Neste sábado, teremos um Choque-Rei cercado de polêmica quanto a escalação do árbitro Paulo César de Oliveira para o jogo.
PC é um dos árbitros mais queridos por seus próprios colegas de ofício e até mesmo pelos jogadores dos times que apita. Fui testemunha em jogos de divisões menores de atletas que pediam fotos com o árbitro depois do jogo. Porém, existe uma exceção: o Palmeiras!
Paulo César sempre teve atuações questionadas em jogos do Alviverde, e na maior parte delas,corretas! Porém, quando os lances dúbios resultam contra a equipe reclamante, passa existir a má vontade do clube. E se eles ocorrem em sequência, torna-se um círculo vicioso perigoso.
O árbitro move um processo contra Luís Felipe Scolari, e não estava sendo escalado para jogos do Palmeiras. Como Felipão não é mais o treinador da equipe, o Cel Aristeu Leonardo Tavares, novo comandante da Comissão de Árbitros, resolveu colocá-lo no sorteio para o clássico.
Aqui, uma clara demonstração de indevida vaidade: há pouco tempo no cargo e com muitas queixas dos clubes (em especial, do Palmeiras), fica nítido de que Aristeu quis demostrar força com a simbólica escala de Paulo César como um não aceite de pedidos de veto.
Nada em alimentar as “Teorias da Conspiração” de que o São Paulo está demonstrando força política com a escala de um desafeto do adversário ou de que a CBF quer prejudicar deliberadamente o Palmeiras. Aqui, o episódio é de uma típica má gestão do dirigente do apito, deixando aflorar uma certa inexperiência em chefiar tal departamento.
Se há conflito, porque responder com polêmica desnecessária?
Paulo César está em saia-justa. Se o árbitro deixar que os jogadores reclamem ou simulem sistematicamente em campo, leva a fama de “banana”. Se for cumprir a regra e punir os excessos cometidos pelo desequilíbrio emocional dos jogadores palmeirenses (fato observado no Derby passado), críticos dirão que a escala por si só do apitador já era algo prejudicial.
Árbitro de longa carreira e vasta experiência, PC está acostumado a pressão e não costuma fraquejar. É bom que os atletas palmeirenses não queiram testá-lo, pois se isso ocorrer, certamente a equipe não termina com 11 em campo.
Me preocupa o pós-jogo: com tamanha violência no futebol, provocada pelas Organizadas, temo por represálias incentivadas por dirigentes irresponsáveis.
Por fim, errado está quem o escalou. Sobre a desnecessária escolha do nome de PC, um artigo bacana pode ser acessado em: http://is.gd/PCnoChoqueRei
