Sandro Meira Ricci apitou o jogo entre Al Jazeera 1×2 Real Madrid, pela semifinal do Mundial de Clubes 2017. Mas e se o gol de Casemiro (para mim mal anulado, Benzema não está em impedimento ativo) fizesse falta e os merengues não fossem para a finalíssima?
Evidentemente as teorias conspiratórias surgiriam, e uma delas seria: o árbitro brasileiro “prejudicou propositalmente” o Real Madrid para facilitar a vida do time brasileiro do Grêmio que jogaria a final contra a equipe dos Emirados Árabes Unidos (em tese, um jogo mais fácil).
Quer prova maior para entender que a escala foi imprudente (não estou me referindo à competência deles)?
Imagine se por um motivo qualquer, mesmo o Real Madrid vencendo o jogo, Ricci tivesse que expulsar o português Cristiano Ronaldo. Estando certo ou não, a ilação pelos espanhóis de que o Cartão Vermelho era em benefício do Grêmio seria imediata.
Agora, pense no jogo da terça-feira: e se um espanhol apitasse o jogo entre Grêmio x Pachuca e tivesse que expulsar um atleta do time porto-alegrense? Já imaginaram as reclamações do presidente Romildo Bolzan (que chiou por Heber apitar Corinthians x Grêmio e imputar uma pressão desnecessária), alegando que tudo estava armado para ajudar os madrilenhos?
O certo é: com tanto árbitro no mundo, por quê escolher um do mesmo país de um time que está em disputa? Nada contra o Ricci nem como meus amigos e competentes Emerson Carvalho e Marcelo Van Gassen. Mas prudência para maquiar a “mulher de César” é bom, não?
Enfim: que não se cometa o mesmo erro do ano passado, que por fazer “média política” a FIFA escalou o árbitro de Zâmbia Janny Sikazwe na final entre Real Madrid x Kashima, deixando de expulsar Sérgio Ramos em momento crucial do jogo.
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