Rogério Ceni foi reconhecidamente um goleiro acima da média. Vencedor, partiu para a carreira de treinador, onde foi muito bem no Fortaleza e no Flamengo. No São Paulo, em sua primeira passagem, acabou demitido. No Cruzeiro, foi boicotado pelo elenco.
Atualmente, o vemos em dificuldade de relacionamento com o seu elenco, após o episódio Marcos Paulo. E aqui cabem três observações:
1 – Nós precisamos separar o goleiro Rogério do treinador Ceni. O primeiro é ídolo indiscutível dos são-paulinos, e o segundo ainda luta para ser reconhecido como um grande nome como treinador (embora tenha o título de Campeão Brasileiro pelo Mengão). Talvez o seu crédito como ídolo na antiga função o esteja sustentando no Tricolor na nova atividade.
2- Ninguém discuta que Rogério Ceni é trabalhador, estudioso, conhecedor de futebol e outros adjetivos que o credenciam. Mas é sabido: ele tem uma personalidade forte, que pode trazer algumas dificuldades no relacionamento.
3- A química que havia do goleiro com a torcida e os são-paulinos em geral, parece ser diferente como treinador. Provavelmente, nunca alcançará o mesmo patamar. Ou poderá ser tão alta um dia?
Será que está acontecendo a mesma situação que Ney Franco passou no Tricolor: tentativa dos atletas em derrubá-lo?
Quando o treinador ganha títulos, sempre haverá as conquistas como respaldo. Caso contrário, não há quem segure o profissional no cargo no Brasil.
Imagem extraída de: https://ge.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2023/03/16/sem-tacas-rogerio-ceni-ganha-respaldo-que-so-muricy-teve-no-sao-paulo-na-ultima-decada.ghtml (divulgação).