– Os clubes lavam suas mãos para não se comprometerem com a mudanças do futebol brasileiro.

Estamos na Quaresma, um tempo que culmina na Semana Santa, onde os católicos se recordam da crucificação de Cristo, dada após o mandatário romano Pôncio Pilatos literalmente lavar as suas mãos como símbolo de que estava isento de culpa da pena imposta a Jesus. Mesmo tendo poder, fez a “vontade do povo” e tirou sua responsabilidade da situação.

Os dirigentes dos clubes de futebol do Brasil, guardada as proporções, não estão fazendo a mesma coisa? Eles lavam suas mãos e fingem não ser deles a responsabilidade em mudar o status quo do esporte.

Nas brigas de torcidas nas ruas, alegam que não sabem quem são e procuram desvincular suas marcas. As quadrilhas organizadas disfarçadas de torcedores, segundo eles, agem isoladamente.

Nas reuniões da CBF, pedem (até hoje) benção a Del Nero e baixavam a cabeça a Caboclo (lembram do vídeo vazado, onde o então mandatário impõe sua vontade)?

Na hora de decidir os rumos do futebol nacional, ninguém se une. Viram o peso que as federações continuarão a ter nas eleições da CBF (as mesmas que recebem o oficializado mensalinho)?

Agora se fala da criação de uma Liga Brasileira com a expertise da espanhola La Liga. À frente do projeto: Andrés Sanches e Ronaldo Nazário. Seria um rompimento? Uma mudança para melhor, ou somente uma ação disfarçada com os mesmos nomes de sempre?

A verdade é: presidentes de clubes lavam mesmo as suas mãos! Se queixam do calendário, mas não lutam por um melhor. Reclamam das federações, mas são cordeirinhos delas. Queixam-se de erros da arbitragem, mas nunca falam sobre isso quando os erros são a favor. E por aí vai. Nada fazem para melhorar. Lamentável.

Imagem extraída de: https://www.deviantart.com/fillipecs/art/Poncio-Pilatos-510041966

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