– Emendas à Regra do Jogo 2016/2017: 23 novas alterações no Futebol!

Não se assuste, mas saiba: a Regra do Futebol irá ser alterada em diversas situações a partir de 1o de junho de 2016, e elas sequer foram divulgadas a contento.

Vamos entender essa transformação que ocorrerá?

No começo do ano, houve a histórica reunião da International Board (a “dona das Regras do Jogo de Futebol” e seus parceiros (FIFA e demais Federações históricas da Grã Bretanha, as pioneiras na prática do esporte, como o próprio nome qualifica, “bretão”). Desse encontro, repercutiu bastante a autorização para testes com árbitros de vídeo (AV), ou seja, o uso de imagens para 4 situações:

A- confirmar a validade ou não de um gol onde exista dúvida de infração,

B- acerto de decisões ao marcar pênaltis duvidosos ou simulações,

C- confirmar se é justo ou não a aplicação de um cartão vermelho e

D- identificar um jogador infrator para ser advertido em situações que o árbitro confunde quem praticou a infração.

Entretanto, além dos testes, surgiram inúmeras alterações em outras Regras, algumas importantes e outras que poderão passar despercebidas. Mas confesso: é um pacote de alterações nunca antes visto nos tempos do “futebol moderno”.

Para a temporada 2016/2017 (ou seja, para campeonatos que começarem a partir de 01 de junho), além de novas orientações à Regra, surgiram novas redações mais claras de alguns pontos obscuros (esqueça o bordão popular “a Regra é Clara”). De todas (são muitas), cito 23 necessárias ao conhecimento do público em geral (as demais não citadas  decorrem de correções redacionais e/ou detalhes de normatização que não mudarão a prática):

REGRA 1

1- Estarão proibidos gramados que contenham grama natural misturados com grama artificial. Com o maior número de estádios com piso sintético, fez-se necessária essa observação.

2- As bandeiras de escanteio deveriam ser “limpas”, sem desenhos ou marcas. Agora, se poderá colocar os emblemas das associações esportivas/ organizadoras do evento. Publicidade nas bandeirinhas do tiro de canto continuam proibidas!

REGRA 3

3 – Expulsão de atletas antes do apito inicial: anteriormente, um jogador que merecesse o cartão vermelho antes do jogo começar, era substituído por qualquer outro atleta na súmula (e contava como uma das 3 substituições de jogo). Agora, ele pode ser substituído e a equipe continuará podendo realizar 3 alterações durante a partida.

4- Se um atacante chutar a bola e, quando ela fosse entrar no gol, batesse num objeto estranho ou em uma pessoa qualquer que invadisse (um gandula que tenta impedir o gol), o jogo deveria ser paralisado e marcado bola ao chão. Agora, se a bola entrar no gol e o toque ocorrer e não for relevante (mudar a conduta de um zagueiro ou defensor momentaneamente), deve-se confirmar o gol.

REGRA 4

5- Fitas, adesivos ou qualquer coisa que vá sobre a meia, deverão ser da mesma cor da meia (por exemplo, se a meia do atleta é vermelha e ele quer amarrar uma fita crepe ou usar uma proteção extra para o pé, deverá ser da mesma cor. Isso se refere também àquelas pequenas tornozeleiras externas, normalmente brancas.

6- Shorts e calções térmicos deverão ser de uma das cores relevantes da bermuda e idênticos à todos os atletas das equipes. Se a bermuda é branca com bainha preta, o calção térmico poderá ser branco ou preto – mas toda a equipe deverá usar a mesma cor de calção térmico. Aqui fica a observação: pela lógica da nova normatização de calções térmicos e acessórios sobre as meias, por que ninguém mexeu com a “cor das chuteiras”? Provavelmente, a força de bastidores da Adidas ou da Nike é maior…

REGRA 5

7- Avaliação do árbitro para permitir atendimento médico a atletas que se machucam: se o infrator receber cartão amarelo ou vermelho, o lesionado poderá ser atendido dentro de campo, sem a necessidade de sair do gramado de jogo como é hoje.

REGRA 7

8- Duração da Partida: antes, se paralisava o cronômetro quando existia a pausa para a reidratação. Agora, o tempo deve ser contínuo e o árbitro deve indicar ao final do jogo, nos acréscimos, a recuperação dessa paralisação (não nos assustemos com acréscimos de 6, 7 ou 8 minutos de jogo com mais frequência).

REGRA 8

9- Uma novidade: no bola ao chão, o jogador que tocar a bola não poderá tocá-la novamente até que alguém a toque novamente (como em tiro livre indireto, o popular “dois toques”). Se o fizer, deverá se marcar tiro livre indireto ao adversário.

10- Não será mais necessário que o tiro de saída seja para frente. O jogo poderá ser iniciado com um toque para trás.

REGRA 10

11- Nas decisões por pênaltis, o árbitro deverá sortear a meta onde ocorrerão os chutes, ao invés de escolher um dos gols (só poderá fazer em condições extremas; ou seja, se uma área está muito mais prejudicada por outra por conta de chuva, neve, buraco, etc.). Portanto, serão dois sorteios: o primeiro para saber em qual meta serão disputados os pênaltis; o segundo, quem começará batendo os pênaltis.

12 – As equipes não precisarão informar previamente os batedores numa decisão por pênaltis. Ou seja: o árbitro só saberá na hora quem vai chutar as cobranças (reforço: os clubes não precisam mais informar os nomes dos cobradores nem a ordem).

REGRA 11

13- Os braços dos atletas de linha nunca contaram para a marcação de impedimentos (pois os jogadores de linha não podem tocar a bola com a mão). Agora, um lembrete: em qualquer lugar do campo (inclusive na sua própria grande área), não se conta o braço do goleiro também.

14- Se um atacante ficar parado dentro da meta (anteriormente essa ação era para demonstrar que não queria participar da jogada), e sua equipe fizer o gol, o gol deverá ser anulado e será marcado impedimento.

REGRA 12

15- A “mão na bola”, necessariamente, não deve ser sempre sancionada com cartão amarelo. A partir de agora, deve-se analisar qual a intensidade/ gravidade/ motivo do uso da mão na bola.

16 – Ofensas verbais contra a arbitragem serão consideradas para a marcação de tiro livre direto ao adversário (não mais indireto), assim como para pessoas do banco de reservas. Na prática, se um zagueiro xingar o árbitro dentro da área com a bola rolando, poderá ser marcado pênalti!

17- Começarão a existir as “faltas fora do campo”: a situação em que os atletas estão disputando a bola, correm, saem de campo mas a bola fica dentro do gramado. Antes, se ocorresse um agarrão ou um pontapé, você não poderia marcar a falta pois a bola estava em campo mas os atletas não (se reiniciava com bola ao chão). Agora, você marcará a falta e o jogo se reiniciará sobre a linha demarcatória, no ponto mais próximo do local da infração. E se isso for próximo a grande área, pênalti!

18- A mais relevante: a não expulsão de um jogador que impedir uma situação clara e manifesta de gol, desde que este cometa uma infração durante a disputa de bola. Ou seja: se o gol estiver aberto, sem goleiro, e o zagueiro faz uma falta temerária no atacante, se marcará pênalti e aplicará cartão amarelo (não mais o vermelho). Porém, se o zagueiro der um pontapé certeiro contra o atacante, sem visar a disputa de bola (uma agressão, por exemplo), continuará a ser vermelho. Idem para a situação de uso indevido das mãos na bola, como na marcante defesa de Luizito Suarez na Copa de 2010. Tais lances continuam a ser vermelho.

REGRA 13

19- Para qualquer cobrança de tiro livre, acrescentou-se que a bola só estará em jogo quando for chutada e mover-se claramente. Portanto, acabou a burla de “tocar leve e disfarçadamente na bola”, colocando a bola para seu companheiro sair jogando e enganar o adversário que pensa que o tiro ainda será cobrado.

REGRA 14

20 – Nas cobranças de pênaltis, duas alterações: se o atleta der a “paradinha proibida” (aquela na hora exata do chute), a cobrança será considerada irregular e não voltará o chute, mas se marcará tiro livre indireto ao adversário. A outra: goleiro que infringir a regra será advertido com cartão (ou seja, se ele se adiantar na cobrança, recebe o Amarelo).

REGRA 15

21 – Nos arremessos laterais, os adversários não podem interferir na cobrança e devem estar a 2 metros de distância.

REGRA 17

22- Na cobrança de um tiro de meta, sabe-se que a bola só pode ser tocada por quaisquer jogadores quando ela sair da área (embora eles possam estar dentro da área penal durante a cobrança, sem tocá-la). Agora, se um adversário estiver dentro da área durante a cobrança, não só deverá esperar ela sair da área como também deverá esperar alguém tocá-la para poder tentar dominar a bola.

SINAIS DOS ÁRBITROS

23- O árbitro poderá dar “sinal de vantagem” com apenas uma mão, não necessariamente com duas (nossa, que importante!!!).

Sinceramente, acho que de todas, algumas poucas modificações são necessárias (como validar um gol quando há o toque externo e ele não é determinante ,ou quanto a questão de faltas fora do campo de jogo). Outras, duvidosas (cartão amarelo ao goleiro que se adiantar durante a cobrança de pênalti) e algumas burras (como não expulsar atleta em situação clara e manifesta de gol).

Sobre o árbitro de vídeo?

Aguardemos os testes.

O que achou de todas estas mudanças? Salutares ou não?

bomba.jpg

– Dá-lhe Toninho Porcari

Não posso deixar passar batido. Faz 30 anos e 1 mês que nosso saudoso vô Tóni alegra as festas lá no Céu.

Apesar da minha pose (tinha 5 anos!), da sanfona nada aprendi; mas da simpatia e do carisma dele sempre me espelhei.

 

<

– Tênis Original x Falsificado

Você já parou para comparar um tênis falso de outro original?

Os malefícios podem ser muitos: desgasteslesõescalor excessivo, entre outros.

Veja que interessante os testes da fundação Pró-Testes com os modelos mais falsificados de corrida. Abaixo:

(Extraído de: http://boaforma.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/31/tenis-de-corrida-falsificado-pode-colocar-a-saude-em-risco-mostra-analise.htm)

TÊNIS DE MARCA FALSIFICADO PODE PROVOCAR RISCO À SAÚDE

Economizar na hora da compra de um bom produto às vezes pode trazer dor de cabeça no futuro, mas não foi o que a Proteste – Associação de Consumidores constatou no teste com seis marcas de tênis de corrida. A análise apontou que desde que não compre um produto falsificado, dá para gastar pouco e adquirir um excelente tênis.

A associação analisou um modelo falsificado, para verificar quais os danos que o uso desse tipo de produto pode causar à saúde do consumidor e constatou que, além de desconfortável, o modelo lesiona os pés e não é nada resistente. O modelo falsificado pesava 423g, mais de 80g acima do peso máximo recomendado para calçados voltados para a prática de esportes, que é de 360g.

Além de leves, os tênis devem ser confortáveis e permitir entrada e saída de ar, o que aconteceu com o falsificado.  No final do exercício, o produto ficou 5,6°C mais quente que no início da corrida.  A variação máxima da temperatura não deve atingir os 5,5°C.

RUPTURAS NA SOLA

o teste de durabilidade feito pela Proteste, o modelo da Reebok teve desempenho ruim.  Foram observadas rupturas nas solas na análise de flexão, provando que não é resistente em esportes de movimentos repetitivos como a corrida. Pelos problemas  apresentados, ele  não foi indicado para compra e ficou como último colocado do teste , com apenas 36 pontos no ranking final.

O Reebok foi o único modelo reprovado no teste de índice de pronação, que é a rotação interna da parte posterior do pé (calcanhar), e cujo excesso pode resultar em lesões nas articulações do joelho. Mas em segunda análise, feita com novas amostras, o tênis foi considerado aceitável. Procurada, a marca não se manifestou sobre o assunto.

ECONOMIA

Todos os modelos originais testados foram eficientes ao amortecer a pisada e nenhum machucou os pés. O melhor tênis do teste foi o Asics Gel Nimbus 13, com 86 pontos e que pode custar até R$ 636, mas pode ser encontrado por R$ 390.

O segundo melhor foi o Puma Exsis 2, que varia de R$ 129 a R$ 250, e ficou apenas um ponto abaixo do modelo do Asics. Optando pelo modelo da Puma o consumidor adquire um bom produto e ainda economiza cerca de R$ 360.

Foram testados os modelos: Asics Gel-Nimbus 13, Puma Exsis 2 , Mizuno Creation 13, Adidas AdiStar Ride 3 M, Nike Zoom Vomero 6 e Reebok Focus Dmx Power.

Os testes envolveram conforto, qualidade e durabilidade dos produtos. Para verificar a temperatura interna foi medido o calor após andar por 30 minutos na esteira e para avaliar o índice de amortecimento foi simulada uma caminhada sobre uma pista com sensores que identificam o grau de impacto sofrido. E, após os testes, foi verificada a adaptação do tênis ao pé do usuário, observando marcas e lesões.

bandeira-pirata.jpg