E o pedido do árbitro Andrés Cunha para que na decisão da Libertadores entre River x Boca os atletas desfrutassem do momento e “se jogasse apenas futebol?” Faltou combinar com a torcida, hein?
(Relembre essa postagem com as devidas considerações sobre a importância dessa decisão aqui: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2018/11/24/atletas-de-river-plate-e-boca-jrs-obedecerao-o-juizao-e-desfrutarao-do-momento-decisivo/)
Ridículo, cafajeste, vergonhoso e constrangedor o que foi visto na Argentina no sábado à tarde e entrando na noite. São seres humanos ou animais quadrúpedes disfarçados de bípedes se passando por gente que protagonizaram uma guerra do hotel dos Ximenes até o Monumental de Nuñes?
Mas sejamos justos: lembremo-nos da preocupação do Presidente Macri para que, nas finais, não desse “uma decisão portenha”, por culpa da segurança em Buenos Aires (que também recebe a reunião de cúpula do G20).
É claro e notório que os “hooligans argentinos” (ou barra-bravas) estavam esperando tal oportunidade para tumultuar, já que houve o episódio de gás pimenta contra o River Plate, anos atrás, e agora veio o contra-golpe. A solução de torcida única não adiantou. O que fazer agora? Jogo sem torcida? Cidade sem população? Estádio sem jogador? Sei lá. O certo é que as empresas de ônibus que transportam os atletas deveriam pensar em veículos blindados.
Uma sacada genial: vamos levar o jogo para a Europa, daqui uma semana? Do ponto de vista do marketing e da segurança, seria ótimo (embora seria também o atestado de incompetência da Conmebol…)! E ainda queremos fazer a Copa de 2030 por aqui! Imagine só…
Por fim, bem direto: o que vimos realmente foi a comprovação de que nosso continente está contaminado pela má-educação, péssima organização de eventos grandiosos, corrupção (ou foi “à toa” que queria-se obrigar os atletas do Boca Juniors a entrar em campo, mesmo com tapa-olho e muleta?), além, claro, da prova cabal de que a Conmebol faliu moralmente.
Se eu fosse algum líder de clube de futebol (infelizmente não temos nenhuma referência como dirigente), aproveitaria o momento, sugeriria que River e Boca boicotassem a final e promoveria o levante contra a Conmebol. É hora de criar uma Liga Sulamericana Profissional! “Com quem” e “como”, seria outro problema, óbvio…

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