– A União Européia recebe o Prêmio Nobel da Paz. Justo?

Em 2012, o Nobel da Paz foi para a União Européia pela “luta pela paz no continente”.

Será que é justo?

A UE lutou mais pela promoção da paz do que o restante do mundo?

Sei não… Pessoas de bem como dona Zilda Arns nunca ganharam a honraria. E, pasmem, até Hittler já foi indicado ao prêmio!

Que nome lhe vem a cabeça para levar a premiação, caso pudesse votar?

– Estádios Brasileiros serão Classificados com Estrelas, como Hotéis

O Ministério dos Esportes, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, num ambicioso projeto de 5,4 milhões de reais, irá classificar os 150 estádios com mais de 10.000 lugares com estrelas.

Para a Copa do Mundo, só entrarão os considerados 5 estrelas. Os que obtiverem apenas 1 estrela, terão atenção maior do Governo (como se dará a “atenção”, ainda não foi divulgado).

Para a avaliação, os critérios serão:

– segurança,

– sistema de monitoramento de torcida,

– capacidade de dispersá-la em pouco tempo,

– área para visitantes, e,

– conforto (pontos cegos, cadeiras adequadas e banheiros).

Será que esses itens, caso obtenham a nota máxima, seriam suficientes para considerar um estádio 5 estrelas? Você teria algum outro critério?

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– Petistas Expulsos ou Não?

Uma regra do PT: políticos condenados pela Justiça são expulsos do Partido, em nome da ética e da honra.

Ficamos na dúvida: José Genoíno, Delúbio Soares e José Dirceu serão retirados de suas fileiras?

– Lance Armstrong: Herói ou Vilão?

O megacampeão de ciclismo Lance Armstrong, pessoa do bem, que mantém instituições de caridade e participa frequentemente de promoções de solidariedade, sofreu com câncer nos testículos. Recuperou-se e voltou a ser campeão.

É o típico esportista que tem meu respeito pelas conquistas e pela responsabilidade social. Porém, tempos atrás, denunciou-se que ele ganhou seus títulos com uso de dopping. Agora, se ventila que ele tinha um extremo esquema de dopping também para outros de sua equipe!

Em pouco tempo, virou de herói para vilão. Seus patrocinadores e fãs descartam todas essas denúncias; seus críticos e outros ciclistas, não.

E aí: em quem acreditar? Nos denunciantes ou no até então ciclista campeão?

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– Cyberespionagem de Grandes Empresas Chinesas nos EUA

Se você tem algum equipamento da marca ZTE ou Huwaei, conhecidos líderes fabricantes chineses de celulares e demais eletrônicos, saiba que os EUA estão muito bravos com eles!

O motivo é que o serviço de inteligência americano as acusam de trabalharem a mando do Governo Chinês, espionando em seu território.

Verdade ou delírio? Extraído de OESP, 08/10/2012, Mundo, pg 8.

AUTORIDADES SUSPEITAM QUE HUAWEI E ZTE ESTEJAM SENDO USADAS PELO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS PARA ESPIONAR OS EUA

por Rodrigo Ghedin

Numa espécie de revival da Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos está bastante desconfiado da Huawei e ZTE, empresas que vendem soluções em telecomunicações da China. A situação é bem desconfortável, já envolveu o FBI e a Câmara dos Representantes, espécie de Câmara dos Deputados da terra do tio Sam, e parece estar longe de um desfecho amigável. Dá para confiar nos chineses?

A Huawei foi fundada em 1987 por Ren Zhengfei, ex-engenheiro do Exército de Libertação Popular da China. Seu passado, somado a denúncias de roubo de propriedade intelectual lá no início e suspeitas de subsídio do governo chinês para a expansão internacional da empresa levantaram suspeitas nos EUA. A Huawei é, hoje, a segunda maior em equipamentos de telecomunicações, atrás apenas da sueca Ericsson.

Sua concorrente doméstica, a ZTE, também está sob suspeita por motivos semelhantes e um agravante repulsivo para os norte-americanos: a suspeita de que ela teria revendido equipamentos da Cisco, ex-parceira comercial, para o Irã, país sob embargo comercial desde 1995.

O principal receio das autoridades norte-americanas acerca da dupla é que elas poderiam estar, a mando do Partido Comunista Chinês, espionando ou armando uma rede de espionagem contra os EUA através de seus equipamentos de rede. Usando uma política de preços agressiva característica das fabricantes chinesas, Huawei e ZTE conseguiram prosperar internacionalmente. Segundo a Economist, o faturamento da Huawei se sobressai ao das outras empresas do ramo em praticamente todo o mundo, com exceção da América Latina (por muito pouco) e dos EUA, onde a penetração ainda é baixa, em grande parte, devido a barreiras impostas à entrada desses equipamentos. Espera-se que, dentro de pouco tempo, a Huawei ultrapasse a Ericsson e se torne a maior empresa de telecomunicações do mundo.

Esse temor tem fundamento? Para tentar responder essa pergunta, o comitê de inteligência da Câmara dos Representantes elaborou um relatório não confidencial de 52 páginas que foi liberado hoje. Ele não traz provas incontestáveis das acusações, apenas indícios de “relatos de incidentes estranhos ou alarmantes” em pequenas redes montadas com equipamentos da Huawei nos EUA e outros relativamente fracos para uma acusação tão forte. Ele diz, ainda, que as duas empresas não forneceram informações suficientes para amenizar as preocupações. Um anexo confidencial do relatório traz informações adicionais sobre esses receios. Mike Rogers, chairman do comitê de inteligência, disse que  ”nós simplesmente não podemos confiar sistemas tão vitais a empresas com laços conhecidos com o estado chinês, um país que é o maior perpetrador de ciberespionagem contra os EUA.” Eventos recentes de espionagem partindo da China contra empresas norte-americanas, como aquele do Google, aumentam a desconfiança.

De seu lado, Huawei e ZTE se defendem. Ambas dizem que o governo da China não interfere em suas linhas de produção, embora, no caso da ZTE, membros do Partido sejam acionistas — a Huawei não forneceu essa informação. Outro argumento usado pela dupla é de que muitos equipamentos de empresas ocidentais, como a Alcatel-Lucent e a Nokia Siemens Networks, são montados na China — ou seja, poderiam muito bem conter software espião também. A Huawei, por sinal, sequer fabrica seus equipamentos; ela terceiriza esse trabalho à vizinha Foxconn, na mesma planta onde iPhones e iPads são montados, em Shenzhen. A empresa aposta firmemente em propriedade intelectual e tem 44% dos seus 140 mil funcionários focados em pesquisa e desenvolvimento.

O caminho para as chinesas é serem mais abertas e, no que depender das duas, é isso o que elas farão. A Huawei emitiu um comunicado declarando estar cooperando com o comitê de inteligência da Câmara dos Representantes e estar engajada em outras ações de abertura. Ao mesmo tempo, ela investe em consultores de relações públicas e lobistas nos EUA para ganhar força política no país. Construir confiança é muito difícil, mais ainda quando se está sob suspeita. Infundada ou não, o povo está quase neurótico com isso tudo e, nessa troca de acusações e defesas, é difícil saber em quem acreditar.

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– O Caso dos Santinhos Eleitorais de Itupeva: A Mando de Quem?

Absurdos da Eleição: em Itupeva/SP, os candidatos Marcão Marchi (PSD – 55) e prof Bocalon (PT – 13) eram os dois favoritos no pleito para a Prefeitura. Entretanto…

No dia da votação, apareceu uma enxurrada de “santinhos” do candidato Marcão. Porém, ao invés de estar com o número 55, aparecia em tamanho garrafal o 45!

Qualquer desavisado que fosse votar no candidato do PSD e não soubesse o número, seria induzido ao erro. E como não havia candidato do PSDB – 45, o erro culminava em voto nulo.

Algumas observações:

– Teria sido um absurdo erro da gráfica que fez os santinhos de maneira equivocada e o PSD não percebeu, distribuindo-os com erro?

– Alguém propositalmente tentou prejudicar a candidatura do referido, a fim de privilegiar outra candidatura?

O certo é que tal erro favoreceu o candidato do PT. Mas vale lembrar: se os votos nulos fossem computados para o 55, ainda assim Bocalon teria conseguido a maior parte dos votos e se elegeria. Portanto, tal iniciativa não resultou na vitória, e sim a campanha realizada (independente dos métodos).

Sem qualquer dúvida, o questionamento é: a pessoa que fez isso não cometeu crime eleitoral? Então será punida? E se beneficiou algum candidato, com golpe tão baixo, imagine durante o mandato o que tal pessoa pode fazer?

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– Sexo entre Deficientes Intelectuais: Difícil Tema!

Amigos, assunto de difícil trato: o sexo entre deficientes intelectuais.

Com um pouco mais de autonomia e liberdade para fazer as próprias escolhas, os deficientes intelectuais colocam uma nova questão para o país: a quem cabe decidir se eles podem fazer sexo e ter filhos? – por Solange Azevedo.

Compartilho interessante matéria publicada pela Revista Época dias atrás:

Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI96551-15228,00-A+SEXUALIDADE+DOS+DEFICIENTES+INTELECTUAIS.html

SEXO SEM PRECONCEITO

Deitada no leito do consultório médico, Cíntia Carvalho Bento tira os óculos para enxugar as lágrimas. Era 6 de março. Ela acabara de ouvir, pela primeira vez, os batimentos cardíacos de seu bebê. “Graças a Deus, tem um neném na minha barriga.” Cíntia, de 38 anos, traz no rosto os sinais da síndrome de Down: olhos pequenos e amendoados, boca em forma de arco, bochechas proeminentes. E, na alma, desejos semelhantes aos das mulheres comuns: trabalhar, namorar, casar, ser mãe. Todos realizados. Cíntia nasceu numa família que aprendeu a dialogar e a respeitar, quando possível, suas escolhas. E que não encarou sua deficiência intelectual – característica dos Downs – como um obstáculo incontornável.

“Aceitamos bem os namoros e o casamento da Cíntia. Meu marido e eu sempre achamos que nossa filha deveria levar uma vida próxima do normal”, afirma Jane Carvalho. “A gravidez é que foi um susto. Tivemos medo de que a criança viesse com problemas de saúde. Mas logo descobrimos que não.” Augusto está com 3 meses. “Estou muito feliz. Pego ele no colo, mudo (as fraldas), dou banho”, diz Cíntia. A gestação não foi planejada. Mas Cíntia sempre quis ter um filho. Ela conheceu o marido, Miguel Egídio Bento, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Florianópolis. Cíntia era aluna. Miguel, hoje com 42 anos, funcionário. A amizade virou namoro bem depois, numa colônia de férias. O casamento, em junho de 2006, foi como nos sonhos dela: vestido de noiva, igreja, festa e lua de mel.

A vida de Cíntia é uma exceção. As relações afetivas e sexuais são o tema mais controverso e cercado de preconceitos no universo da deficiência intelectual – um assunto que mexe com valores morais e culturais. “É necessário derrubar o mito de que as pessoas com deficiência intelectual são assexuadas ou têm a sexualidade exacerbada”, afirma Fernanda Sodelli, diretora do Núcleo de Estudos e Temas em Psicologia. “Elas não são anjos nem feras que precisam ser domadas. E têm o direito de viver a sexualidade.” Isso quer dizer não apenas o direito de transar, mas o de conhecer o próprio corpo e aprender como se comportar na intimidade: saber se cuidar, estabelecer relações, lidar com as emoções, construir a própria identidade.

Entre os deficientes intelectuais é comum querer namorar apenas para ter o prazer de beijar na boca. Ou de andar de mãos dadas. Manifestações normais da sexualidade ainda hoje são interpretadas como problema. Foi o que a psicóloga Fernanda viu no consultório quando um pai a procurou preocupado com o filho de 18 anos, que se masturbava pela casa. O pai contou que tentara explicar que aquele comportamento seria aceitável apenas quando o filho estivesse sozinho. “Pai, o que é sozinho?”, perguntou o rapaz. Ninguém lhe ensinara a diferença entre o público e o privado, e o que é adequado ou inadequado em cada um desses espaços. Na infância, o garoto era obrigado a usar o banheiro de porta aberta. O quarto nem porta tinha. Ele cresceu sendo espionado o tempo todo, sem noção de privacidade.

No caso de Cíntia, seus pais se deram conta de que era hora de o relacionamento com Miguel evoluir para o casamento quando ela pediu permissão para o namorado dormir na casa da família. No final da adolescência, Cíntia já sentia vontade de namorar. Abraçava árvores e fingia beijá-las como se fossem um príncipe. Viveu o primeiro romance no início da década de 1990, aos 21 anos, numa época em que os direitos sexuais e reprodutivos dos deficientes intelectuais nem sequer eram cogitados. A discussão é recente no país. O movimento de inclusão deu visibilidade aos deficientes e abriu frestas nas portas das escolas e do trabalho.

Pela lei brasileira, os direitos sexuais e reprodutivos dos deficientes intelectuais são os mesmos de qualquer outro cidadão. A garantia desses direitos, no entanto, vai além da capacidade do Estado. Depende do bom senso e da disposição das famílias – a maioria marginalizada durante toda a existência e sem o conhecimento necessário para lidar com a complexidade da questão. A principal dificuldade dos deficientes intelectuais é o pensamento abstrato. Como ensiná-los que atos idênticos podem ter intenções e significados diferentes? E que, por isso, alguns seriam permitidos e outros não? Se o namorado bota a mão no seio da garota, é carinho; quando a mão é do tio ou do vizinho, é abuso sexual. Se a mão é do ginecologista, trata-se de um exame de rotina.

Na dúvida, grande parte das famílias encara a superproteção e a repressão da sexualidade como o único caminho para afastar os filhos dos riscos. Deixar de pensar e decidir por eles é uma tarefa custosa e que exige desprendimento. E, se algo der errado, conseguirei conviver com a culpa? Qual é a medida certa da autonomia? A dependência, às vezes mútua, prejudica o desenvolvimento do deficiente. “Os pais precisam ser trabalhados para enxergar primeiro o filho e depois a deficiência”, diz a assistente social Mina Regen, coautora do livro Sexualidade e deficiência: rompendo o silêncio. “É fundamental que as pessoas com deficiência intelectual sejam ouvidas e aprendam a fazer escolhas desde a infância, por mais simples que sejam.” Isso inclui da roupa a vestir até o que comer.

Segundo especialistas, entre todas as deficiências, a intelectual é a mais temida pelas famílias e a mais discriminada pela sociedade. “Somos educados para acreditar que existe uma hierarquia entre condições humanas”, diz Claudia Werneck, superintendente da Escola de Gente, uma ONG baseada no Rio de Janeiro que desenvolve projetos de inclusão social. “No colégio, as boas notas fazem a alegria dos pais. A felicidade do filho fica em segundo plano.” A Escola de Gente mediu os níveis de intolerância aos deficientes intelectuais em mais de 300 oficinas feitas em dez países. Num determinado momento da exposição, uma pergunta é feita à plateia: “Quem daqui é gente?”. O palestrante segue fazendo questionamentos que provocam o público. “Pelo menos 90% dos presentes dizem que é humano quem tem o intelecto funcionando bem”, afirma Claudia.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, há 3 milhões de deficientes intelectuais. São pessoas com “dificuldades ou limitações associadas a duas ou mais áreas, como aprendizagem, comunicação, cuidados pessoais, com a saúde e a segurança”. Não há um ranking das causas da deficiência no país. Mas há diversos fatores de risco: síndromes genéticas (como de Down e de Williams, que afeta as áreas cognitiva, comportamental e motora), doenças infecciosas como rubéola e sífilis, abuso de álcool ou drogas na gestação, desnutrição (da mãe ou da criança) e falta de oxigenação no cérebro.

“Crianças com deficiência criadas em ambientes que favorecem o desenvolvimento e a autonomia podem ser capazes de namorar e constituir família”, afirma Mina Regen. “Cada caso deve ser analisado de acordo com suas singularidades.” Cíntia, de Florianópolis, mora com o marido e o filho na casa dos pais. Em Socorro, São Paulo, cidade de 33 mil habitantes, o arranjo mais conveniente para um casal de deficientes e suas famílias foi diferente. Maria Gabriela Andrade Demate e Fábio Marcheti de Moraes, ambos de 29 anos, vivem com a mãe dele. A filha do casal, Valentina, mora com a avó materna. Todas as manhãs, Gabriela pula da cama e corre para ajudar a cuidar da menina. “Mamãe”, diz a falante Valentina, de 1 ano e meio, ao escutar o barulho da porta.

Quando Gabriela deu à luz, sua história repercutiu pelo Brasil. Na Associação Carpe Diem, na Zona Sul de São Paulo, uma das raras instituições para deficientes intelectuais que lidam com a sexualidade e os direitos reprodutivos, o assunto reacendeu discussões diversas: gravidez, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis. “Tenho vontade de transar um dia. Mas tenho de estar preparada”, diz Mariana Amato, de 30 anos. “Eu queria engravidar. Gostaria de ser mãe.”

A abordagem da Carpe Diem é a do Projeto Pipa: Prevenção Especial, criado pelas psicólogas Lilian Galvão e Fernanda Sodelli. Conceitos sobre a manifestação da sexualidade são transmitidos, principalmente, em rodas de conversa. Os “jovens Pipa” aprendem, por exemplo, a identificar abuso sexual com o uso de bonecos. A pedagogia ajuda a transformar abstrações em ideias concretas. “Antes do Projeto Pipa, eu tinha um medo danado e ficava confusa”, afirma Ana Beatriz Pierre Paiva, de 32 anos. “O que é sexualidade? O que é namorar? O que é gostar de alguém?” Bia revela que descobriu o próprio corpo, que tem desejos e que os atos de uma pessoa têm consequências – algumas agradáveis, outras não. Também conseguiu se aproximar dos pais e dizer o que pensa. “A vontade de ter um compromisso sério é grande. Mas meus pais acham que sou nova.” A mãe de Bia, Ana Maria Pierre Paiva, reconhece que é “superprotetora” e que teria dificuldades de aceitar um relacionamento da filha.

Bia é de uma geração de deficientes intelectuais brasileiros que começou agora a se engajar num movimento de autodefesa. Junto com Mariana Amato e Thiago Rodrigues, de 22 anos, ela dá palestras sobre direitos sexuais e reprodutivos pelo país. Em agosto, os três estiveram num evento em João Pessoa, Paraíba. “Tem gente que olha para a nossa cara e pensa: ‘Esses garotos não sabem de nada, não crescem’”, diz Thiago. “Geralmente, a gente não pode viver a sexualidade por causa da falta de compreensão das pessoas.”

Certa vez, Mariana e o namorado foram ao cinema e tiveram de trocar de sala porque um casal se sentiu incomodado e chamou o segurança. “O segurança me disse que os dois estavam apenas se beijando”, afirma Glória Moreira Salles, mãe de Mariana. Agora, Mariana e o namorado só se comunicam por internet e telefone. Ela se mudou temporariamente para Lucena, na Paraíba. Durante seis meses, vai morar com a amiga Lilian Galvão, uma das criadoras do Projeto Pipa, e trabalhar numa ONG. “Chegou a minha hora. Vou conviver no mundo lá fora e seguir o meu projeto de vida”, diz Mariana. A mãe, Glória, afirma que, com o decorrer do tempo, passou a enxergar a filha de maneira diferente. “Aprendi que quem põe os limites é ela.”

O sucesso do Pipa é possível porque envolve as famílias. “Se o Pipa tivesse chegado antes, não teria levado minha filha para fazer laqueadura”, afirma uma mãe. A cirurgia seria evitada se a jovem já conhecesse os métodos contraceptivos e soubesse como se proteger de abusos. Ainda há famílias que recorrem à esterilização. “Não é crime. Mas é uma violação de direitos proibida pela convenção da ONU, ratificada pelo Brasil em 2008”, diz Izabel Maior, chefe da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, ligada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

“A gente tem condições de aprender a se proteger”, diz Mariana, “e, com o suporte da família, a gente pode ter autonomia.” Mariana demonstra ser uma mulher determinada. Bia é doce, fala sorrindo com os olhos. Suas palavras, pronunciadas de maneira calma e fluida, não são menos assertivas que as da amiga Mariana: “Somos seres humanos e nos sentimos como seres humanos, como todos vocês”.

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– Fundada “A Vida Vista de Cima”, na Ermida!

Com alegria, vejo que o querido bairro da Ermida, aqui em Jundiaí, tem abnegados que buscam preservar a mata e a história do lugar. Foi fundada a ONG “A Vida Vista de Cima”. Abaixo:

FUNDADA A ASSOCIAÇÃO “A VIDA VISTA DE CIMA”

por Reinaldo Oliveira

No dia 5 de outubro de 2012, em assembléia realizada na Estrada de Servidão do Ribeirão nº 1250, Bairro da Ermida, em Jundiaí, foi fundada a Associação “A Vida Vista de Cima”. Os objetivos da Associação, de acordo com o seu estatuto, são voltados para ações preventivas ao meio ambiente, e por isso, serão desenvolvidas campanhas e programas educativos para o desenvolvimento de conscientização ambiental.

Também previstas a busca e geração de informações através de meios e equipamentos visando a prevenção a danos que possam vir a ser causados ou em andamento na área da Serra do Japi, ou ao meio ambiente no território brasileiro. A fundação da Associação atendeu à legislação vigente, como a publicação do Edital de Convocação e registro de Estatuto. Ela tem sede própria, sito a Estrada de Servidão do Ribeirão, 1250.

Curiosidade: o dia 5 de outubro que marca a data de fundação da Associação registra alguns eventos importantes no calendário; como a Semana Mundial do Habitat, Semana Internacional das Aves, 24 anos da promulgação da Constituição Brasileira em 1988 e da Semana Internacional de Proteção à Fauna.

De acordo com o empresário Antonio Luiz Junqueira Mendes Pereira, que coordenou os trabalhos da assembléia de fundação, além das atividades preventivas sobre o meio ambiente, a Associação também será um espaço aberto para a realização de eventos culturais de Jundiaí e cidades da região.