Má atuação do árbitro Wilton Sampaio no primeiro jogo da Copa do Brasil. Apesar do bom condicionamento físico e de se posicionar extremamente bem em campo, pecou técnica e disciplinarmente. Vamos lá:
Lance 1: Pênalti a favor do Palmeiras, 45minutos do 1º tempo – No lance, antes da bola entrar em jogo, repare que os adversários estão se agarrando. Wilton Sampaio está a, no máximo, 3 metros dos atletas e nada faz. Desatenção ou omissão na prática da arbitragem preventiva? Quando a bola entra em jogo, fora do lance, Betinho impede Jonas de avançar (é falta de ataque); ela se aproxima e o atleta coxa-branca inverte “o golpe” e consegue com mais força no agarrão impedir a projeção do palmeirense. Abraçados, ambos caem.
Tanto Sportv e ESPN Brasil confirmam o pênalti, provavelmente por observarem a bola na proximidade dos atletas; porém, deve-se marcar a infração no nascedouro da jogada, pois a bola já estava em jogo, mesmo que distante dos atletas. Errou o árbitro.
Lance 2: Advertência com cartão amarelo e consequentemente expulsão de Valdívia. Ali, também errou o árbitro: ele aplica o cartão amarelo por ação temerária no tranco, entendo que há impedindo do avanço do adversário na disputa de bola, matando o contra-ataque. Não foi isso: Valdívia atinge com o braço o adversário, e aí deixa de ser tranco e/ou disputa de bola, passando a ser agressão. É expulsão com aplicação de Cartão Vermelho direto. A expulsão por segundo amarelo tem punição muito menor do que com cartão vermelho.
Lance 3: Pênalti não marcado em Tcheco – Dentro da grande área, o atleta paranaense tem a bola dominada, e Márcio Araújo o atinge com um pontapé, derrubando-o. O árbitro nada marcou e errou. Tive a impressão de que ele deu vantagem no lance, pois a bola sobra para um atleta do Coritiba que chuta para o gol e a bola passa à direita do goleiro Bruno. Se, de fato, o árbitro entendeu dessa forma, o erro foi ainda mais grave, pois a real vantagem não era a posse de bola de um atleta que estava longe, mas sim a marcação do pênalti.
Será que a memória recente da vantagem do pênalti acontecida em “La Bombonera” e bem percebida por Enrique Ósses no primeiro jogo da final da Libertadores influenciou Wilton Sampaio, levando-o a uma leitura equivocada da diferente situação de ontem?
Enfim, o Coritiba tem razões para reclamar.
