Quando se fala em democratização no gerenciamento organizacional, você encontrará termos como “administração participativa”, “gestão horizontal” e “organizações de hierarquia mínima”. Não importa, falamos da mesma coisa: o compartilhamento de ideias, decisões, soluções e criações.
As grandes empresas globais adotam isso, que são os modelos baseados no que fazem “Google” ou da “Netflix”, mostrando como chefes e subordinados se relacionam beirando a informalidade e dividem a cumplicidade de ações.
Pois bem: na Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (Julho/2018), em matéria de Lara Silbiger, o assunto é tratado bem didático.
Por exemplo: “administrar compartilhando” seria ideal para a empresa que…:
- Confia nos funcionários. Para abrir mão do controle tradicional, o empreendedor precisa ver os empregados como pessoas responsáveis, criativas e capazes de tomar decisões.
- Estão dispostas a apostar na distribuição das atividades de gestão entre equipes habilitadas e definir prioridades a planejar e a tomar decisões.
- Investem no engajamento e na formação de pessoas, uma vez que a adesão à gestão descentralizadas pressupõe uma chuva de aprendizagem.
- Adotam avaliações de desempenho e reuniões de Feedback para fazer uma leitura mais precisa de quanto cada pessoa colabora para os resultados.
- Estão dispostas a discutir se a remuneração dos funcionários reflete, na mesma proporção, o valor que eles agregam aos resultados do negócio.
- Têm como alicerce uma gestão baseada em princípios de governança, como ética, responsabilidade, compliance e respeito à sustentabilidade.
Além disso, os modelos de gestão compartilhada poderiam ser com (seus prós e contras): Sociocracia, Holacracia, e Management 3.0 – mas aqui ficará para uma outra postagem.
Claro, para que isso funcione, são necessárias algumas atitudes descentralizadas, como:
- Envolva nas discussões todas as pessoas que serão impactos pela decisão ou que serão relevantes para a evolução da iniciativa.
- Valorize a diversidade de experiências e de competências das pessoas que formam o grupo.
- Descubra o que elas têm em comum e que pode alavancar a participação colaborativa, como metas, aspirações e valores.
- Evite crítica precoces e abra mão de defender só os seus pontos de vista. Escute cada proposta com foco nas contribuições que pode trazer para o negócio.
- Não tema as possíveis tensões. Elas são parte essencial do processo de geração de novas ideias.
- Identifique as semelhanças entre as pessoas. isso aumenta a confiança umas nas outras e ainda minimiza antagonismos.
- Crie um ambiente que estimule o convívio coletivo. Os espaços de trabalho devem favorecer a comunicação sem barreiras físicas.
De fato, a distância hierárquica das organizações está cada vez menor e não cabe mais tanto distanciamento entre os níveis de pessoal.
Imagem extraída de: https://mundocarreira.com.br/lideranca-e-gestao-de-pessoas/entenda-o-que-e-gestao-compartilhada-e-como-pode-funcionar/