Hoje teremos uma partida que promete muita emoção: Santos X Corinthians, válida pela semifinal da Libertadores da América.
Talvez as duas partidas que disputarão sejam as maiores da história desse clássico, devido a importância do torneio. E, para isso, vale tudo (até coisas que não concordo): chororôs, acusações, provocações e… rojões!
As notícias dão conta que inúmeros rojões foram soltos nessa noite no lado de fora do hotel em que a delegação corinthiana se hospeda. Pura bobagem… O jogo se ganha, acima de tudo, no campo.
Sobre a arbitragem: reproduzo minha pré-análise publicada no Portal do Diário de São Paulo / Rede Bom Dia, falando sobre o que esperar de Marcelo de Lima Henrique hoje e de Leandro Pedro Vuaden na semana que vem. Abaixo, extraído de 06/06/2012, em: http://www.redebomdia.com.br/blog/detalhe/8544/Analisando+as+escalas+para+a+Libertadores
Ops: meu palpite? Vitória minguada do Santos, por culpa do “ferrolho” a la Once Caldas que Tite deve montar. Penso que o Corinthians jogará todas as suas fichas no jogo de volta, no Pacaembu.
ANALISANDO AS ESCALAS DA LIBERTADORES
A Conmebol divulgou que para o jogo Santos X Corinthians, na Vila Belmiro (13/06), teremos arbitragem do carioca Marcelo de Lima Henrique. Para Corinthians X Santos, no Pacaembu (20/06), teremos o gaúcho Leandro Pedro Vuaden (neste jogo, teremos a repetição da escala de Corinthians X Vasco).
Claro que torcedores das duas equipes perguntarão: boa ou má indicação?
Sem dúvida, boa para os dois nos seus respectivos mandos!
Nos bastidores, é sabido que tanto Corinthians e Santos não queriam arbitragem estrangeira.
Para o time do Parque São Jorge, um árbitro local é bom por “respeitar a grandeza do time”. Sabe aquele discurso intramuros de que um árbitro brasileiro poderia sentir a pressão do Corinthians? A uns, esse pensamento funciona; a outros, pura bobagem…
Para o time praiano, um árbitro local é bom por ser “mais técnico nas marcações de faltas cometidas sobre Neymar”. Aqui, o discurso intramuros é de que um árbitro brasileiro preservaria mais o craque.
Na verdade, os dois times estão satisfeitos. Vamos a cada jogo:
1)No jogo de ida, em Santos, teremos Marcelo de Lima Henrique que está em boa fase, mas que se equivocou em lance de pênalti na partida Grêmio/RS X Palmeiras/SP, dias atrás. Hoje ele apita Atlético-MG X Bahia/BA. O FIFA-RJ costuma não tolerar muito o contato físico; seus jogos costumam ter muitas faltas marcadas por não aceitar o rodízio de infrações e jogadas mais ríspidas. Bom para o Santos FC, se considerarmos que Neymar sofre muitas faltas e procura receber outras tantas (aqui o velho dilema: interpretar quando o garoto recebe, busca ou simula faltas).
2)No jogo de volta, em São Paulo, teremos Leandro Pedro Vuaden. O FIFA-RS está numa eloquente sequência de escalas, sendo que apitará no próximo domingo Uruguai X Peru. Apitou Corinthians/SP X Vasco/RJ pela Libertadores e apita hoje Sport/PE X Palmeiras/SP. O árbitro com estilo mais argentino do futebol brasileiro costuma deixar o jogo correr, não marca muitas faltas e nem tolera artimanhas. Tem pecado no aspecto disciplinar: às vezes, vulgariza o cartão amarelo; em outras, vira algo sagrado! Bom para o Corinthians, pelos mesmos inversos motivos do jogo de ida. Embora, Jorge Henrique, que é extremamente polêmico para o apito, possa ser inibido com o estilo Vuaden.
Apesar de serem bons nomes para os jogos, fico surpreso pela ausência de Wilson Seneme para um dos confrontos. Junto com Carlos Amarilla, são os dois melhores árbitros sulamericanos da temporada. Seneme apitará Equador X Colômbia no próximo domingo.
Vuaden vem sendo nome constante nas escalas, sempre com os bandeiras Altemir Hausmann e Alessandro Matos (entrosamento não faltará para o trio). Já Marcelo de Lima Henrique tem sido deixado de lado pela Sulamericana (vide baixíssimo número de escalas como árbitro principal em torneios da Conmebol). Foram preferidos deixando de lado nomes como Heber, Roman, Ricci, PC e o próprio Seneme. Além do que, mostra o desprestígio de outros nomes como Péricles, Chicão de Alagoas e Ricardo Marques Ribeiro (estes últimos, nunca utilizados como árbitros centrais – e nunca ao pé-da-letra mesmo).
Se o árbitro é FIFA, teoricamente, pode apitar em qualquer lugar do mundo. Então, porque não escalá-los?
Infelizmente, banalizaram o escudo…
Tudo isso ainda mostra algo problemático: a universalização de critérios, sempre defendida, é algo utópico.
