Sandro Meira Ricci deveria receber adicional de insalubridade na partida de ontem. Afinal, jogos finais são mais difíceis. Pressão extra dos paranaenses que promoveram o estádio como “Inferno Verde”, com jogadores nitidamente querendo ludibriar o árbitro o tempo todo, além do outro time entrar motivado ao melhor estilo “faca na caveira” (o Palmeiras recebeu palestra motivacional de Paulo Storani, ex-comandante do BOPE).
Marcelo Oliveira é uma das maiores revelações desta temporada: o treinador dificilmente não perde no Couto Pereira; e Luís Felipe Scolari, taxado por muitos como ultrapassado, não pode ser menosprezado: tem uma Copa do Mundo conquistada e estava há mais de 50 partidas sem perder por 2 gols de diferença.
Ambos mantiveram a escrita com o empate de ontem.
Ambos armaram muito bem suas equipes.
Ambos mandaram os atletas praticarem antijogo.
1-Antijogo coxa-branca: todo e qualquer contato físico era motivo de reclamação. As tentativas de cavar faltas foram grandes, tentando nitidamente jogar o árbitro contra a torcida. Neste quesito, Ricci foi muito bem, tendo aplicado aos 9 minutos o Cartão Amarelo para Rafinha por tentar simular um pênalti.
2-Antijogo palestrino: muitas faltas para matar o jogo. O sem-número de faltinhas não-violentas, táticas, de não permitir o adversário jogar foi elevado, e é essa a especialidade de treinadores como Felipão e Marcelo Veiga (os mais faltosos do último Paulistão). Vide os primeiros minutos: aos 5’ do 1º. tempo o Palmeiras cometeu 6 faltas num Coritiba que desejava sofrê-las. E o que dizer da primeira infração ter acontecido aos 2s? Não é erro de digitação: a falta ocorreu aos dois segundos, no apito inicial!
O erro relevante de Sandro Meira Ricci (que exceção a este foi bem na partida) foi ter caído na simulação da falta originada pelo gol do Palmeiras. O palmeirense tenta proteger a bola, sente o contato físico das mãos do adversário sobre suas costas, e desaba ao chão sem ter sofrido força necessária para derrubá-lo. Errou o árbitro.
Algumas observações:
– O maldito laser verde no rosto dos atletas. Que má educação dos torcedores…
– Excesso de papel picado em campo: como ver a linha lateral?
– Clima criado às vésperas do jogo. Precisa de chororô para promover o jogo e levar torcedor ao estádio? Uma final por si só já é motivo de casa cheia. Pressão extra dosada por violência é desnecessária.
Sem deixar passar batido:
– O Palmeiras venceu a Copa do Brasil invicto. Mas o único campeão da Copa do Brasil que venceu todos os adversários da série A ainda é o Paulista de Jundiaí.
– Palmeiras Campeão da Copa do Brasil; Santos Campeão Paulista; Corinthians campeão da Libertadores da América. O próximo título será do São Paulo?
