Para o jogo final da Libertadores entre Corinthians X Boca Jrs teremos um quarteto colombiano, comandado por Wilmar Roldán. Este árbitro é considerado o novo “Oscar Ruiz” da Conmebol, já que tem atuado em grandes jogos pelas competições da América do Sul, como rotineiramente fazia seu compatriota. Trabalhou em 10 partidas pela Libertadores, é o árbitro com o 4º maior número de cartões aplicados por jogo, e se destaca pelo rigor disciplinar e grande capacidade técnica. No começo da carreira, foi chamado de “Castrilli da Colômbia”, pela semelhança física. Na última semana, Roldán declarou ao diário esportivo Olé (Argentina) que seu grande ídolo da arbitragem, de fato, foi Javier Castrilli (árbitro FIFA da Argentina que se envolveu em polêmica partida no Campeonato Paulista – Portuguesa X Corinthians).
Roldán, assim como Osses (o árbitro chileno da semana passada) deixa o jogo fluir e não apita faltas bobas. Rigoroso disciplinarmente e bem fisicamente. Bom nome para a final. Mas vale o recado aos clubes: cuidado com a indisciplina, pois senão o árbitro não deixará os times acabarem com 11 em campo.
Curiosidades:
1) Armando Marques será o representante da Conmebol para conduzir os trabalhos no Pacaembu (será o “assessor da arbitragem”). Figura polêmica, será homenageado pela Sulamericana em breve, pelos bons serviços prestados ao futebol, juntamente com o uruguaio Recoba e o argentino Burrochaga.
2) Roldán foi o polêmico árbitro da partida Libertad X São Paulo, pela Copa Sulamericana, partida na qual Richarlysson tentou agredir o árbitro e onde o lateral esquerdo Juan o acusou de racismo.
3) O quarto-árbitro da finalíssima será José Buitrago, o mesmo que apitou Emelec X Corinthians e Boca X Fluminense, ambas arbitragens criticadas pelos brasileiros que o taxaram de “caseiro”. A propósito, foi na partida Emelec X Corinthians em que o presidente Mário Gobbi, revoltado, chegou a dizer destemperadamente que a Libertadores era uma várzea, e que o Paulistão valia mais. Já no Boca X Fluminense, o prejuízo foi grande para os brasileiros, com péssima atuação do árbitro.
Se o 4º árbitro, como árbitro principal é caseiro, como será nesta outra função?
Mero palpite: a partida será decidida na cobrança de tiros penais. A propósito, quando há esse tipo de decisão por pênaltis, as cobranças não fazem parte oficialmente do jogo, mas sim do meio de decidir uma disputa eliminatória. Isso quer dizer que se o Boca Jrs vencer uma hipotética disputa nos penais, o Corinthians, oficialmente será vice-campeão invicto (perder nos pênaltis não é derrota no jogo pela regra).
