– Precisamos de um dia da Consciência Negra?

Sou contra certas datas festivas: Todo dia é dia das mães; dos pais; das mulheres; dos homens ou dos negros.

Muitas vezes, temos datas comerciais: o dia dos namorados, por exemplo. Ou outras demagógicas: não seria a de hoje um exemplo disso?

Detesto rotulações: raça branca, negra, amarela… Ora, somos todos uma única raça, a RAÇA HUMANA! Não importa a cor da pele, a preferência sexual ou a religião: todos somos iguais em direitos e deveres.

Perceberam que o “dia de reflexão” virou descanso para uns e aproveitamento político para outros? Pior: o fato das cidades determinarem feriado municipal ou não acaba desacreditando no dia como feriado em si. Ou é para todos os municípios, nacionalizando a data, ou não.

Mais grave do que isso é tratar o dia como se fossem os negros gente inferior que precisassem de piedade. Nada disso. A história de cotas ou privilégios não pode ser uma caridade de gente subestimada, pois para ser inteligente ou competente não há cor (diferente das cotas sociais – por pobreza – as quais defendo).

Que o Dia da Consciência Negra sirva para refletir a igualdade, não aumentar discussões discriminatórias ou comparações de raças; coisas que são bobagens abomináveis nos dias atuais.

– Cristofobia e Islamofobia: o discurso e a “real”.

Vivemos num mundo multicultural. Existem democracias (Brasil, EUA, Itália, França), ditaduras (Venezuela, Cuba, China, Coreia do Norte) e teocracias (Irã, Arábia Saudita, Vaticano). Mas independente de que ideologia político-governamental as nações sejam, todas têm algo em comum no mundo moderno: a discussão do convívio harmonioso e a existência de tolerância ou intolerância religiosa – se deve existir o aceite ou não da liberdade de crença.

Enquanto a Europa vai ficando cada vez mais descrente, envelhece sua população e tem cada vez um número menor de crianças por casal, o Mundo Árabe expande-se com uma taxa de natalidade muito alta, trazendo ao mundo novos seguidores do islamismo. Portanto, os muçulmanos (pela matemática) serão a grande parcela religiosa do planeta dentro em breve.

Diante de todo isso, com a migração de povos árabes da África e da Ásia para outros continentes (especialmente à Europa), começa ocorrer a chamada Islamofobia (a discriminação por ser do Islã).

Infelizmente, é comum que isso ocorra a estrangeiros que habitam uma terra que não é sua (esse é um dos fatores), somada às ações de grupos radicais, como observados em ações de terrorismo (que não representam o Islamismo na sua integralidade), deixando muita gente com aversão desse povo. Portanto, tornou-se uma variável específica de xenofobia.

A Cristofobia, a variante de fobia contra cristãos, existia na perseguição do Império Romano aos convertidos. Tanto que as catacumbas eram o local de celebração das primeiras missas, em decorrência da necessidade de se esconder. Nos dias atuais, vê-se não mais um ataque contra os católicos em si (ou seja: por ser praticante), mas pelo fato de existirem cristãos que se fanatizam e deturpam a fé, onde ocorre a generalização equivocada. Outros, de maneira charlatã, explorando a crença alheia. Por fim, outros ainda usando o nome de Cristo como bandeira mas defendendo contraditoriamente causas como armamento e aborto. O cristão (evangélico ou católico) que vive corretamente sua fé, tende a sofrer a Cristofobia justamente daqueles que nada creem e concomitantemente desdenham de quem crê por conta destes que não vivem corretamente como cristãos (exceção feita às regiões que proíbem o Cristianismo radicalmente, como China e outras ditaduras).

O católico verdadeiro não prática a Islamofobia ou qualquer prática de discriminação. Ele ama o seu próximo e não pratica proselitismo (Jesus nos ensina isso à exaustão nos Evangelhos). Sabe conviver com quem pensa ou crê diferente. Não violenta o direito do outro, e espera a reciprocidade, mas de maneira franciscana (que saibamos amar e perdoar do que ser amados e perdoados, dando sem esperar receber).

Independente da profissão de fé, sejamos lembrados pela acolhida, inclusão, respeito e paciência com outros povos de cultura diferente – não caindo no erro de enxergar em atos de fanatismo violento (sejam eles de muçulmanos, judeus, cristãos ou ateus), uma maneira incorreta de colocar a culpa numa generalizada população.

Por fim: nada tem a ver com Cristofobia a queima de igrejas no Chile, pois ali foi vandalismo de anárquicos travestidos de manifestantes políticos, onde procuraram depredar símbolos que remetiam às origens dos colonizadores, com a desculpa de era necessária uma “nova constituição”. Dessa forma, as “Casas de Deus” sofreram pelos pecados dos outros.

Como cristãos, façamos sempre a nossa parte, imitando os ensinamentos do nosso Salvador.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– O Futebol da Inglaterra contra o Racismo!

Louvável iniciativa da Premier League. Segundo o twitter de PL Brasil:

“Em reunião com os capitães das equipes, foi acordado que os jogadores usarão, ao longo da temporada 2020/21, um distintivo na manga escrito ‘Não há espaço para o racismo’ “.

Claro, será meritória essa ação se nós não observarmos nenhum caso de injúria racial ao longo do certame. Felizmente, parece que casos de racismo no futebol aqui no Brasil diminuíram no pós-pandemia.

Lembremo-nos que só existe uma raça: a raça humana. Todos somos iguais, independente da cor da pele.

Imagem: divulgação PL

– O que o Papa Francisco falou sobre os homossexuais não pode ser deturpado.

Li as manchetes envolvendo Francisco e os homossexuais nas páginas da Globo, da Folha e até da Record: a impressão, para o desavisado, é que o Papa iria liberar o casamento gay nas Igrejas. E não era nada disso…

O Papa Francisco declarou num documentário o que sempre vem pregando: acolhimento às pessoas que se descobrem LGBTs, evangelização e respeito à diversidade. Para isso, pregou cidadania e reconhecimento de direitos civis, como a união legal (algo que ele próprio já havia dito).

Não se deturpe uma notícia sensacionalista com um consciente apelo papal como dito por Francisco. Entenda abaixo, sem fake news ou fanatismo,

extraído de: https://www.acidigital.com/noticias/papa-incentiva-uniao-civil-para-casais-homossexuais-uma-mudanca-na-postura-do-vaticano-99893

PAPA INCENTIVA UNIÃO CIVIL PARA CASAIS HOMOSSEXUAIS, UMA MUDANÇA NA POSTURA DO VATICANO

Em um documentário que estreou nesta quarta-feira em Roma, o Papa Francisco se mostrou favorável à aprovação de leis de união civil para casais do mesmo sexo, tomando assim distância da atual posição do Vaticano e dos seus predecessores em relação ao tema.

Os comentários surgiram em meio a uma parte do documentário que reflete, entre outros temas, sobre a pastoral dedicada a pessoas que se identificam como LGBT.

“Os homossexuais têm o direito de fazer parte da família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou ter uma vida miserável por causa disso”, disse o Papa Francisco no filme ao comentar o trabalho desta pastoral.

Após essas observações, e em comentários que provavelmente causarão controvérsia entre os católicos, o Papa Francisco emitiu uma opinião pessoal sobre o tema das uniões civis para casais do mesmo sexo.

“O que precisamos é criar uma lei da união civil. Dessa forma, eles estarão cobertos pela lei”, disse o Papa. “Eu defendi isso,” asseverou.

Os comentários são expostos no novo documentário sobre o Papa chamado, “Francesco”, que fala sobre a vida e o ministério do Papa Francisco que estreou hoje, 21, no Festival de Cinema de Roma, e está programado para fazer sua estreia na América do Norte este domingo.

O filme narra a abordagem do Papa Francisco às questões sociais urgentes e ao ministério pastoral entre aqueles que vivem, nas palavras do pontífice, “nas periferias existenciais”.

Apresentando entrevistas com personalidades do Vaticano, incluindo o cardeal filipino Luis Tagle e outros colaboradores do papa, “Francesco” analisa a defesa que o Papa faz dos migrantes e refugiados, dos pobres, seu trabalho no tema dos abusos sexuais do clero, o papel das mulheres na sociedade e aqueles que se identificam como LGBT.

O filme aborda o alcance pastoral do Papa Francisco àqueles que se identificam como LGBT, incluindo uma história do pontífice encorajando dois homens italianos a manter um relacionamento do mesmo sexo a criarem seus filhos em sua igreja paroquial, que, segundo um dos homens, era muito benéfico para seus filhos.

“Ele não mencionou qual era a sua opinião sobre a minha família. Provavelmente ele está seguindo a doutrina sobre este ponto”, disse o homem, enquanto elogiava o Papa por sua disposição e atitude de boas-vindas e encorajamento.

Os comentários do Papa sobre as uniões civis aparecem precisamente nesta parte do documentário. O cineasta Evgeny Afineevsky disse à CNA, a agência em inglês do grupo ACI, que o Papa expressou o pedido por uniões civis na entrevista que o produtor conduziu com o pontífice.

O apelo direto do Papa por leis de união civil representa uma mudança da perspectiva de seus antecessores e de suas próprias posições a respeito das uniões civis no passado.

Em 2010, enquanto era arcebispo de Buenos Aires, o Papa Francisco se opôs aos esforços para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, Sergio Rubin, futuro biógrafo do Papa, sugeriu que Francisco apoiava a ideia de uniões civis como uma forma de evitar que crianças fossem dadas em adoção massivamente a estes casais, Miguel Woites, que trabalhou diretamente com a Conferência Episcopal da Argentina e a Arquidiocese de Buenos Aires dizia que esta afirmação era falsa.

Porém, o fato do próprio Papa afirmar no documentário ter “defendido” anteriormente as uniões civis homossexuais parece confirmar os relatos de Rubin e outros que afirmavam que, de forma reservada, o então cardeal Bergoglio apoiava a ideia.

No livro “No Céu e na Terra”, de 2013, o Papa Francisco não descarta por completo a possibilidade das uniões civis, mas afirma que as leis que “assimilam” ao casamento as práticas homossexuais eram “uma regressão antropológica”. Ele expressou ainda preocupação de que casais do mesmo sexo “tenham direito a adotar filhos, pois isto poderia afetar as crianças”. “Cada pessoa precisa de um pai e uma mãe que possam ajudá-los a formar sua identidade”, afirmava.

Em 2014, Pe. Thomas Rosica, que então trabalhava na assessoria de imprensa da Santa Sé, disse à CNA que o Papa Francisco não expressou apoio às uniões civis de pessoas do mesmo sexo, depois que alguns jornalistas relataram que ele o teria feito durante uma entrevista. Naquela altura, uma proposta de união civil era debatida na Itália e Pe. Rosica enfatizou que Francisco não iria opinar no debate, mas que ele daria ênfase à doutrina católica sobre o casamento.

Em 2003, sob a liderança do Cardeal Joseph Ratzinger e sob a direção do Papa João Paulo II, a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano ensinou que “o respeito pelos homossexuais não pode levar de forma alguma à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal de uniões homossexuais. O bem comum exige que as leis reconheçam, promovam e protejam o casamento como a base da família, a unidade primária da sociedade”.

“O reconhecimento legal das uniões homossexuais ou colocá-las no mesmo patamar do casamento significaria não só a aprovação do comportamento desviante, com a consequência de torná-lo modelo na sociedade atual, mas também obscureceria valores básicos que pertencem à comum herança da humanidade. A Igreja não pode deixar de defender esses valores, para o bem de homens e mulheres e para o bem da própria sociedade”, acrescentou a CDF, chamando estas uniões de “gravemente imorais”.

“Nem mesmo em um análogo sentido remoto, as uniões homossexuais cumprem o propósito pelo qual o casamento e a família merecem reconhecimento categórico específico. Pelo contrário, existem boas razões para sustentar que tais uniões são prejudiciais ao bom desenvolvimento da sociedade humana”, afirma o documento.

A assessoria de imprensa do Vaticano não respondeu às perguntas da CNA sobre os comentários do Papa no filme.

Enquanto os bispos em alguns países não se opuseram às propostas de união civil do mesmo sexo e tentaram diferenciá-las do casamento civil, os oponentes das uniões civis há muito alertam que elas servem como ponte legislativa e cultural para iniciativas de casamento entre pessoas do mesmo sexo, alegando ainda que a sociedade não deve aprovar a imoralidade nem podem deixar de proteger o direito das crianças de serem educadas por um pai e uma mãe.

Afineevsky disse à EWTN News este mês que tentou em “Francesco” apresentar o Papa como ele o viu, e que o filme pode não agradar a todos os católicos. Ele disse à CNA na quarta-feira que, em sua opinião, o filme não é “sobre” o apelo do papa a favor de uniões civis, mas “sobre muitas outras questões globais”.

“Não estou olhando para ele como o Papa, estou olhando para ele como um ser humano humilde, um grande modelo para a geração mais jovem, um líder para a geração mais velha, um líder para muitas pessoas, não no sentido católico , mas no sentido de liderança pura, no terreno, nas ruas ”, acrescentou Afineevsky.

O cineasta disse que começou a trabalhar com o Vaticano para produzir um filme sobre o Papa Francisco em 2018 e teve acesso sem precedentes ao Papa até a conclusão das filmagens em junho, em meio aos bloqueios devido à pandemia na Itália.

Afineevsky, é um cineasta russo que mora nos EUA e que em 2015 foi indicado ao Oscar e ao Emmy pela obra “Winter on Fire”, um documentário que narra os protestos Euromaidan de 2013 e 2014 na Ucrânia. Seu filme de 2017, “Cries from Syria”, foi indicado a quatro prêmios Emmy de notícias e documentários e a três prêmios de escolha da crítica.

Na quinta-feira, Afineevsky receberá nos Jardins do Vaticano o prestigioso Prêmio Kineo Movie for Humanity, que reconhece cineastas que apresentam questões sociais e humanitárias em documentários. O prêmio foi criado em 2002 pelo Ministério da Cultura da Itália.

Rosetta Sannelli, a criadora dos Prêmios Kineo, observou que “cada viagem do Papa Francisco a várias partes do mundo está documentada na obra de Afineevsky, em imagens e notícias, e se revela como um olhar autêntico dos acontecimentos de nosso tempo, uma obra histórica em todos os aspectos”.

– Estamos contigo, Bibiana!

Bibiana Steinhaus é hoje a principal árbitra de futebol da Alemanha (e talvez seja do mundo também). Tem trabalhado com competência e regularidade nos diversos campeonatos que apita. Sua última atuação foi a decisão da Supercopa da Alemanha, no jogo entre Bayern Munich 3×2 Borussia Dortmund.

Porém, um fato curioso: a TV estatal do Irã, que transmitiria a partida, cancelou o evento pois, de acordo, com as leis islâmicas (o Irã é uma teocracia) não se pode mostrar partes do corpo das mulheres publicamente (e não é a primeira vez, em fevereiro isso já aconteceu também).

Lembrei-me de Fernanda Lima apresentando o sorteio da Copa de 2014 e a polêmica criada pelas modificações estéticas na imagem da moça, feitas pelas autoridades iranianas nas imagens que chegaram por lá. É mole?

Mais detalhes sobre o jogo anteriormente citado em: https://www.dw.com/pt-br/tv-iraniana-censura-jogo-da-bundesliga-por-árbitra-ser-mulher/a-47556534

– Marinho e a consciência coletiva

Muitos tratam o jogador Marinho, do Santos FC, com ironia e desdém, devido as brincadeiras e memes surgidos de suas falas. Mas repare que são simples brincadeiras, sem maldade ou prejuízo para alguém. Folclore de um cara espirituoso!

Entretanto, Marinho tem falado ultimamente de cidadania, respeito, combate à discriminação e inclusão. Inclusive, disse no programa “Bem Amigos” da Sportv sobre o ativismo de atletas importantes como Lebron James ou Louis Hamilton:

“Quando o Hamilton faz isso, o Lebron faz isso lá nos EUA, eles têm muito respeito. Se no Brasil você vai fazer é muito mimimi, ‘Nutella’, isso e aquilo. Mas eu vou defender a bandeira porque muita gente passa por isso e não tem voz ativa. Não ligo para o que vão falar de mim. O importante é eu saber, olhar para o próximo, pessoas que passam por isso diariamente, sofrem com isso nos empregos e não podem falar, senão vão ser mandadas embora.”

É isso mesmo: ter empatia faz a diferença na dignidade de alguém. Parabéns, Marinho!

– Garota de 14 anos Ameaçada de Morte por querer… Estudar!

Aparece no meu Feed essa publicação que tem 8 anos, mas acho importante o repost dela: sobre Malala, a menina que se tornou símbolo da luta pelo direito das meninas poderem estudar! Para mim, de maior significância do que a garota Greta, que tem sido manchete em defesa do clima mas parece ter sido uma adolescente usada politicamente.

Abaixo:

MALALA YOUSUFZAI SERÁ UM SÍMBOLO?

Por mais que reclamemos das condições e acesso do Ensino no Brasil, ainda assim vivemos em condição privilegiada, se compararmos com alguns países.

No Paquistão, por exemplo, uma menina de 14 anos que criou um blog para defender o Acesso Universal das Mulheres nos Estudos foi baleada e continua sendo ameaçada de morte pelos Talebãs. Para eles, mulher ir para a escola é, acima de um crime, pecado!

Triste conduta de fanáticos terroristas…

Extraído de: http://is.gd/GWKpyg

MENINA PAQUISTANESA BALEADA PELO TALIBÃ ERA AMEAÇADA HÁ ANOS

A estudante paquistanesa de 14 anos baleada pelo Talibã desafiou ameaças contra ela durante anos, acreditando que o trabalho que fazia pela comunidade era a melhor proteção, afirmou o pai da jovem nesta quarta-feira. Malala Yousufzai foi baleada e ferida com gravidade na terça-feira, enquanto saía da escola em sua cidade natal no vale do Swat, a noroeste da capital Islamabad.

O Talibã reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo que a campanha da menina pela educação de moças era pró-ocidental. O ataque provocou a indignação da população em um país aparentemente acostumado com a extrema violência desde o aumento na militância islâmica após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

“Ela é uma vela de paz que eles tentaram apagar”, disse o paquistanês Abdul Majid Mehsud, 45 anos, a respeito da violência que afligiu a região do Waziristão do Sul.

No vale do Swat, que já foi uma lugar turístico mas acabou infiltrado por militantes vindos de bases na fronteira afegã há mais de cinco anos, a família da menina e a comunidade local rezam para que ela sobreviva. O pai da menina, Ziauddin Yousufzai, que dirigia uma escola de meninas, afirmou que a filha queria entrar para a política. Ele disse que, de todas as coisas que ele ama nela, o que mais gosta nela são os ideais democráticos e de justiça da filha.

Histórico de ameaças

Malala ficou famosa aos 11 anos, quando escreveu um blog sob um nome falso para a BBC sobre como era viver sob o governo do Talibã paquistanês. Os militantes, liderados por um jovem pregador radical do Talibã, tomaram o vale por meio de uma mistura de violência, intimidação e com o fracasso das autoridades em fazer frente.

Mesmo depois que os militares finalmente agiram, com uma ofensiva em 2009 que expulsou a maioria dos militantes do vale, o local permaneceu sendo perigoso. Malala não se calou. Ela fez campanha pela educação de meninas e depois recebeu a mais alta condecoração civil do Paquistão. A proeminência dela teve um custo.

“Estávamos sendo ameaçados. Algumas vezes, cartas eram jogadas em nossa casa, dizendo que Malala deveria parar de fazer o que fazia ou o resultado seria muito ruim”, disse o pai dela. Nesta quarta-feira, médicos paquistaneses retiraram uma bala alojada no corpo da menina, que continuava em estado crítico. Duas outras meninas também ficaram feridas.

– A língua neutra e o exagero do argumento defendido

Ganhou muita repercussão nos últimos dias a questão da “linguagem neutra”, procurando modificar o “português sexista”. Seria um exagero do Politicamente Correto?

É sabido que não cabe mais nenhuma forma de discriminação sexual ou questão de gênero no mundo. A opção sexual é de questão particular de cada indivíduo, respeitando-se cada pessoa.

Porém, existem alguns defensores da causa LGTBQ+ que insistem na necessidade de criar vocábulos inclusivos na Língua Portuguesa, como o “x” ao final das palavras. Por exemplo: ao invés de dizer que “todos os homens e mulheres têm direitos iguais”, usar-se-ia o “todxs têm direitos iguais”. Antes, quando escrevíamos alguma coisa para chamar a atenção de gêneros masculino e feminino, citávamos “todos (as)”.

Agora, surgiu um vídeo (no link abaixo) criando praticamente outra língua: “ele” ou “ela” viram “ile”, igualmente “daquele” ou “daquela” viram “daquile” e outras tantas variações para indicar “neutralidade de gênero”.

Cá entre nós: quem inventou isso, não ajudou em nada a causa gay, mas fez com esse exagero que chacotas fossem criadas desnecessariamente.

Para um homem ou mulher hetero ou homo serem dignamente tratados, não é necessário mudar a língua falada com tantas invencionices. É só ter respeito.

Em: https://www.youtube.com/watch?v=vcVX1EXNSwc

– Magazine Luiza e as vagas para trainees negros: nada de racismo reverso, amigos!

Queridos leitores, me sinto a vontade para escrever este post de tema tão polêmico por ser um defensor costumeiro da meritocracia em todos os setores. E o assunto em questão (a abertura de vagas exclusivas para pessoas de cor negra para trainees na Magalu) é o que “bombou” nos últimos dias.

Leio gente boa escrevendo sobre racismo reverso (e me surpreendo com isso, não tem nada a ver com esse caso). Outros, de privilégios desmedidos à uma minoria (também discordo). Por fim, uso da ação de contratação como marketing (e qual seria o problema?).

A empresa é privada e deseja contratar funcionários de uma maioria populacional (afinal, o Brasil, país mestiço, tem segundo o IBGE uma quantidade levemente maior de negros do que de brancos). O negro torna-se minoria na questão educacional e em outros índices sociais. Contratar essa parcela fora do mercado de trabalho é inclusão social (e se for usado como publicidade, não tem problema nenhum, pois é uma ação positiva).

Talvez, se não existisse uma grande quantidade de desempregados no país, muitas pessoas não dariam nem bola para o fato. Parece-me queixas de concorrência de candidatos.

O único questionamento pode ser: em condições normais de trabalho, o Magazine Luiza não contrataria negros com exclusividade?

Por fim: contratar negros foi uma ação louvável. É esperado que em outras situações, contrate-se também outros desempregados com dificuldade em entrar no mercado de trabalho, como, por exemplo, pessoas em condições de vulnerabilidades / miséria / moradores de ruas para cargos que possibilitem sua inclusão.

– #RacismNO! Força, PC.

O amigo Paulo César de Oliveira foi vítima de racismo, só porquê um indivíduo discordou da sua opinião sobre um lance de pênalti no Fluminense x Corinthians.

O mundo está intolerante desse jeito? Por causa de uma avaliação de futebol, o sujeito acha que pode inferiorizar o seu semelhante chamando-o de macaco?

Força, Paulo César de Oliveira – você é maior do que isso. Xô, racismo.

– O preço da fama: Neymar não pode ser uma vítima? Assustador…

Ganhar “fama” é algo complicado em qualquer setor da sociedade. Veja a situação de Neymar Jr:

Antes, ele tinha a fama de driblador e muitos jogadores tentavam parar ele cometendo faltas. Aí, começou a pular delas (para fugir da pancada e algumas vezes para simular) e a fama mudou para “cai-cai”. Tentou corrigir isso, mas como tinha ganho esse rótulo, até quando apanhava de verdade em campo, muitas faltas não eram marcadas. Na dúvida, o árbitro lembrava “da fama”.

Depois veio a fase da fama de “irresponsável”. Mesmo treinando e sendo pontual em seu clube na rotina diária, a cada foto em balada ele era criticado. Mas aí veio a história de estar machucado e pulando carnaval, Anitta, festas e… a fama aumentou.

Quando uma moça tentou extorquir dinheiro dele em Paris (assim entendeu a Justiça), muita gente cravou que Neymar era agressor de mulher! Foi o preço da fama…

Agora, fico impressionado com o episódio envolvendo Álvaro González, que é acusado de prática racista contra ele (vide em: https://wp.me/p4RTuC-rte), onde surgem teorias de que “como não apareceram imagens da fala, poderia ser jogada de marketing”.

Caramba, mesmo se ele for vítima, a primeira impressão é a de culpa? É o preço da fama?

Lógico, deve-se tomar cuidado em não acusar injustamente o espanhol, mas diante disso acusar preliminarmente o brasileiro, é uma sacanagem! 

Sabe qual o problema de Neymar hoje? A fama de “estourado”. Todo mundo quer provocar ele. Se em seu lugar a vítima de racismo fosse Gabriel Jesus, Rodrygo ou outro jovem bem comportado, ninguém estaria comentando com dúvidas.

Em tempo: o racismo é algo a ser abolido da humanidade, urgentemente. 

– Acredite: o VAR não poderia interferir no caso do racismo sofrido por Neymar

Álvaro González, zagueiro espanhol do Olympique, no jogo contra o PSG, supostamente ofendeu o brasileiro Neymar com o ato racista de chamá-lo de Macaco “Filho da Puta”. O árbitro não viu e nada fez. No final do jogo, Neymar perdeu a cabeça, o agrediu e foi expulso.

Mas e o VAR?

Acredite: o árbitro de vídeo não pode interferir em questões de ÁUDIO! Somente nas de imagem. Portanto, caso o VAR tenha visto, ele não pode interferir pelo protocolo oficial.

Fora essa explicação, é insuportável ver (caso se confirme) mais uma manifestação racista).

– Convivência Sadia e Necessária. Viva a Tolerância!

Todos nós temos virtudes e fraquezas.

Todos nós somos iguais em respeito, mas diferentes quanto a opiniões.

Todos nós temos (ou não) um partido, uma religião, um time de futebol, uma preferência ou gosto diferente.

E principalmente, todos nós vivemos e dependemos de um mesmo planeta.

Por quê não respeitar a diferença do próximo?

Há aqueles que não conseguem viver ao lado do seu semelhante justamente por ter uma opinião política ou um comportamento diferente. Pra quê?

Somos todos humanos. Iguais e diferentes ao mesmo tempo. Assim, reflitamos tal verdade!

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– Benedetti sobre Marinho: vale um pedido de desculpas, não?

Rapaz, que infelicidade do comentarista Fabio Benedetti, da Rádio Energia FM (97,7). Ele foi deselegante e usou termos que deveria-se evitar a um jogador negro, como fez com Marinho, na derrota do Santos para a Ponte Preta.

A revolta de Marinho foi de arrepiar. E convida à nossa reflexão: que mundo pilhado, não?

Compartilho, extraído do GloboEsporte.com (link com vídeo): https://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/noticias-santos-marinho-racismo.ghtml

CNTTL e FESTTT apoiam Condutores do Vale do Paraíba e repudiam ...

Atualizando: a Rádio Energia se manifestou, abaixo: 

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– Sobre a campanha da Natura com Thammy Miranda, um pai transgênero.

Thammy Miranda está no noticiário, juntamente com a Natura pela propaganda do Dia dos Pais da marca de cosméticos. Vamos fazer algumas consideracões sobre esse delicadíssimo tema?

Para não ficar arestas no entendimento: Thammy era conhecida pela alcunha artística de “Thammy Gretchen”, filha da conhecida cantora do “Melô do Piripiri”. Ela estampou algumas capas de revistas masculinas, como a Sexy.

Anos atrás, Thammy revelou que era lésbica, o que revoltou sua mãe Gretchen e sua tia, a cantora Sula Miranda – e trouxe surpresa para seus admiradores. Mais tarde, se descobriu transgênero e resolveu fazer a mudança de sexo, adotando seu nome e sobrenome de nascimento (Thammy Miranda). Hoje, Gretchen e Thammy vivem uma boa relação, incluindo a esposa da mesma e o filho desta relação.

Aí que surge a polêmica atual: Thammy Miranda e esposa tiveram um bebê, e a Natura resolveu fazer sua propaganda do Dia dos Pais homenageando os mesmos com… Thammy, um pai transgênero, ao lado do seu filho Bento.

É óbvio que o departamento de marketing desejou a repercussão sobre a escolha de um “pai não convencional aos padrões” do que um pai heterossexual (ou, como li numa postagem de Rede Social, um pai “homem de verdade”). Empresas deste porte calculam muito bem quanto vale uma ação promocional inclusiva (mesmo que tenha gente contrária) versus aumento / queda nas vendas, rejeição na mídia e aumento do valor de imagem.

Não pensemos que uma organização (comércio ou indústria) queira apenas o “ser politicamente correto” e abra mão das vendas. Sem lucro, retorno ou divulgação da marca, nada adianta. É falácia achar que ela, Natura, está preocupada com as campanhas de boicote, pois previu o retorno que tem sido positivo. Prova disso é que as ações da Natura subiram somente num dia 6,73% com esta campanha dos Dias do Pais (a maior alta da Ibovespa).

Resumindo: ao apostar num tipo de pai que representa a minoria (é uma questão de lógica: a maior parte dos pais são homens heterossexuais, não pais transgêneros ou gays), a Natura desagradou muita gente. Mas ganhou dinheiro e valor de mercado com tal atitude.

Agora, sobre “gostar ou não da campanha”, aí é questão de foro íntimo de cada um. Compre ou não da Natura, é um direito seu. Não condeno quem se desagradou com ela, pois é algo intrínseco de cada um. Idem a quem gostou.

– Relembrando os 3 passos para o protocolo FIFA contra a Discriminação no Futebol!

Desde 15 de julho de 2019, a FIFA ampliou como norma mundial um procedimento em 3 etapas que adotou como “Protocolo contra a Discriminação”. Entenda isso com os exemplos de: Imitar Macaco / Jogar Banana (Racismo), Gritar “Bicha” / “Puto” no Tiro de Meta (Homofobia), Fazer gestos sexistas (ironizar uma atleta / oficial de arbitragem por ser mulher), cantar música que possa fazer alusão a jingles políticos ou gestos (cantos neonazistas) e ou manifestação religiosa preconceituosa (atos anti-semitas).

Se isso acontecer, 3 passos a serem providenciados pela arbitragem:

  1. Interromper o jogo, com o sistema de som e imagens do estádio advertindo a conduta. Se possível, identificar quem iniciou. Reiniciar em seguida.
  2. Interromper o jogo novamente por minutos, com a permissão de que se crie um intervalo e os atletas possam deixar o campo, ir aos vestiários e voltarem com tudo controlado / mais calmo. Somente aí o jogo é reiniciado.
  3. Interromper o jogo, anunciar o motivo que será comunicado pelo árbitro às pessoas responsáveis pela informação aos torcedores e encerrar definidamente a partida.

Claro que tudo isso depende de qual ato e como tem sido feito. Mas é uma forma de advertir em 3 momentos uma torcida que não se comporta bem para o clube não perder os pontos do jogo por conta da conduta discriminatória dos seus aficcionados. 

Reforçando: isso já valia para jogos FIFA desde 2017, mas desde o dia 15 passou a valer mundialmente em qualquer tipo de jogo, de Copa do Mundo até a 4a divisão regional.

Na imagem abaixo, o quadro que relata os 61 casos de discriminação oficialmente contabilizados no futebol brasileiro em 2017:

Resultado de imagem para discriminação ao futebol

– A aceitação de um árbitro assumidamente gay no futebol brasileiro masculino: o caso Max Sousa

Li a publicação sobre esse delicado assunto no site ApitoNacional, e vi que o tema, originalmente publicado na página Brazilian Times, merecia uma abordagem opinativa. Vamos lá:

Max Sousa (homônimo do cantor de sertanejo universitário da grudenta “O Amor Vai Triunfar”), um estudante de Educação Física e modelo, é homossexual assumido e casado com o prefeito da cidade de Lins (Edgar de Souza – PSDB/SP). Ele quer ser árbitro da FPF e a matéria fala sobre seu desejo de levantar o fim do preconceito no futebol masculino.

Porém, diferente do que a matéria do site Brazilian Times trouxe abaixo (de que há décadas os “gays assumidos” apitam), o homossexualismo no futebol masculino, especialmente no Brasil, é um tabu! Nem jogadores e tampouco árbitros se assumiram LGBTs durante a carreira ou entrando nela. Jorge Emiliano, o “1o Margarida”, um dos poucos no RJ. Roberto Nunes Morgado e Armando Marques eram outros “marcados” e nunca falaram abertamente sobre isso. E, por fim: qual árbitro ou jogador da Série A do Brasileirão você sabe que é assumidamente homossexual?

No futebol feminino, é sabido que algumas árbitras e muitas jogadoras não escondem isso (e tal fato não se deve ter relevância na competência ou dignidade delas – se são lésbicas ou bissexuais é problema delas). No masculino, existe o preconceito.

Sabemos que a FIFA e alguns clubes fazem campanha para a inclusão (existe o protocolo contra o preconceito que paralisa as partidas em manifestações homofóbicas, racistas e de outras naturezas preconceituosas). Mas a aceitação social, racionalmente falando, é lenta.

Numa sociedade ideal, questões sobre preferência sexual estariam num segundo plano, pois a cidadania faria que o respeito fosse natural. Enfim, boa sorte ao jovem árbitro neste desafio e que sua condição não seja empecilho (por discriminação) e nem privilégio (por uso de marketing dos organizadores de torneios) para as futuras escalas. Que vença na carreira por competência.

Abaixo, extraído de: https://www.braziliantimes.com/esportes/2020/06/22/arbitro-gay-marido-de-prefeito-paulista-max-sousa-treina-para-entrar-na-escola-de-arbitros-na-fpf.html

ÁRBITRO GAY: MARIDO DE PREFEITO PAULISTA, MAX SOUSA, TREINA PATA ENTRAR NA ESCOLA DE ÁRBITROS NA FPF

A presença de homossexuais assumidos apitando jogos de futebol já acontece há muitas décadas e os relatos de preconceito contra esses profissionais não é mais empecilho para Max Souza seguir um sonho antigo: entrar para escola de árbitros na Federação Paulista de Futebol. “Eu já deixei de correr atrás de mais informações sobre como fazer o curso porque ficava abalado com alguns comentários sobre árbitros gays, mas isso já não me atinge mais”, declarou.

Estudante de Educação Física e casado com o prefeito de Lins (SP), Edgar de Souza, Max vê uma nova oportunidade de profissão, além de atuar como modelo. “Agora é um bom momento para eu correr atrás dos meus sonhos, eu sempre admirei aqueles que entram em campo para ser justo com os times, agora eu quero ser essa pessoa”.

Max disse que perdeu o último edital de inscrição que aconteceu em agosto do ano passado para a turma de 2020, e agora está de olho nos comunicados da FPF para entrar na próxima turma. “Acredito que a minha entrada como árbitro pode ajudar a acabar com o preconceito dentro do futebol. Homofobia ainda é um problema, mas as coisas estão melhorando o tempo todo”, disse.

(Fotos: Divulgação | CO Assessoria)

– Que pisada na bola, Homem Elástico. Tuítes racistas?

Triste. Hartley Sawyer, o ator da série THE FLASH, da DC Comics, e que interpreta Ralf Dibny (o herói desajustado Homem Elástico), foi demitido da série pela descoberta de publicações antigas de cunho racista e sexista

Diante de tudo isso, Sawyer disse que eram apenas piadas…

Lamentável. Algumas delas:

A matéria completa em: https://observatoriodocinema.uol.com.br/series-e-tv/2020/06/estes-são-os-tuites-nojentos-que-fizeram-ator-de-the-flash-ser-demitido

 

– Haverá preconceito (ou já há) por se aproximar de quem teve Covid-19?

Perguntas para se fazer brevemente:

Quem está imunizado, tem que usar máscara para evitar o preconceito? Refletindo sobre tal situação, se você não transmite mais o novo coronavírus não teria o porquê das máscaras. Apenas deve-se usá-la para tranquilizar a pessoa do lado.

– Há medo de se aproximar de quem já teve Covid-19? Não deveria se ter… Teremos que ter cuidado para não confundir as coisas: uma pessoa curada é a mesma pessoa de sempre.

– Quem sofreu com a recuperação, teve todo o apoio psicológico para estar reintegrado na sociedade?

A grande preocupação, e que não podemos deixar de pensar é: haverá por algum tempo PRECONCEITO sobre quem foi exposto ao Novo Coronavírus?

– A questão racial dos EUA é diferente da do Brasil, embora o problema do racismo exista nos dois países!

Gostei muito do post do blog Dricaribas – Uma observadora do cotidiano, a respeito das diferenças do Racismo nos EUA e no Brasil, a partir da visão de quem viveu nos dois países e pelo aspecto social e cultural dessas nações.

O Racismo é entendido e praticado diferente nos EUA. Não que ele inexista em nosso país, mas a abordagem de como ele é, diverge.

Vale a pena tal leitura!

Abaixo, extraído de: https://dricaribas.com/2020/06/04/racismo-nos-estados-unidos-um-problema-longe-de-ser-resolvido/

RACISMO NOS EUA: UM PROBLEMA LONGE DE SER RESOLVIDO

por Adriana Ribasmayer

Os europeus observam a situação de protestos nos Estados Unidos, com muita preocupação desde da morte de George Floyd. Desde de então, milhares de pessoas saem às ruas para protestar, as vezes de forma pacífica, outras vezes com direito a tumulto e quebradeira.

A questão racial no Estados Unidos é bem complexa. Já não é o primeiro caso, com o excesso de força de policiais brancos contra a população afro-americana. Um caso bem conhecido aconteceu em 1992, quando quatro policiais brancos foram declarados inocentes após a agressão contra o afro-americano Rodney King. Toda a ação foi filmada. Depois de seis dias de protestos violentos, o Corpo de Fuzileiros Navais junto com a Guarda Nacional foram chamados para acalmar a situação.

Desde então, outras situações violentas aconteceram e foram devidamente filmadas, especialmente em tempos de celulares inteligentes, os smartphones. George Floyd foi filmado sendo morto por asfixia pelos policiais. Esses já foram colocados em presídios de segurança máxima.

Além da indignação justa pela morte de Floyd, aliou-se a insatisfação com a crise econômica. Até agora, por conta da pandemia da Covid19, mais de 40 milhões de pessoas estão desempregadas. Boa parte delas são justamente de afro-americanos.

Se por um lado, governadores apoiam os protestos, por outro ficam sem ação ao pedir à população que permaneçam em casa, justamente para evitar a propagação do vírus. Os Estados Unidos está em primeiro lugar, seja em número de infectados, com mais de um milhão e meio de infectados e com mais de cem mil mortos, dados da Universidade de John Hopkins. As autoridades norte-americanas alertam que número de casos podem aumentar consideravelmente devido aos protestos. E mais uma vez, a população afro-americana é a maior afetada.

Por outro, o Presidente Donald Trump também não contribui para a uma possível pacificação dos protestos. Pelo contrário, Trump pretende colocar os militares nas ruas para conter os mesmos. Em tempos de campanha eleitoral, isso pode ser uma verdadeira bomba atômica e dividir ainda mais, uma sociedade racialmente dividida.

Sim, essa é principal diferença entre o Brasil e os Estados Unidos. Aí a sociedade é racialmente divida. O DricaRibas viveu em Washington entre 1995 e 1997 e observou isso. Mesmo com o primeiro Presidente Barack Obama, esse quadro não alterou. Na leitura DricaRibas, esse processo será longo e haverá a necessidade de um longo e dolorido diálogo entre ambas partes, além de uma política de integração da população afro-americana. Infelizmente, os atores políticos aí não dão esse sinal.

No caso do Brasil, a questão do racismo funciona diferente. Não há como classificar como melhor ou pior. Somos uma sociedade mestiça, se comparada com a norte-americana, mas isso não significa que a população afro-brasileira esteja em melhores condições. Mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, não houve nenhuma política de inserção da população afro-brasileira.

No último fim de semana houveram protestos no Rio de Janeiro pela morte do menino João Pedro Mattos. João morreu depois de uma ação da polícia em São Gonçalo, no último dia 19 de maio. Importante que a polícia seja questionada, mas ao mesmo tempo, que os casos de Covid19 estejam foram de controle.

Por fim, para concluir esse post, no caso do Brasil, a questão de integração da população afro-brasileira deve ser levada a sério e com propostas concretas. Não pode ser instrumentalizada por um setor da esquerda que pretende usar a pauta, para dividir ainda mais uma sociedade já rachada. Verdade também que o governo Bolsonaro não ajuda em nada nesse sentido, muito pelo contrário só coloca lenha na fogueira.

Fonte: Número de infectados pela Covid19 da Univerdade John Hopkins nos Estados Unidos. Esse site também coloca a disposição o número de infectados no Brasil: http://www.jhu.edu.com

Nike se posiciona contra o racismo após assassinato de George ...

– A crueldade cometida por Derek Chauvin contra George Floyd: é “só” Racismo? Claro que não…

Que loucura o que aconteceu em Mineápolis, EUA! George Floyd, um negro, foi morto por Derek Chauvin, um policial branco que nas cenas gravadas o asfixiou mesmo quando imobilizado e implorando para respirar.

Racismo, despreparo do policial, falta de sensibilidade e desumanidade. Tudo junto nesse episódio!

Entenda, extraído de: https://glo.bo/2Xfz7gA

NÃO CONSIGO RESPIRAR

“O racismo não está piorando, só está sendo gravado agora.”

Com essas palavras o ator americano Will Smith explicou anos atrás como as câmeras de celulares estavam permitindo gravar a violência policial contra negros nos Estados Unidos.

Isso voltou a acontecer na segunda-feira passada, e pela terceira noite consecutiva, a cidade de Minneapolis, no noroeste dos EUA, voltou a ser tomada por protestos e confrontos violentos com a polícia por causa da morte de George Floyd, um cidadão negro de 46 anos.

O QUE ACONTECEU?

Darnella Frazier, que passava pela rua, sacou seu celular enquanto assistia horrorizada à cena em que Floyd, no chão de uma rua, algemado e desarmado, fica inconsciente sob a pressão do joelho de um dos policiais brancos que o haviam detido.

Ao que parece, pouco antes, Floyd, que trabalhava como segurança em um restaurante, tentou fazer uma compra com uma cédula falsa de US$ 20.

“Todos temos os nossos defeitos. Todos cometemos erros. Ninguém é perfeito.”

“A forma como ele morreu é cruel”, disse a mãe de sua filha de 6 anos, Roxie Washington, ao jornal Houston Chronicle. “Eles o roubaram da minha filha.”

Nascido em Houston, George Floyd se dedicou em sua cidade natal ao basquete e ao futebol. Ele também atuou na cena local de hip-hop, onde era relativamente conhecido.

Mas quando se mudou para Minneapolis começou uma nova vida como segurança do restaurante latino-americano Conga Latin Bistro, no centro da cidade.

FORTE, MAS ‘SUPER DOCE’

O segurança ganhou rapidamente o apelido dos colegas de “Big Floyd” (Grande Floyd).

“Era alto e musculoso”, descreve um colega de trabalho, Vernon Sawyerr. “Era simplesmente amável. Quando nos deparamos com alguém desse tamanho, pode parecer imponente, mas era super doce.”

Em 2017 e 2018, Floyd havia sido segurança particular de um abrigo de emergência para pessoas sem teto ligado à organização beneficente Exército da Salvação, em Minneapolis. “Que trágico e triste é isso tudo”, afirmou Brian Molohon, diretor-executivo da entidade.

“Para trabalhar em um abrigo de emergência é preciso ser um tipo especial de pessoa. É realmente muito difícil ver essa angústia todos os dias”, disse Molohon. “Não tenho dúvidas de que George, como muitos outros trabalhadores de abrigos na nossa comunidade, tinha um coração que se preocupava com as pessoas e nossa comunidade.”

A ex-estrela da NBA Stephen Jackson publicou em seu perfil no Instagram o lamento de ter perdido alguém que considerava um irmão. Ambos eram muito próximos e se apelidaram de “gêmeos”.

“Me enfurece tanto que, depois de todas as coisas pelas quais você passou e se comportou da melhor maneira possível, eles o levaram dessa maneira”, escreveu o ex-jogador de basquete.

No vídeo de 10 minutos, Derek Chauvin, policial branco de 44 anos que imobiliza Floyd, ignora as reclamações tanto do detido quanto das testemunhas sobre sua violência extrema.

Seu colega de patrulha, o corpulento Tou Thao, observa a cena impassível e trata de obstruir a visão das pessoas que transitam pela rua. Os dois policiais foram demitidos.

Darnella Frazier decidiu publicar seu vídeo nas redes sociais e as ruas de Minneapolis viraram palco de uma onda de protestos que se espalhou pelos Estados Unidos.

As palavras “Eu não consigo respirar”, que Floyd repetia ao policial que o mantinha imobilizado no chão, se multiplicaram em cartazes e camisetas de manifestantes em protestos em Minneapolis como um lema contra a violência policial no tratamento a negros nos EUA.

FICHA CORRIDA DO POLICIAL DEREK CHAUVIN

Esta não foi a primeira vez que o policial Derek Chauvin se envolve em episódios violentos, segundo registros do departamento de polícia.

Segundo a agência de notícias Associated Press, ao longo de 19 anos de carreira, Chauvin foi alvo de quase 20 queixas formais e duas cartas de reprimenda. A maioria foi arquivada.

Em 2006, ele foi um dos seis policiais que dispararam contra Wayne Reyes, que segundo os agentes apontou uma escopeta de cano serrado para eles depois de esfaquear duas pessoas. O júri decidiu que o uso da força havia sido justificado contra Reyes, de ascendência indígena.

Dois anos depois, Chauvin atirou duas vezes contra um homem negro depois que o policial e seu parceiro atenderam a uma denúncia de violência doméstica.

Os agentes afirmaram que Ira Latrell Toles tentou pegar a arma de Chauvin, e, na por isso foi atingido. Por outro lado, Toles afirmou ao site Daily Beast que foi agredido por Chauvin mesmo sem ter reagido à ação policial.

De ascendência asiática, Tou Thao, dupla de Chauvin que estava presente no momento em que George Floyd morreu sufocado, também já havia respondido a queixas por atos violentos.

Em 2014, um homem negro, Lamar Ferguson, denunciou Thao e outro agente sob acusação de ter sido agredido sem motivo enquanto caminhava em direção à casa de sua namorada. Três anos depois, foi firmado um acordo de US$ 25 mil para encerrar o caso.

– Abolição da Escravatura: E aí?

Hoje se recorda a Abolição da Escravatura do Brasil. Mas muitas teorias absurdas de pseudo-intelectuais ainda ganhavam coro na Europa, como a do iluminista escocês David Hume, que no longíquo 1770 dizia:

Que negros sejam naturalmente inferiores aos brancos”.

Idiotice da época. A cor da pele nada faz para que se mude a dignidade das pessoas. Mundo afora tivemos racismos históricos. A escravidão no Brasil é exemplo clássico.

Porém, em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel aboliu a escravatura. Foi a salvação para os negros?

Nada disso. Foi uma demagoga lei. No dia 12, eles dormiam em Senzalas e se alimentavam muito mal. No dia 13, foram livres e ficaram sem casa e sem comida.

Claro, o acerto foi a proibição da exploração. O grande erro foi a falta de assistencialismo da Lei, que deixou os pobres escravos ao Deus-dará.

Fica a histórica indagação: a Princesa Isabel bobeou e não pensou no futuro dos ex-escravos, ou simplesmente fez politicagem para ganhar os louros da fama?

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– Quando a justificativa se torna ridícula

Wellington de Oliveira é vereador em Campo Grande. Ele defende o fim do resguardo e citou dois exemplos para justificar a sua opinião: os Salões de Beleza e as Igrejas.

Até aí, sem problemas. O grandes erro foi: a forma como ele os usou!

Leia abaixo e veja só: dá para levar a sério?

Extraído de: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/04/08/vereador-defende-saloes-de-beleza-abertos-nao-tem-marido-que-va-aguentar.htm

VEREADOR DO MS PEDE SALÕES DE BELEZA ABERTOS: “NÃO TEM MARIDO QUE AGUENTE”

A Câmara de Vereadores de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, discutiu na terça-feira (7) a possibilidade de reabertura do comércio da cidade em meio a pandemia de covid-19.

Para justificar seu ponto de que todos os serviços são essenciais, o vereador Wellington de Oliveira (PSDB) deu o exemplo dos salões de beleza, que deveriam ficar abertos para que as mulheres pudessem usar seus serviços. De outra maneira, “não tem marido nesse mundo que vai aguentar”, disse.

“Salão é importante. Imagina a mulher sem fazer sobrancelha, cabelo, unha, não tem marido nesse mundo que vai aguentar, tem que tratar da autoestima”, disse o vereador. Na sequência, afirmou ainda que igrejas deveriam abrir suas portas e, desta vez, usou a violência doméstica como argumento.

“Porque se a pessoa quisesse matar a mulher e os filhos, ele vai e bate na igreja, está fechada. Daí ele fala: ‘É um aviso de Deus para eu voltar lá e matar’. Então igreja é essencial, tem que criar mecanismos novos para que a igreja funcione”, afirmou durante sessão em plenário.

Cala Boca Tadeu Schimidt chega ao topo dos Trending Topics no Twitter

– Um Mundo Indesejado

Há anos, ocorreu o forte terromoto que vitimou milhares de pessoas no paupérrimo Haiti. A notícia é vencida. O povo já sofrido ainda luta para sobreviver. Mas o modo de vida da população é algo que assusta tanto quanto a tragédia. Leio no portal Terra a entrevista do enviado especial do site, Francisco de Assis, com a embaixatriz do Brasil no Haiti. É triste, assustadora, e desanimadora.

Como imaginar a vida das mulheres, num país em que elas engravidam sistematicamente, pois é o único período em que não apanham do marido? Como viver num local onde a mortalidade infantil beira 50%? A chance de uma criança nascer viva (isso não quer dizer saudável) é a mesma dela nascer morta.

Compartilho, extraído de: Terra (clique no link para citação)

HAITIANAS ENGRAVIDAM PARA PARAR DE APANHAR

Diante do caos que marca a rotina de Porto Príncipe, a embaixatriz do Brasil no Haiti conta detalhes dos bastidores do país após o terremoto do último dia 12. Em entrevista ao Terra, Roseana Teresa Aben-Athar Kipman relatou o alto índice de mortalidade infantil, a violência contra a mulher e comentou sobre o espírito de luta do povo haitiano, que, mesmo em plena catástrofe, ainda permanece de cabeça erguida.

O desastre
“O que posso dizer é que nos bairros onde os danos pessoais foram menores, menor foi o desastre. Justamente porque quando cai uma placa de zinco na cabeça, o ferimento é muito mais leve do que se cai uma laje de concreto. Então, você cai, faz um galo, levanta e vai embora. Quando uma casa de concreto cai em cima de você, há soterramento.”

Mortalidade Infantil
“A mortalidade infantil no Haiti é de cerca de 45%. As mães são subnutridas. As avós também. Não têm nem leite no peito. Tenho crianças que sequer se sentam. É preciso fazer um trabalho de recuperação de todas elas. Um trabalho a longo prazo.”

Violência contra mulheres
“Os homens engravidam várias mulheres ao mesmo tempo. As mulheres gostam da gravidez porque esse é o único momento em que elas não apanham. Elas vivem apanhando dos maridos, mas quando estão grávidas ficam nove meses sem apanhar. Por isso, quando falamos para as mulheres que elas precisam evitar a gravidez, elas retrucam que é o único momento em que não apanham. É impossível fazer um controle de natalidade no Haiti.”

O abuso contra as crianças
“Não são apenas as mulheres que apanham dos homens. As crianças também sofrem muito com esse tipo de violência. Há uma imposição grande por parte do sexo masculino e isso se reflete em violência. A situação das crianças aqui é sempre ruim. Foi sempre assim. Os pais não tem o mínimo de cuidado com os filhos. Essas crianças que perderam os pais no terremoto vão ter duas alternativas. Ir para orfanatos ou ficar nas ruas e se transformarem em bandidos.

Projetos Sociais
“Nenhuma atividade foi parada. Estamos trabalhando junto com o exército. A diferença é que a gente agora está recolhendo os mortos. Nunca havia recolhido nenhum morto. É o que acontece aqui. Nosso trabalho é excelente. Isso não é o trabalho de um, mas, sim, o trabalho de todos. Ninguém faz um trabalho sozinho.”

Voluntariado
“Eu sou voluntária. Todos são voluntários. Estou aqui porque quero. Se não quisesse estaria em outro lugar, mas cheguei aqui para trabalhar no Haiti e é isso que estou fazendo. Eu trabalho em vários lugares, com vários grupos religiosos. Se não há brasileiro em determinado país, eu não trabalho. Sou embaixatriz do Brasil para cuidar dos brasileiros.”

Segurança
“Ando com dois soldados disfarçados para me dar segurança. Eles ficam à paisana, sem mostrar as armas, mas por baixo das roupas, tenha certeza que estão com um armamento pesado. São os melhores fuzileiros da marinha brasileira. Tenho que andar de carro blindado. As coisas aqui são complicadas. Não é fácil entrar na periferia como as pessoas podem pensar. “

O trabalho na Embaixada
“A Embaixada do Brasil ficará inteira aqui. Mas qualquer um que quiser ir embora poderá. Nós decidimos que vamos ficar. Não vamos tirar os pés do Haiti. Viemos aqui para trabalhar e não vai ser agora, que o Haiti mais precisa da gente, que vamos embora.”

A reconstrução
“Já tem gente tirando pedras entre os escombros para reconstruir as casas. Tivemos um terremoto de 5.3 graus e mesmo assim eles estão trabalhando. Se você parar para pensar, ainda estão acontecendo terremotos aqui. As casas abaladas estão caindo. Mas mesmo assim você vê as praças cobertas por lonas de forma organizada. Foram eles que se organizaram. Eles que estão se arrumando”.

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– Rodrigo Bocardi e o caso de Racismo. Ou de equívoco?

Em tempos nos quais ser politicamente correto se faz necessário, há situações difíceis de se explicar.

O apresentador Rodrigo Bocardi, durante o Bom Dia São Paulo da Rede Globo, entrevistou ao vivo um rapaz com a camisa do Clube Pinheiros. Ao ver a roupa dele, perguntou se era catador de bolinha do clube (por praticar tênis lá e ver tal uniforme). Não era. Era um atleta do Polo Aquático que usava a mesma camisa, levando-o ao engano.

Não deu outra: Bocardi foi acusado de Racismo. Mas será que ele realmente não foi induzido ao erro pela roupa do rapaz, e não pela cor da pele?

Difícil opinar. O apresentador divulgou uma nota falando sobre não ser racista e explicando a confusão ocorrida. Não fugiu do tema. Leia abaixo o texto dele,

Extraído de: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2020/02/07/bdsp-web-ve-preconceito-em-fala-de-bocardi-e-apresentador-rebate.htm

BDSP: BOCARDI CONFUNDE ATLETA COM GANDULA, É CRITICADO E REBATE

Uma fala do apresentador do Bom Dia São Paulo, Rodrigo Bocardi, repercutiu negativamente hoje nas redes sociais. Internautas encararam a interação dele com um rapaz negro como racista e preconceituosa.

O repórter Tiago Scheuer acompanhava o movimento na linha 3-vermelha do metrô de São Paulo na estação Pedro 2º e entrevistou um rapaz chamado Leonel, que esperava por um trem mais vazio para poder embarcar.

Ao ver que o jovem usava uma camiseta do Clube Pinheiros, um dos mais tradicionais da capital paulista, Bocardi pediu que o repórter perguntasse a ele se ia “pegar bolinha lá”.

“Scheuer, o Leonel vai pegar bolinha de tênis lá no Pinheiros?”, questionou o apresentador. O rapaz respondeu que era atleta do clube e jogava polo aquático. “Aí sim, eu estava achando que era um dos meus parceiros ali que me ajudam nas partidas. Manda os parabéns para ele”, disse Bocardi.

Nas redes sociais, muitos internautas apontaram que o apresentador da TV Globo foi preconceituoso e racista em sua fala. Após o telejornal sair do ar, o jornalista divulgou uma nota explicando que havia se confundido por causa da camiseta que o rapaz usava.

“Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. […] Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida (…) Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias. Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas.”

Bocardi ainda postou um vídeo em que mostra uma matéria de fevereiro do ano passado com pegadores de bola do Pinheiros usando uma camiseta igual a de Leonel.

Nas redes, o impacto foi imediato e o apresentador foi criticado.

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– A Lei que socorre as Mulheres em dias de Menstruação!

Coisas de um mundo moderno e contraditoriamente primitivo: no Nepal, as mulheres costumam ser colocadas em cabanas isoladas de suas famílias nos períodos de menstruação. O costume local diz que é sinal de desgraça e azar para os maridos e seus lares quando o sangramento ocorre.

Preocupado com certos abusos, as autoridades de lá promulgaram uma lei que proíbe tal prática, revoltando nepalêses mais retirados. Uma das justificativas de quem defende a solitária, abaixo:

Se uma mulher menstruada entra na casa, 3 coisas acontecem: um tigre aparece, a casa pega fogo e o chefe da família fica doente

A frase acima é de Funcho, morador do Nepal e reproduzida na Edição da Revista Veja de dias atrás (extraída do original no NYT), explicando os motivos do isolamento de mulheres menstruadas em seu lugarejo.

É esse o mundo do século XXI?

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– Lorenna Vieira e o suposto erro DO Itaú. Na verdade, era golpe NO Itaú?

Puxa, ontem vi repercutir bastante o caso de uma moça morena (Lorenna Vieira, casada com o músico Rennan da Penha) que se disse humilhada pelo atendente do Banco Itaú, quando foi retirar dinheiro, por desconfiar que era uma golpista. Entretanto, após gravar um vídeo dizendo que foi discriminada por ser negra, não é que ela estava portanto documentos falsos?

Xi… o que pensar?

Extraído de: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/01/31/empresaria-diz-que-sofreu-preconceito-em-agencia-bancaria-banco-nega.ghtml

EMPRESÁRIA DIZ QUE SOFREU PRECONCEITO EM AGÊNCIA BANCÁRIA; BANCO NEGA

Lorenna Vieira afirmou em rede social que foi sacar R$ 1.500, mas funcionários desconfiaram e chamaram a polícia. Já a polícia diz que ela usou documento falso.

A empresária e blogueira Lorenna Vieira se disse vítima de preconceito numa agência do banco Itaú, no Rio. O banco negou. Declarou que funcionários verificaram os documentos de Lorenna, o que é obrigatório, e se desculpou com ela. Na noite desta sexta-feira (31), a polícia informou que identidade da empresária era falsa. Lorenna disse rasgou a identidade assim que saiu da delegacia.

Lorenna Vieira disse, numa rede social, que foi na quinta-feira (30) a uma agência do Itaú desbloquear um cartão e sacar R$ 1.500. Mas, segundo ela, funcionários desconfiaram da movimentação na conta e chamaram a polícia.

“A gente é preto, a gente é super humilde, mas a gente é empresário sim, a gente é empreendedor também, tá? E pra piorar não deixaram eu tirar dinheiro”.

Os policiais levaram Lorenna Vieira para a delegacia. Ela passou cerca de 20 minutos conversando com os investigadores, depois, foi liberada. Lorenna disse que se sentiu ofendida, e que foi tratada de forma preconceituosa.

“Toda hora me perguntando se eu não tinha feito, se eu não tinha passagem pela polícia, se eu não tinha, se eu não era criminosa”.

Lorenna é mulher do DJ Renann da Penha, criador do Baile da Gaiola, um dos maiores bailes funks do Rio.

Nesta sexta-feira (30), Lorenna voltou à delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Chegou acompanhada do marido e do advogado.

No fim da manhã, a Polícia Civil do Rio tinha divulgado uma nota afirmando que o documento apresentado por Lorenna no banco era verdadeiro. Mas, durante a tarde, a Polícia Civil do Rio afirmou ter recebido novas informações do Detran e do Instituto de Identificação Félix Pacheco sobre a carteira de identidade de Lorenna Vieira.

O delegado Fabrício Oliveira disse que o Detran confirmou que o documento apresentado por ela no banco era falso, que nenhuma carteira de identidade em nome dela foi emitida no dia 7 de maio de 2018, como constava no documento. Ainda segundo a polícia, a foto da carteira não existe no banco de dados do Detran e, de acordo com os investigadores, o Instituto Félix Pacheco atestou que a digital do documento não pertence a Lorenna.

Lorenna está sendo investigada por uso de documento falso. Segundo a polícia, as suspeitas começaram quando ela rasgou e queimou a identidade logo após ter saído da delegacia.

Na quinta-feira ela contou ao G1 por que rasgou o documento.

“Me deixou mal mesmo que eu até rasguei a minha identidade, né, porque o policial falou que era quase impossível ver que era eu, porque o meu cabelo estava liso, e que era para eu jogar essa identidade fora e fazer outra com o meu cabelo natural”.

Na noite desta sexta, numa troca de mensagens com a produção do JN, Lorenna Vieira disse:

“Se o erro foi no Detran, eles que resolvam. Agora isso é terrível”.

Em seguida, apagou as mensagens que havia encaminhado e escreveu: “Estou devastada e não quero falar com ninguém”.

Antes de a polícia descobrir que o documento era falso, o Itaú Unibanco divulgou uma nota em que lamentou profundamente os transtornos causados a Lorenna Vieira.

O banco informou que a verificação de documentos é obrigatória em casos em que o cliente não tenha em mãos o cartão do banco ou não faça uso da biometria para fazer saques. O objetivo, segundo o banco, é garantir a segurança dos próprios clientes e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero.

O banco afirmou também que, “infelizmente, pessoas mal-intencionadas tentam aplicar diariamente golpes usando documentos falsos em agências de banco e, em razão desse procedimento, o Itaú Unibanco conseguiu evitar inúmeras fraudes contra os clientes”.

O banco pediu de desculpas a Lorenna pelo incômodo que a abordagem causou e segue à disposição para mais esclarecimento.

Na noite desta sexta, o Itaú Unibanco divulgou uma nova nota em que mantém o posicionamento anterior de que a verificação de documentos é obrigatória quando o cliente não tem em mãos o cartão do banco ou não faz uso de biometria nos saques. O banco reafirmou que o objetivo é garantir a segurança dos clientes, e que não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O banco reforçou que, a despeito de a Polícia Civil ter declarado que o documento apresentado por Lorenna Vieira é falso, já havia se desculpado com ela pelo incômodo que a abordagem possa ter causado. E concluiu dizendo que se mantém à disposição para esclarecimentos.

Resultado de imagem para Lorenna Vieira

– Guy Acolatse e o pioneirismo na Alemanha!

Menos de 10 anos do fim da 2a Guerra Mundial e um negro é contratado para jogar na Alemanha pós-nazista, lado Ocidental!

Curioso para saber como foi esse fato inédito (um africano jogando profissionalmente em um país onde Hittler disseminou a história da superioridade da raça ariana)?

Leia o depoimento do próprio protagonista do fato, o ex-jogador Guy Acolatse, de Togo,

Extraído de: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-alemao/noticia/todos-queriam-me-ver-conheca-o-primeiro-negro-a-jogar-na-alemanha.ghtml

O PRIMEIRO NEGRO A JOGAR NA ALEMANHA

Nascido no Togo, Guy Acolatse hoje vive em Paris. Africano lembra reação dos alemães ao chegar ao St. Pauli: “Todos olhavam e diziam ‘é um negro, é negro'”

Vocês jornalistas têm muito problema com atraso. Dez da manhã é dez da manhã. Sou estilo alemão”, advertiu ao telefone quando a entrevista foi combinada. Pouco antes das dez e com um grande sorriso, Guy Acolatse abriu as portas de sua casa no norte de Paris para contar sua trajetória, que começou bem longe dali, em sua terra natal: o Togo. Bem-humorado, o senhor de 75 anos mostra fotos e jornais que relembram o motivo de ter entrado para história: ter sido o primeiro atleta negro a jogar profissionalmente no futebol alemão. Aventura que começou em 14 de julho de 1963, quando ele chegou na cidade de Hamburgo para defender o FC St. Pauli.

– Como teve muita propaganda antes de eu chegar, toda a cidade estava com cartazes “Guy Acolatse – o novo jogador de FC St Pauli” e, também por ser negro, todos queriam me ver. No hotel onde eu estava, no momento que eu ia entrar, todos olhavam e diziam “é um negro, é negro…”. As pessoas tentavam me ver. Mas gosto de brincar e sou “showman”. Sou educado, respeito e brinco junto da situação. Nos primeiros anos, havia pessoas que nunca tinham ido a um jogo e íam ao estádio para ver o jogador negro. Muitos não tinham ideia do que era o Togo ou uma pessoa negra – lembrou.

Otto Westphal foi treinador da seleção de Togo em 1962 e conheceu o futebol de Acolatse. No ano seguinte, de volta ao futebol alemão, convidou o jogador para vestir a camisa do St. Pauli. O jovem talentoso – então com 21 anos – já chamava atenção de equipes na Bélgica e na França, mas resolveu aceitar o convite de Westphal, que disse para ele que precisava de um camisa 10 com as suas características. Na visão de Acolatse, a curiosidade movia as pessoas durante os primeiros anos dele na Alemanha.

Em relação ao racismo, Acolatse optou por encarar a questão como uma provocação, e não como uma ofensa, e preferia reagir com humor:

– Me olhavam. Algumas vezes quando jogava as pessoas gritavam: “Macaco, macaco”. Mas eu tenho em mente que sou um cara bem humorado. Eu virava a cabeça, olhava e dava susto neles.

Fã declarado de Pelé, Acolatse jogou uma partida oficial também histórica contra o jovem Franz Beckenbauer, em 1964. O FC Pauli disputou contra o Bayern uma vaga na primeira divisão da recém-criada Bundesliga. A equipe de Hamburgo perdeu por 6 a 1 e 4 a 0, mas o jovem togolês teve a oportunidade de marcar contra o lendário goleiro Sepp Maier e viu, de dentro do campo, o Kaiser fazer seu primeiro gol com a camisa do Bayern de Munique.

– Durante minha carreira, eu joguei com grandes jogadores. Joguei com Uwe Seeler, que foi capitão da seleção alemã e um dos atacantes mais fortes que já vi. Joguei com Beckenbauer e fiz um jogo-treino com Puskàs. Pelé é um jogador de classe. É por isso que gosto muito dele. E até hoje, de todos jogadores que vi, o que acho que pode chegar a jogar como Pelé é o Mbappé.

Acolatse não poupa elogios ao companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, de apenas 19 anos. E também deixa a humildade de lado ao se comparar com Mbappé.

– Ele já tem experiência, ele pensa, ele sabe como se movimentar e driblar. Ele sabe o momento de driblar ou não. Ele não faz como os outros que pegam a bola e saem tentando. Ele tem um grande futuro. E acho que ele joga como eu jogava na minha época, mas acho que eu era mais rápido.

Acolatse jogou no St. Pauli até 1966 e depois seguiu em times de menor expressão da região de Hamburgo até encerrar a carreira na equipe amadora de St. Pauli. No início dos anos 80 mudou-se para Paris para trabalhar como técnico. Atualmente, ajuda crianças do bairro onde mora com aulas de alemão e atividades esportivas. Chamado de “monsieur Guy” nas ruas de Saint-Dennis, Acolatse não admira apenas o futebol brasileiro.

– Se eu for ao Brasil, eu quero dançar e cantar. Eu não sou de festa, mas se escuto música brasileira, eu já pego uma taça de vinho. Eu adoro, desde quando estava no Togo.

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– Racismo contra Taison: ofender a dignidade humana está valendo a pena para o agressor. E custando caro para o ofendido…

Dias atrás rodou o mundo a triste manifestação racista da torcida do Dínamo de Kiev contra Dentinho e Taison. Dentinho saiu chorando e Taison, revoltado, mostrou o dedo do meio após ser chamado de várias ofensas raciais, inclusive de macaco.

E não é que, para a vergonha do esporte, a Associação Ucraniana de Futebol puniu o atleta por 1 jogo de suspensão e a agremiação por 500 mil Grívnia (R$ 87.160,38)!

Ofender a dignidade humana está valendo a pena para o agressor. E custando caro para o ofendido

Taison reage após ser vitima de racismo na Ucrânia — Foto: Reprodução arquivo social

– Tolerância no Esporte, enfim!

Na final envolvendo Corinthians x São Paulo no futebol feminino, um exemplo a ser seguido: Cristiane, do Tricolor, tirando selfies com torcedores do Timão!

Não seria legal que isso fosse comum também no masculino, entre outros clubes e esportes?

Um exemplo de Tolerância, abaixo:

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– Paulista e Rúcula: Discordar não é Desrespeitar. Respeitar não é fazer Apologia!

E tornou-se uso politiqueiro e demagogo a história da cessão do Estádio Jayme Cintra para um evento cultural. Uma pena que o debate saiu da razão e partiu para a emoção, novamente dividindo parcelas da população interessadas. Alguns obrigando a outros aceitarem o que não se quer, e outros atacando os que pensam diferente.

Sem delongas, vale refletir:

  1. O Paulista FC é um clube associativo. Consultado pelos organizadores do evento Rúcula, resolveu ceder generosa e gratuitamente o estádio para a realização da ação cultural na qual se realizariam 30 shows diversos. Creio que, durante a negociação, o pessoal interessado mais os envolvidos do clube tinham (ou deveriam ter) ciência do que ocorreria durante sua realização. Condições são estabelecidas e acordadas; portanto, devem ser cumpridas.
  2. Alguns clubes de futebol tomam para si o protagonismo de ações sociais de algumas causas. Em troca de divulgação, ganham respeito social e usam tais motes como marketing. Um dos exemplos é o Bahia, que movimentou uma campanha contra a transfobia, defendeu a presença maior de mulheres na arquibancada e protestou contra o vazamento de óleo na costa nordestina. Isso não quer dizer que seja obrigação de um clube ter tais atitudes. Ceder um espaço para manifestação cultural pode ser uma das ações simpáticas, sem levantar bandeiras mais difíceis de se tratar, que um clube pode fazer. Mas se quiser defender, tudo ok (desde que seja de interesse da associação, agradando a parcela social que é atingida).
  3. Se houve acordo do que poderia ou não realizar no encontro, e uma das partes não cumpriu (não estou afirmando se o Paulista ou o Rúcula são os culpados), não há o que reclamar! O que está combinado, deve ser cumprido.
  4. Sobre o motivo mais polêmico, a questão de existir um show de temática LGBTQ+ dentro do evento: se os organizadores omitiram a informação, há quebra de acordo. Se o Paulista resolveu cancelar a posterior por preconceito, aí errou o Galo.

É importante deixar claro que ninguém é obrigado a fazer apologia de alguma causa, nem desrespeitá-la. Erram aqueles que pejorativamente dizem que no estádio não entram “bixas” e que evento de “viado” não pode acontecer (isso é homofobia, além dos termos grosseiros e que têm sido redigidos por aí), mas erram também os defensores da causa gay que entendem a todo custo que o clube deve ceder sua praça esportiva, mesmo a contragosto.

Se o Paulista (ou qualquer outra entidade) não deseja estar atrelado a uma bandeira (mesmo que o Rúcula não seja um evento de homossexuais, mas que contém em um 1 dos 30 shows tal tema), é direito dele! Qual a imposição que existe? Evidentemente, que a recusa seja respeitosa não por repulsa ao homossexualismo dos seus membros, mas pela não intenção de uma ação política.

O duro é ver a coisa sendo politizada! Tome para si o seguinte exemplo: um cristão que vá a Missa / Culto (que pratique sua fé) deve conviver harmoniosamente com judeus, muçulmanos, xintoístas, umbandistas ou ateus. É da cidadania isso! Não quer dizer que ele deva fazer apologia à Maomé, Buda, Ogum ou a qualquer outro ente de uma religião. Também não pode desdenhar daqueles que crêem diferente.

De tal forma, os organizadores e defensores do Rúcula devem entender que discordar de algo que não se queira estar associado não é necessariamente desrespeitar; e que o Paulista e os torcedores entendam que respeitar uma causa não é fundamentalmente promovê-la.

Enfim: independente de cor, gênero, idade ou crença, todos somos iguais! Na democracia não se pode obrigar ninguém a fazer apologia do que não se quer, nem desrespeitar o que os outros querem.

A tolerância e o não uso político é tudo nos dias de hoje, pois as pessoas estão pilhadas e fanatizadas demais em grupos “prós e contra” qualquer coisa. Mais razão e menos emoção, respeitando a todos, pois confundem informação com opinião; opção com louvação; manifestação com obrigação. Respeitemo-nos mutuamente, pois hoje ataca-se qualquer pessoa que pensa diferente. Matéria jornalística isenta vira ataque a jornalista (ops: não sou jornalista), pensamento alternativo vira inimigo da causa e, um “A” ou “B” redigido que não contente que lê, torna-se uma grita muito grande.

Uma sociedade dividida, intolerante ou que obrigue a se defender o que não se quer, sempre é mais fraca.

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– Racismo DE NOVO na Itália?

Mário Balotelli foi vítima de racismo durante a partida de futebol entre Verona x Brescia. Mais um dos muitos casos que ocorrem na Europa, especialmente na Itália. O Protocolo FIFA contra a discriminação foi acionado, mas… não cansa ler que o time vai ser punido e blablablá, e os atos racistas continuam?

Que raio de civilização estamos vivendo, onde idiotas julgam que a cor da pele distingue pessoas em dignidade?

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– Um acesso com treinador e gerente negros: Onde o racismo no futebol perdeu!

Muito se tem falado sobre discriminação no futebol, embora pouco se tem feito. Um dos casos que mais chama a atenção é o Bahia, que tem praticado ações contra transfobia e racismo.

A propósito, na última semana, Roger Machado (o treinador do próprio Bahia) se declarou ativista na luta pelos negros e dissertou muito bem sobre o tema envolvendo treinadores.

Pois bem: enquanto vivemos o problema da pouca oportunidade aos negros como técnicos, um caso de exceção aconteceu em Jundiaí: o Paulista FC ascendeu à 3a divisão com treinador e gerente de futebol negros!

Dias atrás, falamos sobre Edson Fio, o técnico “sem marketing” (leia em: https://wp.me/p4RTuC-nhJ). Agora, o Jornal de Jundiaí, através de Thiago Batista, produz uma excelente matéria sobre o assunto, abordando o preconceito sofrido e vencido!

Vale a pena a leitura e saber o testemunho deles na aceitando dos cargos.

Compartilho, extraído de: https://www.jj.com.br/jundiai/paulista-tecnico-e-gerente-negros-sao-capitulo-especial-na-historia/

TÉCNICO E GERENTE NEGROS SÃO CAPÍTULO ESPECIAL NA HISTÓRIA

Por Thiago Batista de Olim

Não é a primeira vez que o Paulista tem como técnico um negro. Beto Cavalcante e Stélio Metzker recentemente estiveram no banco de reservas do Galo. No entanto, essa é a primeira vez que o clube consegue o acesso com um treinador negro no comando.

Além disso, nesta temporada o clube ainda tem um gerente de futebol negro. Edson Fio, técnico, e Zé Carlos, gerente, ajudaram a montar o time que conquistou no final de semana o acesso à Série A3 do Paulistão. Um feito que entra na história do clube e ambos sabem do tamanho do feito.

“É a maior vitória da minha carreira, até pela forma como fui recebida, por ser negro. É uma vitória minha e do Zé. Até conversei com ele sobre como é raro ter um técnico e um gerente de futebol negros no Brasil”, conta Fio. “O Roger (ex-técnico do Grêmio) levantou na semana passada essa bandeira. Somos poucos e a gente espera muito a valorização e o prestígio que merecemos”, completa.

“Quando fomos apresentados, era uma outra diretoria e ficou claro uma grande desconfiança, algo do tipo: quem são eles. Hoje eu e o Edson damos muita risada dessa situação. Aquilo incomodou muito a gente. Mas é no dia a dia que se mostra a verdadeira capacidade”, lembra o gerente.

O treinador do Paulista conta que, mesmo com a equipe em boa base, sofreu com atos racistas por parte de um torcedor do clube. “Começo do campeonato, equipe com oito vitórias consecutivas e teve torcedor com coragem de nos xingar. Se fosse qualquer outra pessoa não estaria xingando”, disse. “Esse que me xingou ficou aqui um dia me esperando na portaria para falar comigo e não tive oportunidade de encontrar, mas aceito as desculpas”, lembra Fio.

Zé Carlos conta que uma das suas referências no mundo do futebol é o ex-zagueiro do São Paulo, Ronaldão, Ele foi gerente da Ponte Preta.

Zé ainda conta que outros treinadores negros campeões no futebol brasileiro tiveram poucas oportunidades. “O futebol foi cruel com Andrade e com Jayme de Almeida. Dois que pegaram o Flamengo quando ninguém queria e foram campeões, mas depois chutaram a bunda deles”, afirma.

Para ambos, o futebol pode ajudar no combate ao racismo. “O futebol é apenas um ladrilho na parede do preconceito. Mas é o esporte mais praticado no mundo. E quem tem o poder na caneta pode mudar isso. Tem que vir de cima para baixo”, diz Zé Carlos.

“Futebol tem muita força no Brasil. Ele pode mudar muita coisa e podemos sim levantar essa bandeira”, aposta Fio.

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Foto: Alexandre Martins e Gustavo Amorim

– E o torcedor não se preocupa com as leis: homofobia em Marília 2×0 Fernandópolis

Falamos recentemente dos atos racistas e neonazistas praticados na Bulgária nas Eliminatórias da Eurocopa, onde o Protocolo FIFA (que está em vigor desde 15 de julho de 2019 e que visa parar o jogo e até encerrar a partida caso uma torcida pratique homofobia, racismo, sexismo, manifestação política, religiosa ou qualquer forma de preconceito) foi acionado por duas vezes ontem: uma por racismo contra os atletas negros ingleses e outra por palavras de ordem em defesa do neonazismo. A 3a paralisação ocasionaria o encerramento da partida e a automática derrota da equipe cuja torcida praticou tais atos.

Para saber sobre esse jogo (Bulgária 0x6 Inglaterra) clique aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/10/15/o-protocolo-fifa-foi-acionado-duas-vezes-em-bulgaria-0x6-inglaterra-mas-a-resposta/

Agora, lendo as súmulas das semifinais da 2a divisão Sub 23, a fim de saber se tudo ocorreu bem nos jogos decisivos, vejo que em Marília houve o relato de que a torcida gritava “Bicha” para o goleiro do Fernandópolis na cobrança de tiro de meta (não sendo claro que se foi em um momento ou se foram em vários). O árbitro Humberto José Junior não informou nada se houve a paralisação da partida na fase 1 dos procedimentos do Protocolo FIFA e o consequente pedido ao capitão da equipe para que encerrassem essas manifestações (isso deveria ter sido feito, mas aparentemente não foi).

Lembro que esse mesmo Protocolo só surgiu por conta da insistência da torcida mexicana em grita “Puto” nestas mesmas situações quando o goleiro da equipe rival cobrava o tiro de meta no campeonato local. Como isso se expandiu pela América Latina, a preocupação foi mais ampla a outras formas de preconceito.

Creio, portanto, que o Estádio Bento de Abreu, em Marília (que poderá ser sede de Marília x Paulista daqui há 10 dias no possível jogo de ida que decidirá o título da 4a divisão) poderá ser alvo de discussões. Não creio em interdição / perda de mando por dois motivos: o tempo hábil da citação e julgamento (não daria para o TJD julgar antes da primeira partida da final) e pelo relato simplista do árbitro, que aparentemente descumpriu o Protocolo FIFA. Acredito, sim, em punição financeira (o que é mais provável) e que ocorrerá depois de um hipotético primeiro jogo decisivo.

Fica o alerta: os tempos mudaram, as regras são outras e a sociedade está mais atenta e diversa (gostemos ou não).

OPS – Fico curioso: se o Protocolo FIFA tivesse sido aplicado, certamente o MAC seria julgado antes de uma decisão. Qual seria a pena? Em Vasco x São Paulo, neste ano, onde ocorreu o primeiro caso em solo brasileiro, ficou apenas na multa, sem perda de mando, como sugere a FIFA.

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– Pra quê, Eduardo Bolsonaro?

O possível novo embaixador do Brasil em Washington, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pisou na bola.

O filho do presidente Jair Bolsonaro resolveu estampar uma camiseta ironizando a sigla LGBT, trocando as iniciais de Lésbica, Gay, Bissexual e Trans por Liberdade, Armas, Bolsonaro e Trump (em inglês, as mesmas siglas).

Seria normal se fosse de um cidadão comum qualquer, sem respeito às diversas causas sociais. Mas sendo quem é, deveria ter o bom senso de evitar essa ironia gratuita.

A pergunta é: pra quê? Ao invés de tumultuar, silencie-se… Parece que “riscar fósforo em palheiro” é prática corriqueira à essas pessoas…

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