprime confiança em Deus e abandono à sua companhia amorosa e exigente, tendo em vista a realização do seu desígnio, que é alegria, amor e paz no Espírito Santo.

3. Toda a criação está implicada neste processo de um novo nascimento e, gemendo, espera a libertação: trata-se de um crescimento escondido que amadurece, como “um grão de mostarda que se transforma numa grande árvore” ou “o fermento na massa” (cf. Mt 13, 31-33). Os inícios são minúsculos, mas os resultados esperados podem ser de uma beleza infinita. Enquanto expectativa de um nascimento (a revelação dos filhos de Deus), a esperança é a possibilidade de permanecer firme no meio das adversidades, de não desanimar nos momentos de tribulação ou diante da barbárie humana. A esperança cristã não desilude, mas também não ilude: se o gemido da criação, dos cristãos e do Espírito é antecipação e expectativa da salvação já em ato, São Paulo descreve os numerosos sofrimentos em que estamos imersos como «tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada» (cf. Rm 8, 35). Assim, a esperança é uma leitura alternativa da história e dos acontecimentos humanos: não ilusória, mas realista, do realismo da fé que vê o invisível. Esta esperança é uma espera paciente, como a não visão de Abraão. Gosto de recordar aquele grande crente visionário que foi Joaquim de Fiore, o abade calabrês “dotado de espírito profético” [2], segundo Dante Alighieri: numa época de lutas sangrentas, conflitos entre o Papado e o Império, Cruzadas, heresias e mundanização da Igreja, ele soube apontar o ideal de um novo espírito de convivência entre os homens, marcado pela fraternidade universal e pela paz cristã, fruto do Evangelho vivido. Foi este espírito de amizade social e de fraternidade universal que propus na Fratelli tutti. E esta harmonia entre os homens deve estender-se também à criação, a partir de um “antropocentrismo situado” (cf. Laudate Deum, 67), na responsabilidade por uma ecologia humana e integral, caminho de salvação da nossa casa comum e dos que nela vivemos.

4. Por que há tanto mal no mundo? Porquê tanta injustiça, tantas guerras fratricidas que provocam a morte de crianças, destroem cidades, poluem o ambiente em que vive o homem, a mãe terra, violada e devastada? Referindo-se implicitamente ao pecado de Adão, São Paulo diz: «Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente» (Rm 8, 22). A luta moral dos cristãos está ligada ao “gemido” da criação, porque ela «foi sujeita à destruição» (v. 20). Todo o cosmos e cada criatura gemem e anseiam “impacientemente”, para que a condição atual possa ser superada e a original restabelecida: efetivamente, a libertação do homem implica também a das outras criaturas que, solidárias com a condição humana, foram colocadas sob o jugo da escravidão. Tal como a humanidade, a criação – sem culpa sua – é escrava e vê-se incapaz de fazer aquilo para que foi concebida, isto é, ter um significado e um propósito duradouros; está sujeita à dissolução e à morte, agravadas pelos abusos humanos sobre a natureza. Mas, em sentido contrário, a salvação do homem em Cristo é esperança segura inclusive para a criação: com efeito, «também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus» (Rm 8, 21). Portanto, na redenção de Cristo, é possível contemplar na esperança o vínculo de solidariedade entre o ser humano e todas as outras criaturas.

5. Na esperançosa e perseverante espera do regresso glorioso de Jesus, o Espírito Santo mantém vigilante a comunidade dos fiéis e instrui-a continuamente, chamando-a à conversão dos estilos de vida, a resistir à degradação humana do meio ambiente e a manifestar aquela crítica social que é, em primeiro lugar, testemunho da possibilidade de mudança. Esta conversão consiste em passar da arrogância de quem quer dominar os outros e a natureza – reduzida a um mero objeto manipulável – à humildade de quem cuida dos outros e da criação. «Um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo» (Laudate Deum, 73), porque o pecado de Adão destruiu as relações fundamentais da vida do homem: a relação com Deus, consigo mesmo, com os outros seres humanos, e a relação com o cosmos. Todas estas relações devem ser, sinergicamente, restauradas, salvas, “corrigidas”. Não pode faltar nenhuma. Se faltar uma, falha tudo.

6. Esperar e agir com a criação significa, antes de mais, unir forças e, caminhando juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, ajudar a «repensar a questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites. Com efeito, o nosso poder aumentou freneticamente em poucas décadas. Realizamos progressos tecnológicos impressionantes e surpreendentes, sem nos darmos conta, ao mesmo tempo, que nos tornámos altamente perigosos, capazes de pôr em perigo a vida de muitos seres e a nossa própria sobrevivência» (Laudate Deum, 28). Um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos. Por isso, hoje, é urgente colocar limites éticos ao desenvolvimento da inteligência artificial, que com a sua capacidade de cálculo e de simulação poderia ser utilizada para dominar o homem e a natureza, em vez de estar ao serviço da paz e do desenvolvimento integral (cf. Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2024).

7. «O Espírito Santo acompanha-nos na vida»: assim o compreenderam as crianças reunidas na Praça de São Pedro para a sua primeira Jornada Mundial, que coincidiu com o Domingo da Santíssima Trindade. Deus não é uma ideia abstrata de infinito, mas é Pai amoroso, Filho amigo e redentor de todo o homem, e Espírito Santo que guia os nossos passos no caminho da caridade. A obediência ao Espírito de amor muda radicalmente a atitude do homem: passa de “predador” a “cultivador” do jardim. A terra está confiada ao homem, mas continua a ser de Deus (cf. Lv 25, 23). Este é o antropocentrismo teológico da tradição judaico-cristã. Por isso, pretender possuir e dominar a natureza, manipulando-a a seu bel-prazer, é uma forma de idolatria. É o homem prometeico, embriagado com o seu próprio poder tecnocrático, que com arrogância coloca a terra numa condição de “des-graça”, isto é, privada da graça de Deus. Ora, se a graça de Deus é Jesus, morto e ressuscitado, então é verdade o que Bento XVI disse: «Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor» (Carta Encíclica Spe Salvi, 26), o amor de Deus em Cristo, do qual nada nem ninguém nos pode separar (cf. Rm 8, 38-39). Continuamente atraída pelo seu futuro, a criação não é estática nem está fechada em si mesma. Hoje, graças também às descobertas da física contemporânea, a ligação entre matéria e espírito é cada vez mais fascinante para o nosso conhecimento.

8. Por conseguinte, a salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente teológica: na realidade, diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do homem e o mistério de Deus. Este entrelaçamento pode dizer-se que é “generativo”, na medida em que remete para o ato de amor com que Deus cria o ser humano em Cristo. Este ato criador de Deus confere e funda o livre agir do homem e toda a sua dimensão ética: livre precisamente por ter sido criado na imagem de Deus que é Jesus Cristo; e, por isso, “representante” da criação no próprio Cristo. Há uma motivação transcendente (teológico-ética) que compromete o cristão a promover a justiça e a paz no mundo, também através do destino universal dos bens: é a revelação dos filhos de Deus que a criação espera, gemendo como se estivesse com as dores do parto. Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade, o eschaton da nossa bem-aventurança, o Paraíso da nossa paz, em Cristo Senhor do cosmos, o Crucificado-Ressuscitado por amor.

9. Esperar e agir com a criação significa, então, viver uma fé encarnada, que sabe entrar na carne sofredora e esperançosa das pessoas, partilhando a expectativa da ressurreição corporal a que os fiéis estão predestinados em Cristo Senhor. Em Jesus, o Filho eterno na carne humana, somos verdadeiramente filhos do Pai. Pela fé e pelo batismo, começa para o cristão a vida segundo o Espírito (cf. Rm 8, 2), uma vida santa, uma existência como filhos do Pai, à semelhança de Jesus (cf. Rm 8, 14-17), visto que, pela força do Espírito Santo, Cristo vive em nós (cf. Gl 2, 20). Uma vida que se torna um cântico de amor para Deus, para a humanidade, com e para a criação, e que encontra a sua plenitude na santidade [3].

Roma, São João de Latrão, 27 de junho de 2024.

FRANCISCO

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[1] Spes non confundit, Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do ano 2025 (9/V/2024).

[2] Divina Comédia, Paraíso, XII, 141.

[3] O padre rosminiano Clemente Rebora exprimiu-o poeticamente: «Enquanto a criação sobe em Cristo ao Pai, / no destino arcano / tudo são dores de parto: / quanto morrer para que a vida nasça! / Mas de uma só Mãe, que é divina, / felizmente se vem à luz: / vida que o amor produz em lágrimas, / e, se anela, aqui em baixo é poesia; / mas só a santidade realiza o canto» (Curriculum vitae, “Poesia e santità”: Poesie, prose e traduzioni, Milano 2015, p. 297).

Imagem extraída da Web, representando a união de todas as crenças para o Planeta Terra, nosso bem comum.

– O Crescimento e a Maturidade da Fé, e a preocupação do “Mundanismo Espiritual”.

Quanto mais você se refugia no materialismo mundano e se deixa levar por refúgios e prazeres da vaidade, menos espaço você reserva para a ação divina em seu coração. E o processo é tão imperceptível que você aos poucos começa a questionar a própria existência da Providência Divina.

Disso, resultam as mágoas que se acumulam, a busca por algo que você não sabe o que é, a impiedade e o conforto (que é falso) nas coisas temporais, carnais ou transitórias que o mundo oferece.

Escrevi tudo isso ao ler um trecho da Exortação Apostólica sobre o Anúncio do Evangelho no Mundo Atual, de Novembro de 2013, onde o Papa Francisco trata disso (essa forma de Mundanismo) com o nome de “Mundanismo Espiritual“, onde se crê estar com Deus – mas com as vaidades mundanas influenciando e trazendo desvios.

EVANGELII GAUDIUM

Não ao mundanismo espiritual

93. O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal. É aquilo que o Senhor censurava aos fariseus: «Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?» (Jo 5, 44). É uma maneira subtil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21). Reveste-se de muitas formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que penetra. Por cultivar o cuidado da aparência, nem sempre suscita pecados de domínio público, pelo que externamente tudo parece correcto. Mas, se invadisse a Igreja, «seria infinitamente mais desastroso do que qualquer outro mundanismo meramente moral».[71]

94. Este mundanismo pode alimentar-se sobretudo de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é o fascínio do gnosticismo, uma fé fechada no subjectivismo, onde apenas interessa uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que supostamente confortam e iluminam, mas, em última instância, a pessoa fica enclausurada na imanência da sua própria razão ou dos seus sentimentos. A outra maneira é o neopelagianismo auto-referencial e prometeuco de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar. Em ambos os casos, nem Jesus Cristo nem os outros interessam verdadeiramente. São manifestações dum imanentismo antropocêntrico. Não é possível imaginar que, destas formas desvirtuadas do cristianismo, possa brotar um autêntico dinamismo evangelizador.

95. Este obscuro mundanismo manifesta-se em muitas atitudes, aparentemente opostas mas com a mesma pretensão de «dominar o espaço da Igreja». Nalguns, há um cuidado exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas não se preocupam que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fiel de Deus e nas necessidades concretas da história. Assim, a vida da Igreja transforma-se numa peça de museu ou numa possessão de poucos. Noutros, o próprio mundanismo espiritual esconde-se por detrás do fascínio de poder mostrar conquistas sociais e políticas, ou numa vanglória ligada à gestão de assuntos práticos, ou numa atracção pelas dinâmicas de auto-estima e de realização autoreferencial. Também se pode traduzir em várias formas de se apresentar a si mesmo envolvido numa densa vida social cheia de viagens, reuniões, jantares, recepções. Ou então desdobra-se num funcionalismo empresarial, carregado de estatísticas, planificações e avaliações, onde o principal beneficiário não é o povo de Deus mas a Igreja como organização. Em qualquer um dos casos, não traz o selo de Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado, encerra-se em grupos de elite, não sai realmente à procura dos que andam perdidos nem das imensas multidões sedentas de Cristo. Já não há ardor evangélico, mas o gozo espúrio duma autocomplacência egocêntrica.

96. Neste contexto, alimenta-se a vanglória de quantos se contentam com ter algum poder e preferem ser generais de exércitos derrotados antes que simples soldados dum batalhão que continua a lutar. Quantas vezes sonhamos planos apostólicos expansionistas, meticulosos e bem traçados, típicos de generais derrotados! Assim negamos a nossa história de Igreja, que é gloriosa por ser história de sacrifícios, de esperança, de luta diária, de vida gasta no serviço, de constância no trabalho fadigoso, porque todo o trabalho é «suor do nosso rosto». Em vez disso, entretemo-nos vaidosos a falar sobre «o que se deveria fazer» – o pecado do «deveriaqueísmo» – como mestres espirituais e peritos de pastoral que dão instruções ficando de fora. Cultivamos a nossa imaginação sem limites e perdemos o contacto com a dolorosa realidade do nosso povo fiel.

97. Quem caiu neste mundanismo olha de cima e de longe, rejeita a profecia dos irmãos, desqualifica quem o questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado pela aparência. Circunscreveu os pontos de referência do coração ao horizonte fechado da sua imanência e dos seus interesses e, consequentemente, não aprende com os seus pecados nem está verdadeiramente aberto ao perdão. É uma tremenda corrupção, com aparências de bem. Devemos evitá-lo, pondo a Igreja em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos pobres. Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou pastorais! Este mundanismo asfixiante cura-se saboreando o ar puro do Espírito Santo, que nos liberta de estarmos centrados em nós mesmos, escondidos numa aparência religiosa vazia de Deus. Não deixemos que nos roubem o Evangelho!

Não à guerra entre nós

98. Dentro do povo de Deus e nas diferentes comunidades, quantas guerras! No bairro, no local de trabalho, quantas guerras por invejas e ciúmes, mesmo entre cristãos! O mundanismo espiritual leva alguns cristãos a estar em guerra com outros cristãos que se interpõem na sua busca pelo poder, prestígio, prazer ou segurança económica. Além disso, alguns deixam de viver uma adesão cordial à Igreja por alimentar um espírito de contenda. Mais do que pertencer à Igreja inteira, com a sua rica diversidade, pertencem a este ou àquele grupo que se sente diferente ou especial.

99. O mundo está dilacerado pelas guerras e a violência, ou ferido por um generalizado individualismo que divide os seres humanos e põe-nos uns contra os outros visando o próprio bem-estar. Em vários países, ressurgem conflitos e antigas divisões que se pensavam em parte superados. Aos cristãos de todas as comunidades do mundo, quero pedir-lhes de modo especial um testemunho de comunhão fraterna, que se torne fascinante e resplandecente. Que todos possam admirar como vos preocupais uns pelos outros, como mutuamente vos encorajais, animais e ajudais: «Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35). Foi o que Jesus, com uma intensa oração, pediu ao Pai: «Que todos sejam um só (…) em nós [para que] o mundo creia» (Jo 17, 21). Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto! Peçamos a graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de todos.

100. Para quantos estão feridos por antigas divisões, resulta difícil aceitar que os exortemos ao perdão e à reconciliação, porque pensam que ignoramos a sua dor ou pretendemos fazer-lhes perder a memória e os ideais. Mas, se virem o testemunho de comunidades autenticamente fraternas e reconciliadas, isso é sempre uma luz que atrai. Por isso me dói muito comprovar como nalgumas comunidades cristãs, e mesmo entre pessoas consagradas, se dá espaço a várias formas de ódio, divisão, calúnia, difamação, vingança, ciúme, a desejos de impor as próprias ideias a todo o custo, e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas. Quem queremos evangelizar com estes comportamentos?

101. Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do amor. Que bom é termos esta lei! Como nos faz bem, apesar de tudo amar-nos uns aos outros! Sim, apesar de tudo! A cada um de nós é dirigida a exortação de Paulo: «Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem» (Rm 12, 21). E ainda: «Não nos cansemos de fazer o bem» (Gal 6, 9). Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento estejamos chateados com alguém. Pelo menos digamos ao Senhor: «Senhor, estou chateado com este, com aquela. Peço-Vos por ele e por ela». Rezar pela pessoa com quem estamos irritados é um belo passo rumo ao amor, e é um acto de evangelização. Façamo-lo hoje mesmo. Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!

Imagem extraída de Canção Nova . com

– A gula é a loucura do ventre!

Na catequese sobre vícios, o Papa Francisco condenou a gula, E olhe só o que ele disse, abaixo:

(Extraído de: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-01/audiencia-geral-catequese-papa-francisco-10-janeiro-2024.html).

PAPA: A GULA É A LOUCURA DO VENTRE

Ao dar continuidade no percurso de catequeses sobre vícios e virtudes, o Papa Francisco, nesta quarta-feira, 10 de janeiro, concentrou sua reflexão no vício da gula.

O Santo Padre introduziu a meditação fazendo referência aos textos dos evangelhos: “observemos Jesus e o seu primeiro milagre nas bodas de Caná, Ele revela a sua simpatia pelas alegrias humanas, se preocupa para que a festa termine bem e dá aos noivos uma grande quantidade de um vinho muito bom, diferente de João Batista”, sublinhou o Papa, “lembrado pela sua ascese, enquanto ele comia o que encontrava no deserto, Jesus é o Messias que vemos muitas vezes à mesa”.

“O comportamento de Jesus causa escândalo”, completou Francisco, “porque Ele não só é benevolente para com os pecadores, mas até mesmo come com eles; e este gesto demonstrava o seu desejo de comunhão e proximidade com todos”.

“Jesus quer que sejamos alegres na sua companhia; mas quer também que participemos de seus sofrimentos, que são também os sofrimentos dos pequenos e dos pobres. Jesus é universal.”

É preciso cultivar uma boa relação com a alimentação

Ao recordar que o Cristianismo não contempla a distinção entre alimentos puros e impuros, o Papa falou sobre a atenção que devemos ter com a alimentação, que não deve estar voltada apenas para a comida em si, mas para a nossa relação com ela:

“Quando uma pessoa tem um relacionamento desordenado com a comida, come apressadamente, como com vontade de se saciar, mas nunca se sacia: é escrava da comida.”

As doenças relacionadas à gula

Esta relação serena que Jesus estabeleceu em relação à alimentação deve ser redescoberta e valorizada, notou Francisco, especialmente nas sociedades do chamado bem-estar, onde se manifestam muitos desequilíbrios e patologias:

“Comemos demasiado, ou demasiado pouco. Muitas vezes comemos sozinhos. Os distúrbios alimentares estão a espalhar-se: anorexia, bulimia, obesidade… E a medicina e a psicologia tentam resolver a má relação com a comida, que é a raiz de muitas doenças”.

O Santo Padre recordou que essas são doenças, muitas vezes dolorosas, que estão principalmente ligadas aos tormentos da psique e da alma, e sublinhou:

“Como Jesus ensinava, não são os alimentos em si que fazem mal, mas a relação que temos com eles.”

Um pecado social 

Francisco recordou que a relação que temos com a alimentação é a manifestação de algo interior e revela “a empatia de quem sabe repartir a comida com o necessitado, ou o egoísmo de quem guarda tudo para si”, e completou: “Diz-me como comes e eu te direi que alma tens”.

Ao abordar o vício da gula do ponto de vista social, o Pontífice observou que este pecado “está matando o planeta” e compromete “o futuro de todos”.

“Nós nos apoderamos de tudo, para nos tornarmos donos de tudo, enquanto tudo foi entregue para nossa custódia, não para a exploração.”

Francisco recordou que os Padre da Igreja chamavam a gula de  “gastrimargia”, um termo que pode ser traduzido como “loucura do ventre”, e exortou a todos sobre um mal que atinge a sociedade atual: 

“Eis então o grande pecado, a fúria do ventre: renunciamos ao nome de homens, para assumir outro, o de ‘consumidores’. Nem mesmo percebemos que alguém começou a nos chamar assim.”

Vigilância e sobriedade  

No fim de sua reflexão o Papa enfatizou que fomos feitos para ser homens e mulheres “eucarísticos”, capazes de agradecer, discretos no uso da terra, porém nos transformamos em predadores, “atualmente estamos nos dando conta de que essa forma de gula tem causado muitos danos ao mundo”.

Peçamos ao Senhor que nos ajude no caminho da sobriedade para que todas as formas de gula não tomem conta de nossas vidas, concluiu Francisco.

Imagem extraída de: http://colorindonuvens.com/blog/2014/08/23/arte-os-sete-pecados-capitais-como-voce-nunca-viu/

– 5 frases para enganar o cristão.

Alguns não crêem, mas o Inimigo de Deus quer nos confundir. São atos, pensamentos, situações que ele quer normalizar o erro.

Na verdade, os pensamentos mundanos nos fazem crer que não devemos nos importar com a espiritualidade, e isso é o errado.

Veja alguns exemplos:

– As informações sobre Jesus a partir dos Evangelhos Apócrifos.

Muita gente se pergunta de onde vem algumas informações sobre Jesus, nas quais não constam nos Evangelhos. E a resposta é: da Tradição e dos Apócrifos!

Quer entender isso? Abaixo, do brilhante jornalista Geraldo Nunes (que tanto marcou na Rádio Eldorado).

Extraído de: https://blogdogeraldonunes.blogspot.com/2023/12/os-evangelhos-apocrifos-trazem-valiosas.html

OS EVAGELHOS APÓCRIFOS TRAZEM VALIOSAS INFORMAÇÕES SOBRE O DIA DE NATAL, A VIDA DE MARIA E A MORTE DE JESUS

Por Geraldo Nunes

Para todos os cristãos o nascimento de Jesus é emoldurado pelas imagens do presépio que mostram os animaizinhos em torno da manjedoura e a presença, além de Maria e José, dos três Reis Magos diante do recém-nascido.

Por mais que se procure nos evangelhos que estão na Bíblia, somente o de Matheus faz alusão aos magos vindos do oriente, mas sem citar seus nomes.

Existem inúmeros evangelhos apócrifos, aqueles não aceitos pela Igreja. Um deles diz que os Reis Magos eram irmãos e que Melchior governava os persas, Baltazar os indianos e Gaspar, os árabes. 

Este imenso poder político não foi confirmado por São Jerônimo, um dos compiladores do Novo Testamento.

Por este e outros motivos nem todas as informações dos apócrifos foram aceitas, mas algumas são utilizadas pelos evangelizadores. 

Muitos desses escritos vieram sob o sabor das histórias contadas pelo povo, onde em cada conto se aumenta um ponto.

Vale ressaltar: em grego a palavra apócrifo significa “escondido”.

José de Arimateia, responsável pelo sepultamento de Jesus, escreveu um evangelho não aceito, no qual apresenta a figura de Verônica, mulher que enxugou o rosto de Cristo na caminhada ao Calvário.

O rosto de Nosso Senhor coberto de sangue fica estampado em seu véu. Essa representação é exibida nas procissões dos católicos na Sexta-Feira Santa.

Este acontecimento, entretanto, não aparece em nenhum dos quatro evangelhos canônicos: Matheus, Marcos, Lucas e João.

Os pais de Maria, Ana e Joaquim, tiveram seus nomes extraídos de evangelhos apócrifos.

Uma crônica do escritor e jornalista francês Gilles Lapouge, publicada em 25 de dezembro de 1996 no Estadão, revela uma história sobre Maria, extraída dos apócrifos.

“… Era uma menina exemplar que aos 12 anos anunciou que pretendia ficar virgem para sempre.

O sumo sacerdote do templo, chamado Abiatar, insistia para que Maria se casasse com um de seus filhos.

Foi necessário que um anjo aparecesse e ordenasse ao sumo sacerdote que encontrasse para Maria, um marido viúvo.

Todos os viúvos da redondeza foram chamados, entre eles José, também viúvo e pai de sete filhos. 

Abiatar manda todos os viúvos empunharem um cajado diante dele e no de José, brota uma flor da qual sai voando uma pomba que pousa em seu ombro.

José entende que é ele quem vai se casar com Maria, mas apenas para proteger a sua virgindade, o que lhe é revelado depois, em sonho…”

Fica ainda o mistério:  Como pode uma virgem conceber?  Uma vez mais os evangelhos apócrifos trazem a explicação: “O Espírito Santo entrou em Maria por uma de suas orelhas.”

A noite de Natal também descrita de maneira primorosa por Lucas, em seu evangelho, também consta nos evangelhos apócrifos.

Na hora do parto José sai da gruta em busca de uma parteira, anda apressado, mas de repente percebe que o mundo todo em sua volta está parado…” …Consegue avistar ao longe pastores e lavradores que se alimentavam, mas esses pareciam imóveis… Quem sabe, diante de um maravilhoso céu estrelado.

No texto do Estadão, Gilles Lapouge, correspondente do jornal em Paris que nos deixou em 2020, conclui: “No silêncio das coisas, no sono, o tecido multicor da eternidade e sua confusa essência…”

Só mais uma coisa: A todos e todas que seguem nossas postagens, desejo um Feliz Natal seguido de um Ano Novo repleto de bons momentos.

Abraços mil!

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO – 25 DE DEZEMBRO DE 1996 – PAG. 11

Livros que trazem relatos encontrados nos evangelhos apócrifos:

Evangelhos apócrifos: Gregos e latinos – Frederico Lourenço – Quetzal Editores

Evangelhos Apócrifos – Luigi Moraldi – Paulus Livraria/1999

Coleção Apócrifos e Pseudo-Epígrafos da Bíblia – Organizado pela Editora Ebenézer

Imagem do Link acima.

– O que “devemos” e o que “não devemos”, segundo São Paulo aos Colossenses!

Indo à Missa dias atrás, deparei-me com essa inspiração bíblica. Abaixo:

Fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça (…). Abandonai a ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes, que saem dos vossos lábios. Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e de sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo! (…) Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, caso um tenha queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. Que a paz de Jesus Cristo reine em vossos corações. (…)”.

Palavras e ensinamentos belos, santos e necessários para uma digna vida em família e sociedade!

Santidade - Catedral de Londrina

Imagem extraída de: https://catedrallondrina.com.br/noticias/santidade/

– Administrando Dons e Talentos que Deus nos dá!

Compartilho esse belíssimo texto sobre a má administração das qualidades pessoais. Deus nos dá tantos talentos, é tão bom conosco e… muitas vezes transformamos os dons que ele nos dá em inspiração para o mau uso. Uma pena.

Mas que tal refletir sobre isso? Veja que belo texto, que vem ao encontro do Evangelho de hoje:

A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ PEDIDO

A má administração das qualidades gera os defeitos

por Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho, extraído de CançãoNova.com

Nem sempre se reflete bastante sobre a advertência de Jesus: “A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). O ser humano vive inundado nos dons divinos: a existência, a família, os amigos, as qualidades físicas, intelectuais e morais, os bens materiais, a conservação da vida, as numerosíssimas graças espirituais, o perdão diuturno, enfim, um oceano de dádivas. Não se deve desperdiçar impunemente tudo que se recebe do Criador. O notável psicólogo francês René Le Senne, com muita razão, afirmou que todos possuem qualidades inestimáveis.

A má administração dessas qualidades gera os defeitos por não se procurar o equilíbrio psicossomático. Célebre o dito de Sócrates, filósofo grego: “Conhece-te a ti mesmo”. Cada um tem um perfil caracterológico bem determinado e precisa colocar seus dotes a serviço próprio e dos outros. Um dos mais lamentáveis erros é o da baixa autoestima, fruto da depreciação das próprias habilidades, o que concebe a inveja. Disso resulta, outrossim, a ingratidão para com Deus, não Lhe agradecendo os bens recebidos. Lembra São Tiago: “Toda dádiva perfeita vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1,16). Eis por que diz o Livro do Eclesiastes: “Que alguém coma e beba e goze do seu trabalho é dom de Deus” […] E quem recebeu de Deus riquezas e bens e a possibilidade de gozar deles, desfrutar-lhes a sua parte e alegrar-se entre os seus cuidados, também isso é dom de Deus! (Ec 3,13. 5,18).

O Espírito Santo comunica carismas especiais aos seguidores de Cristo, como São Paulo enumera em suas várias cartas. O dom da profecia, que é a capacidade peculiar de denunciar os erros, o dom do serviço, do ensinamento, da coragem, da generosidade, da misericórdia, do discernimento dos espíritos. As diversas pastorais oferecem oportunidade para o exercício e desenvolvimento dessas capacidades colocadas para o bem do próximo. Cada um, além disso, tem uma vocação específica e nas diversas profissões pode e deve trabalhar para si e para os outros. Como diz o ditado, é preciso sempre “o homem certo no lugar certo”.

As capacidades humanas, porém, se desenvolvem como Deus previu para cada um, quando se confia inteiramente n’Ele, pedindo-Lhe força para bem executar as tarefas cotidianas. Cumpre fazer bem, com todo o empenho, a ocupação de cada instante e, aliás, sábia a diretriz “Age quod agis”, do poeta grego Xenofanes. Não se mede nem se avalia uma existência pelo número de anos, nem pelo período histórico, mas, sim, pela vivência plena e intensa, repleta de ações que perenemente repercutirão. Bem afirmou Vieira:

“Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los”.

As ações são, em verdade, os dias e é por elas que têm valor os anos, sempre cada um se lembrando de que “a quem muito foi dado, muito será pedido”. O viver em plenitude cada instante é o segredo da verdadeira vida. O importante é viver bem, cultivando os dons recebidos de Deus. Eis porque Horácio, poeta latino, lançou esta sentença:

“Carpe diem, quam minimum credula postero” – aproveita o dia presente e não queiras confiar no de amanhã.

Escrivá dá este conselho:

Que a tua vida não seja estéril. Sê útil. Deixa rasto”.

Goethe dá o motivo: “Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira”. Ideia já expressa por Apuleio: “tempus aevi imaginem” – o tempo é a imagem da eternidade.

Virgílio advertiu que não se pode dissipar o tempo: “Fugit irreparabile tempus” – foge o irreparável tempo. Razão teve Riminaldo ao escrever: “Há quatro coisas que não voltam atrás: a pedra, depois de solta mão; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado”. Tudo isso merece uma reflexão profunda, pois cada um de nós dará um dia contas a Deus do tempo e das dádivas d’Ele recebidos e Jesus alertou “a quem muito foi dado, muito será pedido”.

– Trabalhar e Rezar:

Um belíssimo ensinamento: 

– Ciência e Fé, ser Ateu e ser Crente, Religião e Ciência.

Já falava o saudoso Papa Peregrino, hoje carinhosamente São João Paulo II, em uma de suas mais belas encíclicas: “fé e razão são duas asas que nos elevam para o céu”!
Por que é tão difícil para alguns aceitar que a Ciência e a Fé são complementares, não rivais?
 
Qual o motivo que faz ateus serem cada vez mais racionais e antiteístas cada vez mais sedentos de “contra-catequizar” sobre Deus?
 
Grandes padres e grandes universidades católicas apoiaram a Ciência e por eles nasceram maravilhosos inventos e significativas descobertas. Isso não se lembra?
 
Enfim: tudo que circunda o infinito do Universo é por acaso, assim como a vida, na qual se crê por céticos cientistas que bilhões de combinações químicas a formaram, ao invés de ser um dom generoso pela Providência do Criador? Ou que esse próprio Deus moldou com sua criação o surgimento da célula vital?
 
Como é difícil falar da Fé e da Razão (de Religião e Ciência) a um mundo cada vez mais racionalista, materialista e descrente de esperança.
 
Abaixo, alguns tópicos criados para discussão com nossos crismandos da Paróquia São João Bosco tempos atrás, a respeito desses embates de “provar ou não” a existência do Criador:
​Enfim: é tão bom, estudar, aprender, pesquisar, descobrir e revelar a partir da Inteligência que nos é dada pelo Espírito Santo, fonte de Amor do Pai e revelada pelo Filho que em Comunhão estão!​ A figura abaixo com a frase de Einstein é perfeita:
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Imagem extraída da Web.

– Os dogmas da Igreja Católica.

Você sabe o que é um dogma? Pra que serve, quantos e quais são os dogmas da Igreja? PARA A IGREJA Católica, dogma é uma verdade de fé revelada por …

Continua em: Os dogmas da Igreja Católica

– Tente pensar como se fosse Jesus!

Ser cristão é ser “imitador de Cristo”. Sendo assim, nosso agir deve ser como era o de Jesus, ou seja, perfeito em santidade (que é algo difícil para nossa natureza humana).

E quando nos depararmos com obstáculos e/ou decisões a serem tomadas?

Na dúvida, pense: o que Jesus faria em determinada situação? Como ele agiria no seu lugar? Reveja os exemplos e ensinamentos dEle nos Evangelhos. Não é tão difícil entender sua proposta de amor.

Por que devemos crer na ressurreição? - Santuário do Pai das Misericórdias

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– E se você não se amar?

No lindo e profundo Evangelho de hoje, Jesus Cristo é testado pelos fariseus para que diga qual é o maior dos Mandamentos de Deus.

Sem titubear, ele responde:

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como nós mesmo nos amamos”.

Perfeito, isso contempla tudo o que se pode pensar. E vale reforçar: como amar o próximo se não nos amarmos?

– Imitemos São José.

Sempre fui devoto de São José! Padroeiro da Igreja e Protetor dos Pais, insistentemente eu peço para que ele me ajude a ser um digno pai às minhas crianças.

Nessa frase de São Josemaria Escrivá, vemos o quão José é respeitado na comunhão dos Santos!

– Valei-me São José! Aumentai a minha fé.

– Não caia no golpe do Inimigo de Deus.

Muitos males mundanos tem origem espiritual. Por exemplo: as batalhas contra Satanás que vivemos, muitas delas veladamente e nem percebemos.

Vide tal preciso e pontual ensinamento de Sao Pio de Pietrelcina, para refletirmos:

– Vamos ser ímpios arrependidos?

De dias atrás, mas atual:

“Quando o ímpio se arrepende da maldade que praticou, conserva a própria vida”

Antífona do Evangelho.

Vamos refletir?

  • Quantas vezes somos ímpios?
  • Quantas vezes nos arrependemos das maldades que cometemos?
  • Quantas vezes procuramos conservar nossa vida?

Por fim…

  • Quantas vezes ajudamos a conservar a vida do nosso próximo?

– Como os apóstolos morreram?

Muitas pessoas ignoram como os discípulos de Jesus Cristo morreram e onde estão seus restos mortais.

Abaixo, no post:

– Qual o excesso que deve valer a pena?

São Filipe Néri é considerado o padroeiro dos humoristas. É dele o pensamento abaixo, que nos pede para excedermos na paciência e na amabilidade...

Fazemos isso hoje? Faremos isso no futuro?

Se a resposta é não, façamos esse exercício de vida a partir de agora

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Imagem extraída da Internet. Autoria desconhecida, quem conhecer o autor, favor informar para o crédito.

– Estamos em Junho, mês do Sagrado Coração de Jesus.

Estamos no mês de Junho, o qual a Igreja Católica dedica especial carinho ao Sagrado Coração de Jesus.

Sobre tal devoção (citação em: https://is.gd/drZtJ9):

“Em 1673, Santa Margarida Maria, recebeu várias revelações de Jesus Cristo, dentre elas, 12 promessas. Para nós, católicos, a importância da data está na simbologia do que significa o Sagrado Coração de Jesus, que vai além do órgão humano, é uma extensão da vontade de Deus sobre nós.O coração, que é símbolo da demonstração de amor do homem, é usado por Jesus para demonstrar a união e o amor de Deus por nós. O amor infinito de um Deus que deu a vida e ressuscitou. Assim, a Igreja Católica dedica o mês de junho para que os católicos venerem, honrem e imitem mais intensamente o amor generoso e fiel de Cristo por todas as pessoas.”

Abaixo, uma breve oração:

ORAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (extraído de: https://is.gd/hEAABb).

Introdução: “No Coração de Jesus existe tudo o que precisamos: fortaleza para os fracos, coragem para os tímidos, luz e conselho para os hesitantes; e para todos: humildade, paz, caridade e alegria de viver”. (Santa Paula Frassinetti)

Ó Coração sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de Vida Eterna, tesouro infinito de divindade, fornalha ardente de amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio da minha segurança.

Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte.

Fazei que a vossa Vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem tiver conhecimento, informar para os créditos.

– Não é idolatria.

Muitas vezes, os católicos são acusados de idolatria (ou seja, adorar ídolos).

Nada disso! Católico adora apenas a Deus. Venera os santos (ou seja, os admira e tenta imitá-los). E nas imagens, têm uma lembrança como uma fotografia.

Um resumo bem didático:

– Você não pode amar o que não conhece… / – Non puoi amare ciò che non conosci …

Como você não consegue amar Cristo, se não o conhece? Ou ao próximo? Abaixo, em italiano, um ótimo texto:

Non puoi amare ciò che non conosci … e, aggiungerei, non puoi neanche odiare … Quante lamentele per le famiglie così assenti dalla crescita spirituale dei propri figli e quante lamentele…

Continua no link em: Non puoi amare ciò che non conosci …

– O Divino Espírito Santo (Paráclito) segundo o Papa.

O Quê / Quem é o Paráclito?

Disse o saudoso Papa Francisco certo dia:

“Paráclito significa ‘aquele que está ao meu lado para me apoiar’, a fim de conservar a juventude do Espírito. O cristão é sempre jovem. Mas para obter a juventude, é preciso um diálogo diário com o Espírito Santo, que está sempre ao nosso lado”.

Buscamos no nosso dia-a-dia conversar com o Paráclito Divino? Nos fazemos abertos à Sua Santa Vontade sobre a nossa vida?

– Pensamento de Tertuliano com ótica Cristã:

Tertuliano, um pensador do século III, houvera dito esta sábia frase que está em comunhão com o Cristianismo:

Tens mágoa com alguém e quer ser feliz por um momento? Vingue-se.
Quer ser feliz para sempre? Perdoe“.

Sem contestação, o perdão está acima de tudo! Vingança traz uma falsa “felicidade”, não é coisa que se deve fazer em hipótese alguma. Já o perdão é a essência dos ensinamentos de Jesus que a Santa Igreja Católica nos cobra, junto com o amor incondicional.

A questão passa a ser: agimos assim, misericordiosos, ou desejamos a vingança aos nossos irmãos – das pequenas às grandes mágoas que sofremos?

E quando somos nós a causa de uma intriga? 

Reflitamos sempre tudo isso…

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Coincidências, Providências, Acasos ou Condicionamentos?

A vida é cheia de coincidências corriqueiras ou providências divinas?

As oportunidades são casuais, são ofertadas por merecimento ou, ainda, são por generosidade, onde somos agraciados?

Um texto sensacional, abaixo, extraído de: https://is.gd/create.php

COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM, SÃO TRUQUES QUE DEUS FAZ PARA NÃO TER QUE EXPLICAR MUITO

por José Renato Sátiro Santiago

Quantas vezes uma série de fatos ou situações acontecem em uma surpreendente sequência ou, até mesmo, simultaneamente, de forma a contribuir com que algo se concretize?

Por outro lado, quantas vezes outras tantas situações tendem a surgir em nossas vidas para fazer exatamente o oposto, dificultar que algo seja realizado?
Quer seja para o bem ou mal, não é raro que em certos momentos passe pelas nossas cabeças, que algumas vezes, o “universo” conspira para que isso ou aquilo ocorra.

Há uma palavra que pode sintetizar tudo isso, segundo a maioria de nossos dicionários, coincidência.

Se pensarmos com um pouco mais de atenção, não será difícil chegarmos à conclusão que não existe muito cabimento em se atribuir a ela, a coincidência, a responsabilidade por estes fatos ou situações.

Seja de qual natureza for, a verdade é que sempre há uma explicação para tudo que acontece em nossas vidas, quer seja individualmente, em nossos meios pessoais ou profissionais, ou junto aos grupos dos quais fazemos parte.

O fato de “nada acontecer por acaso” é muito mais que uma simples frase com viés conformista, e sim, às vezes, uma dura realidade com a qual temos que viver, por mais que, até mesmo, não consigamos entender os motivos que as proporcionaram.

Acreditar em coincidências, no entanto, é algo sobre o qual todos temos direito. Mesmo porque também é verdade que existem pessoas que creem em coisas tão mais inacreditáveis, que apenas a fé, algo muito pessoal, pode explicar. E quando a fé entra em campo, melhor não duvidar de nada, não é mesmo?

Por outro lado, o fato de acreditar ou não em certas coisas, costuma não ter grande relevância, tão pouco poder de mudar a veracidade dos fatos, e sequer servem de embasamento muitas questões que nos cercam.

Algumas décadas atrás, o imortal Albert Einstein chegou a desenvolver estudos que permitissem identificar evidências objetivas que explicassem cientificamente a coincidência.

Para tal, adotou como premissa básica a existência de pontos e/ou questões comum a cerca de um grupo de atividades que fazia parte do seu dia a dia. A partir daí passou a desdobrar cada uma delas, em subgrupos menores formados por elementos que, eventualmente, pudessem ter outros temas em comum entre eles, algumas vezes de forma unilateral.

A intenção inicial de definir os limites do estudo acabou não se tornando possível principalmente por conta do alto nível de complexidade em se estabelecer, minimamente, uma regra que subsidiasse sua existência, que permitisse a estruturação de um algoritmo.

Ainda assim Einstein não seu deu por vencido, e após anos de estudo passou a acreditar e explicitar junto aos seus, que “coincidência era a maneira que Deus tinha encontrado para permanecer no anonimato”.

Difícil acreditar que um cientista como Einstein tenha atribuído ao Divino a presença da coincidência em nossas vidas. Mas diante os resultados apresentados por suas pesquisas, o que realmente o teria levado a isso? Teria sido o caminho mais cômodo?

Cá entre nós, isto pouco importa, mesmo porque não contribui em nada para que acreditemos na existência da coincidência em nossas vidas. Ainda mais por uma questão simples de explicar: “o fato de não termos explicação sobre algo, não impede nem ajuda que este algo aconteça.”

Tudo que acontece em nossa vida, ocorre por conta de algum motivo e devido a algum esforço, ciente ou não.

Todo resultado obtido se origina de uma intenção, explicita ou não, de alcança-lo.

Nem sempre os resultados obtidos possuem uma estreita relação com os objetivos esperados em uma atividade, processo ou projeto do qual fazemos parte. Diante disso, sem querer desmentir Einstein, atribuir a Deus, algo que seja factível de acontecer, talvez não tivesse sido necessário. Tão pouco o universo tem tempo para conspirar ou não algo a nosso favor ou contra.

As coisas, todas elas, acontecem como resultado de esforços em prol delas, assim como o contrário também é fato. E sempre há um aprendizado embutido neste pacote.

Assim como é verdade que sempre temos ciência sobre porque cada coisa acontece, por mais que preferimos manter este entendimento, na maioria das vezes, restrito a nossa mente. Talvez mero mecanismo de autodefesa.

Sendo assim, que deixemos as coincidências para outro mundo, o das fábulas poderia ser um bom destino.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Crianças que rezam.

Ensinar às crianças a oração do Santo Terço logo cedo é algo muito importante!

Aliás, a fé infantil, inocente e sincera é a mais pura que existe... Não é?

Imagem: Arquivo Pessoal

– Semana Santa e os eventos.

Para conhecer melhor o que acontece em cada dia desse período tão importante à vida religiosa dos católicos, abaixo:

– Dispersão Espiritual e Ruído Litúrgico: como e onde encontrar a paz para rezar?

Dias átras, durante a Missa das 7h na Catedral Nossa Senhora do Desterro (a Igreja Matriz de Jundiaí), o Padre João Marrom abordava como as pessoas se distraem (e distraem as outras) durante a Celebração Eucarística com o uso do celular!

Pois é. Se um telefone tocar em um momento de oração, queiramos ou não, há uma irritação. E se for o “barulho” do WhatsApp?

Pior é que justo na hora da Homilia, quando o padre falava sobre isso, um telefone tocou…

Sábias palavras são aquelas que um dia li na porta de uma igreja: “Desligue o celular e se ligue em Deus”. Mas isso não acontece apenas dentro das Igrejas, mas ao longo do dia. Vivemos tempos de Dispersão Espiritual, onde não conseguimos nos concentrar como devíamos para fazermos nossas preces (sobre isso, abordamos brevemente em outra ocasião no link: http://wp.me/p4RTuC-4TN). E nem precisa ser barulho de pessoas desacostumadas a tomarem cuidados, pode ser o famoso ruído litúrgico (um violão que cai, por exemplo) ou ainda fora dos templos: em casa, no quarto ou na sala (sempre haverá uma TV ligada, um rádio ao fundo ou um vizinho tirando a atenção).

Custa muito desconectarmos dos meios de comunicação eletrônicos e dos compromissos de trabalho ao menos em alguns poucos minutos? Estamos reféns de e-mails, redes sociais, perturbações econômicas e compromissos laborais?

Tudo isso vem de encontro com o que o Papa Francisco tuitou certa vez (olha aí o bom uso das ferramentas sociais, como o Twitter):

O trabalho é importante, mas também igualmente o repouso. Aprendamos a respeitar o tempo do repouso, sobretudo o repouso do Domingo.”

Neste mundo em que os serviços e compromissos são diários e contínuos, no mundo que trabalha 24 horas por dia e de segunda-a-segunda, cada vez mais raro se torna encontrar pai, mãe e filho descansando aos domingos. E seja qual for o dia de repouso (preferencialmente aos domingos), que a família possa se desligar dos compromissos diários e rotineiros para repousar em Deus, ir à Missa, comer sem pressa, esquecer o relógio e não se preocupar com sinal de Internet…

Missão difícil?

Sim. Afinal, nos dias atuais, não é só contra heresias, seitas profanas, modismos anticristãos ou tentações que lidamos, mas também contra a “infoxicação”, que é a necessidade de informação plena, on-line, irrestrita e compartilhada pelos amigos em redes sociais, mesmo que isso leve em detrimento dos escassos momentos que deixamos a Deus…

Foto: a tranquila Capela Nossa Senhora Aparecida na pracinha em Jarinu/SP . Arquivo Pessoal.

– A Oração nos transforma:

Se a oração não se transformar em graça, transformará a nossa vida, nos ensina o Papa Francisco.

E não é isso mesmo?

Abaixo, as palavras do Pontífice dias atrás, durante uma homilia.

“Quantas vezes pedimos e não fomos atendidos, batemos e encontramos a porta fechada? Jesus recomenda insistir e não desistir. A oração transforma sempre a realidade. Se não mudam as coisas ao nosso redor, pelo menos nós mudamos, nosso coração muda”.

Foto: Agência Vatican News

– Precisamos de Deus?

Artigo do bispo emérito de Jundiaí, Dom Vicente Costa, aborda uma importante reflexão: como EXCLUÍMOS Deus no dia-a-dia.

Vale a leitura,

Extraído de: http://www.jj.com.br/opiniao/dom-vicente-costa-graves-consequencias-de-excluir-deus-da-vida/

AS GRAVES CONSEQUÊNCIAS DE EXCLUIR DEUS DA NOSSA VIDA

“Pois em Deus vivemos, nos movemos e existimos” (cf. At 17,28). Vivemos tempos difíceis e conturbados. Apesar de vivermos numa sociedade com raízes cristãs, temos visto uma larga difusão de sinais e fenômenos de secularismo e descristianização. Deus já não é mais o centro da história humana e o ser humano quer fechar-se em si mesmo, sem nenhuma abertura à dimensão transcendental, determinando, com suas técnicas e intelectualidade, o curso de todas as coisas.

Cada vez mais Deus diz respeito somente para os que n’Ele creem. Claro que o avanço tecnológico traz benefícios extraordinários à humanidade. Mas penso que estas tendências escondem uma ameaça muito grave. Perigosas podem ser as consequências com que temos de arcar quando excluímos Deus e a dimensão ao Infinito da vida humana.

O presbítero espanhol, Emiliano Jiménez Hernándes, em seu livro “Decálogo, dez palavras de vida” (Brasília: Editora Centro Neocatecumenal de Brasília, 2017), escreveu ser bem verdade que “o homem pode excluir Deus de sua vida. Mas isso não ocorre sem gravíssimas consequências para o próprio homem e para sua dignidade como pessoa. O afastamento de Deus carrega consigo a perda daqueles valores morais que são base e fundamento da convivência humana” e, consequentemente, na sua carência, é produzido um “vazio que se pretende encher com uma cultura centrada no consumismo desenfreado, no afã de possuir e desfrutar, e que não oferece mais ideais que a luta pelos próprios interesses ou o prazer narcisista. (…) Em vários países desenvolvidos, (e também aqui no Brasil), uma séria crise moral já está afetando a vida de muitos jovens, deixando-os à deriva, amiúde sem esperança, e impelidos a buscar uma gratificação imediata” (pp. 11-12).

Diante desta realidade, a Igreja, fiel ao Evangelho de Jesus Cristo e sendo perita em humanidade, pode e tem a missão de iluminar esta realidade na qual nossa sociedade está imersa. Como? Sugerimos três conceitos para isto: (1) Resiliência e Fé: a primeira é uma palavra moderna entendida como a capacidade de retornar à forma original e não deixar que nada nem ninguém desfigure a imagem de Deus presente em nós; (2) Maturidade e Educação: para que todos estejam dotados de um grande sentido de responsabilidade para o bem comum, a partir de um sistema educacional de qualidade, baseado na verdade e na formação de personalidades maduras e responsáveis, evitando qualquer confusão moral, insegurança pessoal e fácil manipulação; (3) A sacralidade da nossa consciência, que é, no dizer do Concílio Vaticano II, “o núcleo mais secreto e o sacrário do ser humano, no qual este se sente a sós com Deus (cf. Gaudium et Spes, n. 16)”.

Temos visto diariamente, nos meios de comunicação, as graves e impactantes consequências de excluir Deus da nossa vida – corrupção, violência, drogas, abortos, um crescente número de ideologias, uma cultura fragmentada, as grandes mídias e empresas politizadas partidariamente, o relativismo, a ditadura do hedonismo, do prazer e do consumo a todo custo, entre outras coisas. Não deixemos que nos roubem a esperança. Não deixemos que nos roubem a alegria de viver. Não deixemos que nos roubem de nós mesmos!

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Imagem extraída de: https://www.miliciadaimaculada.org.br/noticias/igreja/semana-de-oracao-pela-unidade-crista-segue-ate-domingo

– Não estamos auto-suficientes demais?

Quantas vezes nos esquecemos de pedir ajuda a Deus?

Quantas vezes nos entendemos que “bastamos-nos” somente?

Quantas vezes achamos que pedimos, mas somente reclamamos com o Alto?

Por quê ter vergonha de dizer: “preciso da sua ajuda, ó Pai“?

Deus nos ouve, nos respeita e nos quer ajudar. Basta O procurarmos e esquecermos da nossa suposta auto-suficiência que nos torna arrogantes em espírito.

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Imagem extraída de: https://www.rccbrasil.org.br/institucional/mais-lidas-ministerios/1254-projeto-abraco-de-pai-busca-promover-os-filhos-de-deus-.html

– “É Assim”: ser servo, mas ser luz!

Não posso deixar de compartilhar a homilia do Frei Fernando, da Santa Missa que participei nesse final de semana. Ela me impulsiona a levá-la para outras pessoas.

Na celebração onde João Batista reconhece Jesus como o Cordeiro de Deus, somos convidados a nos questionar: quem é Jesus para nós?

E dessa perturbação, lembremo-nos: devemos ser servos de Deus, mas também luz!

Anotou?

Ser servos para Deus, e luz para o irmão! Luz para fazer o outro sorrir; luz para clarear a vida do próximo, seja com um gesto gentil ou um sorriso; luz, para mostrar que Cristo habita em nós!

E quando as pessoas não desejarem ajuda ou nos sentirmos sem saída para as angústias da vida?

Para essa questão, o frei disse:

“Quando eu estava na África, em missão, o paupérrimo povo usava a expressão ‘É assim’, e continuava a vida. O ‘É assim’ não quer dizer conformismo, mas disposição para enfrentar os desafios. E as pessoas de lá, com naturalidade, demonstravam alegria e enfrentavam suas dores. ‘É assim’!”.

Façamos da mesma forma: sejamos servos de Deus, luz do próximo, e diante das dificuldades, digamos: “É assim” e confiemos que Ele nos ajudará!

O batismo e os caminhos de conversão demonstram o legado de São João Batista  – Diocese de Santo André

Imagem extraída de: https://www.diocesesa.org.br/2018/06/26/o-batismo-e-os-caminhos-de-conversao-demonstram-o-legado-de-sao-joao-batista/

– Não sejamos desviados pela incredulidade!

Para quem pode ir à Missa nessa quinta-feira, deparou-se com a Primeira Leitura de incrível relevância aos dias atuais: fala-se dos corações que ficam endurecidos pelas coisas humanas e esquecimento do amor de Deus, e pede-se que dia-a-dia possamos estar em comunhão com Cristo.

Vale a meditação:

Hb 3,7-14

Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos, 7escutai o que declara o Espírito Santo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, 8não endureçais os vossos corações, como aconteceu na provocação, no dia da tentação, no deserto, 9onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, 10embora vissem as minhas obras, durante quarenta anos.

Por isso me irritei com essa geração e afirmei: sempre se enganam no coração e desconhecem os meus caminhos. 11Assim jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso”. 12Cuidai, irmãos, que não se ache em algum de vós um coração transviado pela incredulidade, levando-o a afastar-se do Deus vivo. 13Antes, animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser “hoje”, para que nenhum de vós se endureça pela sedução do pecado – 14pois tornamo-nos companheiros de Cristo, contanto que mantenhamos firme até o fim a nossa confiança inicial.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

A ternura do abraço

– Após a morte, somos nós mesmos, sem máscaras!

Do recém falecido Papa Emérito Bento XVI:

“Ao morrer, o homem vai para a realidade e para a verdade sem véu. Acabou o jogo de máscaras de uma vida que se refugia atrás de posições fictícias. O homem é então o que é na verdade.”

Joseph Ratzinger, A Morte e o Além.

(Imagem e citação extraídos do twitter de Apostolado Veritatis Splendor).

– O Papa nos ensina a fugir das armadilhas do demônio.

O respeitado Professor Felipe Aquino, através do seu Twiitter, fez uma breve catequese sobre a importante fala do Papa Francisco sobre o diabo. Escreveu ele:

“O Papa Francisco afirmou que ‘o demônio não é uma fábula; ele existe, e os cristãos não devem ser ingênuos diante de suas estratégias’… ‘é verdade que o demônio existe! A presença do demônio está na primeira página da Bíblia e também no final, com a vitória de Deus sobre ele’. E o Papa indicou três caminhos para resistir ao maligno: ‘Não confundir a verdade. Jesus luta contra o diabo; e este é o primeiro critério. O segundo é que quem não está com Jesus está contra Jesus’. Não existe outro comportamento. E o terceiro critério é a vigilância.

Reflita: será que estamos preparados para resistir às tentações do Inimigo de Deus?

Imagem extraída de: https://templariodemaria.com/sobre-a-necessidade-de-fugir-das-ocasioes-de-pecado/