– Poupar atleta, pode. E o árbitro?

Muito se fala em praticar rodízio de atletas no Campeonato Brasileiro, a fim de que os jogadores não se esgotem fisicamente. Mesmo com elencos preparados para a maratona de partidas, não há corpo que aguente.

E os árbitros, também precisam ser poupados?

Seneme está usando pouca gente no Brasileirão, e como são raros os nomes que estão conseguindo apitar razoavelmente os jogos, eles são repetidamente escalados. A arbitragem brasileira sofre em qualidade e em quantidade.

Veja esse número de escalas, até a 7ª rodada desse e de outros anos:

Em 2020, com 70 jogos, foram utilizados 33 árbitros;

Em 2021, 30;

Em 2022, 20;

E nesse mesmo número de rodadas, em 2023, apenas 17.

Considere: são rodadas intercaladas com Copa do Brasil, Sulamericana e Libertadores. Especialmente para os árbitros FIFAs, a quantidade de jogos é absurda (sem contar com a Série B, onde Seneme também os escala).

Aguentarão, nesse ritmo, até o final do ano?

Por exemplo: Wagner Magalhães, com 8 rodadas do Brasileirão, trabalhou em 11 jogos domésticos (contando Copa do Brasil) Igualmente Claus, Klein ou Luiz Flávio. Bráulio da Silva Machado, que esteve no polêmico Atlético Mineiro x Palmeiras, 12. Idem a Daronco. Bruno Arleu (dos erros em Corinthians 1×1 São Paulo), esteve em 14 (nessa conta, lógico, não estão os números dos Estaduais).

Repetir escalas ajuda a dar ritmo de jogo. Mas em tudo deve ter bom senso.

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