Nossa, que confusão no Estádio Raulino de Oliveira no Fla-Flu de ontem, não? Tudo por conta de um gol anulado, depois confirmado, e por fim novamente anulado que seria o empate do Fluminense aos 39 minutos do segundo tempo (placar de 1×2 naquele momento).
Vamos lá: Gustavo Scarpa cruza a bola e alguns jogadores do Fluminense estão em posição de impedimento. Todos eles vão para a disputa de bola e Henrique finaliza para o gol. O bandeira Emerson Augusto de Carvalho (FIFA-SP) corretamente anula a jogada. O Fluminense reclama e Henrique alega estar em posição legal (mas não estava). O árbitro Sandro Meira Ricci conversa com Emerson e resolve confirmar o gol.
Importante: não se sabe o teor da conversa, impossível dizer se Emerson mudou de opinião ou não. Aparentemente, a decisão foi de Ricci que chamou a responsabilidade para ele, pelo visto nas imagens.
Aqui, uma consideração relevante: mesmo se Henrique estivesse em condição legal, o gol deveria ser anulado pois os demais atletas do Fluminense participam ativamente da jogada. Não precisa esperar definir quem vai tocar a bola, pois a defesa flamenguista não pode ficar esperando o bandeira dizer quem milimetricamente está impedindo ou não para deixar de marcar o adversário. É diferente de quem está explicitamente à frente e não está participando da jogada.
Após a confirmação do gol, foi a vez do Flamengo reclamar. Muito bate-boca e com 10 minutos de paralisação resolveu-se invalidar o gol. Por ter esperado tanto tempo e depois de tanta gente entrar em campo, ficará a dúvida: qual o motivo preponderante para confirmar o impedimento? Três hipóteses:
- A. Sandro resolveu atender a 1a informação do bandeira e humildemente se redimiu do erro?
- B. Chegou uma informação externa confirmando o impedimento?
- C. Uma análise fria da conversa entre o quarteto de arbitragem decidiu o lance?
Infelizmente, pelo “modo da coisa”, parece-me que houve interferência externa. Como o árbitro não pode dizer que decidiu por imagem (SE FOI ISSO QUE ACONTECEU), ficará apenas na discussão. Se o árbitro afirmar que na dúvida recebeu uma informação de fora, a partida pode ser anulada por erro de direito (chance mínima de isso acontecer).
Enfim, por vias tortas ou não, o gol reclamado do Fluminense foi ilegal e invalidado. A priori, palmas para Emerson Carvalho que decidiu pelo olhômetro e mostrou competência e um puxão de orelha ao árbitro Ricci que deu uma vacilada em demorar a confiar no seu assistente.
Se ressalte duas coisas:
- 1. Não nos esqueçamos que Sandro Meira Ricci era vetado pelo Flamengo, criticado pela diretoria e só voltou a ter o aceite de sua escalação após boa atuação no Morumbi na partida entre São Paulo x Flamengo. Isso foi confirmado pelo gerente de futebol Rodrigo Caetano em entrevista à Fox Sports na última segunda-feira, após questionamento do jornalista Fábio Sormani no programa Fox Sports Rádio.
- 2. Na súmula, o árbitro relata a paralisação de 10 minutos do jogo, sendo acrescentado 5 minutos por ele e mais 2 para as substituições e perdas de tempo diversas. Como o jogo parou aos 40 minutos do segundo tempo, há lógica (já que a partida terminaria aos 45 minutos). Se o jogo ficasse paralisado 20 minutos a partir deste tempo, também deveria-se acrescentar os 5 apenas.
Em tempo: e o “mico do intervalo”? Torcedores das duas equipes são convidados para uma disputa de pênaltis no intervalo e o pau comeu solto!
Meu Deus…

