Se você tem uma história afetiva intensa com alguma pessoa, quando ela te decepciona, você pensa bem e releva a “falta cometida“. Se você não tem tanta intimidade, expressa a mágoa imediatamente.

É exatamente o que está acontecendo com Messi e Neymar no Paris Saint-Germain. Duas estrelas não tão reluzentes como se imaginava …

O argentino está sentindo o peso da idade e a filosofia de jogo diferente do que estava acostumado. A vida dele foi pautada por uma cultura e um estilo de pensar e jogar futebol lá na Catalunha. A paixão dele foi e é o Barcelona, sua “esposa querida” que forçosamente teve que se divorciar. A namoradinha atual (a torcida parisiense) não lhe quer tão bem, afinal, nunca morreu de amores por ele – embora seja uma herdeira endinheirada, bonitinha e de pai ordinário (um emir catariano), que quer aparecer bem acompanhada de um craque.

Já o brasileiro, que não é mais “um menino em forma de guri”, mas se comporta como “um adulto sem infância”, não consegue ter a simpatia dos torcedores. As contusões, as ausências, as idas às festas e as polêmicas que se envolve apagaram os repentes de simpatia do tempo em que era somente um Menino da Vila. Cada vez mais tem dificuldades físicas e de relacionamento com as pessoas que não lhe paparicam (aparentemente falando).

Se o francês que tanto quer uma UEFA Champions League se sente decepcionado pelo pouco futebol mostrado por esses nomes importantes, é justo que se vaie. Afinal, no salário que recebem está incluído o “custo vaia”, “custo fim de privacidade” e “custo social”. Logicamente, isso tudo pode afetar a saúde mental – que é uma consequência de tudo isso, não a causa.

Gostaria muito de abordar esse tema: a saúde mental do jogador de futebol, em suas diversas realidades e condições financeiras, mas ficará para outra hora. Por enquanto, a questão é: justas vaias para os craques ex-Barcelona que atuam no PSG, pelo momento atual (evidentemente, a história deles não merece vaias).

Imagem extraída de Jovem Pan Esportes, via twitter.