– Dia D e Hora H?

“Grande” declaração do General Pazzuello, o Ministro da Saúde que um dia disse não entender a ansiedade das pessoas pela vacina…

Disse ele, questionado sobre os atrasos da vacinação em relação ao mundo, que aqui no Brasil ela ocorrerá no “Dia D” e na “Hora H”.

Pode?

É pra rir ou pra chorar?

– E os Ministros que não entendem do Ofício?

Alguém me perguntou sobre Ministros que não são especialistas e estão no Governo (como o General Pazuello, que é da área de Logística, mas está alocado na Saúde).

Ora, isso não é exclusividade do Governo Bolsonaro. Temer, Dilma, Lula e FHC fizeram o mesmo. E vejam que curioso: aparece-me na linha do tempo a entrada de… George Hilton, do partido do Edir Macedo (que apoiava o PT e hoje apoia o Presidente Jair Bolsonaro). Relembre:

NÃO ENTENDE DO OFÍCIO?

George Hilton, do PRB, é o novo Ministro do Esporte escolhido pela presidente Dilma. Não é um técnico, nem esportista, nem nada da área. Ao tomar posse, declarou:

“Confesso que não entendo muito de esporte, mas entendo de gente”.

Pela lógica, quer justificar que “gente pratica esporte”, né?

Pastor da Igreja Universal, ligado a Edir Macedo, terá a tarefa de conduzir o país às Olimpíadas.

É claro que a sua escolha foi política. Mas seu currículo é ruim: gastou R$ 40.000,00 com panfletos na Câmara dos Deputados com publicidade e não tem absolutamente nada ligado ao esporte.

Pior é que a CBF o elogiou em seu site, enquanto o mundo do esporte brasileiro protestou contra sua escolha.

E ainda dizem que “política, futebol e religião” não se discute…

– Os finalistas ao The Best 2020 da FIFA. Neymar fora?

Messi, Cristiano Ronaldo e Lewandowski estão entre os 3 indicados ao “The Best”, o prêmio de melhor jogador do mundo de 2020, presenteado pela FIFA.

Se a lista fosse minha, na temporada (que é o que vale), Lewa seria o vencedor, seguido por Neymar e Kevin De Bruyne. O argentino e o português, premiadíssimos, no período em julgamento, não fizeram por merecer a figuração na relação deste ano.

Aliás, se o prêmio fosse ao “funcionário do mês”, Neymar levaria fácil pelo que fez nos últimos jogos. Entretanto, a quantidade de gols do Lewandovsky dispensa qualquer elogio. Indiscutível.

Até pela idade de Messi e CR7, as portas estão se abrindo para Neymar, se mantiver o ritmo, ter chances reais de ganhar seu primeiro The Best em 2021.

– Domènec Torrent é vítima da suas próprias virtudes ou da falta de aculturação no futebol brasileiro?

Domme, treinador do Flamengo, é sabidamente um homem de grande curriculum. Não foi assistente de Pep Guardiola por acaso. Se fosse ruim, não teria “enganado” tanta gente por tanto tempo.

Partindo deste princípio (de que ele é competente), precisamos entender o que acontece com o treinador catalão na Gávea:

1- Seus métodos estão sendo aplicados? Se sim, os jogadores conseguiram entender?

2- Essa mesma metodologia é adequada para o estilo de jogo / características do elenco do Flamengo?

3- Falta aculturação de Domme às várias nuances do futebol brasileiro, e esse problema de adaptação poderia ser significativo?

4- Estaria sendo boicotado / preterido pelos atletas, que gostariam de alguém mais próximo ao trabalho do antecessor Jorge Jesus?

5- A pressão de um time grande como o Mengão é a responsável pelo questionamento de tudo isso, já que existem ótimos e péssimos placares no trabalho realizado até agora, necessitando de tempo (e paciência) para afinar o time (no relacionamento e na tática)?

Em suma: será que, se tivéssemos público nos estádios, a enorme massa flamenguista estaria pedindo a cabeça de Domènec, e a diretoria rubro-negra conseguiria resistir?

O último questionamento é na base do achismo e não se tem resposta absoluta. As outras 5, não, pois há como se discernir as dúvidas e avaliar para se tomar atitudes que darão tranquilidade ao técnico, a fim de que o trabalho continue sem percalços.

Ou você, amigo leitor, entende que Domme (por força de bastidores e resultados) não vingará 2021?

Há quem profetize uma troca de treinadores entre Flamengo x Benfica, voltando Jorge Jesus e enviando Domènec Torrent aos encarnados (o que eu duvido muito).

– E por quê não o sem marketing “Prof Cebola”?

Abel Ferreira chegou ao Brasil e será o novo treinador do Palmeiras, tendo acompanhado a ótima vitória do Verdão contra o Atlético Mineiro na Allianz Arena nesta segunda-feira.

Mas observe após 1 derrota na estréia e 4 vitórias, com uma clara evolução no jeito de jogar partida-pós-partida, Andrey Lopes (o “Cebola”) deu uma “cara nova” ao time. Fez um trabalho muito melhor do que o experiente e veterano Vanderlei Luxemburgo estava fazendo.

Fica a questão: Luxa foi boicotado ou estava vivendo com conceitos ultrapassados?

Outra dúvida: com 80% de aproveitamento, não seria ideal dar uma chance de efetivação ao interino, ao invés do gasto com o novo treinador português?

Tudo estará no “se”, mas como o “achômetro” sempre é incerto…

– Chega de discursos de Vitimismo no futebol. Assumamos as culpas e responsabilidades!

Eu amo o futebol, mas não posso ser um alienado por ele. Futebol deve ser diversão sadia para o torcedor, que precisa entender ainda que para o dirigente honesto e responsável, o esporte é um negócio que tem a finalidade de render dinheiro e fomentar empregos na indústria do entretenimento.

Portanto, sem romantismo ou saudosismo de outros tempos, deve-se entender que o fanatismo deturpa este entendimento lúdico e racional. Torcedor se “descabelar” e sofrer, é algo desnecessário. Chorar por um time de futebol? Pare com isso, não devemos nos estressar – afinal, o clube de futebol é uma entidade privada que visa lucro, não mais uma associação de pessoas que pensa em algo para se divertir. E daí lembremo-nos que os Governos (Federal, Estadual ou Municipal) não devem dar benesses a essas entidades, pois o dinheiro público deve ser para ações educacionais, de saúde ou outras mais relevantes.

Parafraseio o italiano Arrigo Sacchi:

“O futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes”.

Assim, cuidado com os espertalhões que querem transformar os torcedores em “frente de batalha”, através de discursos demagogos (até porque, esses mesmos grupos de pessoas, um dia podem se rebelar contra a cartolagem que os usa). Quer exemplos?

Há inúmeros declamadores de “teorias das conspirações”. Dos times grandes aos pequenos, você ouve coisas como: “Minha equipe é sempre perseguida pela FPF”, ou, “A CBF sempre quer me prejudicar”, ou ainda: “Sempre a juizada vem meter a mão no nosso time”.

Repararam no “sempre”?

Ora, pense: diretores martelam esse discurso inflamando os torcedores que o replicam. E isso é subterfúgio para incompetência! Os cartolas não falam que contratam mal os seus jogadores, que gastam irresponsavelmente seu dinheiro, ou ainda que demitem treinadores que eles mesmo contratam errado e insistem num ciclo de contratação e demissão sem critério algum.

TODOS os clubes reclamam de arbitragem, de organizadores, de tudo. Mas NENHUM faz protesto por favorecimento quando eles ocorrem – e é lógico que ocorrem, pois se um time é prejudicado em campo, o adversário é quem se beneficia. Assim, quem perde chia, quem ganha se cala. E, por obviedade, tudo é discurso para mascarar a incompetência (os erros de árbitros e de organizadores acontecem, mas não na proporção reclamada, infinitamente mais fomentada para disfarçar).

Menos vitimismo, mais profissionalismo.

Imagem extraída de: https://www.portalzap.com/liga-das-estrelas-fut7-confira-os-resultados-dos-jogos-do-final-de-semana-e-os-proximos-confrontos/

– Um Galo que maltrata seus amigos, torcedores e admiradores…

Sou jundiaiense e aprendi a gostar do Paulista FC, o Tricolor da Terra da Uva, ou, se preferir, Galo da Serra do Japi.

Meu pai, alguns parentes e amigos compraram as cadeiras cativas na década de 80, as quais mantemos até hoje (pagas em dia) no Estádio Jayme Cintra. Ía no campo desde pequeno. Durante toda a minha carreira de árbitro de futebol (e foram 16 anos), quando escalado em jogos do Paulista, sempre consegui separar perfeitamente a questão da torcida / paixão e profissionalismo. Idem quando comento jogos do Galo nas diversas mídias, até porquê amigos da FPF muitas vezes confrontam possíveis relatórios duvidosos de alguns observadores com a reconhecida idoneidade de nosso trabalho.

Ser isento no comentário ou na atitude não quer dizer “não gostar do time”, é simplesmente saber ser honesto.

Vi as parceiras (algumas de sucesso e outras de fracasso) que o Paulista conseguiu fazer: Magnata, Lousano, Parmalat, Campus Pelé e Kah Sports / Fut Talentos. Vi golpes nos quais caiu (lembram do português do grupo monegasco?). Vi acessos empolgantes para a elite regional. Vi o inimaginável acesso para a Série A do Brasileirão “bater na trave” e quase se tornar realidade. Vi conquistas do Galo quando comandado por jundiaienses da gema com forças locais no clube, e derrotas também.

Do auge de 3 anos: do Vice-Campeonato Paulista de 2004, passando pela conquista da Copa do Brasil 2005 e disputa da Libertadores da América de 2006, vieram posteriormente rebaixamentos seguidos, vexatórios, calamitosos, com leilão do estádio à beira de ocorrer e processos trabalhistas aos montes.

De tudo isso, me assusta quando vejo o time cair para a última divisão estadual uma 2a vez. Entristece-me observar o clube envolvido nas páginas policias por suspensão a fim de investigar manipulação de resultados. E traz à reflexão: neste momento em que o futebol deixa de ser um lazer popular como outrora (é fato) e os gastos para as equipes sobreviverem são enormes, clubes tradicionais como o Paulista de Jundiaí, nesta toada, sobreviverão até quando?

O temor da conta não fechar e não ser mais viável vê-lo como equipe profissional em atividade é real. Triste.

Sobre toda a crise, um link em: https://globoesporte.globo.com/google/amp/sp/tem-esporte/futebol/times/paulista/noticia/campeao-da-copa-do-brasil-de-2005-paulista-e-rebaixado-para-4a-e-ultima-divisao-de-sp.ghtmlHá 15 anos, Paulista de Jundiaí conquistava a Copa do Brasil sobre o  Fluminense | paulista | ge

– Concordo e Assino Embaixo. Parabéns, Rodrigo!

A imagem da semana passada no Estádio Urbano Caldeira foi emblemática (em Santos x Atlético Mineiro). O sistema de árbitro de vídeo tem sido cruel e confuso, especialmente com os árbitros assistentes na marcação dos impedimentos. E ao perceber que sua marcação humana foi precisa, o bandeirinha Rodrigo Correia literalmente “comemorou seu acerto”.

Concordo com o texto escrito, abaixo, pelo jornalista Wanderley Nogueira. E parabenizo Rodrigo “por tabela”.

ALEGRIA SILENCIOSA. JUSTA.

O assistente Rodrigo Correia, foi assunto quando comemorou o acerto de uma marcação de impedimento.

Aconteceu na vitória do Santos contra o Atlético Mineiro, na Belmiro.

Os fiscais dos gestos humanos entraram em cena para discutir o assunto.

Normal, afinal, estamos todos sob observação constante.

“Sorria, você está sendo filmado” está cada vez mais em moda.

A conversa aqui é sobre a reação do bandeirinha.

Justa, justíssima.

A disputa dele é com o olhar eletrônico.

Não é fácil.

O VAR chegou – é o discurso atual – para corrigir as lambanças dos humanos.

Quando ele confirma a decisão do árbitro ou do assistente , é motivo de alegria, comemoração.

A dele, foi discreta. Elegante.

Acertando, nada de elogios.

Basta um erro para ser esculhambado.

Sua celebração foi solitária.

Olhando para o gramado .

Fechando a mão com força e no mínimo pensando: “acertei , cacete! “.

Erro, todos cometem.

Acerto, é tentativa constante.

Erro, tem avaliação pública.

Acerto, teve comemoração silenciosa…dele.

– Os treinos do VAR no Brasil: a culpa é dos treinadores ou dos treinados?

Para compreendermos bem os problemas do VAR brasileiro mostrando que não é nenhuma implicação contra a tecnologia ou contra algo/alguém, mas sim a preocupação da correta funcionalidade, faça o seguinte exercício de reflexão:

– Compare as intervenções e tempo do árbitro de vídeo SOMADOS em todos os jogos eliminatórios pós-pandemia na Uefa Champions League, com um ÚNICO jogo polêmico (qualquer um) do Brasileirão 2020: por empirismo (e talvez também por cientificidade), a demora das decisões e o número de paradas é assustadoramente inadequado em nosso país (e não é exagero tal apontamento tão discrepante).

Leonardo Gaciba, o homem que escala os árbitros, os orienta. Sérgio Corrêa da Silva, o Diretor do VAR, os treina (e trabalharam bastante durante a paralisação do Campeonato, seja por vídeo ou presencialmente, incluindo intertemporada em um resort na cidade de Águas de Lindóia)Se existe orientação e treino, mas a coisa não funciona adequadamente, algo está errado. A culpa é de todos os árbitros treinados ou também dos seus treinadores?

Sobre o que a IFAB deseja do VAR, está na leitura atenta do 3o parágrafo do 3o item desta postagem, no link em: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2019/11/05/o-que-a-ifab-pede-ao-var-e-o-que-o-brasil-faz-com-ele/).

(Na foto, um dos treinos do VAR em pré-temporada recente, extraído do site da CBF)

– Coaching para ajudar a escolher a carreira adequada em busca da felicidade profissional!

Um dos grandes desafios aos jovens é “escolher a profissão”. Muitas vezes os testes vocacionais não são suficientes, e para escolher a felicidade profissional, busca-se o auxílio de um coach.

Compartilho interessante matéria, extraído do Jornal de Jundiaí (Modulinho Empregos, página 1, ed 1024, 27 de agosto de 2017, por Simone de Oliveira).

COACH DE CARREIRA COMO OPÇÃO PARA QUEM DESEJA OTIMIZAR A PROCURA DO EMPREGO

Sabemos que a escolha da profissão é um dos momentos mais importantes na vida de um jovem, já que determina os caminhos que serão seguidos por longos anos.

Trata-se de uma decisão extremamente difícil para ser tomada aos 18 anos por alguém que, quase nunca, tem a maturidade necessária para identificar quais são os seus principais talentos e vocações. O resultado deste cenário: muitos optam pela área errada e, futuramente, ficam insatisfeitos no trabalho.

O que nem todos sabem, porém, é que os equívocos na hora de determinar os próximos passos da carreira não ocorrem apenas entre os jovens. Muitos adultos, com vasta experiência no mercado, também erram bastante ao tentar mudar de área ou mesmo ao tentar crescer na profissão. De acordo com a ABRH (Associação Brasileira de RH), quase metade dos brasileiros está infeliz com o que faz da vida – e esses dados não estão apenas relacionados à profissão escolhida, mas também à falta de reconhecimento, ao excesso de tarefas e aos problemas de relacionamento.

No passado, as pessoas costumavam delegar as decisões de suas carreiras para as organizações, que traçavam quais seriam os próximos passos a seguir. Hoje, as companhias oferecem as oportunidades, mas a responsabilidade pelo próprio sucesso está cada vez mais nas mãos dos profissionais. No entanto, entender o seu perfil e identificar os melhores caminhos e estratégias é uma tarefa difícil, que necessita de um plano estruturado e muito bem planejado. Isso pode exigir a ajuda de um profissional especializado, seja para fazer uma transição de carreira, mudar de profissão, desenvolver as competências necessárias ou fazer planos para o futuro.

Neste cenário, o primeiro passo a ser tomado é investir no autoconhecimento. Por se tratar um processo muito complexo, muitas pessoas optam por contratar um profissional de coaching, que pode ajudá-las a refletir, a planejar ações de melhoria e a conhecer os próprios desejos e capacidades, o que é fundamental para identificar onde devem se inserir no mercado. Saber exatamente o que mais gera incômodo no trabalho atual e o motivo de isso ocorrer, certamente, trará mais clareza sobre os passos seguintes.

Antes de tomar decisões, é preciso se questionar: o que é mais importante para mim, ter um bom salário ou trabalhar em um ambiente agradável e sem pressão? Ter uma rotina fixa ou contar com maior liberdade de horário? A felicidade profissional tem muito a ver com o que sabemos de nós mesmos, quais são os nossos principais valores pessoais e como gostaríamos de estar inseridos no mundo.

Neste processo de autoconhecimento e descoberta, com cerca de dez encontros semanais e foco em um objetivo especifico, o profissional de coaching ajuda as pessoas a se entenderem melhor e a descobrirem aonde querem chegar. Ele não trará respostas, mas ajudará o profissional a encontrá-las dentro dele. É preciso, porém, estar disposto a se abrir de uma forma bastante profunda, ter uma atitude ativa e planejar objetivos, já que o processo só funciona quando há muito comprometimento e um plano de ação com metas específicas.

Qualquer pessoa pode procurar a ajuda de um coach, desde que tenha consciência de que a felicidade não depende de mais ninguém além dela mesma.

– Caí do Cavalo, por conta da Zebra no Morumbi!

O improvável sempre será charmoso e dará emoção ao futebol.

Justo no meu primeiro palpite dos 4 jogos desta fase de Quartas-de-final do Paulistão, a lógica não se confirmou: com uma equipe montada com jogadores da base e um artilheiro que acertou a permanência para uma única partida (Zé Roberto), não é que o Mirassol venceu o São Paulo que tem um elenco milionário?

Não era o provável… abordei que somente o futebol proporcionava resultados tão inesperados (aqui: https://wp.me/p4RTuC-qMz), mas esse placar, confesso, até eu não imaginava!

Acho que “a batata” deu treinador Fernando Diniz está assando…

– Fanáticos de Lula e de Bolsonaro são diferentes dos eleitores de ambos. Entenda:

Respeito todo e qualquer eleitor, seja de Esquerda ou de Direita. Mas o fanatismo assusta!

Sobre ponderação e radicalismo de eleitores de um mesmo político, algumas observações em: https://youtu.be/7mYiQQIP0a4

– Jacindamania

E a Nova Zelândia foi a primeira nação a erradicar o Novo Coronavírus!

Neste momento, a jovem premier neozelandesa Jacinda Ardern tem sido elogiada por seu engajamento na luta (e vitória) contra a pandemia. Mas quem é ela, que está roubando os holofotes para suas ações?

Abaixo, extraído de: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2020/06/08/quem-e-jacinda-ardern-premie-da-nova-zelandia

JACINDA ARDERN

Nesta segunda-feira (8), o mundo voltou sua atenção para a Nova Zelândia após o anúncio de que o país erradicou os casos ativos de Covid-19. A face da gestão de crise bem sucedida, que dará fim às restrições de isolamento social, é a da primeira-ministra Jacinda Ardern, de 39 anos.

Em menos de dois anos como premiê, a líder do Partido Trabalhista neozelandês roubou os holofotes em outras ocasiões. Ela ficou conhecida por levar sua filha de três meses a uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) e virou exemplo por sua reação aos ataques terroristas contra as mesquitas de Christchurch, em março de 2019.

Mas, em meio à alta de popularidade que a permitiria governar sem coalizão, alcançando 56,5% de aprovação no último mês de maio, a premiê encara também críticas pela postura da agência de serviços sociais de seu governo, que estaria tratando crianças da minoria nativa maori de maneira “desumana”.

Saiba mais sobre a trajetória de Ardern, a terceira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Nova Zelândia e a segunda líder mais jovem da história do país.

‘Jacindamania’

Eleita em outubro de 2017, com apenas 37 anos, Ardern chegou ao cargo mais importante do governo neozelandês com apenas três meses à frente do Partido Trabalhista.

Ela era filiada à legenda desde os 17 anos e assumiu o grupo depois que seu antecessor, Andrew Little, decidiu renunciar no início da campanha eleitoral, quando o partido passava por uma baixa nas intenções de voto.

Mas, em agosto de 2017, depois que Ardern assumiu o posto, surgiu a “Jacindamania”, um grupo de entusiastas da então parlamentar e líder da oposição, que incluía principalmente a população mais jovem, simpática às suas visões a favor do casamento homoafetivo e do aborto.

A porcentagem de votos do partido trabalhista pulou para pouco mais de 37%, suficientes para formar um governo com o apoio do NZ First (“Nova Zelândia Primeiro”, um partido populista anti-imigração) e do esquerdista Green Party (“Partido Verde”), dando fim a nove anos de dominância dos conservadores.

Ardern nasceu em Hamilton, a sétima maior cidade da Nova Zelândia, mas cresceu em uma pequena cidade rural chamada Murupara, conhecida pela presença dos Tribesmen, uma gangue de motoqueiros que praticavam roubos.

Sua mãe era funcionária de um refeitório escolar e seu pai policial em Morrinsvile, município de 7 mil habitantes, o que, segundo a primeira-ministra, formou sua maneira de enxergar a política.

“Isso (crescer em cidades pequenas) irá influenciar para sempre a maneira que eu enxergo o trabalho que faço e as políticas que tenho em mãos para desenvolvimento”, disse ela em entrevista ao site local RNZ em 2017.

Na juventude, Ardern trabalhou como DJ e foi mórmon por alguns anos. O seu perfil não convencional atraiu milhares de pessoas para as convenções do partido e aumentou o interesse da imprensa pelo governo.

Mas nem toda atenção foi positiva. Nos primeiros meses no novo cargo, a premiê enfrentou questionamentos sobre sua aparência e sobre sua habilidade de governar o país com possíveis filhos, encarados como comentários sexistas por membros do partido, já que as mesmas perguntas nunca eram aplicadas sobre homens.

Gravidez durante o mandato

Em 21 de junho de 2018, apenas 8 meses após assumir o cargo de primeira-ministra, Ardern deu à luz sua primeira filha, Neve, de sua relação com o apresentador de televisão Clarke Gayford.

Ela foi a primeira premiê do país a ter um filho durante o mandato, e tirou apenas seis das 18 semanas de licença-maternidade previstas por lei na Nova Zelândia, se mantendo disponível para possíveis urgências.

Em uma resposta involuntária aos questionamentos midiáticos, Ardern viralizou nas redes sociais ao ser fotografada com a bebê, então com apenas três meses, na reunião da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Acompanhada de seu namorado, que se tornou noivo apenas em 2019, Ardern foi registrada brincando com a filha enquanto aguardava para discursar na cerimônia, que homenageou o centenário de Nelson Mandela.

Seu companheiro, Gayford, cuidou da criança enquanto a primeira-ministra falava para outros líderes internacionais, e brincou com a situação inusitada. “Gostaria de ter capturado o olhar assustado de uma delegação japonesa dentro da ONU ontem, que entrou numa sala de reuniões no meio da troca de fraldas”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Atentados em Christchurch

No dia 15 de março de 2019, um atirador invadiu mesquitas na cidade de Christchurch, em um ataque terrorista que deixou 51 mortos.

Ao comentar os acontecimentos, transmitidos ao vivo nas redes sociais do terrorista, Ardern sempre optou por não citar seu nome e pediu para que os veículos jornalísticos não mostrassem seu rosto, para evitar dar publicidade ao criminoso.

Como alternativa, a premiê formou um grupo pluripartidário para visitar a família das vítimas. As imagens das visitas de Ardern, sempre com a cabeça coberta por um hijab (véu sagrado da religião muçulmana), em respeito às tradições das famílias afetadas, viraram símbolo de sua postura em meio à crise de segurança, elogiada por especialistas políticos.

Apenas seis dias depois do atentado, a primeira-ministra determinou também a proibição da venda de fuzis e outras armas semiautomáticas no país e a aplicação de uma multa de 4 mil dólares e até três anos de prisão para quem não entregasse o armamento já adquirido dentro do período de adaptação à lei.

Minoria Maori

Mas apesar dos pontos altos de sua gestão, Ardern também enfrenta críticas sobre sua postura diante da minoria maori, povo nativo da Nova Zelândia.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a agência de serviço tutelar da Nova Zelândia cometeu “violações sem precedentes de direitos humanos” contra crianças maori.

As informações foram fornecidas por Naida Glavish, líder de um inquérito realizado pelos próprio povo nativo, que ocupa a Nova Zelândia desde 10 anos D.C, praticamente isolados até a grande onda de colonização do país pelos ingleses, em 1841.

Em fevereiro, a investigação, que havia começado há seis meses, apontava que funcionários do serviço social teriam realizado inúmeras tentativas de tirar um bebê da etnia de sua mãe pouco depois do nascimento.

O relatório detalha o que as famílias chamam de “recorte racial”, espalhando o medo entre famílias Maori de que seus filhos possam ser retirados de seus lares, e o abuso de poder de funcionários do serviço social do governo.

Com relatos de incidentes em que policiais armados, com cachorros, foram enviados para retirar as crianças de suas famílias biológicas por “falta de higiene”, delitos antigos que já foram punidos e ligação de antigos parceiros com gangues locais.

Mais de 1.000 famílias Maori foram entrevistadas pelo inquérito, que mostrou que os casos não são isolados e que parentes próximos dos pais que perdem custódia não tem permissão para pleitear a guarda das crianças, o que é previsto pela lei neozelandesa.

“Para nós não existe nenhuma possibilidade de permitirmos que isso continue”, falou Glavish ao Guardian. “Atingimos um nível em que já passou dos limites.”

Ardern não comentou o caso. Já o Ministério das Crianças, responsável pela agência do Conselho Tutelar, respondeu às acusações afirmando que todos os casos de crianças Maori, que são 13, de acordo com o órgão, são “altamente emocionais, desafiadores e complexos”, e afirmou que os críticos não levam em conta o bem estar dos menores.

Covid-19

Nesta segunda-feira (08), a Nova Zelândia completa 17 dias sem novos casos de contaminação por Covid-19.

As medidas duras de Ardern foram muito elogiadas como responsáveis pelo sucesso da contenção da pandemia no país. Foram sete semanas de isolamento social rígido.

No dia 23 de março, a premiê anunciou que os 5 milhões de neozelandeses tinham 48 horas para se preparar para um bloqueio que excluiria apenas trabalhadores essenciais de uma quarentena obrigatória de quatro semanas.

Nas últimas três semanas, ela já ensaiava pequenas flexibilizações, com brechas para caminhadas respeitando o distanciamento social.

Apesar de duras, as medidas foram bem sucedidas, com apenas 1.132 casos e 22 mortes no território do país. “Estamos confiantes que eliminamos a transmissão do vírus na Nova Zelândia por agora”, declarou a premiê em um comunicado televisionado, afirmando que os Kiwis, como são apelidados os cidadãos do país, “se uniram de maneiras nunca antes vistas para destruir o vírus.”

Segundo Ardern, ela fez uma “pequena dança” em sua sala de estar para celebrar a conquista do país, também uma grande conquista para seu governo.

Premiê da Nova Zelândia, Jacinda Ardern

– São Paulo 1×0 Liverpool com Hector Vergara

Hector Vergara: o bandeira da Federação Canadense foi o protagonista da decisão do Mundial Interclubes FIFA 2005, cuja vitória do São Paulo sobre o Liverpool deu o Tricampeonato ao Tricolor Paulista – e que será reprisado neste domingo à tarde pela Rede Globo.

Normalmente lembramos de erros de arbitragem, mas nesse caso, deve-se aplaudir o árbitro assistente pelos 3 gols anulados (2 deles bem difíceis) no tempo que não existia VAR. Seus acertos foram perfeitos.

Contra a competência, nunca haverá argumentos.

hector-vergara

Hector Vergara, who is being inducted into the Canadian Soccer Hall of Fame, holds the record for the most World Cup games as a referee or assistant referee with 14. (Shaun Botterill/Getty Images)

– Você defende político?

POBRE BRASIL… Só de ler a repercussão do vídeo da reunião ministerial (não tive estômago para assistir, farei, ou tentarei, mais tarde), já desanimei.

Cadê uma liderança honesta, competente, agregadora e positiva?

As diferenças entre Chefe, Líder, Bolsonaro e Lula: quem bolou esse meme, abaixo, acertou em cheio!

E, por favor, se você tem político de estimação ou é apaixonado por partido político, respeite minha opinião.

Em: https://professorrafaelporcari.com/2020/05/16/um-meme-que-so-conta-verdade/

96386119_10217217979069391_7067516123205337088_o

– “Vou perguntar para o Posto Ipiranga”, dizia o Presidente… E agora?

Uma pena que todo o esforço dos eleitores brasileiros para acabar com o projeto de poder criado por alguns membros do PT, baseado em corrupção e crime organizado (comprovadamente mostrado pela Justiça – vide o número de membros do partido e de outros que foram na cadeia) esteja sendo jogado fora pelas atitudes intempestivas do presidente Jair Bolsonaro.

Um chefe de Estado não é um especialista em todas as áreas de importância; no máximo, ele é um generalista acima da média (ou deveria ser) e coloca pessoas de conhecido entendimento nos cargos-chave (aqui no Brasil estão sendo chamados de “técnicos”).

Quando era questionando sobre Economia, Bolsonaro dizia simplesmente que “iria perguntar ao Posto Ipiranga” (em referência à propaganda tão famosa de que quando se tem dúvida, vai no Posto se informar pois lá se sabe e se tem de tudo). Paulo Guedes, no caso, era esse grande especialista. O comportamento do presidente, correto!

Assim como a Fazenda Pública ficou na mão do economista Guedes, outros ministérios importantes foram colocados nas mãos de técnicos: o ex-juiz Sérgio Moro para a Justiça e o médico Luiz Henrique Mandetta para a Saúde. A eles, deu “carta-branca” – que parece ter sido retirada pelo que se lê e assiste.

Penso que, assim como Bolsonaro não entende de Economia e se socorre aos economistas, não deveria ele (que não entende de Medicina) se socorrer aos médicos? Qual é a necessidade de desprezar a INFORMAÇÃO de que a cloroquina não é totalmente segura e deve ser ministrada com cuidado em alguns casos (não na maioria)? Inclua-se, recentemente, os estudos que não recomendam nem aos casos menores, pelos riscos futuros de efeitos colaterais violentos.

Particularmente, me parece que o presidente Jair Bolsonaro, quando estava quieto e deixando o corpo técnico trabalhar, tudo funcionava bem. Na 1a grande crise que teve que enfrentar, bateu no peito e subiu na arrogância, chamando a responsabilidade para ele e no tom autoritário que deveria evitar, deixou de ser um líder (talvez nunca foi) e passou a se comportar como “chefe-mandão”.

Uma pena. O Brasil vive uma discussão bipolarizada entre o que é menos ruim: gestores corruptos de outrora ou gestores incompetentes de agora!

Insisto com amigos: quero políticos honestos e competentes.

pra-frente-que-tal

– Leonardo Gaciba estaria sendo “alijado” do poder na CBF, mesmo sem a bola estar rolando? Uma decisão técnica ou política?

Me assusto como as coisas funcionam na base de interesses duvidosos, e ao usar tal expressão, explico: me refiro quanto a “incompreensão de certas medidas” e “a troco de quê”?

Pela Comissão de Árbitros da CBF, os mais duradouros presidentes que por lá passaram sempre foram muito criticados pela falta de competência dos seus trabalhos e acabaram sendo demitidos. Porém, percebeu-se que acabaram apenas remanejados de cargo, como Sérgio Corrêa da Silva (que ocupa um cargo de “Chefe do Desenvolvimento do VAR no Brasil”) ou o Coronel Marcos Marinho (que é o responsável por um departamento designado para o surgimento de Novos Talentos da Arbitragem).

Leio nas Redes Sociais, visito o site da CBF e converso com colegas e acabo percebendo que criou-se um colegiado no qual as 5 regiões do Brasil teriam representantes para aconselhar Leonardo Gaciba (que tenta mudar alguns paradigmas na CBF), a fim de ajudá-lo a ter “uma melhor visão” das coisas na qual ele trabalha e tomar boas decisões.

Me assusta mais ainda ler (e não tenho a confirmação) de que nomes como Arthur Alves Júnior (lembram do “Arthurzinho do Sindicato”, que foi membro da FPF na gestão de Marco Polo Del Nero – e que está como chefe dos árbitros da Paraíba) foi sondado para integrar tal turma. Aliás, perceberam que tais nomes da gestão de Rogério Caboclo são os mesmo da de Marco Polo?

Nenhuma denúncia, acusação ou algo que o valha a essas pessoas (são todos honestos, aqui a questão é meritocrática), mas a simples pergunta óbvia: com tanto tempo no mundo da Arbitragem, sendo criticados por competência, pra quê essas pessoas querem fazer algo que tire poder de Leonardo Gaciba?

Fica o alerta: quando burocratiza-se demais, vira burocratismo, que é o mau uso da burocracia, que em si, seria ferramenta boa como método de controle.

Mesmos nomes eternizados no poder é ruim. Há de se ter sangue novo! E aproveitando o gancho: se novos nomes não corresponderem (aqui me direciono também à nova gestão do Safesp, que iniciou seus trabalhos e em breve terá que dar satisfação aos trabalhos realizados, inclusive da auditora das contas da diretoria anterior – mas ficará para outra postagem pois é outro assunto), também se troque os mesmos por outros ainda mais novos e descomprometidos.

Por fim, a ironia do destino: o que tem de gente vendo nomes outrora criticados mas que se apoiam no poder, agora voltados à tona e elogiados… caramba! Que raio de jogo essa gente faz? Quem está no poder e pode lhe ajudar, ganha apoio no seu texto / fala / discurso?

Em tempo: como tudo não é crítica, vejo um trabalho de reconstrução da Comissão de Árbitros por parte do Seneme na Conmebol que está me impressionando pela superação de barreiras. Que ele possa ter carta branca e seja resiliente. E, como será inevitável o questionamento pois ainda não abordamos: não consigo ter uma impressão final do trabalho de Ana Paula de Oliveira, afinal, precisa ter tempo para trabalhar (embora registramos aqui algumas coisas que desagradam). Boto mais fé no Emerson Carvalho como consultor e corretor dos erros ali existentes.

– As falas de Guardiola e Luxemburgo

Vanderlei Luxemburgo disse na 3a feira em entrevista polêmica que o Brasileirão “bate pau a pau na Liga dos Campeões”. Você pensa como ele? Eu não.

Pepe Guardiola, entrevistado segundo a ESPN na mesma data, disse que não se vê o melhor técnico do mundo, e lembrou: “Me dê um time que não seja como o City e não ganho”.  Você pensa também como ele? Eu discordo, pois o acho o melhor do mundo (ao lado de Klopp) e imagino que, não sendo o City, poderia fazer, ao menos, um bom trabalho.

Vanderlei Luxemburgo (de novo) disse sobre Jorge Jesus: “se aquele pênalti do Emelec fosse dado, seria tudo ao contrário”, em referência ao sucesso do português do Flamengo. Você, por fim, concorda com ele? Eu sim! Não questionando a competência do treinador estrangeiro, mas lembrando que no começo do trabalho foi cercado e ameaçado por torcedores rubro-negros. Se ele tivesse sido eliminado da Libertadores, poderia não ter tido todo o tempo necessário para mostrar suas ideias que fizeram sucesso.

A humildade do competente Guardiola contrasta muitas vezes com o jeito polêmico (que inegavelmente chega a transmitir uma certa arrogância) do também competente Luxemburgo. Ou não?

Resultado de imagem para Vanderlei Luxemburgo

– Por quê os erros da arbitragem de São Paulo 1×1 Novorizontino ocorreram?

O que vimos de lambanças no Morumbi na noite passada (dois pênaltis não marcados, dois gols mal anulados) são frutos de má gestão na difícil tarefa de renovar árbitros.

Dar oportunidades aos novos apitadores não é queimar etapas. Solidificar a ascensão é importante, degrau por degrau, a fim de que o jovem juiz não sinta demasiada pressão e saiba se portar correta e emocionalmente bem. Logicamente, ele tem que ter qualidade para fazer parte deste processo e o gestor de carreiras da arbitragem, perspicácia para enxergar um novo talento. 

Digo isso pois nos últimos 30 anos (sim, GARANTO esse período, pois é a minha “idade de vida na arbitragem” – estudada, trabalhada ou comentada), só tivemos dois casos em que o tempo de maturação nas séries inferiores e intermediárias foi pequeno: Paulo César de Oliveira em 1996 e Wilson Luís Seneme em 1998, ambos pelo olhar clínico do Prof Gustavo Caetano Rogério, que teve a percepção de descobrir esses talentosos árbitros (e que chegaram à FIFA rapidamente). Como ele dizia em sala de aula na Escola de Árbitros Flávio Iazzetti, às vezes você vê uma “mosca branca“.

Não me parece que Ana Paula Oliveira, que foi excelente árbitra assistente (quebrando vários preconceitos e marcas), tenha a mesma habilidade como comandante de árbitros para descobrir moscas-brancas. Aliás, ter qualidade em campo não quer dizer que você é bom na teoria ou gestão, e vice-versa. Há de se ter vocação e experiência.

Na CBF, insisto na lembrança do vídeo gravado na Escola Brasileira de Futebol (EBF, exemplificando a mão de apoio que bate involuntariamente na bola sendo pênalti num Palmeiras x Fluminense, distribuído como lance didático – e que desde então batemos forte em não ser, sendo que a FIFA confirmou recentemente que não é infração, é casualidade). VALE A PENA ASSISTIR, são só 4 minutos e você questionará também. Está em: https://wp.me/p4RTuC-d75.

Em 2019, Ednilson Corona continuou o trabalho que era feito juntamente com José Henrique de Carvalho na Comissão de Árbitros da FPF, lançando jovens talentos (ambos foram demitidos recentemente por Reinaldo Carneiro Bastos). Pude, em pessoa, elogiar alguns árbitros que vi na 4a divisão e que eram muito novos e talentosos: João Vitor Gobi (que corretamente apitou a final da Copa São Paulo 2020), Leandro Carvalho da Silva (que apitou a A1 em 2020), e outros que foram muito mal, como Flávio Mineiro. Todos eles foram avaliados in loco em nossas transmissões pela Rádio Difusora AM 810, nas partidas do Paulista FC em Jundiaí, e registrados no Blog “Pergunte Ao Árbitro”.

Para minha surpresa, sem ter passado pela A2, Flávio Mineiro, de apenas 24 anos, estreou na A1. Mas qual foi o mérito para isso? 

Nada contra o moço, mas quem resolveu pular etapas na carreira dele, errou, porque falta muito preparo e orientação. Primeiro: qualidade técnica. Segundo: comportamento em campo. Terceiro: sensibilidade (com o time reclamando, não deve nunca sorrir, pois mesmo que não queira, dá a impressão de deboche).

Vamos ver como se dará a continuidade da renovação da arbitragem. Nos clássicos, só tivemos FIFA (no jogo entre Palmeiras x São Paulo em Araraquara, 2a rodada apenas, não “valendo muita coisa”, perdeu-se a chance de dar rodagem para algum jovem talento. Pra quê colocar o Raphael Claus naquele momento?).

Sobre esse trabalho de renovação e alguns jogos de Flávio Mineiro na 4a divisão, explico no texto em: https://wp.me/p4RTuC-oD7.

A opinião em vídeo aqui: https://youtu.be/OG-HkPuXf0w

Também no Blog “Pergunte ao Árbitro”, em: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2020/02/04/por-que-os-erros-da-arbitragem-de-sao-paulo-1×1-novorizontino-ocorreram/

Resultado de imagem para São Paulo x Novorizontino

– A nova Comissão de Árbitros da FPF

Para minha surpresa, Ana Paula de Oliveira assumiu a Comissão de Árbitros da FPF. Será auxiliada por Emerson Augusto de Carvalho (o bandeira paulista da última Copa do Mundo) e da ex-árbitra assistente Tatiane Saciloti.

Dionísio Roberto Domingos, que mantinha um cargo de direção na casa, e o atual presidente Ednilson Corona (que estava fazendo um bom e difícil trabalho de renovação) caíram.

Acho a demissão de Corona um erro (a de Dionísio, pelas queixas dos árbitros, talvez não). Não sei como ficará a situação de Roberto Perassi, que imagino ter condições de assumir o Departamento (é ele quem mais conhece de Regras na Federação Paulista e comanda a Escola de Árbitros).

Penso ser um erro a escolha da Ana Paula (nada contra ela, a respeito demais e a tenho como um dos 3 mais competentes nomes entre os bandeiras com que trabalhei enquanto árbitro). Mas falo de PERFIL DE LIDERANÇA.

Seu trabalho na Escola de Árbitros da CBF não foi legal (me lembro do polêmico vídeo de orientação de falta / pênalti em bola que bate despropositadamente na mão de zagueiro no carrinho).

Insisto: nada contra a pessoa dela ou quanto a questão de gênero (que é irrelevante, o que vale é a competência), mas não a vejo como líder.

Se fosse o presidente Reinaldo Carneiro Bastos, inverteria os nomes: colocaria Emerson Carvalho como presidente (ele tem perfil de líder e goza de RESPEITO pelos árbitros) e a Ana como vice.

Imagino que Ana Paula terá resistência entre seus comandados. Tanto quanto Tatiane Saciloti, pois ambas não gozarão de irrestrita obediência deles (a primeira, por não gozar de simpatia dos mesmos; a segunda, pelo noviciado numa atividade como essa).

Desejo boa sorte!

ATUALIZAÇÃO – Surge uma suposição (de fonte confiável) de que, após a reaproximação do Palmeiras com a FPF (e da patrocinadora do clube Crefisa e do Paulistão FAM), um agrado de Reinaldo Carneiro Bastos teria sido a demissão de Dionísio, pivô da final do time Alviverde contra o Corinthians e acusado pelo Verdão de passar informações baseadas em imagens da TV. A entrada de Ana Paula poderia ser uma oportunidade para fomentar o forte investimento realizado nos torneios femininos da FPF, criando até mesmo uma turma exclusiva de mulheres na Escola de Árbitros, além, claro, de Reinaldo ser um dos dirigentes contemporâneos da Federação Paulista mais ligados ao desenvolvimento da carreira da bandeira em seu auge, promovendo a entrada do elemento feminino em jogos masculinos, juntamente com Del Nero (repare: tudo está escrito no condicional, sem afirmação ou acusação). Pessoalmente, creio que a aposta na mesma competência da moça enquanto árbitra assistente como dirigente foi o fator decisivo, embora eu pense ser um equívoco.

– Quem tem estrela para o sucesso…

O cara que é bom, não fica desacompanhado do sucesso. Não gosto do termo “sorte”, mas entendo que isso é a combinação da oportunidade com a competência.

Dito isso, veja Rogério Ceni que estreou com vitória ao assumir o comando técnico do Cruzeiro (ganhando do líder do Brasileirão, o Santos FC) e tirando seu novo time da Zona do Rebaixamento. Ou o Daniel Alves, agora jogador do São Paulo que na sua 1a partida venceu o jogo com o gol marcado por ele próprio!

Ambos jogos foram marcados por problemas de arbitragem: o Cruzeiro venceu com um  atleta a mais (o Santos teve um jogador expulso equivocadamente) e o São Paulo se beneficiou pela não marcação de um pênalti ao Ceará (de Thiago Volpi em Felipe Cardoso).

Mas quem disse que vitoriosos não tem sorte (que nos referimos logo no início da conversa)?

Resultado de imagem para Estrela de sucesso

– Os profissionais de um departamento de futebol: 66 pessoas, mas não tem Professor de Regra?

Os clubes de futebol estão cada vez mais repletos de profissionais de diversas áreas em seus departamentos. Analista de Desempenho, Podólogo, Mordomo, Dentista e outras práticas se fazem presentes no dia-a-dia.

O Corinthians, por exemplo, conta com 66 profissionais em sua equipe de futebol (o Palmeiras 58; a média é de 35 entre os times do Brasileirão).

Graças à multidisciplinaridade, casos como o baixo rendimento do jovem Vitinho, do Palmeiras (com passagens pelo Barcelona B e São Caetano), pode ser resolvido: jogando muito mal, percebeu-se que seu problema era a magreza por conta de cáries, que, pasmem, o impediam de que ele comesse carnes. A nutricionista preparou proteínas em liquidificador até que o dentista o ajudasse a resolver o caso de saúde bucal. Tudo descoberto graças às novas formatações exigidas num departamento profissional de futebol.

Abaixo, uma interessante matéria contando sobre esses diversos profissionais (em alguns casos, até “pai-de-santo” integra a relação). Mas me chama a atenção algo de minha seara: não há professor / instrutor / treinador para ensinar as Regras do Futebol aos jogadores. E aí vale a máxima que sempre brinco: jogador de futebol é a única profissão em que quem executa a atividade pouco se interessa pelas regras do seu próprio ofício!

Compartilho, extraído de: https://veja.abril.com.br/placar/muito-alem-dos-11-o-time-que-nao-entra-em-campo/

MUITO ALÉM DOS 11: O TIME QUE NÃO ENTRA EM CAMPO

A complexa estrutura dos clubes de futebol é composta por dezenas de profissionais – dos velhos roupeiros e massagistas aos modernos analistas de desempenho

Por Luiz Felipe Castro, Danilo Monteiro, Lucas Mello

Quando a bola balança as redes, os holofotes geralmente se voltam ao autor do gol e, eventualmente, são divididos com quem deu o passe ou com o treinador do time. Há no entanto, a cada ação dos atletas no gramado, a influência direta ou indireta do trabalho de dezenas de profissionais praticamente “invisíveis”. Atualmente, os departamentos de futebol dos clube da Série A têm, em média, 35 funcionários. Os campeões das últimas edições do Brasileirão são também aqueles com maior equipe de profissionais listados em seus sites oficias: Corinthians (66) e Palmeiras (58) – veja tabela abaixo.

Já há bastante tempo, funções mais emblemáticas como as de cozinheiro ou roupeiro habitam o imaginário do torcedor – a figura portentosa de Mário Américo, massagista da seleção em todas as Copas entre 1950 e 1974, por exemplo, marcou época. O time foi crescendo a cada década e o Brasil, inclusive, foi pioneiro em uma das posições de “especialista”, quando, no início da década de 70, Valdir Joaquim de Morais trocou as luvas pela posição de treinador de goleiros, tão valorizada até hoje. Em alguns casos, treinadores folclóricos ou supersticiosos ignoraram a tese do jornalista e treinador João Saldanha de que “se macumba ganhasse jogo, Campeonato Baiano terminaria empatado” e apelaram até para pais de santo, que, se não constavam na folha salarial do clube, eram constantemente convidados a prestar seus serviços.

O posto da moda é o do analista de desempenho, que, grosso modo, é quem passa dicas valiosas à comissão técnica e aos atletas depois de esmiuçar informações do próprio time e dos adversários por meio de vídeos e dados coletados, algo inimaginável nos tempos dourados do futebol nacional. “Antes das finais do Mundial de Clubes, não tínhamos ideia de como jogavam Milan e Benfica. Tinha ouvido falar de um jogador ou outro, como o Eusébio, mas o Santos não mandava ninguém para olhar adversário, a gente ia de peito aberto e confiando no nosso taco. Hoje é tudo mais organizado; e mais fácil também”, conta Pepe, o “canhão da Vila”, aos 84 anos. “No Santos, tínhamos praticamente só massagista e cozinheira, a dona Maria, muito estimada por todos”, completa.

São os analistas de desempenho ou de biomecânica, com o auxílio de máquinas de última geração, que corrigem pequenos detalhes, como, por exemplo, o fato de um jogador ter mais dificuldade para girar o corpo para um lado ou pequenos desequilíbrios musculares. “A ideia é unir três linhas de trabalho: prevenção, reabilitação e rendimento”, explicou o fisiologista Antônio Fedato, do Corinthians, em entrevista sobre as exigências físicas do futebol moderno. O Grêmio, que tem um analista de desempenho contratado desde 2005, diz ter sido o pioneiro do ramo no Brasil.

PODÓLOGO E ATÉ MORDOMO

Recentemente, o cargo de podólogo ganhou as manchetes graças ao Botafogo, que em suas redes sociais celebrou a convocação de Bruno Gallart para a seleção brasileira sub-17; e também ao bom humor de alvinegros e rivais. Espalhou-se pelas redes sociais uma paródia de uma das músicas de torcida botafoguense – os versos de “E ninguém cala esse nosso amor….” se transformaram em “E ninguém trata, como meu doutor, cuida de joanete, acaba com a frieira, é meu podólogo”. Brincadeiras à parte, a função tem importância evidente em um esporte jogado essencialmente com os pés e trata de diversos transtornos recorrentes no passado – conforme VEJA noticiou, na Copa de 1986, o meia Paulo Roberto Falcão sofreu com uma unha encravada; vinte anos depois, bolhas atormentaram Ronaldo na preparação para a Copa da Alemanha. Atualmente, cinco clubes da Séria A (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Atlético-MG) contam com um podólogo.

Nas listas disponibilizadas pelos clubes, há cargos semelhantes com diferentes nomenclaturas. Botafogo e Grêmio, por exemplo, listam em seus sites a inusitada função de mordomo, que em outros clubes pode ser chamado de servente, zelador, almoxarife ou auxiliar de rouparia. “O mordomo era mais utilizado quando o time concentrava no Estádio Olímpico. Hoje o funcionário em questão auxilia os trabalhos no CT, a rouparia e outros serviços”, explica o clube gaúcho. Os roupeiros costumam ser os mais longevos. No Corinthians, por exemplo, o recordista é Gildásio Miranda, o popular Seu Miranda, que trabalha há 55 anos no clube e já vestiu craques como Rivellino, Garrincha, Sócrates e Ronaldo. O cargo mais novo é o de gerente de hotel.

A figura do dentista também é mais importante do que pode parecer. Problemas bucais, como infecções e cáries, podem acarretar uma série de outros contratempos, como alterações sanguíneas, diabetes e até lesões musculares. Caso marcante ocorreu no Palmeiras: o meia-atacante Vitinho, que foi emprestado ao Barcelona B e jogou o último Paulistão pelo São Caetano, assustou os médicos por sua magreza excessiva ao chegar ao elenco profissional; foi o dentista quem diagnosticou o problema: Vitinho não conseguia mastigar carnes, pois tinha muitas cáries. Num primeiro momento, a solução da nutricionista foi bater as carnes no liquidificador; depois, com dentes saudáveis, Vitinho passou a se alimentar melhor e ganhou 10 quilos rapidamente.

Outro cargo relativamente recente na história do futebol é a do assessor de imprensa, responsável por mediar o acesso dos jornalistas aos atletas. No passado, eram comuns que jogadores fossem entrevistados com facilidade até mesmo de dentro dos vestiários. Hoje, há um controle muito maior: além do assessor dos clubes, os atletas são blindados, em sua imensa maioria, por assessores pessoais. Também há diversos outros jornalistas trabalhando nos clubes, nas equipes de TV, site e redes sociais. Há ainda casos de profissionais “obrigatórios”, mas que muitas vezes são terceirizados, como motoristas de ônibus, ou contratados pontualmente, como advogados, que por isso não constam nas listas de funcionários dos clubes.

LUXEMBURGO, O VANGUARDISTA

O técnico Vanderlei Luxemburgo, de 66 anos, garante que foi ele o responsável por trazer uma série de profissionais para dentro dos centros de treinamentos. “Falavam muito da ‘patota do Luxemburgo’, mas não existia nada disso. Era uma comissão técnica multidisciplinar e de excelência, porque os clubes não tinham estrutura nem mão-de-obra especializada. Hoje todos os clubes têm comissão completa. Trouxe todas essas ‘novidades’ ao futebol.”, afirmou o treinador, atualmente sem clube, em entrevista a VEJA

Segundo Luxemburgo, que popularizou a figura do psicólogo no futebol e chegou a utilizar um ponto eletrônico para se comunicar com um atleta (ousadia prontamente proibida), as comissões cresceram até demais. “Hoje tem muita tecnologia, computador… Mas o vestiário é sagrado. Todos devem trabalhar no centro de treinamento, como em uma fábrica. Na hora do jogo, é com o atleta e a comissão técnica. Por exemplo, analista de desempenho não precisa estar dentro do vestiário. A análise dele é pré e pós-jogo. Fisiologista não precisa estar no vestiário – o lugar é para técnico, preparador, assistente, jogador e roupeiro.”

bomba.jpg

Somados, clubes da Série A possuem mais de 80 cargos nos departamentos de futebol (Arte/VEJA)

– Qualidade dos gramados dos estádios de futebol da Copa América: Incompetência ou Má Fé?

Na virada dos anos 90/00, me recordo que o então presidente da FPF, Eduardo José Farah, lançou uma iniciativa chamada “gramados perfeitos”, que visava melhorar o campo de jogo dos clubes paulistas, tendo o custo bancado pela própria federação.

Não existia o termo “Fake News” naquele tempo, mas sim “boataria”. E ela criava histórias de que a empresa contratada era de sociedade oculta do próprio Farah, sendo interessante que os estádios tivessem a grama ruim justamente para a cartolagem ter a necessidade de arrumar e ganhar dinheiro escuso.

Nada foi provado e tudo ficou no ar. Mas hoje acontece algo curioso: os milionários (e bilionários) estádios da Copa do Mundo de 2014, 5 anos depois, estão com os gramados num caos! Como pode ter acontecido isso justamente por terem sido programado para eventos tão importantes e usados, em tese, materiais caros e de qualidade?

É inconcebível pela lógica que somente se preocuparam com a beleza na arquitetura dos estádios e se esqueceram justamente do palco principal: o gramado!

Você é obrigado a pensar duas coisas: foi uma “tremenda bola fora” da engenharia brasileira (que é reconhecidamente de alta competência) ou o gramado foi propositalmente “colocado para escanteio” justamente para que se tenha a necessidade de contratar empresas de manutenção emergencial e a obrigatoriedade de gastar.

Incompetência ou má fé? Aqui, é uma coisa ou outra, não existem outras opções de resposta, aparentemente.

O futuro da grama, no futebol, tende a ser o piso artificial (pela manutenção e pelas novas tecnologias que corrigem os problemas dos antigos gramados artificiais).

– Discutindo Edson Fio, o treinador sem marketing que vem sendo um fator diferente na escondida 4a divisão.

Eu gosto muito quando algo muito improvável se torna sucesso no futebol. Aliás, costumo brincar que, no tão popular esporte bretão, uma das poucas lógicas do futebol é que ele é ilógico.

Na história, vimos um jogador muito comum, que praticou a condenável tática do “gato”,  tornar-se o maior treinador estrategista do Brasil nos anos 90: Luxemburgo. Tivemos um “central botinudo”, que quando começou como treinador tinha um estilo de futebol totalmente “anti-brasileiro” de jogar feio e matar com faltas as jogadas adversárias, que foi campeão do mundo com o inimaginável 3-5-2: Scolari. Presenciamos a Grécia ser campeã da Europa e o Brasil apanhar de 7×1 em plena Copa do Mundo local. Coisas que somente o futebol permite.

Agora, guardadas todas as proporções de competência mas trazendo à tona todas as verossimilhanças do inusitado, temos a boa revelação do desconhecido atual treinador do Paulista FC: Edson Ferreira da Silva, conhecido no mundo da bola como “Edson Fio”.

Vamos lá:

1- Quantos treinadores negros você tem fazendo sucesso no futebol brasileiro (de tantos criolos maravilhosos que tão bem representaram a arte em campo)? Lula Pereira, Serginho Chulapa e Cristóvão Borges me são lembrados, mas… nenhum efetivamente se destacou com títulos. Não abordando o racismo propriamente dito, mas, estatisticamente, ser técnico negro “ganha menos campeonato no Brasil”. Fio é negro e o atual líder do Paulistão da Segundona (a 4a divisão).

2- Na onda de treinadores bem vestidos à beira do campo e com postura elegante (esqueça Sampaoli, ele é louco como Bielsa), temos “professores” que se portam como num casamento à beira do gramado com suas camisas bonitas de marca chique (nada contra isso). Mas Fio fica na área técnica de camiseta e bermuda esportiva, sem vergonha da barriga saliente, e é compreendido pelos seus comandados.

3- Enquanto os treinadores, na sua maioria, preocupam-se em primeiro não perder para depois ganhar (vide Carille, Felipão e tantos outros), sem se importar com a beleza do jogo, buscando o pragmatismo defendido por Carlos Alberto Parreira na década de 90, Fio é proativo, coloca o time no ataque sem ser Guardiola ou Fernando Diniz, sem ter a mesma qualidade técnica dos atletas que esses grandes treinadores tem (afinal, estamos falando da 4a divisão que é limitada a jogadores Sub 23). O “jogo jogado” do Galo da Japi é agradável para assistir, não retranqueiro nem faltoso (era o time mais Fair Play da competição até determinada rodada), e que vem obtendo sucesso: 5 Vitórias, 2 Empates e 0 Derrotas, com a melhor campanha entre os 41 clubes e o segundo melhor saldo de gols.

Impossível não fazer a observação: tentar jogar bonito, mesmo sem ter jogadores renomados, é possível independente da divisão. Ao menos, vale o ingresso pago. E o resultado pode ser esse como visto.

Voltando ao Fio: tudo isso que foi escrito serve para fazer uma justa consideração para o então desconhecido treinador. Quando veio do Rio Branco de Americana para o Paulista de Jundiaí através da Kah Sports / Fut Talentos (o grupo que terceirizou o futebol tanto profissional quanto amador do Galo), ambos estavam sob desconfiança! Aqui, sem o entendimento pejorativo, pois os resultados do Tigre com o Fio eram péssimos e o medo de “quem é a Kah Sports?” era natural, já que o clube jundiaiense estava arrebentado financeira e emocionalmente, após ruins campanhas e parcerias que foram golpes (lembram do grupo monegasco do português Paulo Fernandes?).

Hoje, não só a parceira tem trabalhado bem, como Fio pode mostrar seus conhecimentos. Erra em uma ou outra substituição (como todo treinador erra), mas é fiel a seu conceito de futebol com intensidade (veja como se porta o time sufocando o adversário nos minutos iniciais). Possui a flexibilidade de mudar o estilo de jogo conforme o desenrolar dos 90 minutos decorre e/ou a leitura da partida mostra.

Sabe o que trouxe um pouco de antipatia na chegada do Edson Fio (e que hoje se dissipou?) A história real de que queria ser chamado de Fyu, com uma certa pompa que nunca me pareceu dele. Pura bobagem. Passou.

Assim, lembremo-nos: aquele Edson Fio que chegou tão contestado pelo histórico de jogos (o site Esporte Jundiaí fez um ótimo trabalho de apuração sobre os resultados e a história dele, retratados com uma análise de quem conhecia o repertório de ideias na sua passagem no co-irmão do Interior, em: https://bit.ly/2whS5Vj, e que hoje, com bom material humano e mais experiência, conseguiu mudar as estatísticas), passou a ter a confiança do torcedor.

Enfim: conversei apenas, e bem informalmente, uma vez com Fio e na porta do estádio. Me pareceu autêntico, boleirão, simples. E isso é… ótimo! O anti-marketing (ou melhor: desprovido de marketing) que faz sucesso.

Apenas para reforçar tudo isso, vale pensar: qual treinador negro, que joga para frente, que não se preocupa em auto-promoção, que se veste tão simples / sem vaidade, lidera um certame qualquer?

IMPORTANTE: não pense, após tudo isso, que ele não seja um estudioso do futebol (simplicidade não é sinônimo de burrice). Ou as mudanças e a vontade do “jogo-moderno” não mostram que esteja atualizado com os conceitos tão discutidos nas mesas-redondas?

Neste momento, acho justo tal reconhecimento a ele.

Resultado de imagem para Edson Fio

Foto: Esporte Jundiaí

– Qual erro é mais grave e/ou traz mais consequências? Sobre Palmeiras 1×2 Figueirense:

Aos 24 minutos do 2o tempo, o jogador do Palmeiras Marcus Meloni agrediu com uma cabeçada o adversário João Diogo, do Figueirense. O árbitro Jefferson Dutra Giroto não viu e não o expulsou.

Aos 47 minutos do 2o tempo, Léo Passos fez um gol legal (que determinaria o empate da partida), mas estando mal posicionado, o bandeira 2 Thiago Alborgueti assinalou impedimento.

Aqui temos um exercício de futurologia e achismo, mas vale a reflexão:

  • Se o árbitro tivesse aplicado o Cartão Vermelho para o palmeirense, o time de Santa Catarina jogaria com um atleta a mais por mais de 20 minutos (considerando os acréscimos). Mesmo assim, o placar estaria 2×0 a favor do Figueirense, aos 47 minutos (quando saiu o gol mal anulado) ou estaria 3×0, 4×0… (já que o Palmeiras teria um atleta a menos nesse torneio tão cansativo e com o gramado tão pesado)?

Claro que um prejuízo no final do jogo é mais difícil de se recuperar do que no começo da peleja (pois o tempo da partida é diminuto). Porém, a gravidade do erro de um é maior ou menor do que outro?

Enfim: as duas equipes foram prejudicadas por conta de uma ruim arbitragem. Mas pondere: a Copa São Paulo é para revelar árbitros e dar experiência a eles. Se alguns muito “crus” estão sendo escalados antes da hora, é outra história. O que não pode é diferença de grau de qualificação da arbitragem em mesmas situações.

Resultado de imagem para cabeçada do jogador do palmeiras

– A salvação da arbitragem paraibana, 3 anos atrás, era a perdição da paulista! Mas há bons nomes de cartolas do apito?

As voltas que o mundo do futebol dá: há 3 anos, o diretor do Sindicato dos Árbitros e membro da Comissão de Árbitros da Federação Paulista de Futebol (mesmo existindo conflito de interesses dos cargos ocupados concomitantemente), “Arthurzinho”, era destaque na Folha de São Paulo por diversas acusações, com a manchete de que era denunciado por “assédio sexual, falsificações e desperdício”.

Vide a matéria do jornal em: – A Podridão de Bebedeiras e Assédio do líder sindical dos Árbitros denunciada pela Folha de São Paulo

Pois bem: após o escândalo que envolveu membros do futebol da Paraíba em 2018 (árbitros, dirigentes de clubes, cartolas da entidade e demais criminosos), a solução para a reconstrução moral da arbitragem da Federação Paraibana de Futebol foi a contratação de Arthur Alves Jr, o mesmo “Arthurzinho”.

Por mais que possamos esquecer todo o histórico polêmico, crendo em sua honestidade, fica a questão: seria ele o nome mais indicado?

Quem o escolheu?

É complicado. Se a safra de árbitros é ruim em nosso país, a de dirigentes da arbitragem é péssima. Um alento era o surgimento de José Henrique de Carvalho em São Paulo, mas que ao começar o difícil trabalho de renovação, foi demitido nos últimos dias de dezembro e quem está escalando na Federação Paulista é Dionísio Roberto Domingos (aquele do rolo interminável da final do Paulistão entre Palmeiras x Corinthians). Será que novamente a expressão “República do Vale do Paraíba”, tão citada nos anos 2000 e de sentido nefasto com o escândalo de Edilson Pereira de Carvalho, estará em voga novamente?

Aqui a curiosidade: o árbitro dessa final citada no parágrafo acima (gente boa, honesto e íntegro – mas que deu azar nesse jogo) Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, foi convidado pelo Arthur para ser o nome de destaque no quadro da Federação da Paraíba.

Como se vê, no Nordeste ou no Sudeste, a Paraíba (de respeitoso estado da nação à termo pejorativo polêmico como “República do Vale”) está em alta.

Uma boa sugestão: que tal algum nome que não nutra simpatia pelo atual grupo político do Sindicato dos Árbitros para dar uma oxigenada na entidade? Mas tem que ser gente de bem, do tipo que apita jogo do Corinthians, expulsa 2 zagueiros do Timão e não tem medo de ir para geladeira por excesso (mesmo estando correto, ele foi; ops, vai; ops: cala-te boca). Quem é do meio do apito, sabe que existem pessoas desse naipe e que “tamanho” não é documento. Aliás, penso em dois nomes que poderiam ser um só. Nesse, eu confio!

(Em tempo: aqui repleto de ironia e dicas subliminares).

A bom entendedor, meia palavra basta. Vamos ressuscitar a arbitragem brasileira morta por militares (da Polícia, da Aeronáutica, da Marinha, seja de onde for – e olha que eu respeito demais essas instituições), e que estiveram e estão no comando da arbitragem. É simplesmente questão de COMPETÊNCIA.

Tá difícil achar cartola como o ex-árbitro Pierluigi Colina, hoje dirigente da UEFA (foto abaixo):

Resultado de imagem para MEME DEJUIZ DE FUTEBOLDE FUTEBOL

– Klopp e Guardiola: gênios!

No meu ranking “particular”, Pep Guardiola é o melhor treinador do mundo em atividade (pelos títulos e feitos acumulados). Mas neste momento, Jurgen Klopp está se saindo melhor do que ele. Não que Guardiola tenha perdido a mão, pois são dois Titãs em campo. Mas o que está jogando bola o Liverpool… o próprio Pep disse que o adversário é o melhor time do mundo na atualidade”.

Então ficamos assim: Guardiola é melhor do que Klopp no todo da história; Klopp está melhor do que Guardiola no atual estágio. O alemão terá superado o catalão quando ambos tiverem encerrado a carreira e fazerem um balanço de ambos?

Outra coisa: qual o segredo para o Roberto Firmino jogar tanta bola na Inglaterra e talvez não aparecer no mesmo ritmo na Seleção Brasileira?

Obs: Enquanto isso, Mourinho fica assistindo os dois treinadores vencerem enquanto está desempregado. O que aconteceu com o também genial (mas polêmico) Special One? Mas lembremo-nos: ele assiste os adversários sentado nos seus sacos de euros e dólares…

Resultado de imagem para klopp e Guardiola

– Frieza, Competência e Profissionalismo: o piloto do voo da Latam que pousou emergencialmente em Confins!

Há certas situações em que um treinamento importante, mas que você pensa não precisar nunca do uso dele, se faz necessário para salvar vidas!

Viram que um avião fez um pouso de emergência em MG nessa semana (Latam SP – Londres)?

Foi divulgada a conversa entre piloto e torre de comando. O cara é um HERÓI!

Leiam e se impressionem: ele preparou toda a situação para o socorro imediato, caso ocorresse uma tragédia, se preocupou em não apavorar os passageiros e mostrar o controle da situação, além de provar sua habilidade como piloto sem o funcionamento dos esquipamentos elétricos do Boeing 777!

Aqui: https://g1.globo.com/google/amp/mg/minas-gerais/noticia/2018/12/21/em-conversa-com-torre-de-controle-piloto-do-aviao-que-fez-pouso-de-emergencia-em-confins-fala-de-problemas-eletricos.ghtml

A CONVERSA DO PILOTO COM A TORRE

Avião da Latam ia de Guarulhos a Londres, mas foi obrigado a aterrissar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte na madrugada desta quinta-feira.

O piloto do Boeing 777 da Latam, que fez um pouso de emergência no Aeroporto internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, disse, em conversa com a torre de controle, que o avião estava com problemas elétricos e não estava conseguindo jogar fora o combustível para reduzir o peso.

“Nós estamos muito pesados, o sistema de alijamento não está funcionando, tá bem? Estamos praticamente sem nenhum sistema elétrico funcionando, correto. Então estamos com esse problema um pouco sério, ok? Então por gentileza, deixa preparado o bombeiro. Estamos efetuando o procedimento aqui. Tentando aliviar o máximo possível o peso da aeronave, mas está difícil. Estamos prosseguindo o procedimento de pousar, ok? Por gentileza se o senhor puder interditar a pista”, disse o piloto em conversa publicada pelo jornal Folha de São Paulo e confirmada pela TV Globo.

A torre de controle respondeu, “aguardando apenas o pouso da sua aeronave e já foi solicitado também o apoio dos bombeiros no solo”.

O piloto ainda disse, “estão conseguindo combater o fogo? Porque ficaria mais seguro descer com a escada em vez de evacuar”. A torre respondeu, “a gente vai coordenar com eles. Eu já retorno”.

Em seguida, o piloto respondeu. “tá joia. Porque pelo que eu tô vendo agora, tá meio bagunçado lá embaixo e com a escada a gente consegue organizar o fluxo”.

O aeroporto operou com restrições por 21 horas até a liberação total da aeronave. O Boeing da Latam ficou parado perto da área de decolagem, depois de fazer um pouso forçado.

Os passageiros ficaram sabendo do problema ao ouvir a conversa do comandante com a tripulação. “Na hora que vazou o áudio, a gente deu pra perceber, inclusive, que a situação estava feia, porque na hora que ele mencionou pane elétrica, não tinha nada de suporte elétrico para ele poder fazer qualquer manobra. Eu falei, ‘lascou. O quê que a gente faz agora?!’”, disse a bióloga Larissa Veiga.

O Boeing saiu de Guarulhos, às 00h30 de quarta-feira (19) com destino a Londres. O pouso forçado foi à 01h43.

A passageira Leocádia Valverde, que viajava com o marido, gravou um vídeo depois da aterrissagem. “Estamos aqui em Confins, Minas Gerais. Pouso de emergência. Deu pane elétrica aqui. E eles já jogaram um monte de espuma em nós aqui para não pegar fogo o avião”, disse ela.

O avião tem dois trens de pouso principais com doze pneus. Segundo a companhia aérea, todos esvaziaram no pouso. Oito foram danificados. Quase 40 homens trabalharam na troca dos pneus que foi erguido por quatro macacos hidráulicos. Seis toneladas de equipamentos foram trazidos de São Paulo por um avião cargueiro da Força Aérea Brasileira. Os passageiros seguiram pra Londres.

Resultado de imagem para avião latam confins

 

– Zidane fora do Real Madrid. Tite poderia aparecer?

Saiu por cima: o cracaço Zinedine Zidane deixou o cargo de treinador do Real Madrid. E faz o certo!

Dificilmente um jogador, sendo ídolo acima da média, se torna um treinador no mesmo grau de idolatria dos torcedores. E, após ganhar os torneios mais importantes que disputou, Zizou “pediu a conta” e sai também com muita moral.

Oportunidade para Tite assumir os Merengues depois da Copa?

Talvez…

Resultado de imagem para Zidane camisa frança

– Maradona, Messi ou Di Stéfano? Talento não se quantifica.

Disse “Dios” Don Diego Armando Maradona, em vídeo gravado para o site de apostas BWIN, em matéria sobre a opinião de ex-jogadores famosos sobre a Copa do Mundo:

“Todas as coisas que Messi faz, eu tinha feito antes”.

Não disse que é e nem que foi textualmente o melhor do mundo. Mas mostrou uma tremenda vaidade…

Eu vi Maradona jogar e agora vejo Messi. Pela minha idade, logicamente não vi Di Stéfano, o primeiro grande craque argentino. Para mim, Maradona foi ainda mais brilhante do que Messi (vide o que ele fez com o Napoli), além do “romantismo” da sua história.

Agora, falamos de gênios! É duro quantificar talento.

E pra você, quem foi melhor?

bomba.jpg

– O Árbitro de Vídeo é oficializado. E agora, José? Mas será essa a grande modificação no Futebol?

Depois de 132 anos se reunindo para discutir as permissões, proibições e nortes da prática do então chamado “esporte bretão”, a International Board (IFAB), a “dona” das Regras do Futebol, sob lobby forte da FIFA (com o desejo pessoal do entusiasta da ideia, o seu presidente Gianni Infantinno), aprovou a maior mudança nas Regras do Futebol do século XXI neste histórico de 03 de março de 2018 (e uma das 3 maiores da história desse esporte, sem sombra de dúvida): a introdução oficial do Video Assistent Referee, o VAR (antes, estava em caráter experimental).

Ainda em dúvida se será usado já na Copa do Mundo da Rússia (A FIFA anunciará seu uso ou não dia 16/03, embora a tendência é a confirmação dele), o certo é que o índice de acerto das decisões nos 20 países que usaram tal sistema foi alto (e o Brasil somente ficou no blábláblá, prometendo e não usando).

O VAR será acionado pelo árbitro central ou interpelará o mesmo nos lances de

1- Confirmação ou não de gol;

2- Revisão da decisão de marcar ou não um pênalti;

3- Decisão de Cartão Vermelho a ser aplicado direto ou não;

4- Reconhecimento de atletas a serem punidos quando o árbitro possa não ter os identificados.

Por ser uma novidade, situações novas surgirão e deverão ser corrigidas. Mas imagine as Copas de 1962 (quando Nilton Santos deu o seu passo fora da grande área na não marcação do pênalti contra a Espanha no mata-mata da semifinal) ou 2002 (Brasil x Bélgica)? Se utilizado tal sistema, seríamos pentacampeões mundiais? Idem à Inglaterra em 1966 ou à incrível Argentina de Dom Diego Maradona em 1986, com a “Mão de Deus”.

Ao contrário, quantos títulos a mais como Campeões da Libertadores da América o nosso país teria? Vide Estudiantes x Santos na década de 60 ou as “operações” de Ubaldo Aquino e Carlos Amarilla contra Palmeiras e Corinthians, respectivamente, a favor do Boca Jrs.

Outra importante mudança (e talvez tão impactante quanto o VAR) é a permissão da comunicação eletrônica na área técnica. E aqui uma curiosidade: a FIFA foi fechando o cerco com rádios, celulares e tablets, pouco-a-pouco. Agora, escancara de vez liberando o uso da tecnologia a favor da recepção de dados e informações dos assistentes técnicos para com os treinadores (o que é ótimo). Repararam que José Mourinho e Vanderlei Luxemburgo começaram a “perder a mão” quando deixaram de receber seus dados da arquibancada ou via meios estatísticos eletrônicos? Mera coincidência ou não?

Enfim: viveremos um novo momento no futebol, esperando que o elemento humano que controla a tecnologia da arbitragem seja competente para as decisões (de nada adiantará a vantagem tecnológica se continuarmos com árbitros reféns de “sindicatos-patrões” e federações / confederações que fazem média com os clubes, sendo que o juiz de futebol continua sendo o ÚNICO AMADOR – juntamente com os gandulas –  no Mundo do Esporte).

Aguardemos para ver como será!

IMPORTANTE –

No primeiro parágrafo desse texto eu escrevi que o VAR era a maior modificação das Regras no século XXI (e uma das 3 da história). As outras são: no século XX a introdução dos cartões amarelos e vermelhos (que globalizou as punições e a linguagem futebolística aos atletas) e particularmente, penso que a maior modificação da história do futebol foi ocorrida no século XIX: a criação da figura do ÁRBITRO, em 1868. Diferente de hoje, ele ficava sentado numa cadeira, na sombra, servindo para tirar as dúvidas dos capitães das equipes (que eram as pessoas que decidiam se havia alguma falta ou não em comum acordo). Somente em 1878 é que surgiu o apito, mas ainda não servia para marcar faltas, somente para avisar sobre o começo e término dos jogos. Em 1881, enfim o árbitro entrou em campo e começou a decidir sobre infrações sem a consulta aos capitães, fazendo parte oficialmente das regras.

Imaginaram um Corinthians x Palmeiras tendo que, a cada falta ou lance polêmico reclamado, sendo decidido acordado pelos seus capitães? Pense na não expulsão de Fágner ou no pênalti de Jaílson… Impossível de se crer.

E você, gostou do VAR?

bomba.jpg

– O Grande erro da Imagem para o Vídeo-Árbitro na partida Huddersfield 0x2 Manchester United

Na vitória do Manchester United contra o Huddersfield pela FA Cup, neste sábado, uma grande vacilada da equipe que cuida da parte tecnológica e que prejudicou a orientação do árbitro de vídeo – prejudicando, por tabela, o jogo.

O atacante espanhol dos Red Devils, Juan Mata, marcou um gol em posição duvidosa. Eis que o VAR comunicou ao árbitro principal que existia impedimento e este acatou a informação. Entretanto, a imagem com linhas sobrepostas foi colocada de maneira errada sobre o gramado, totalmente torta e iludindo na tomada de decisão.

Aqui no Brasil, esses erros também acontecem (mesmo sem VAR), nas transmissões de TV. Eu me recordo de 3!

Veja a marcação de impedimento equivocada do Tira-teima da Globo em 2015 no Palmeiras x Flamengohttps://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2015/02/08/e-o-tira-teima-da-globo-errou-de-novo/

Até na Copa do Mundo isso aconteceu. Lembram de 2014 do lance de Fred em Brasil x Camarões? Aqui: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2014/06/24/voce-confia-no-tira-teima-da-fifa-e-no-da-globo/

Por fim, algo tão “cabeludo” quanto isso foi o erro em 2013, na partida entre Internacional x São Paulo, também envolvendo erro com a linha do impedimento. Em: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2013/10/27/analise-da-arbitragem-de-internacional-x-sao-paulo/

Abaixo, a imagem citada na FA Cup de ontem (não é fake ou montagem, é imagem verdadeira da cabine do vídeo-árbitro):

JUAN MATA

 

– Os clubes adversários do Paulista FC na Segundona Sub 23 e a expectativa do torneio.

A 4a divisão regional do Estado de São Paulo se chamará Campeonato Paulista Sub 23 da 2a divisão de Profissionais; isso já é sabido. Mas tem muito clube inscrito e grande desnivelamento entre eles, seja no “peso da camisa”, na preparação, no financeiro e na tradição.

Veja só cada clube novato: Talento 10 de Marília, o Desportivo Prudente (não é a Prudentina nem o Prudentino, nem o Corinthians Prudente ou o Presidente Prudente FC, tampouco o Grêmio Esportivo Prudente), o novo Catanduva Futebol Clube (que fará clássico municipal contra o Catanduvense), a nova São-Carlense (não é o antigo São-Carlense nem o atual São Carlos), o Mauá Treinamentos e Futebol Eireli (um clube empresa para jogar contra a conhecida Mauaense). Aliás, quantos clássicos municipais, como União de Mogi x Atlético Mogi, São José x Joseense, Flamengo x AD Guarulhos, Assisense x Vocem de Assis, além de outros de rivalidade entre vizinhos: Elosport de Capão Bonito x Itararé!

Dos mais antigos dessa divisão, vejo o Andradina (já apitei Andradina x Ilha Solteira na última rodada da última divisão, estando os clubes em último e penúltimo, com uma historinha engraçada que ficará para outra postagem), o Tupã, a Santacruzense, o Fernandópolis (conhecido como Fefecê), o Taquaritinga e o Barcelona (clube paulistano do bairro da Capela do Socorro). Vira-e-mexe, sobem para a A3 ou ao menos a namoram, e depois voltam para a Segundona (que é a 4a). A esses, juntam-se o organizado Brasilis de Águas de Lindoia (time do Oscar, ex-zagueiro do São Paulo, dono do resort onde os árbitros da CBF se prepararam recentemente), o simpático Guarujá, o ordeiro Itapirense e o bem arrumado Jaguariúna.

Não nos esqueçamos também dos clubes tradicionais que, por motivos diversos, estão na última divisão: XV de Jaú, América de São José do Rio Preto, Inter de Bebedouro, Francana, Bandeirante de Birigui, Comercial de Ribeirão Preto, Jabaquara, Primavera de Indaiatuba, Independente de Limeira e… disparadamente, o “grandão” dessa divisão, o Paulista Futebol Clube.

Não seria adequado a volta da 5a (ou até mesmo da 6a divisão, antiga B3), para agrupar esses times tão jovens e outros tão mais humildes?

Aproveite e analise que é mais sem sentido:

1 um time centenário, com título nacional (Copa do Brasil 2005) e vice-campeão estadual (Paulistão 2004), tendo jogado a Libertadores da América e vencido o poderoso River Plate (2016), hoje jogar contra adversários novatos e modestos (por sua incompetência, lógico), ou

2- o absurdo número de 40 clubes brigando por apenas 2 vagas para o acesso?

Essas coisas são inconcebíveis: o Galo estar tão em baixa (como decaiu tanto em pouco tempo, fruto de má gestões) e a FPF reservar apenas para o Campeão e o Vice-Campeão o acesso para a 3a divisão, em um campeonato que pode ser de míseras 14 datas e ao mesmo tempo perdurar até o final do ano (veja a fórmula de disputa, uma coisa ímpar). É algo descabido, desmotivante e broxante, numa linguagem chula e que exprime a revolta.

Que a FPF faça mais divisões regionalizadas para que se fomente a competitividade! Na última rodada da 1a fase – pode anotar – teremos clubes que darão WO, alguns eliminados aos montes e, o temor maior, aquelas agremiações suscetíveis às máfias das apostas, acertando perder suas partidas por placares combinados. Ou isso nunca aconteceu? Ou melhor: não se divulgou o acontecido a todos…

Mesmo diante de todas essas peculiaridades, não há qualquer justificativa (mesmo com as dificuldades financeiras) para não se atestar: pelo peso da camisa, pelo estádio, pelo número e pela paixão dos seus torcedores, pelos títulos e pela sua história, o Paulista é o MAIOR TIME da competição. E por isso, tem a obrigação (para não se apequenar de vez) de subir para a A3.

Claro, o futebol é, talvez, o único esporte em que o melhor nem sempre ganha. Só que será frustrante chegar no final do ano e não ver o Galo erguer a Taça de Campeão.

Eu confio no trabalho sério do treinador Sérgio Caetano, reconheço as dificuldades financeiras e hercúleas do gerente de futebol Juninho, além do apoio da Torcida que não o abandona (aqui me refiro às “testemunhas de sempre”, que estão na boa e na ruim, entre anônimos e as organizadas). E é justamente por isso que o Tricolor da Terra da uva subirá: pela superação!

Aliás: de novo se especula sobre Nenê encerrar a carreira, um dia, no Paulista FC (“dê um Google” sobre esse assunto e verá o quanto ele próprio já atestou isso). Após assinar contrato com o SPFC por dois anos, será que concretizará essa vontade (manifestada diversas vezes), estando com o Galo na A2 (se tudo ocorrer bem, calculando o tempo de vínculo do atleta e confiando no acesso do Paulista FC até essa data prevista)?

Aliás, uma ideia: Nenê é muito querido pelo presidente do Paris Saint-Germain, o sheik Nasser Al-Khelaïfi, o catariano que levou a Copa de 2022 para o seu país, maior partícipe do bilionário fundo QSI (Qatar Sports investment) e “dono do Catar”. Nenê, quando jogou na França, foi artilheiro e ídolo no time parisiense e só saiu de lá por força do marketing e da chegada de Ibrahimovic. Quem sabe o nosso querido atleta jundiaiense não poderia convencer o endinheirado investidor a fazer uma parceria com o Tricolor da Terra da Uva?

Não custa pedir ou tentar…

Aliás, para um time da 4a divisão, há muita história de craques como Nenê (ou até mais famosos) que por aqui passaram… Vide essa montagem, abaixo, de ex-atletas do Paulista, e peço a ajuda: alguém sabe quem a montou? 

Ops: Precisamos achar uma vaguinha para o Alemão (ex-Napole e São Paulo, que foi muito bem em Jundiaí) e outra para o centroavante Gerson (ex-Internacional e Atlético Mineiro, que creio ter sido o primeiro atleta do Paulista a figurar na Seleção Brasileira). No banco, divido o espaço com os saudosos e queridos treinadores Giba e Capitão Nivaldo Bonassi (se bem que não devemos esquecer o Luiz Carlos Ferreira, por tudo o que aqui fez).

bomba.jpg

– O que é ser time grande? Sobre Aparecidense 2×1 Botafogo

No futebol, nem sempre o chamado “time grande” vence. E ao saber que a modesta equipe do Aparecidense venceu (e até com gol do veteraníssimo e “fortinho” Nonato, na foto desta postagem) o Botafogo-RJ por 2×1 e o eliminou da Copa do Brasil, vale questionar algumas coisas:

1. Hoje, “camisa” ganha jogo?

2. Os atuais times grandes, de fato, ainda são grandes ou a grandeza ficou apenas em sua história?

3. O que define “ser grande”: os títulos, o dinheiro ou a torcida?

4. E o técnico? Ele “mais ajuda a ganhar” ou “mais ajuda a perder”? Vide a campanha do Fogão com Jair Ventura em 2017…

O que não se apagará é o vexame de 2018 da Estrela Solitária. Ser eliminado nessa 1a fase da Copa do Brasil é algo de esforço muito grande.

bomba.jpg

– 10 anos do 1o Gol de Alexandre Pato na Itália. Só que…

Quando vi o Alexandre Pato jogar (e muito bem) com tranqüilidade no Parque Antártica (Palmeiras x Internacional), ainda júnior mas jogando no profissional, fiquei impressionando com o ótimo futebol mostrado.

Pato tinha tudo pra “dar certo”. Do Internacional foi para seu primeiro time estrangeiro: o poderoso Milan!

Hoje faz 10 anos que Alexandre Pato fez seu primeiro gol na Itália. E ao invés de evoluir, regrediu. 

O que aconteceu com ele nesse tempo todo? Aliás, olhe na foto cada companheiro de time ele tinha na Velha Bota…

Em: master.m3u8

bomba.jpg