Se um árbitro de futebol declarar o seu “time do coração”, por mais independente e honesto que ele seja, a carreira estará encerrada por motivos óbvios. Alguns, pós-carreira, declaram. Outros, como eu, ficam apenas com a paixão pelo seu time do Interior (a minha pelo glorioso, sofrido e querido Paulista de Jundiaí). Muitos (como eu, de novo faço questão de citar) perdem a paixão pelo time grande e passam a torcer pelos amigos que apitam ou pelos que jogam, mas sem comprometer com a lisura do seu trabalho.
O jogador de futebol idem! Imaginaram se no começo da carreira, Sócrates se declarasse santista? Só o fez ao final do seu período profissional, e isso nada abalou o símbolo máximo da Democracia Corintiana que ele se tornou.
Marcos Assunção comia a grama pelo Palmeiras, mesmo se declarando santista no seu último ano como atleta. E por aí existem outros exemplos.
Mas agora temos um exemplo de jogador em atividade que assume seu time: Neymar confessou ser palmeirense. Faz isso na condição de ídolo global, jogando pelo PSG, sem estar envolvido com os clubes locais. Na atual conjuntura, ele “pode” fazer isso.
A questão é: estando em pendenga financeira com o Santos FC, deveria declarar seu time neste momento?
É para pensar…
A propósito, o Uol.com montou a Seleção Brasileira com os times dos jogadores convocados. Teria acertado? Abaixo:

