A semana foi complicada para o mundo do futebol. Surgiu uma baita discussão provocada pelo jornalista Carlos Cereto, onde ele defendia a separação entre jornalismo esportivo e político, como que “se evitasse falar de ambos concomitantemente”. Respeito a opinião dele, mas discordo: a política está intrínseca na sociedade, pois ela é necessária para todas as searas!
Aliás, já disse uma vez até mesmo o Papa Francisco sobre ela: “A Política é o mais alto grau da Caridade” (entenda esse contexto em: https://wp.me/p4RTuC-c0U).
Pois bem: se discute muito as manifestações de esportistas sobre Direita e Esquerda (ou Extrema D / Extrema E), como, por exemplo, as críticas que são lidas a Felipe Melo ou a Casagrande – pois ambos têm posições abertamente assumidas. Eles podem assumir suas convicções, é da Democracia e não os censure por suas visões de mundo (isso não quer dizer “fazer apologia”, mas simplesmente respeitar e permitir a expressão de todos os prismas).
Assusta-me ver como as coisas vão sendo deturpadas quando a busca pelo poder e o fanatismo político tomam o lugar da sensatez e da razão. Vide a taxação de “comunista” atribuída ao treinador Tite, que NUNCA se manifestou ideologicamente, e que agora é atacado por uma foto de 2012 onde ele já se disse arrependido.
Sobre essa posição de neutralidade do treinador da Seleção Brasileira, compartilho na postagem de ontem, postada em: https://wp.me/p4RTuC-vib (onde falamos da grande fake news que viralizou).
O mais interessante é: as pessoas se exacerbam, discutem, mas não se lembram que a CBF, em questões de política, não é nem de Esquerda e nem de Direita: ela é do lado do PODER!
Esquecemos tão rapidamente os afagos de Marco Polo Del Nero em Lula (juntamente com Marin, filho da Ditadura Militar)? A bancada da bola sempre migrou de lado, conforme o interesse. Rogério Caboclo faz o mesmo com Jair Bolsonaro (e faria a mesma coisa com Fernando Haddad, Marina Silva, Cabo Daciolo ou Guilherme Boulos). É do “jogo da CBF”.
Portanto, não se rotule quem não quer ser rotulado como Tite, respeite-se quem se manifesta ideologicamente, mas não se apaixone-se por quem quer usufruir das benesses do dinheiro e do poder.
Enquanto “internautas desavisados” e “tiozões do WhatsApp” replicam memes contra os “mercenários jogadores” ou “a hipocrisia do treinador”, como gostam de escrever, os senhores da imagem abaixo riem…
Uma das coisas que mais me assusta no mundo virtual é a observação de que, em meio às pessoas de bem e sensatas que publicam suas opiniões, infiltram-se fanáticos que não aceitam as ideias alheias e querem impor a todo custo suas ideias.
São “donos da verdade”, “mestres do assunto” e justiceiros dos “tribunais de Facebook e Twitter”.
Cansa só de visualisá-los nas timelines, não?
E eles se fazem presentes nas 3 áreas mais conflitantes que o ditado popular tanto prega para se evitar discussão: Política, Futebol e Religião!
Na POLÍTICA, se você critica o atual governo por alguma coisa qualquer, torna-se anti-Bolsonaro e por tabela lulista (mesmo tendo criticado Lula quando presidente e na época sendo taxado de fascista– termo que poucos conhecem profundamente mas que se usa popularmente desde há algum tempo). É Deus no Céu e Bolsonaro na Terra (ou: Deus no Céu e Lula na Terra, na visão extrema do outro radicalismo). Na verdade: bando de “paga-pau” de antes, que se tornam bajuladores de hoje e infelizmente podem ser influenciadores do amanhã. Isso vale àqueles que tem cargo de confiança em Prefeituras ou no Estado e se desesperam em garantir o emprego como ovelhas doutrinadas pelo pastor. Chega a ser nojento o fanatismo insensato e de conduta interesseira. Ops: não reclamo de quem apoia esse ou aquele, mas me perturba o “seguir cegamente” e querer impor sua opinião sobre a minha, desrespeitosamente.
No FUTEBOL, acontece algo parecido. Se você criticar o Corinthians, é porque você é palmeirense. Na semana seguinte, dependendo do assunto, vira são-paulino. Dias depois santista ou volta a ser corintiano. E há aqueles que xingam, ofendem, falam o que querem pois alegam que “estão nas Redes Sociais”. E daí? A Educação só vale para o mundo real, no virtual prostitui-se a dignidade?
Na RELIGIÃO, ficou tão chato quanto os outros tópicos. Dispensa se alongar no assunto.
Ô mundo complicado, vaidoso e de ocasiões oportunas…
Dito isso, fica a pertinente colocação: o cara se incomoda com o perfil do outro mas não deixa de seguir no Facebook, no Instagram ou no Twitter? Incompreensível! A Rede Social é livre, segue-se a quem quiser (ou não se segue a quem não se quer). Ponto final.
E pensar que as pessoas brigam por homens que buscam o poder, por alguns que jogam bola ou ainda por aqueles que se dizem ser mais íntimos dos outros junto a Deus…
Na sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro esbravejou e disse entre tantas coisas que “se não tiver voto impresso não tem Eleição em 2022”.
Taí. Voltaremos ao tempo antigo. Pegaremos o saldo da nossa conta corrente na boca do caixa, matriculemos nossos filhos na Escola de Datilografia e, em caso de urgência, mandemos telegramas às pessoas.
Não é mais fácil tornar as coisas modernas confiáveis do que desprezá-las ou criar conspiraçõescontra elas?
A PREOCUPANTE EXPULSÃO DE JORNALISTAS ESTRANGEIROS DA CHINA: “PAÍS ESTÁ SE FECHANDO”
‘A China está cada vez mais confiante de que pode lidar com as consequências de expulsar correspondentes estrangeiros’, diz analista especializado no país Imagem: GETTY IMAGES
A China é um país extremamente difícil para um jornalista, não importa que cobertura ele ou ela faça.
E a situação só está piorando: no ano passado, o país expulsou pelo menos 18 correspondentes estrangeiros. Neste mês, o jornalista da BBC John Sudworth se juntou ao grupo de jornalistas que tiveram de deixar a China continental. Ele se mudou para Taiwan em meio a assédio e perseguição pelas autoridades.
“A China está definitivamente se fechando”, avisa o analista Jeremy Goldkorn. “Parece que estamos de volta aos anos 90.”
Goldkorn viveu duas décadas no país e hoje é um importante analista da China. É editor-chefe do site SupChina e cofundador do podcast Sinica, duas plataformas que explicam a China ao Ocidente quebrando estereótipos.
A BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conversou com Goldkorn sobre o tratamento que o governo chinês confere à imprensa estrangeira, sobre o poder do Partido Comunista, os abusos contra a minoria muçulmana uigur na província de Xinjiang, onde há graves violações de direitos humanos cometido pelo governo chinês e denunciado pela imprensa, e a “diplomacia da vacina” chinesa durante a pandemia da covid-19.
Jeremy Goldkorn é editor-chefe da SupChina e co-fundador e apresentador do Sinica Podcast
Imagem: Cortesia BBC
BBC – A China está fechando suas portas para a imprensa estrangeira?
Jeremy Goldkorn – Em uma palavra, sim. Está dificultando sua entrada e está fazendo isso de diferentes maneiras: por exemplo, retardando o processo de concessão de um visto ou com o tipo de comportamento que afastou John Sudworth, que é um assédio direto.
Também o faz se recusando a renovar vistos, como fez com três meios de comunicação dos Estados Unidos, em retaliação a decisões americanas no ano passado.
Mas também está ficando mais difícil trabalhar na China.
Então, a China definitivamente está se fechando, parece que estamos de volta aos anos 1990, antes do grande fluxo de correspondentes que vieram a Pequim para as Olimpíadas. Eles estão voltando no tempo.
BBC – Você acha que a premiada reportagem de John Sudworth sobre a situação em Xinjiang foi o principal motivo da campanha de pressão das autoridades contra ele e sua família?
Goldkorn – Creio que sim.
Sudworth fez várias reportagens sobre a situação nos campos de ‘reeducação’ em Xinjiang
Imagem: BBC
Faz sentido, porque foi a reportagem crítica mais proeminente que ele já fez e, se você notar, nos últimos dois meses, o governo chinês redobrou uma intensa e bem financiada campanha de propaganda em Xinjiang, abrangendo jornalistas da mídia estatal e outros no Twitter a documentários caros da CGTN (o serviço de língua inglesa da rede estatal chinesa) ou um filme de propaganda que foi exibido na embaixada australiana.
Portanto, seu trabalho [de Sudworth] em Xinjiang parece ser a razão mais lógica para o aumento do assédio.
Também acho que assim que o governo chinês e, bem, seus serviços de segurança decidirem que você está na lista de inimigos da República Popular, eles vão dificultar sua vida.
Então, talvez o assédio dele e de sua família tenha sido a consequência mais direta de suas reportagens sobre Xinjiang, mas acho que em algum nível o governo chinês está tentando enviar a todos os jornalistas a mensagem de que se continuarem com o jornalismo crítico, seja de qualquer coisa, eles vão complicar sua vida.
BBC – “À medida que a repressão aumenta, a China se parece cada vez mais com a Coreia do Norte.” Esse era o título de um artigo de Anna Fifield, uma ex-chefe da sucursal do Washington Post na China que cobriu as duas Coreias, sobre uma visita a Xinjiang no ano passado. A China está se tornando a Coreia do Norte em termos de mídia e censura?
Goldkorn – Sim. Mas não sei se essa comparação é realmente útil porque a Coreia do Norte é tão extrema… e está em uma situação diferente da China.
Se você ler o artigo, acho que a comparação é um pouco mais sutil (…) Se você disser que a China está se tornando a Coreia do Norte, isso provavelmente não transmite a complexidade do assunto.
Em alguns casos, por exemplo, em Xinjiang ou no Tibete, é impossível fazer jornalismo independente. O acesso a funcionários do governo agora é muito menos fácil do que era há 10, 15 ou 20 anos, então está se tornando mais uma Coreia do Norte do que era há alguns anos, mas não sei se essa comparação é muito útil.
BBC – No site SupChina e no podcast da Sinica, vocês trabalham para explicar a China ao Ocidente, rompendo julgamentos errôneos, observando que a realidade da China é sempre muito complexa. O que está faltando na cobertura sobre Xinjiang, onde há violações aos direitos humanos da minoria muçulmana uigur?
Goldkorn – Não sei, a forma como o governo chinês enxerga é que eles tinham um problema de terrorismo e mesmo que do ponto de vista ocidental, muito disso seja visto como um exagero ou uma invenção, é verdade que lá houve dois incidentes de violência generalizados: a explosão de uma bomba e o ataque em Urumqi [capital de Xinjiang] e os ataques com faca na estação ferroviária de Kunming [capital da província de Yunnan, no sul].
Ambos, quer você pense que eles foram justificados ou não – isso é uma questão totalmente diferente -, foram ataques terroristas. Eles procuraram aterrorizar a população civil.
E eu acho que não há muita discussão na mídia ocidental sobre por que o governo chinês está fazendo o que faz [em Xinjiang], e o fato de que eles estão respondendo a alguns problemas reais que eles têm. E mesmo que rejeitemos seus métodos, não há como negar que há um problema com o qual eles tiveram que lidar.
Acho que talvez isso esteja fora da cobertura.
Mas, fora isso, não acho que estamos perdendo muito na imprensa ocidental. Acho que a mídia estrangeira tem feito um trabalho muito bom: denunciando os abusos que estão ocorrendo, abusos que estão no nível de crimes contra a Humanidade. Deveriam ser divulgados e impedidos. E é função da mídia expor isso, então, nesse sentido, não acho que estamos perdendo nada.
Se estivermos perdendo, o problema é com o governo chinês, porque não permite que jornalistas de verdade entrem em Xinjiang para realmente noticiar o que está acontecendo.
A imagem que temos é parcial: ninguém pode ter acesso aos campos. Só podemos coletar relatos de testemunhas.
BBC – Quais seriam as consequências para o mundo e para a China, se Pequim continuar nessa trajetória de expulsão de correspondentes?
Goldkorn – A China está cada vez mais confiante de que pode lidar com as consequências.
No longo prazo, vai prejudicar a China, porque os jornalistas estrangeiros, com algumas exceções, desenvolvem uma certa simpatia pela sociedade e até pelo governo. Seus relatos não são apenas sobre as coisas ruins que estão acontecendo na China. Eles tendem a humanizar o país e as pessoas com suas experiências. Estão passando um tempo lá e veem os detalhes: que o país é muito mais do que a repressão de dissidentes, que Xinjiang é uma parte terrível do que está acontecendo, mas há muito mais.
Quanto menos cor e textura cotidiana tivermos na mídia, mais fácil será para o mundo exterior demonizar e desumanizar a China.
O presidente Biden é um dos políticos americanos mais experientes no trato com líderes chineses. Nesta foto, quando era vice-presidente de Obama, em 2013.
Imagem: Reuters
BBC – Por que a China está mudando sua atitude em relação à imprensa estrangeira?
Goldkorn – Acho que é por causa de uma estranha combinação de força e fraqueza, de confiança e insegurança.
Acho que, por um lado, Xi Jinping chegou ao poder em um momento em que a China, em 2012, havia superado a crise financeira global e era um dos países mais importantes do mundo, com base em qualquer índice econômico.
É um país indispensável. Qualquer país tem algum tipo de acordo com a China. Ele não é mais pobre e fraco. Estava começando a parecer um país rico e poderoso. Portanto, há um certo senso de orgulho e a possível arrogância que o acompanha.
Ao mesmo tempo, acho que Xi tem um forte sentimento de que, se o Partido Comunista não for cuidadoso, a China acabará como a União Soviética e como a Rússia, que é obviamente uma superpotência, mas em alguns aspectos não é levada a sério como país.
Apesar do orgulho e da confiança de Xi Jinping e de muitos cidadãos em relação às conquistas do país, há um profundo sentimento de insegurança sobre como as coisas podem dar errado. E isso está por trás da sensibilidade absoluta com que eles veem o que acontece na China, especialmente internamente, mas também no nível internacional.
Soma-se a isso o sentimento de que a China, de certa forma, precisa cada vez menos de outros países, mas é nesses momentos em que tanto o orgulho quanto uma espécie de paranoia convergem, o que os levam a sentir que os jornalistas estrangeiros não são realmente as pessoas de que precisam agora.
BBC – Isso também pode explicar a mudança que vimos na diplomacia chinesa no ano passado? Os chamados ‘lobos guerreiros’ [diplomatas que defendem a posição de Pequim com linguagem dura nas redes sociais e em outros lugares, às vezes espalhando desinformação] estão aqui para ficar?
Goldkorn – Parece que sim. E é parte do mesmo problema: o desejo do Partido Comunista de dar forma à história que está sendo contada, alimentado ao mesmo tempo pela arrogância e pela paranoia.
Pelo menos no futuro próximo, não vejo isso mudando.
BBC – Parece uma continuação da posição mais assertiva da China na arena internacional sob Xi Jinping.
Goldkorn – Certamente é.
BBC – Por muitos anos, no Ocidente, presumiu-se que a China um dia se tornaria um país democrático, mas hoje isso parece um sonho que se desvaneceu. É um mal-entendido sobre como a China se vê e como quer ser percebida no resto do mundo?
Goldkorn – Sim, acho que sim.
Muitos acadêmicos, políticos ou jornalistas talvez pensassem que, à medida que a China se tornasse mais rica e mais integrada ao mundo, se tornaria mais liberal. E não foi esse o caso.
Talvez se não fosse por Xi Jinping não seria assim. Por outro lado, no entanto, parte das guindas anti-liberais que a China deu o precede.
Aquele momento de otimismo sobre a China se abrir, para mim, terminou em 2009. Pelo menos foi quando comecei a pensar que não iria funcionar. Eu mesmo era um dos que tinham a concepção errônea de que a China se liberalizaria gradualmente.
BBC – Por que em 2009?
Goldkorn – Dois fatores: primeiro, os Jogos Olímpicos de sucesso [em Pequim, 2008].
E logo em seguida, a crise financeira global, quando se constatou que Wall Street – o sistema financeiro e econômico americano que era admirado e que, em muitos aspectos, foi estudado e imitado pelo governo chinês – não era tão forte ou tão bem-sucedido como foi planejado.
E, ao mesmo tempo, a China navegou nas águas da crise, em grande parte graças à capacidade do governo de usar essa força para resistir à tempestade e alocar os gastos de uma forma que só se pode fazer se tiver o poder centralizado.
Portanto, acho que depois de 2009, muitas pessoas – de estudantes a acadêmicos a cidadãos comuns – começaram a pensar que sua admiração anterior pelo Ocidente pode ter sido deslocada. Esse foi um ponto de virada.
BBC – Que outros mal-entendidos ou percepções equivocadas existem sobre a China no Ocidente?
Goldkorn – Acho que um dos mal-entendidos que ainda se vê é que existe um poderoso grupo de ‘reformistas’ dentro do Partido Comunista; que se fossem apoiados, isso permitiria que tudo fosse liberalizado.
No Ocidente superestimamos o apelo do modelo ocidental de democracia liberal e, ao mesmo tempo, subestimamos a capacidade do PCC: apesar de todos os problemas que a China tem e possa ter com o partido, eles provaram ser extremamente competentes governando o país.
BBC – Agora pergunto sobre outra ideia que tende a ser vista no Ocidente: a China busca dominar o mundo?
Goldkorn – Não acho que a China esteja planejando dominar o mundo exatamente: acho que o Partido Comunista quer fazer do mundo um lugar seguro para sua forma de governo. E assim garantir sua permanência no poder a longo prazo. Esse é o seu objetivo principal.
Mas, para tornar o mundo mais seguro para o PCC, a China precisará crescer econômica e militarmente, e é aí que não se sabe ao que isso pode levar.
Não acho que Xi Jinping seja como um vilão de quadrinhos tramando quando invadir os Estados Unidos ou quando tomar o sudeste asiático e criar uma colônia.
Não acho que a China pense como uma ex-potência colonial, mas acho que tornar o mundo mais seguro para o governo do PCC levará à dominação chinesa, especialmente na esfera econômica mundial, o que colocará muitas pessoas em uma posição incômoda.
‘Mao tornou a China independente e a ergueu, Deng Xiaoping os tornou ricos e Xi os tornou fortes’ É assim que os especialistas chineses resumem o pensamento do atual presidente do país.
Imagem: GETTY IMAGES
BBC – Portanto, trata-se de sobrevivência absoluta.
Goldkorn – Essa é a minha visão, sim.
BBC – Falemos sobre a relação entre a China e os EUA. Ouvimos alertas sobre uma possível “nova Guerra Fria”, por exemplo, do Secretário-Geral da ONU; enquanto outras vozes consideram que devemos ter cuidado ao descrever a relação entre as duas superpotências. Você vê como inevitável uma nova Guerra Fria?
Goldkorn – Acho que cada um tem sua própria definição de o que significa Guerra Fria. Mas em muitos aspectos essa definição obscurece a questão em vez de iluminá-la.
Porque [a situação] é muito diferente da Guerra Fria 1.0, digamos. A conexão é que ninguém está lutando diretamente, mas há uma hostilidade tremenda.
BBC – Taiwan é o maior risco de confronto entre China e Estados Unidos?
Goldkorn – Taiwan e o Mar do Sul da China, em termos gerais. São duas questões diferentes, mas intimamente relacionadas.
Acho que o risco com Taiwan é que Xi Jinping decida que agora a China está em uma posição de força e que é hora de agir. Isso seria com Taiwan, mas geralmente ambos são um perigo.
O maior risco é que, com o aumento da militarização da região, aconteça alguma coisa em que haja duas partes irritadas uma com a outra, seja a China ou os Estados Unidos, ou talvez outro país, mas em que os Estados Unidos sintam necessidade de se envolver. Ou que ocorra algum tipo de incidente não planejado: um navio colide com outro navio e marinheiros americanos morram. Um acidente ou erro de cálculo e sai fora de controle.
Para mim, esse é o grande risco, seguido de perto pela decisão da China de agir em relação a Taiwan.
BBC – Mesmo na pandemia, a pressão sobre Taiwan não parou de aumentar e atingiu a América Latina: neste mês, Taiwan acusou Pequim de oferecer vacinas chinesas para pressionar o Paraguai a cortar suas relações com a ilha. O Paraguai é um dos poucos países que reconhece Taiwan como um Estado soberano. Como você vê a diplomacia de vacinas da China e essas disputas?
Goldkorn – A pandemia pode ter sido muito ruim para os esforços diplomáticos internacionais da China, que obviamente está sofrendo algumas consequências negativas em termos de sua reputação.
Mas, por outro lado, a China fez um bom trabalho em reverter isso, tanto controlando a pandemia no país quanto com a diplomacia de equipamentos de proteção e máscaras, primeiro, e agora de vacinas.
Honestamente, se você é um pequeno país pobre e ainda não está recebendo as vacinas Covax (consórcio para distribuir vacinas pelo mundo) e os EUA ou o Reino Unido não estão prometendo nada, enquanto a China está dizendo ‘se você se comportar bem conosco, nós lhe enviaremos vacinas…’
[Pequim] quer aproveitar ao máximo esta oportunidade de diplomacia de vacinas e pressionará todos os países que ainda reconhecem Taiwan.
BBC – Neste ano haverá um aniversário marcante no país: o centenário do Partido Comunista. O poder do PCC na China está mais forte do que nunca?
Goldkorn – Sim.
Muitos de seus cidadãos acreditam que o país fez um ótimo trabalho no controle da pandemia. Obviamente, eles usaram seu aparato de propaganda para ter certeza de que essa é a história que ficará, mas acho que têm sido muito bem-sucedidos nisso.
Eles saíram mais fortes do que nunca. Eu acrescentaria apenas uma advertência e tem a ver com um livro. Minha descrição favorita da China é, em muitos aspectos, a do título do livro de Susan Shirk: “China, uma superpotência frágil” (China: Fragile Superpower, no original em inglês). Também poderíamos falar do “frágil poder do Partido Comunista”.
Em muitos aspectos, [o PCC] está na posição mais forte que já ocupou. Mas, por outro lado, enfrenta problemas de todos os lados: da hostilidade internacional às campanhas contra os uigures e outras minorias e religiões, a enormes problemas ambientais ou crescente desigualdade…
Eles emergiram mais fortes do que nunca da pandemia, mas ao mesmo tempo os problemas que têm de enfrentar não diminuíram.
BBC – Apesar desse poder fortalecido de que fala, você vê algum sinal de dissidência dentro do Partido Comunista em relação a Xi?
Goldkorn – A marca do governo de Xi é ter se posicionado para governar por um longo período, possivelmente pelo resto de sua vida.
E ele tem todas as alavancas do poder em suas mãos e conseguiu que o PCC apoiasse o culto à personalidade. Isso tornará qualquer mudança na liderança muito difícil.
Eu acho que há muitas pessoas que reclamam e não estão necessariamente felizes com ele, mas eu acho que elas não são fortes ou significativas o suficiente para causar mudanças. Pelo menos não agora, não no futuro próximo.
Texto de 1 ano, mas que se faz necessário a repostagem: amar político (defender com unhas e dentes Lula, Bolsonaro, Dória, Boulos, Amoedo, ou qualquer outro nome) é uma insanidade. Para a reflexão:
Quando você elogia alguma coisa do presidente, vira Bolsominion. Se critica, vira comunista. Culpa (insisto sempre nisso) dos algoritmos do Facebook, que te levam a interpretar do jeito que lhe melhor agradar e visualizar coisas seletivas.
Está difícil ser sensato e manter-se honesto às opiniões. O mundo ficou chato e o ambiente virtual, desvirtuado (ou se preferir: fanático).
Deus para seus radicais e Diabo para seus opositores: esse é o Jair Bolsonaro, que para o cidadão que tem os pés no chão e fala sem paixão, simplesmente é o Presidente da República, um homem que erra, acerta, divide, e que faz muita coisa polêmica, não sendo nem Jesus e muito menos Lúcifer.
Mas esse humano Messias dá medo? Claro que dá! Quer prova disso? A manifestação em Brasília neste domingo…
Vamos lá:
Me recordo muito dos atos pró-Lula: ai de você se falasse mal de Luís Inácio (principalmente antes da descoberta de todos os esquemas de corrupção). Ele era o Antonio Conselheiro dos anos 2000!Criou no seu auge uma legião de fanáticos, que abarca até mesmo quem não conheceu sua história e os mais jovens que pensam ser ele um cara “honesto”. Não nos esqueçamos das suas condenações e dos seus processos… Um “quase Maluf”, expressão que os mais antigos entenderão bem.
Bolsonaro imita Lula no discurso demagógico e no trato com seus eleitores. Tem carisma para aqueles que votaram nele, isso é inegável, e um presidente precisa de apoio para governar. As reformas realizadas e a estruturação econômica são graças a esse voto de confiança da população que nele apostou. Entretanto, Collor, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro tem algo em comum: não ganharam os votos da maioria dos brasileiros, mas de uma maior parte deles. Afinal, some-se o número de votos contrários, brancos e nulos. Dessa forma, saber atender os anseios de quem não votou no vencedor é tarefa também do presidente, que governa não para os seus eleitores, mas para o Brasil (contrariando o ditado de que “A Voz do Povo é a Voz de Deus”).
Quando era criticado, Lula detonava a Rede Globo(“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”). Agora, Bolsonaro faz o mesmo com a emissora(“Globolixo” e outros trocadilhos ruins). E se socorre à parte da imprensa que se apoia nele (vide a Record, por exemplo, de Edir Macedo).
Entre críticas ao comportamento (principalmente de desdém ao Novo Coronavírus, beirando a irresponsabilidade em atos não-exemplares) e elogios (às ações da equipe econômica e a diminuição da criminalidade), há muita contradição.
Defender a honestidade mas blindar os filhos e os aliados que estão na mira da Polícia Federal? Olha aí a história de Deus e o Diabo…
Sair na rua em ato contra os Poderes Legislativo e Judiciário como hoje e ao mesmo tempo falar em harmonia dos três poderes? Deus e o Diabo na contradição presidencial…
Falar como há pouco em defender a Constituição e a Democracia mas ficar alardeando que tem apoio das Forças Armadas (e Dudu Bolsonaro tendo exaltado o AI-5 dias atrás)? Deus e o Diabo…
Enfim: a semelhança maior do que se pode imaginar de Bolsonaro como um Lula de Direita, tirando a corrupção e reforçando a personagem de líder popular em referência aos seus apaixonados seguidores, é o fato de exaltar a condição de “NÓS contra ELES”.
Nós quem, cara-pálida?
Somos um só Brasil, de diversas culturas num mesmo pedaço gigante de terra. A mesma história vivida por 14 anos de lulismo (8 de Lula e 6 de Dilma Russef)não pode se repetir agora, só trocando a Esquerda pela Direita.
Tomara que as ameaças feitas nesse Dia Internacional da Liberdade de Expressão (Deus e o Diabo novamente apareceram, pois tivemos, ao invés de respeito à data, agressões a jornalistas) tenham ficado só no discurso. Lula quís um dia controlar a mídia, assim como Bolsonaro fala sobre concessão de TV e militarismo.
Que Deustire da cabeça dos políticos os desejos do Diabo de que os homens se achem iguais em imagem, semelhança e poder ao Altíssimo. É esse o medo que tenho do presidente: o Poder, gerando desvios como birra e vaidade!
Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
Ops: opine a vontade sobre esse texto, mas respeite a opinião alheia – sem sobrepor / querer impor sua opinião a fim de mudar a dos outros.
Fico pasmo ao ver a omissão total do Sindicato dos Atletas quanto a questão da maratona de jogos dos atletas no Paulistão. Os clubes estão entrando em campo a cada 48 horas, sendo que eles não tem elenco suficiente para essa loucura, e nem conseguem treinar a contento. Por quê o silêncio?
Pense na Libertadores da América: como os plantéis cansados e sem tempo para treinar (vivendo do “pijama training”– expressão criada por Vanderlei Luxemburgo para dizer que o time sai do estádio e volta para o hotel dormir, até a próxima partida seguida) enfrentarão equipes descansadas e treinadas?É obvio o prejuízo físico, técnico e tático dos brasileiros – em decorrência do excesso de jogos e falta de treinamento.
E é só um problema para os grandes?
Veja só: Audax x Sertãozinhojogarão às 22h nesta 3a feira, pela A2 (seguindo o mesmo protocolo sanitário, a bolha de prevenção e arcando com os custos). E depois de amanhã, retornam a campo. Dia sim, dia não, tem jogo na 2a divisão! E por conta das dificuldades de infraestrutura desta categoria, temos coisas impensáveis: o “Clássico da Cidade Azul”, Rio Claro x Velo Clube Rioclarense, será jogado em Santa Bárbara do Oeste, por conta da falta de iluminação na casa do mandante.
Quer cenário tão insensível quanto esse, mas ao inverso?
Dos 150 clubes filiados à FPF em suas diversas divisões, 2 equipes profissionais amargam um recorde de inatividade pela indefinição do campeonato: faz 6 meses e 10 dias que Grêmio Osasco e Paulista não entram em campo! Essas equipes estavam na 3a divisão e caíram para a 4a. Como essa divisão (oficialmente chamada de 2a divisão Sub 23) ainda não tem nem previsão de início, os remanescentes dela estavam ativos há mais tempo do que os dois citados, por conta do calendário de 2020 que foi estendido.
Quem os ajuda a se manterem vivos?
Nem Sindicato dos Clube, nem Federação Paulista de Futebol.E depois se fala da preocupação em democratizar o futebol, contra o elitismo e a favor dos pequenos (discurso muito ouvido por conta da Superliga)… O que nós, no Brasil, estamos fazendo para sermos coerentes com o discurso?
Tenho algumas restrições aos textos dele, mas Mário Sabino foi cirúrgico ao escrever este, abaixo, que compartilho: sobre a troca dos Ministros de Bolsonaro – em especial ao da Defesa, que não queria fazer apologia pública ao Governo – fica a constatação: o presidente quer um “Pazzuello” no comando?
Como dissemos, Jair Bolsonaro está dinamitando as últimas conexões que mantinha com a realidade, ao mesmo tempo que se vê obrigado a ceder espaço ao Centrão, que passou a encarar o impeachment como possibilidade.
Está claro que, ao demitir Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, o presidente da República mostra a cara de capitão insubordinado. Ele acha que pode ameaçar o mundo da política e da Justiça com um autogolpe sustentado por militares da sua confiança e adjacências. O limite da fidelidade de Fernando Azevedo e Silva (e a fidelidade se mostrou cheia de manifestações extemporâneas) foi a cabeça do general Edson Pujol, comandante do Exército contrário à politização das Forças Armadas. O agora ex-ministro não quis entregá-la na bandeja da traição — preservou as FA como instituições de Estado — e foi despachado. Bolsonaro viu aí também a chance de atenuar a imagem de fraqueza diante do seu gado, depois de ser obrigado a tirar Ernesto Araújo do cargo de chanceler.
É no sentido da fantasia bolsonarista do autogolpe que devem ser entendidos os tweets de Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro em homenagem ao policial militar da Bahia que entrou em surto psicótico e foi morto depois de dar tiros para o ar e disparar contra integrantes do Bope daquele estado. Os dois deputados catapultaram o rapaz a mártir na luta contra a “ditadura” dos governadores que impõem medidas restritivas — e ambos incitaram policiais militares do país todo à sublevação. Expressaram, assim, a visão de mundo aloprada do próprio Bolsonaro.
Essa gente realmente acredita que as Forças Armadas terão um surto psicótico e se entregarão a um sociopata que considera algo natural a morte de centenas de milhares de cidadãos brasileiros por Covid.
Pois é, amigos virtuais… o ambiente nas Redes Sociais está difícil, hein?
O que mais me impressiona é: as pessoas perderam a Educação!
Briga-se por política, por coronavírus, por religião… Cá entre nós: as pessoas não entendem que cada um pode ter a sua opinião, e essa é a BELEZA DA DEMOCRACIA?
Não brigue / ofenda / desdenhe de quem simplesmente pensa diferente de você.
Você não se assusta com pessoas que se fanatizam nas Redes Sociais com a Política?
Basta escrever algo que não agrade a pessoa – seja de Direita ou Esquerda– e o algoritmo do Facebook lhe mostra uma opinião diferente da sua (já que ela se habituou a ver coisas radicais por conta desse mecanismo da Web). Imediatamente, o sujeito se transforma e você vira alvo desse fanático por político!
Que fenômeno recente, não? O cara que não era politizado, nos anos 2000/2010, havia virado um devoto petista, a ponto de não ver erros do líder-mor Lula. Negava qualquer ato corrupto e sempre compactuava que ele “nada sabia”. Agora, nos anos 2010/2020, a contrapartida bolsonarista, onde Jair é o Messias Imaculado! E tudo que se critique do presidente atual, passa a ser motivo de desabono contra quem escreve, pelos olhos do adorador.
Lula, Bolsonaro, Alckmin, Amoêdo, Dória, Ciro, Boulos… todos têm seus pecados – que podem ser diferentes um do outro.Criticá-los é necessário, pois faz parte do exercício da Cidadania (fiscalizar o governante). Isso não é torcer contra, mas corrigir rotas! É democracia.
É tão difícil a pessoa ter sensatez e enxergar isso sem o elemento passional?
O meme abaixo é perfeito: Lula criticava a imprensa e fazia seus eleitores chamarem a Globo, a Folha e a Veja de “imprensa interesseira”. A Globo ganhou pelos petistas o apelido pejorativo de “#Globolixo”. E o que vemos agora com Bolsonaro?
Curiosíssimo como a história se repete, independente de ideologia.
E por ordem do juiz Alexandre de Moraes, o deputado Daniel Silveira foi preso por instigar os ministros do Supremo e defender atos antidemocráticos, pedindo um novo AI-5.
Sabe o que foi impressionante nesse episódio? A fala no vídeo que ele gravou, provocando os homens togados e desafiando-os para prender “a troco de mostrar coragem”.
Pronto. Foi preso. Será que ele ficou feliz?
Sabe aquele cara que quer dar uma “de bonzão”, e acaba se dando muito mal por se achar “o tal”? Foi isso. Cutucou gente do calibre dele que tem o poder da caneta.
1. O empreendedor Jack Ma, o homem mais rico da China e dono da Alibaba, ousou criticar o Governo de Pequim. E está sumido há dois meses.
2. O bilionário Lin Qi, dono da empresa de games Yoozoo, morreu por envenenamento após acertar com a Netflix uma parceria para uma série onde misturava ficcção científica, a vida de Mao Tsé-tung e a consolidação do Partido Comunista Chinês.
3. O banqueiro Lao Xiaomin, acusado de contestação ao sistema econômico chinês, foi preso e condenado à morte por Pequim acusado de corrupção e bigamia.
Esses exemplos mostram que o “Planeta China”, que detém ¼ da população mundial, não aceita críticas, desrespeita os Direitos Humanos (vide as censuras comuns de lá), tolhe a democracia e resolve “do seu jeito” quem for contra às regras do PCC.
A verdade é: se não fosse o poderio financeiro e bélico, as nações desenvolvidas já teriam sido muito mais rigorosas com seus negócios e tratativas com a China. Mas não são, justamente por serem reféns economicamente.
O que dói é: apaixonados pelo regime de Pequim no Brasil exaltam os feitos positivos e fecham os olhos para a ditadura. Complicado…
Não gosto do estilo Trump de se relacionar. Como presidente, acertou em vários aspectos econômicos mas pecou em inúmeros outros sociais. A “sede do poder” demonstrada nos últimos dias assustou.
Porém, vejo que as Redes Sociais estão bloqueando suas contas, como Instagram, Twitter e Facebook. Aí eu não concordo, pois passa a ser censura.
Tanto a Extrema Direita quanto a Extrema Esquerda as usam. Porém, a liberdade de expressão e o direito de se manifestar devem ser sagrados (pois isso é democracia), e tirado do ar (ou processado criminalmente) quando a fala torna-se um crime. Por exemplo: mandar invadir uma instituição, determinar o ataque orquestrado contra a vida de alguém ou algo que o valha. Por posicionamento ideológico, seja qual for, nunca.
Se assim fosse, muitos adoradores das ditaduras cubanas e venezuelanas estariam fora das Redes Sociais, bem como os fanáticos teocráticos do Oriente Médio (incluindo líderes iranianos que escrevem sobre o fim do Estado de Israel).
Repito: não gosto do Trump (isso não quer dizer que eu goste do Biden), mas censurar, não. Punições somente nos casos citados, por se tornar crime.
CHINA CONDENA JORNALISTA A PRISÃO POR EXPOR CRISE DA COVID
Nesta segunda-feira (28), a jornalista chinesa Zhang Zhan, de 37 anos, foi penalizada por exercer seu direito à liberdade de expressão. Ela foi condenada a uma pena de quatro anos de prisão, acusada de “induzir brigas e provocar confusão” por noticiar o surto de coronavírus no ano passado na cidade de Wuhan.
Zhang Zhan foi uma das jornalistas que fizeram relatos da pandemia sobre hospitais lotados de pessoas doentes e ruas vazias, contrastando com a versão oficial do governo, segundo noticiou a Reuters.
“Não entendo. Tudo que ela fez foi dizer algumas palavras verdadeiras, e por isso pegou quatro anos”, disse Shao Wenxia, a mãe de Zhang, que acompanhou o julgamento com o marido.
O advogado de Zhang, Ren Quanniu, afirmou à agência de notícias que deve apelar da decisão. “A senhorita Zhang acredita que está sendo perseguida por exercitar sua liberdade de expressão”, disse ele, antes do julgamento.
Críticos dizem que a China deliberadamente fez com que o julgamento de Zhang acontecesse durante as festas de fim de ano ocidentais para minimizar a atenção e a vigilância do Ocidente.
O escritório de direitos humanos das Nações Unidas pediu, em um tuíte, pela libertação de Zhang. “Levantamos o caso dela com as autoridades ao longo de 2020 como um exemplo da repressão excessiva à liberdade de expressão ligada à Covid-19 e continuamos a pedir sua libertação”, diz a publicação.
Nunca tivemos uma dualidade política tão tomada pelo fanatismo no Brasil quanto agora. A Direita e a Esquerda radicais obrigam a pessoa responder “na lata”:Bolsonaro ou Lula?
Se você critica um, automaticamente te rotulam como“simpático a outro”. Nada disso, existem inúmeras outras correntes e formas de se pensar e viver – sem extremismo ou, por incrível que possa parecer, com maior ainda em alguns casos.
O certo é:não se rotule o próximo e respeite quem pensa diferente de você. O grande problema em nosso país tem sido a discordância de opiniões (que deve ser válida) baseada no ódio (ao invés do respeito).
Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
Hoje é dia de Eleições Municipais. Muita gente ansiosa pela inédita votação em meio a pandemia.
Que a Democracia seja uma festa: segura, honesta e representativa. Em especial, boa sorte para quem vai trabalhar – E ME INCLUO AQUI.
Não pedi para ser mesário, sou obrigado pela Justiça Eleitoral e irei a contragosto (estou com vários compromissos, cansado e neste dia 15 eu teria uma série de atividades a realizar). Mas trabalharei com correção, respeito ao próximo e muita dedicação à quem for na minha zona eleitoral, pois, afinal, alguém tem que estar na função (e o eleitor não tem nada a ver com a obrigação imposta pelo TSE).
Boas Eleições. Estarei às 06h entrando na Escola que eu trabalharei e voltarei à casa sabe-lá-que-hora… Pobres mesários.
As redes sociais estão por trás do fanatismo de muitos. Em especial, os algoritmos do Facebook, onde você lê o que “só se quer”.
Pegue Haddad ou Bolsonaro na última Eleição Presidencial: se você tem preferência por um deles, as publicações que lhe aparecem são de louvor ao amado e demonização ao outro. Não existe bom senso!
Aliás, o Internauta centrado, que tem espírito crítico aguçado, é obrigado a receber publicações dos dois lados! E isso cansa.
Talvez o texto abaixo, publicado na Folha de São Paulo em 12 de Outubro passado (5 dias depois do 1º turno presidencial), diga muita coisa sobre essa bolha criada pelas Redes Sociais (e aqui a observação é precisa, independente da preferência política da autora do texto). Aliás, é por esse motivo que estou me “desentoxicando das Redes Sociais” por alguns dias.
Abaixo o texto, e meu “até mais”. Volto em breve com outras postagens nos próximos dias – e aí em retorno definitivo.
BOLHA
Por FERNANDA TORRES
WhatsApp, fake news e engajamento dos cultos evangélicos ganharam de lavada as eleições
No programa de David Letterman na Netflix, Barack Obama cita um teste realizado pela Casa Branca durante a Primavera Árabe, que pretendia avaliar o poder de direcionamento do algoritmo nas redes sociais. Internautas de direita, de esquerda e de centro digitaram a palavra Egito, a fim de descobrir o que cada segmento obteria como resposta.
Os conservadores foram direcionados para links relacionados ao terrorismo, ao jihad e à ameaça muçulmana. A busca dos progressistas resultou em notícias que festejavam o levante egípcio como um auspicioso despertar do mundo árabe. Já os de centro foram brindados com inofensivos sites turísticos, que anunciavam os “Best Places to Visit in Egypt”.
Vivemos isolados em bolhas de preferência, ignorando, por completo, a do vizinho.
Quem esteve presente na manifestação do #EleNão vivenciou uma multidão pacífica de senhoras, senhores, crianças e militantes feministas. Os que não foram às ruas viram versões distorcidas de meninas de peito de fora, enfiando crucifixos no meio das pernas, fumando maconha e clamando pela volta de Satanás.
A assombrosa alavancada de um candidato a governo do Rio de Janeiro, o ex-juiz Wilson Witzel —que, em dois dias, atingiu 39% de preferência nas urnas—, prova que os métodos de convencimento da velha política foram parar na lata de lixo da história.
O WhatsApp, as fake news e o engajamento dos cultos evangélicos ganharam de lavada as eleições de 2018.
Num vídeo gravado, Witzel se dirige à Polícia Militar, prometendo extinguir a Secretaria de Segurança Pública para eliminar a má influência dos políticos nos órgãos de policiamento investigativo e ostensivo.
A medida, acredito, receberá o apoio de uma massa de eleitores que associam a política ao crime. Um cidadão que, fora de sua bolha, levantar a voz em favor da secretaria de Segurança corre o risco de ser crucificado pela conivência com a corrupção.
A classe artística, cuja opinião vem sendo inoculada pelo simples teclar de dez letras: Lei Rouanet, tem enfrentado rejeição semelhante à da política.
No último debate presidenciável, na TV Globo, os candidatos presentes repetiram a retórica de acusações ao PT e ao PSDB, além das réplicas do Lula Livre. Indefesos diante da nova máquina eleitoral, eles pareciam falar do túnel do tempo do milênio passado.
Os grupos fechados do meu celular aplaudiram o discurso de Boulos contra a ditadura militar, mas a indignação morria ali, entre muros. A ditadura não está na pauta dos que cresceram na redemocratização com o celular em punho. A Lava Jato e a crise na segurança, sim.
O golpe de 1964 e o AI-5 são tão distantes da experiência histórica dos que têm menos de 40 anos quanto Juscelino, o tenentismo e a política do café com leite.
No colégio abastado do filho de um amigo meu, todos os garotos de 18 que votaram no partido Novo migrarão para o PSL, convencidos de que a aliança do livre mercado com a “sociedade de bem” armada trará benefícios para o país.
Nenhum deles se preocupa com uma possível ascensão de forças paramilitares —muito menos com a perseguição a grupos identitários. Tudo é visto como petismo travestido de mimimi humanitário para esconder os anos de roubalheira.
O que impressiona é perceber que, assim como na eleição de Donald Trump, os chamados progressistas, que deveriam estar atentos ao futuro das novas mídias, permaneceram fiéis aos mesmos instrumentos de divulgação de ideias do tempo da vovó menina.
Enquanto isso, a ultra direita vem agindo cirurgicamente, há bastante tempo, em dois campos aparentemente antagônicos e difíceis de serem vencidos agora: a inteligência artificial e a fé em Cristo, em voga desde o fim da Antiguidade.
Democracia é conviver com os diferentes. Mas para quem fica falando de combate à corrupção (e isso é bom), em acabar com as picaretagens cometidas pelo PT e a turma do Petrolão(e isso é ótimo), me decepciona demais ver que o discurso é diferente da prática ao RASGAR SEDA a Fernando Collor de Melo, no evento de ontem no Nordeste.
Ninguém falou ao presidente Bolsonaro que, se precisava estar junto de Collor, não necessariamente deveria elogiá-lo como se fosse um homem honesto e de passado exemplar no Brasil?
Ô Política que não muda… lembrando que Collor já se agarrou a Lula e agora a Bolsonaro. Ou foi o inverso?
A Françaé um dos países europeus que mais está envolvido com a miscigenação dos povos imigrantes do recente êxodo da Ásia e da África (fuga de populações de pobres e ex-colônias, além de refugiados). Os negros e árabes estão cada vez mais numerosos, levando suas dificuldades e cultura.
Respeitar e acolher se faz necessário, mas o choque cultural é sempre algo real. E vimos isso com a discussão sobre “total liberdade de expressão versus ofensas religiosas” com o caso da Charle Hebdo, a revista de humor que sempre fez sátiras com assuntos delicados, como Cristianismo e Islamismo (lembrando do ataque terrorista à edição da publicação, motivado por radicais árabes que ficaram chocados com as charges de Maomé).
Sou a favor da liberdade de expressão, mas entendo que algumas coisas podem ser evitadas – como as que podem ofender a espiritualidade das pessoas. Claro, isso não é motivo para matar, como foi a reação do grupo citado.
Agora, duas semanas depois de um professor (Samuel Paty) ser degolado pelo mesmo motivo na França (o de mostrar uma imagem ofensiva à cultura árabe), um ataque terrorista perto da Catedral de Notre-Dame em Nice vitimou pessoas. As autoridades já ligam os fatos como “Islamofacismo”.
Aí ficarão duas situações: um certo sentimento de “Islamofobia”(franceses cristãos e ateus assustados com tanta violência e que começam a discriminar os árabes que por lá vivem) com “Islamofacismo”(árabes revoltados que usam da violência para defender as causas que acreditam).
Quem perde? Todos! A democracia e a paz precisam de tolerância para coexistirem…
Todo protesto que envolva violência é equivocado. E o vandalismo, a destruição e os incêndios ateados nas igrejas católicas de Santiago do Chile, são condenáveis!
O Chile discute uma nova constituição, e manifestantes radicais invadiram templos e os incendiaram em manifestação pró-constituinte. A queda da torre da Igreja da Assunção, com gritos de “viva”, impressionam (assista ao vídeo abaixo).
Você deve ter perguntado: por quê “descontar na igreja”?
Por três motivos, segundo os especialistas: herança da colonização, histórico de casos de pedofilia no país e fanatismo de extremistas políticos.
Parecem muito os violentos atos de black blocs no Brasil, anos atrás: descontava-se uma reclamação (no caso, a constituição) contra alguém que não está envolvido na causa (uma igreja).
Para se pedir paz, deve-se promover a paz! Que Deus perdoe esses cegos (lembrando: aqui não se está falando de Esquerda ou Direita, mas de cidadania).
A falta de educação pode ser corrigida na infância. Mas e quando o adulto envelhece “e não toma mais jeito”?
Compartilho uma decepcionante entrevista de Olavo de Carvalho, desta semana, onde ele mostra prepotência, repulsa à opinião contrária e o discurso desafinado do que é democracia ou não.
Assim como no Brasil, as eleições nos EUA mostram a falta de opção em pessoas centradas. Donald Trump, que se mostra muitas vezes como um bufão, sem papas na língua e questionado por diversas vezes (e que nesta madrugada avisou que está com Covid_19) é conhecido pela sua gestão dura e polêmica. Joe Biden não me mostra preparo algum, sendo ou atrapalhado ou folclórico propositalmente em muitas ocasiões (dispensa comentário ter se confundindo quando questionado sobre a própria faculdade que estudou, como ocorrido no debate desta semana).
Nunca teremos uma 3a opção por lá? É claro que o país que dita a democracia permite inúmeros outros candidatos, mas viabilizar-se é outra história…
Lá como cá, resta ter paciência. Nenhum deles me agrada.
Fico assustado com tamanha intolerância política em nosso país. Quem pensa em votar diferente do outro, para esse, se torna simplesmente inimigo?Parece que sim.
Mas como isso aconteceu?
Claro, será a velha explicação do já batido discurso de “nós” contra “eles”, num sentido bem vago de quem é quem.
O que vale observar é o hoje – ou seja, a democracia atual. A dualidade de pensamento vem do fanatismo de alguns grupos, o que é péssimo para todos.
Repararam que muitas empresas sabiamente fazem questão de não se pronunciarem quanto ao apoio ao candidato A ou pelo candidato B? Com a neutralidade, não causam irritação de seus consumidores mais exacerbados. Entretanto, isso não impede que seus funcionários se pronunciem (mas não em nome da organização) fora do ambiente de trabalho.
Celebridades, em especial, precisam tomar cuidado. Um artista de novela (como outrora Antonio Fagundes), um jogador de futebol (como Felipe Melo) ou até mesmo um religioso (como Silas Malafaia) sabem que representam multidões e tem seus admiradores / seguidores. Devem tomar cuidado para não misturarem o personagem / pessoa pública com a instituição – e nos casos citados: Globo, Palmeiras e Assembleia de Deus, respectivamente.
Eu não ouso mais declarar meu voto! Até porque está difícil encontrar o candidato ideal. Viram os extremos? De Bolsonaro a Boulos, de PSDB a PT, da Direita até a Esquerda, todo radical está muito chato e destruindo as Redes Sociais, que viraram campos de batalha – verdadeiros lugares antissociais, com fake news para todos os gostos.
Na minha casa e entre meus amigos, ninguém perdeu amizade ou brigou por Política. Não vale a pena e não temos “candidato de estimação”. Acho até mesmo patético essas pessoas se auto-destruindo por picaretas que já cansaram de roubar dinheiro público e ludibriar o eleitor. Entretanto, o fanatismo faz com que o lado errado seja sempre o outro, cegando o fanático eleitor.
Aliás, qual partido tem ideologia? Bolsonaro é do PSL (ele é realmente liberal?). PT tem nomes como Genoíno, José Dirceu e Gleise (alguém deles já trabalhou de verdade?). Alckmin, FHC, Serra e Aécio são do PSDB (social / socialista é nomenclatura de partido esquerdista!). E por aí vai…
Lamento que ainda tenhamos espaços para Jucás, Renans, Collors, Mourões e Lulas em nosso país. Mas não é por isso que devo desrespeitar quem vota neles.
Uma relíquia:o confronto dos Presidentes à República de 1989, apresentado por Marília Gabriela na TV Bandeirantes – na época, o debate foi chamado de1o encontro de presidenciáveis (nunca tinha ocorrido um evento assim na história Inteira do Brasil.
Há algumas pérolas:Paulo Maluf falando da necessidade urgente de combater a corrupção (é mole?)! Tem Leonel Brizola, Lula, Mário Covas, Afonso Camargo, Aureliano Chaves, Ronaldo Caiado, Afif e Roberto Freire… (faltaram: Ulisses Guimarães e Fernando Collor de Melo).
Sabe o que é mais incrível?Os quase 30 anos que nos separam desse vídeo mostram que os problemas basicamente são os mesmos!
O fanatismo cega. Na Política, isso se tornou algo que enoja, devido a radicalidade exercida e o ódio que despertou em muito eleitor apaixonado.
No Rio de Janeiro, criou-se um grupo de “Guardiões do Prefeito Crivella”, a fim de blindar o político de críticas, impedindo o trabalho de jornalistas (a não ser, claro, que seja chapa-branquismo).
Sensacional a reportagem sobre os jovens moderados “esquerdistas e direitistas” do Brasil. Nada de fanáticos e alucinados! E olhe que é uma matéria que tem 3 anos, mas que poderia servir de exemplo para muitos lunáticos hoje.
A nova realidade a surgir é composta porjovens de esquerda, não-radicais, não alienados ao lulopetismo somados com os jovens de direita, democráticos, não radicalizados em diálogo social. Um contraponto aos extremistas atuais.
Ótimo! Esse é o ideal da sociedade brasileira, que deve ter acima de tudo…bom senso. Xô radicalismo, viva a moderação!
Leio a indicação para um livro da escritora chinesa Liija Zhang, intitulado“A garota da Fábrica de Mísseis”.
A autora, que também é jornalista, conta os tempos difíceis do Interior da China, trabalhando em fábricas do Governo, onde a Polícia Menstrual fiscalizava se as operárias não estavam grávidas.
Mundo cão, não? De certo, em algumas cidades de lá ainda existe isso…
Allan dos Santos, do Blog pró-Bolsonaro Terça Livre, está presente na Internet mas com paradeiro desconhecido. Ele é uma das pessoas “bloqueadas nas Redes Sociais” pelo Ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que o acusa de Fake News.
Uma coisa é ter liberdade de expressão. Outra, é produzir mentira para prejudicar alguém. Deixemos as coisas bem claras quanto a esse entendimento. Quem se sentir prejudicado, processe a pessoa. Mas… o STF entrar na parada não é um tremendo exagero? E isso vale para a Esquerda, Direita ou Centro.
Por outro lado, achei curioso o vídeo em que diz que, se acontecer algo a ele, será culpa de várias pessoas e instituições citadas, entre elas, da… embaixada da Coreia do Norte!
Temos uma leva de gente que vive alucinado por teorias conspiratórias?
Sinceramente, acho que as pessoas andam “pilhadas demais” e se fanatizaram tanto por Política que tais loucuras (de ambos lados) tornam-se mais constantes…
Assisti Gilmar Mendes e Michel Temer debatendo sobre o ideal sistema de Governo para o Brasil, e para eles, seria o Parlamentarismo!
Só pelo fato deles pensarem isso, já me assusta. Afinal, não são “referências ideológicas para mim”, mas respeito a opinião desses senhores. Porém, com o atual Congresso Nacional, imaginaram um deputado de lá como Primeiro Ministro da Nação?
Apesar de produzir “Lulas e Bolsonaros”, o presidencialismo ainda é o “sistema menos ruim”. Aliás, lembrem-nos que eles também foram deputados deste mesmo Congresso…
OPINIÃO – Sobre o desdobramento do artigo de Hélio Schwartsman (referindo-se ao desejo da morte do presidente Bolsonaro por Covid-19), que repercutiu demais durante a semana e algumas considerações,
Repercutiu bastante o artigo escrito na Folha de São Paulo pelo colunista Hélio Schwartsman, entitulado: “Por que torço para que Bolsonaro morra”, com a chamada de que “o presidente prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida”.
É inegável que as duras palavras e a insensibilidade do título e do destaque trazem desconforto. Mas há de se ler o texto (mesmo a contragosto) e entender algo que é coerente ao autor: ele defende a plena e irrestrita liberdade de expressão. Me lembro de colunas onde ele fala da permissão de se falar de tudo, inclusive da defesa do racismo e do antissemitismo (sendo ele judeu).
Eu discordo de que a Liberdade de Expressão seja confundida com a apologia às coisas criminosas. Porém, defender a morte do presidente pela doença entraria, talvez, numa outra categoria: a da desumanidade!
Não sei se é algo para a Justiça dos homens julgar. Antes da doença confirmada, falei da questão de “nunca torcer pela morte de ninguém” (e me referi ao câncer de Lula e, no momento, da suposta contaminação por Covid-19 de Bolsonaro, em: https://wp.me/p4RTuC-quZ), mas sei que a minha opinião é “somente a minha opinião”. Todos têm permissão de agir conforme sua crença ou desejo, desde que não seja socialmente condenável (e se for, aí é outra história).
Leio que a própria Folha de São Paulo, em Editorial, foi numa linha diferente de Hélio Schwartsman, desejando boa recuperação. E leio também que o Ministro André Mendonça pediu para a Polícia Federal investigar o colunista.
Seria para tanto? Se for, quantas pessoas escreveram a mesma coisa que ele nas Redes Sociais e quantas outras fizeram o mesmo por Lula na época do seu tratamento?
Insisto: defendo a vida, e se A, B ou C, sendo presidente ou um simples cidadão anônimo transgredir, que se resolva durante os “90 minutos do jogo da vida”.