Lucas Paquetá foi investigado pela autoridades da Inglaterra por supostas fraudes em sites de apostas por 9 meses. Por fim, está sendo acusado de forçar cartões amarelos em 4 jogos, a fim de favorecer apostas de amigos (houve um volume alto de apostas de que ele tomaria os cartões que tomou, próximo a localidades onde moram amigos e parentes do atleta). Como é acusado, terá direto de se defender. Se não conseguir, será condenado e provavelmente suspenso por um tempo no futebol.
Fico pensando: o que leva a um jogador milionário, aceitar tal risco (caso seja confirmada tal infração)?
Na Máfia dos Apostadores, recente aqui no Brasil, Kevin Lomónaco, que ainda pertence ao Red Bull Bragantino e depois de um ano suspenso, voltou a campo pelo Tigre, da Argentina, na semana passada. Imaginem o prejuízo financeiro e de imagem ao atleta…
Mas algo que não se falou a exaustão: o atacante Luiz Henrique, do Botafogo (cortado juntamente com paquetá na convocação de Diniz), foi investigado pela LaLiga quando jogou na Espanha pelo mesmo motivo, e não foi acusado. Será que a Inteligência Artificial de John Textor sabia que estava tudo em ordem, por isso o americano o contratou?
CASO PAQUETÁ E A SITUAÇÃO DE LUIZ HENRIQUE
Por Sérgio Santana
Lucas Paquetá, do West Ham, foi denunciado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) por má conduta com relação a apostas em quatro jogos da Premier League. O meia da Seleção era alvo desde o ano passado em investigação que também envolvia Luiz Henrique, do Botafogo – à época atuando no Real Betis, da Espanha. O resultado final foi de que não houve atividade ilegal envolvendo o atacante.
O processo de investigação, realizado em agosto do ano passado, partiu de um volume de apostas acima do normal em dois jogos no mesmo dia, um no Campeonato Inglês e outro no Espanhol. A aposta era que Lucas Paquetá levaria cartão amarelo contra o Aston Villa e Luiz Henrique fosse advertido diante do Villarreal. Ambos foram amarelados no dia.
Na ocasião, inclusive, Luiz Henrique fora cortado da convocação da Seleção pré-olímpica pelo envolvimento na denúncia.
O atacante, porém, não foi denunciado por nenhuma instituição. E a tendência é que não seja. A LaLiga, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, abriu investigação para apurar os fatos. A federação espanhola constatou, em documento publicado em dezembro de 2023, que “não tem conhecimento de que, até à data, o referido jogador seja objeto de investigação ou procedimento por violações desta natureza”.
O ge teve acesso ao documento que prova a liberação do jogador do Botafogo das investigações. Veja abaixo.
“Certifica que, em resposta ao pedido formulado pelo clube filiado Real Betis, solicitando informação sobre a possível existência de sanções impostas por infrações relativas a jogos de azar e apostas desportivas contra o jogador Luiz Henrique, e uma vez consultados os antecedentes e documentação disponíveis, esta organização não tem conhecimento de que, até à data, o referido jogador seja objeto de investigação ou procedimento por violações desta natureza.
Neste sentido, porém, a Liga Nacional de Futebol Profissional não tem poder disciplinar sobre os jogadores dos clubes que a integram.
E para que assim seja, para os devidos fins, emito e assino esta certificação em Madrid, no dia 14 de dezembro de 2023.”
A LaLiga, inclusive, teve que validar a transferência do jogador para o Botafogo em fevereiro. Caso existisse a investigação, ele não poderia deixar o país, mas a federação deu o caso como encerrado.
Luiz Henrique é a contratação mais cara da história do futebol brasileiro em valores nominais. Com bônus e metas, a transferência pode chegar em 20 milhões de euros (R$ 106,6 milhões, na cotação da época). O camisa 7 tem três gols e duas assistências em 15 jogos pelo Botafogo.