O chileno Roberto Tobar, 44 anos, há 10 temporadas no quadro da FIFA, é muito experiente. Apitou bem a final da Libertadores de 2018 entre Boca Jrs x River Plate (e no mesmo ano, a final da Copa Sulamericana entre Athletico x Junior Barranquilla), e voltou a fazer um bom trabalho em 2019, na final entre Flamengo x River Plate.
Rigoroso (é uma marca dele), foi eleito muitas vezes como melhor árbitro do Chile (e já foi o número 1 do antigo ranking Conmebol). Porém, depois desses feitos…
Pela final da Recopa Sulamericana 2019 entre River Plate x Athletico, estando 0x0 (resultado favorável ao time brasileiro na conquista do título), Pinola (RIV) chutou para o gol e Lucho Gonzáles (CAP) espalmou a bola antes de atingi-la no rosto, em puro reflexo. O árbitro (sugestionado pelo VAR) reviu o lance e resolveu marcar pênalti. Errou, e os paranaenses ficaram muito bravos…
No ano passado, pela Libertadores, no Boca Jrs x Santos, Izquierdoz (BOC) empurrou claramente com o braço direito Marinho (SFC) dentro da área. Tobar não viu, e o VAR não informou. Errou também.
Por fim, no começo do ano, Tobar foi suspenso por Wilson Luís Seneme (que ainda estava à frente da Conmebol) pela peitada que deu em Neymar no Brasil x Colômbia. Um momento de abuso de autoridade do árbitro.
Não recordo nenhum jogo em que ele tenha tido polêmica nas partidas do Palmeiras (ele apitou a eliminação do Verdão frente ao Boca Jrs em 2018, sem problemas na sua atuação), mas do Athletico, há essa “pendenga” de 2019.
Insisto: é muito bom árbitro, que às vezes exagera na dose de rigor. E desde que foi “premiado” com as finais, parece que entrou numa fase “menos favorável” no apito, com atuações abaixo do que estava acostumado.
A atenção será: tanto Felipão quanto Abel Ferreira, que costumam reclamar demais à beira do gramado, deverão ter um comportamento mais respeitoso.

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