Hoje, a gasolina que é vendida nos postos possui na sua fórmula 20% de álcool. Mas como a produção não têm sido suficiente, o governo estuda dar incentivos fiscais para que se plante mais cana-de-açúcar. Dessa forma, aumentaria o percentual para 25%, reduziria a importação de Gasolina e ofertaria mais Etanol.
Dará certo?
Se não der, importaremos Gasolina e Álcool…
Não éramos autosuficientes, tempos atrás?
Extraído da Revista Eletrônica Posto Hoje, Ed 10/07/2012
COTA DE ÁLCOOL ANIDRO NA GASOLINA VOLTARÁ A 25%.
O governo avalia voltar a ampliar o percentual de álcool misturado à gasolina, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele, no entanto, explicou que esse possível aumento só será possível caso a produção brasileira de álcool cresça de forma mais significativa. Lobão esteve em Niterói, região metropolitana do Rio, onde participou da cerimônia de entrega do terceiro navio do Programa de Modernização da Frota (Promef) da Transpetro, subsidiária da Petrobras para as áreas de transporte e logística. Construída pelo estaleiro Mauá e batizada de “Sérgio Buarque de Holanda”, a embarcação será voltada para o transporte de combustíveis. Com 183 m de comprimento, tem capacidade para carregar até 56 milhões de l. O ministro evitou fazer qualquer estimativa a respeito de quando a produção poderia dar um salto, influindo, assim, no percentual do álcool adicionado à gasolina. Disse ainda que a 13ª rodada de licitação de blocos de petróleo continua sem data definida, à espera de uma decisão da presidente Dilma Rousseff. Lobão informou também que o governo enviou mensagem ao Senado pedindo a recondução de Magda Chambriard, atual diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O mandato dele vencerá em novembro.
PAÍS IMPORTARÁ ETANOL
A proposta da Petrobras, em análise pelo Ministério de Minas e Energia, de aumentar de 20% para 25% o teor de álcool anidro na gasolina esbarra na incapacidade do mercado produtor brasileiro de atender à expansão de imediato. No curto prazo, seria preciso importar etanol. Com mais etanol na mistura, a Petrobrás teria um alívio de caixa, pois reduziria a necessidade de importação de gasolina. Para o presidente executivo interino da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues (foto), “é muito difícil chegar aos 25% com produção nacional”. Um desafio para os produtores é que a safra atual de cana-de-açúcar já está com andamento de 25% a 30%. Ou seja, a indústria já planejou as produções em curso para a atual mistura de 20%. Uma decisão do governo sobre o tema s eria mais conveniente no início da safra, em abril, segundo Pádua Rodrigues. “É importante sair com a regra já definida no início da safra”, afirmou. A Unica deverá terminar até o fim do mês os estudos sobre a oferta nacional para avaliar a possibilidade de aumento da mistura. Os dados servirão como base para definir para quanto os 20% atuais poderiam ser elevados.
